Poesia Completa e Prosa

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"DESPEDIDA"
"Bem ali, do meu lado, ali estava ela. Minhas mãos soavam frio, meu coração batia compassadamente;sentia
seu doce perfume e o cheirinho suave que vinha dos seus cabelos. Nós conversávamos e tentávamos não pensar que aquela era
a última vez antes da despedida. Parece que o trajeto foi mais curto e o tempo passou voando. Se pudesse congelaria
aquele momento. Nossos olhos se fintavam, nossos corpos se aproximavam, mas estávamos cada vez mais perto do fim. Quando
chegamos ao nosso destino, o silêncio tomou conta do momento, veio um nó na garganta, um aperto no peito e não deu para segurar as lágrimas da dor de como é se despedir de alguém tão importante para nós. Quando ela se foi, levou um pedaço de mim, deixando um vazio no seu lugar do qual jamais nada ou alguém poderá ocupar, foi a última vez, mas eternamente comigo,em meu coração, para sempre a guardarei."

Inserida por AdrianoLSilva

Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)

Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.

Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?

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(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)

Inserida por victordrummond

Mas quando eu morrer
Eu gostaria de voltar
Eu gostaria
Para escutar tudo o que você tinha a me dizer e não teve coragem
É tão difícil enquanto estamos vivos

Mas quando eu morrer
Eu gostaria de voltar
Para escutar todas as canções que você vai cantar
Faz tanta vergonha enquanto estamos vivos

Por que a morte é tão difícil
Mas solta as amarras dos que ficam vivos?
A morte não é poesia.
A vida de quem fica.

Mas quando eu morrer
Como eu gostaria de voltar
Para receber sua visita
Descobrir como você conseguiu
É tão complicado tempo enquanto estamos vivos

Quando eu morrer
Eu gostaria de verdade de voltar
Para escutar as suas recordações
É tão difícil lembrar enquanto estamos vivos

Mas quando eu morrer
Eu não vou poder voltar
Então escrevo isso
Para que quando eu morrer
Você saiba que de alguma forma eu sei

Inserida por YanaRose

Ela é exceção
Que no universo em teu olhar
Ela adormece até a alma.
Ela é canção
Que mesmo a cappella
Não perde teus timbres.
Ela é lua
Que mesmo com varias fases
Estaciona sua beleza frente a meus olhos.
Ela é poesia
Que furtará seus pensamentos
Em uma hora qualquer
Como furtou os meus
No final desse domingo chuvoso.

Inserida por ShandyCrispim

Barco de papel

E então descobri
Que é assim a vida
Um barco de papel
Velejando pela eternidade...

Ela pode ser leve
Se permitir-se sentir o vento
Pode ela ser densa
Se você não compreender o valor do tempo

Pode ela ser dança
Descompassada pela maré da existência
Ela pode ser criança
Se vivida com pureza e inocência

Com elas, posso ser livre
Sem elas posso estar amargo
Só não me tire das águas da vida
Pois então estarei farto

Pois se o mar é minha morte
Eu aceito como quem sabe
Que no meu barco de papel
Está escrita a história que me cabe

Inserida por LucasMarcelli

parasquedas

para quedas para
quem não sabe a
gravidade de manter os
pés no chão

para aquelas
paralelas
ruas que nos levam
sem direção

por que tantos carros?
por que correr
se é muito mais raro
estar com você?
aqui e agora!

para a queda
daquelas flores
um momento de
contemplação

os mais belos
ramos de cores
alimentam o
meu coração
aqui e agora!

Inserida por LucasMarcelli

O POETA

O poeta
É um mago ator
Tira de sua maleta
Trilhas de dor e amor
Encenando com a caneta
Atos com cheiro e sabor
Da criação
Para o ledor,
espectador...
Assim, nesta atuação
Dum eterno amador
Desfia fantasia da imaginação...
Em cenas, como autor.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A BORBOLETA QUE SE DISFARÇOU DE FLOR

As flores são tão lindas,
Todas de estirpe real,
E se vestem como tal,
Com adornos exuberantes.

Uma borboleta tinha o desejo
De se vestir como elas
E encontrou um vestido azul,
Próprio de uma orquídea,
Fechou os olhos e se sentiu
Como no paraíso!

Um azul mais profundo que o céu,
Despertou curiosidade de todos.
Afinal, uma flor pode voar?
Enciumou a todas elas,
Que por mais que sejam belas,
Não podem sair do lugar,
Muito menos podem voar.

Tem como um ser tão magnifico
Alcançar o horizonte e tocá-lo?
Aquela borboleta conseguiu!
Tocou-lhe com seu coração.

Fim.
Ivan F. Calori

Inserida por ivanklori

FOLHAS DE OUTONO

Sem seu calor
Minhas folhas murcham e caem,
Sem sua luz
Minhas energias se esvaem.
Tolice seria dizer
Que seria o mesmo sem você.

Minhas folhas perdem a cor,
Deixou-me o próprio vigor.
As folhas formam um tapete no chão.
Até a paisagem sofreu alteração,
Efeitos da mudança de estação!

O tempo passa e o futuro mais perto.
Ver o que é belo a cada momento,
Tudo vai acontecer no tempo certo.
Tento não tirar isso do pensamento.

Apesar de tantas mudanças,
Guardo comigo muitas lembranças.
Algo que alegra meu coração
É te esperar na próxima estação.

