Poesia Completa e Prosa
E a tua ferida, onde está?
Pergunto onde fica,
em que lugar se oculta a ferida secreta
para onde foge todo o homem
à procura de refúgio
se lhe tocam no orgulho, se lho ferem?
Esta ferida
— que fica assim transformada em foro íntimo —
é que ele vai dilatar, vai preencher.
Sabe encontrá-la, todo o homem,
ao ponto de ele próprio ser a ferida,
uma espécie de secreto
e doloroso coração.
[...]
SER CRIANÇA
Ser criança é
Viajar ao planeta dos sonhos
Fantasiar a realidade
Tornar real a fantasia.
Ser criança é
Brincar com a seriedade
Desafiar a gravidade
Ter a melhor idade.
Ser criança é
Navegar no mar da ilusão
Surfar ondas da imaginação
Velejar além do alcance da visão.
O que seria do mundo sem as crianças?
Um deserto de tristeza?
Um rio de solidão?
Seria um vazio imenso
Um nada
E nada mais.
queda.
crush.
quem sabe um dia.
quem sabe os dias.
quem sabe a estação,
ou uma, ou várias.
primavera,
verão...
olha,
quem sabe de baixo,
parasitando.
no subsolo.
quem sabe?
aliás,
quem sabe o que não se sabe?
vai saber.
crush.
queda.
paixão.
queda.
súbita.
queda.
enquanto debatias
não menos caía.
não menos levantava.
Dentre a graxa e óleo um caçador de falhas
Olhos e ouvidos que trabalham como um radar
Que detectam a imperfeição,a avaria,o erro,a causa,o motivo,o defeito,o problema
Aquele maldito ruído que talvez você não ouça
E pra ele é como se a maquina chorasse
Ou que falasse com ele
Como uma criança que caiu e ralou o joelho
E ta enchendo a droga do saco dizendo que machucou
Como se fosse um tipo de idioma ou alguma coisa parecida que a gente não entende
Pra ele as vezes um castigo,um pesadelo ou uma prisão
Mas mesmo assim ,a satisfação de corrigir um erro ,de fazer voltar a funcionar como deveria
Como tem quer ser ,como nasceu pra ser.
Essa sim, não tem conserto.
Será que ainda há esperança
porque passa anos e só piora
Será que vale a pena essa ânsia
porque o planeta chora
E o vírus que se espalha
se torna mais forte
com a ignorância falha
dos ditadores
Queimadas e guerras
ganância e descaso
poluição e motosserras
e o mar esgotado
As geleiras derretendo
em lágrimas
e o ser humano se entretendo
porque assim vai se esquecendo
se esquecendo de toda a dor
alimentando a mente
com fantasias inexistentes
por que a realidade
Ah! A realidade não é nada atraente!
Audio nutrição
Tem um tambor
Madrugando me
Feito com a flor da pele
Ancorado na alfaia
Tum tú p
Marcando tempo e silêncio
Dum som demorado
Respinga no pulso
Naturalmente escorre
Tum tú
Refazendo minhas mãos
Enraizando a musica
Tocando minhalma estéreo
Percutindo me aromas
Tum tú p
Destreza delicadenciais
Tons harmônicos e
Dessa inarmonia
Lastro frequências
Tum tú
Tum tú p ]:
Dé
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Vida de Sócrates
Nascido em Atenas
Um dos grandes pensadores
No ano de 470 antes Cristo
Lutando contra os senhores.
Lutou contra injustiça
E também contra horrores
Ele foi considerado
Pelos seus contemporâneos
Sábio e inteligente
Por saber mais que outros humanos
Cantador de pensamentos
Por gostar de buscar
Sempre indo além
Do que Atenas podia lhe dar.
Ainda ensinava o povo
Como sair a buscar
Buscar por sabedoria
De tudo a nos rodear.
Conhecido como fundador
Da filosofia ocidental
Acabou sendo encantado pelo seu antecessor
Anaxágoras um grupo filósofo
A qual seus conhecimento a
Sócrates influenciou.
Vício
Se eu tivesse notado
logo no inicio
se eu tivesse escutado
que isso poderia acabar em vício
Mas o desespero falou mais alto
e essa era minha rota de fuga
e me preenchia um vazio, de fato
mas para parar agora, é uma luta
Minha família
já perdeu a paciência
que estou com malandragem dizem a maioria
mas só eu sei dessa abstinência
E agora internada
meu Deus, que ironia
eles me mantêm dopada
e isso ninguém via
Troca-se um vício por outro
do copo ao comprimido
pelo menos agora eu encontro
minha fuga na drogaria.
____Juliana Rossi Cordeiro
AURA
Ouço o farfalhar
De folhas secas ao vento,
Apresso os passos;
Sinto num sussurro
O arrepio que submerge
Até minha alma;
Ausculto o velho favônio
Proseando com as folhas verdes;
Sua voz é como melodia divinal.
Encantamento;
Consome a alma dos viventes,
É sobrenatural;
As lâminas parecem experimentar
Uma turgescência aural;
A essência de tudo é a vida.