Fim.
Ivan F. Calori

Inserida por ivanklori

COMO O ONTEM

Como alguns dias
Anos se passaram,
Como o ontem,
Esses se tornaram.

As pegadas deixadas
Na areia do tempo
Não são apagadas
Com o vento.

Existe uma senhora
Que nos leva embora
De volta ao passado,
Chamada Saudade.

Histórias escritas
Por nossas mãos,
Como um livro
De recordação.

Quando bate em nossa porta,
O que mais importa
São as lembranças boas.
E como o tempo voa!
Como alguns dias,
Como o ontem.

Fim.
Ivan F. Calori

Inserida por ivanklori

A VIAGEM DA MONARCA

Desbravar regiões desconhecidas
Com o ímpeto de descobertas,
Asas que levam sementes da esperança,
Cavalgam para se sentirem libertas.

Em pleno galope, o seu único guia
É o que está presente no seu coração
Deixando pra trás sua terra natal
Abrindo caminho para a nova geração.

Comtemplar admiráveis paisagens,
Experimentar sua primeira viagem,
Voar sobre densas florestas,
Bem como por áreas desertas.

Voar, simplesmente voar,
O vento por si sentir passar
O azul do céu quase tocar,
Os pés no seu destino, por fim, pisar.

Fim.
Ivan F. Calori

Inserida por ivanklori

AMOR DE FERA

Te amo do fundo
do raso... Te rasgo.
Te amo da seca
da chuva, do lago.
Te amo como a língua
no lambuzar do doce mel...
Como o sono ao acordar,
no sonho ao sol...
E, ao azul do céu.
Te amo, segundo...
Mês, ano heras!
Te amo...
Como o sangue ama,
o sabor das feras.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PIPOCA

Pipoca! pipoca...
pipoca, pipoqueiro!
Pipoca doce salgada
Oferece o dia inteiro...
Para a vida da molecada,
namorada e namoreiro.
O pipoqueiro lá da praça
vende pipoca p'ra viver
e a vida passa na graça
engraçada com você.
Pipoca doce salgada
branca preta e multicor
pipoca, para bravo e manso
na corrente, no remanso
e nas margens colorida.
pipoca para o menino
para o jardim com aquela flor
... Pipoca, tiro pipoca
cuidado com meu amor.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

MORDA AMOR

Morde, morde e me morde...
se morder é o seu querer,
então morde, pode morder.
Mova, se mova meu amor...
Mova e morda, e se isso for
pode morder além da ordem.
Já que morde, morda ao sacudir...
Sacuda, passa os olhos, e morda
me morde, mas morde com ordem
fora de ordem ou na desordem,
Na conta ou no faz de conta...
se morder consta, morda, me
morde, e me coma como pode.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ENVAIDECER

É como o poeta dizia,
pirilim, lulin, lulin...
As flores d'aquele dia
soltaram pétalas para mim,
os ponteiros do relógio
pulou suas horas sem fim.

As falas do oratório
oraram rezas de pasquim...
Os grãos da ampulheta
Pirulin, lulin, lulin!
Se os ventos não me levam
Oh vida, me deixe aqui!

Me deixe aqui assistindo vermes
entalar-se com silicone
essa invenção que envaidece
criada pela mãos dos homens.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

"sonhar é bom
e fazer sonhar também,
lembrança boa todo mundo tem,
é pra ser consumida feito pé de fruta,
no fundo do quintal,
todo dia você anda em cima do pé,
colhe uma e o sabor nunca é igual.
Então você se pergunta,
o que é isso afinal?
Entende, a medida que a fruta amadurece
o sabor fica mais acentuado
Só aí você aprende o amor de verdade

Inserida por SoniaMGoncalves

Barquinho do amor
(Victor Bhering Drummond)

Peguei o barquinho do amor
Não adianta, marinheiro
Vou fugir desse pardieiro
Quero velejar o mundo inteiro
Me derreter de calor...

Fugi no barco do amor,
Longe de “tiros e assaltos”
Por favor não me pare
Só quero ser um amador

Bem longe da farra,
Da esculhambação
Deixo a ilha da gambiarra
Corro da perturbação

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Inserida por victordrummond

RUMO DO MUNDO

Minha sina que no quadro
tentaram fazê-la na pinta...
Erraram perante o esquadro
e na tonalidade da tinta.
Essa pinta que desafina
... Tingiram com marrom,
esboço marcado,
e rascunho sem prumo.
Depois do prumo sem fundo...
Agora, estão tentando
achar o rumo do mundo.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DE NINGUÉM

País de quem... Meu? Seu?
Das pragas dos pagas que paga
até as palavras ficarem gagas!
Dos planos que lavra os anos
... Panos quentes desenganos...
País sem fundo
enfunando nos sonhos
chafurdando o mundo.
País em caos do abandono,
aonde tudo se paga e nada!
Nada é meu, nada é seu.
Esse país é de quem?!
De donos que não são donos...
Meu bem, meu bem!
Esse país... Não é de ninguém.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Gente que é folha, gente que é trevo
Se você não for trevo de 4 folhas, conversa boa, dessas que faz o tempo parar.
Não tem nada a acrescentar, você é folha no vento de lá pra cá tentando se achar.
Só quero pessoas com gosto de saudade de casa, dessas que a gente acha sorte encontrar,
pra amizade, pra irmandade, sem maldades, apenas pra amar, pra somar e no coração guardar.
Autor: Eu mesma !

Inserida por sicoutinho