É inconteste, passional;
Uma efervescência assume
O cômputo do tempo;
Nada mais se pode fazer,
Há um êxtase,
Um frenesi agudo,
Que toma conta e submerge
As almas das inseres
Numa aura angelical.
Outros ventos cantam e dançam,
As folhas no alto balançam.
É o arrebatamento,
O ápice da magia natural da existência.
SENTIMENTOS INÉDITOS
De tanto cogitar escolho uma inicial do alfabeto
Amor verídico e isso me cativa
Coisa airosa e isso me motiva
Contigo vivo aventuras e tu sabes
Contemplações escolares felicidades
Tento versejar para não a deixar rude
Sua presença deixa-me vertiginoso mude
Olha o que me fazes minha estrela cadente
Dei conta que a amo sem ir a uma vidente
Falo a nação inteira que estás em minha mente
estou preso em seu universo me alimente
Com beijos mimos carinhos tanto faz
Desde que seja real me satisfaz
Isto fez-me voar e sentir-me a ave ZABELÊ
O conhecimento é intenso que publico isso para você LER.
PÉROLA NEGRA
Negra da cor do âmbar,
Negra imensurável e fogosa.
Melanina pura, não vou me gabar.
Representas a mais bela prosa.
Roubei o astro do céu, melosa...
Pra te oferecer.
Era suposto
Que fossemos um só coração,
Pois é a ti que tanto gosto.
Em todos os lugares não te encontrei...
Entretanto quero amor ganhar
Um beijo doce!
Me apaixonei...
Por favor pérola, deixe-me te amar.
Negra escuridão
Que alegra o teu coração.
Não é uma camarão,
Nem tem um corpão...
Mas o seu sorriso é de derrubar o juízo...
O seu andar, o seu gingar é de sob ela olhares roubar
E o som do seu gargalhar,
É simplesmente de arrasar.
E com esses tipos armados, há que acabar com potenciais super homens...
Ah pérola negra,
Quem te conhece não nega,
Por si é impossível conhecer-te
E não se apaixonar.
Mesmo que seja em meio segundo.
Nota 1
A música dança na mente
Feito fumaça a brisar
O consciente.
Nota 2
A música em meu ser
Na maresia, penetrou
Profundamente em minha
Memória,
Feito fumaça entorpecente
Brincou com o meu subconsciente.
Nota 3
A música entrelaçou em minha mente
Confundindo o meu subconsciente.
Fechei os meus olhos na maresia:
- E deixei a brisa
Me levar.
O atraso
chutei as pedrinhas da estrada quando senti que você não vinha
Mais.
Tirei elas do meu caminho, deixei só
a Terra,
que sempre levantava com o vento, nascido das rodas rápidas que passavam por ali e
não paravam.
Estava tudo certo para termos a melhor semana das nossas vidas, pelo menos eu.
De noite conversamos por telefone, você disse
das malas prontas, mas hoje
desviou o caminho,
preferiu pegar a estrada sem mim e eu aqui, na rodoviária feito
Besta, num choro engasgado de
peito, uma
ânsia.
Pensei que podia ir atrás de você até a sua cidade, mas que ridículo isso seria.
Porque um dia
Morro
e não sei
Quando, desperdiçar o tempo é criminoso por ser jeito de matar, também.
Olhei minha mala em estado de
Espera, era
triste. Eu de calça jeans, batom e bota te esperando era
ainda mais Triste, o amor
é história pra boi
Dormir. O que existe
é a sede,
amor é feito de 2 ou mais pessoas e 2 ou mais pessoas
Raramente concordam em qualquer coisa, por isso viram pó e
desilusão.
Transformando
Por onde andei
Era chão atapetado
Não havia ruído
Mas o corroído da alma
Era mais barulhento
Por onde andei
Palavras sussurradas
Pois não há suturas
Para emendar
Sonhos impossíveis
Por onde andei
Vaguei
Fui tateando
E o impossível
Se despiu
Por onde andei
A poesia tingiu
E fugiu
Por onde andei
Fui sobrevivente
De minhas escolhas
E da minha coragem
Por onde andei
Minha voz
Virou você
Um barco de estações escritas
Com seu nome
Que naufragou
Por onde andei
Na vida
Resisti, escapei
Me salvei
De mim mesma
Das horas
De lagarta
Nas horas de borboleta.
Livro: Pó de Anjo
Como dois rios se unindo,
alcançando um mar de verdades.
Um forte sussurro angelical,
Os sinos da invisibilidade,
de extremos e polarização.
Quebram todas as células,
todo meu ser em reação.
A taça do amor perfeito.
A fuga e a não aceitação.
A atormentacão noturna.
Lábios, mente e o todo
pulsando na mesma frequência.
Duas almas concluindo o quebra cabeça.
Todos os sentidos em integração,
jogaram meus medos em evidência.
Me afogaram no desconhecido.
Alteraram minha derradeira crença.
Fui da morte ao renascimento,
consciência de pertencimento.
Uma imensidão para lidar.
SERÁ QUE VALE APENA?
Estou em meu jardim
Sentindo a brisa do amanhecer,
Vendo aquele lindo sol nascer
Ele aparece devagar, até parece que tem medo de nos machucar com o seu Calor
Parece que tem medo de nos fazer sentir dor
Acho que é por isso ele não sai direto.
Vivo aqui pensando como seria se alguma coisa não tivesse acontecido,
Como seria se algumas pessoas não tivessem partido.
Vontade de ir ao passado e dar alguns tapas em mim mesmo,
Pra ver se aprendo seguir reto, ao invés de olhar para os lados como um vesgo.
Desculpe a palavra, mas é a única que consegui pensar e é algo que meu coração mandou falar.
Bem voltando no assunto, no passado sempre quis voltar
Mas hoje penso bem será que vale apena?
Ir para lá e minha história mudar?
Autor: Geovane Cassiano Miranda Mendes.
Tão difícil decifrar o verdadeiro significado para a palavra: Felicidade
Quando eu era mais nova eu achava que outra pessoa poderia me fazer isto.
Hoje percebo que era ilusão.
A felicidade vem de dentro de nós
Algo sem explicação
Algo que ninguém pode te dar;
Mas pode contigo compartilhar,
Felicidade é ser feliz, realizada, ter esperança.
Acreditar em coisas boas,
Acreditar em um mundo melhor,
Cada pessoa sente e interpreta de uma forma,
Ser feliz é estar bem consigo mesmo,
Ser feliz é encontrar sua essência,
Felicidade é muita coisa, que não encontro palavras,
Mas algo muito importante é dizer que sou feliz, porque
Deus me ama e sempre está comigo,
Encontre a felicidade nos pequenos detalhes,
Viva cada dia como se fosse o último,
Mas nunca perca a esperança de dias melhores,
Renove sempre sua fé,
Busque maneiras para não desistir,
Busque algo que resgate seu pensamento positivo.
Seja feliz da forma que crê.
Mas seja feliz de uma forma ou de outra.
Sempre há uma luz no final do túnel.
E agora ?
Assim perguntava a menina para a sua mãe. Isso era rotina, a qualquer problema ou dúvida, ela corria para a saia da progenitora, pedindo ajuda, mesmo que fosse apenas um sorriso de aquiescência ou pela graça do fato. Nem sempre obtinha respostas, mas tentava, sem saber que a cansada mãe não sabia tudo. Cresceu e aprendeu muita coisa por conta própria, experiências boas e ruins a fizeram entende melhor a vida. Este é o caminho - abrir as asas e voar sozinha - enfrentando tombos e sequelas, mas tendo o porto seguro na hora do pouso: o colo da mãe.
Saudade da minha que foi embora há pouco tempo, está em paz e sei que se eu tiver tropeços, ela ainda tem um sorriso maroto como a dizer: filha, bem que avisei...
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QUE COISA PASSEI NO AMOR
Nosso amor era lindo.
Era tipo o soneto do Camões.
E que nenhum compositor compôs!
Nossa romance fazia inveja ao povo,
Você era apaixonada por mim,
E eu até hoje sou por tu...
Não sei o que deu em você:
Que me fez de Bentinho,
E você se tornou a Capitu.
Você dizia pra mim que se
No céu houvesse casamento,
Você casaria comigo novamente.
E eu acreditei nisso.
Só que amar, cada um ama diferente.
O seu amor por mim era uma caricatura de um poeta pintor,
Que com o passar dos anos a tinta desbotou.
E agora veio outra caricatura e lhe pincelou...
Lagarteando
“Casei
Engrandeci
Achei que era eu
Dona de meu nariz
Agora
Senhora
Dona das minhas horas
Só eu não sabia
Que neste ensejo
Era outro fruto”
Aprontei-me, modifiquei o tom de voz para cara metade, dona do
mundo, de mim, dos outros em meu caminho.
Acima dos conselhos, arrastando outro sobrenome que nunca residiu em meu nome e escolhi:
– Qual carne, senhora!? Filé, contrafilé, alcatra, coxão-mole?
Pensando: ”coxão-mole jamais, nunca...”
– Que é isto aqui?
– Lagarto senhora.
– Tá bonito. Quanto pesa?
– Dois quilos.
– Pode cortar em bifes de um dedo de espessura (cara-metade gostava).
Pronto, dei ordem, criei coragem. E o pior, ele obedeceu,vendeu e eu comprei a idiotice.
Aprontei a mesa, taças com haste longas, toalhas de linho, porcelanas dos antepassados, purê de batatas com queijo roquefort à luz de velas.
Frigideira ao fogo, azeite espanhol para fritar e os bifes de lagarto, com um dedo de espessura enrolaram como orelhas.
Comemos só purê com vinho tinto, culpei o açougueiro e o cachorro passou bem.
As velas derreteram, me envolvi no calor de apaixonar.
Minha sogra não viu, e nesse andamento, não revirou meu lixo. Sucesso apaixonado e estendi minha receita com proveito.
E o dia alvoreceu em paz.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury