Poesia Completa e Prosa

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QUERIA TRANSFORMAR

Queria transformar as saudades
Amando-te ainda mais
Solto o meu desejo
Inventando-te
Prendo-te em mim em cada gesto
Mostro-te quem sou eu
Nos trilhos da nossa emoção
Palavras ditas baixinho num gemido
Coração que bate em descompasso
Olhares que se encontram no desencontro
Caminhos traçados nas pontas dos dedos
Língua que se encontra na boca sem medo
Aromas que se misturam num braço apertado
Toque de ternura suave das mãos que exploram
Rasgam todas as asas que me prendem
Libertando-me da prisão dos sentidos
Solto as amarras nas palavras que escrevo
Escrevo-te em cada segundo do meu pensamento
Invento-te de novo em mim nas palavras mágicas
Ditas, escritas na tempestade do tempo, para o tempo.!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Palavras ao vento, ou somente em movimento
Tudo tão lento e rápido ao mesmo tempo
Que quase perco meu alento
no colo do Tempo

Maiúscula ou minúscula
estamos todos na mesma busca;
complicada e confusa, ou não,
só obtusa

Mas não perco a esperança
quem acredita sempre alcança

Se eu consegui rimar,
você até o Senhor pode tocar
escutar
abraçar
alcançar
amar!

Inserida por feeeoliveira

Por um sorriso teu

Foi um sorriso seu
Foi um instante perto do céu
Como um amanhecer de um dia
Eu te observei!

Em um momento me perdi
O tempo parou quando lhe observei
Era como renascer das cinzas.

Você se foi e a noite chegou
Veio o frio tomando dentro de mim
Um coração perdido em metáforas.

Foi um sorriso seu
Fez valer a pena viver
Meu mundo parou por você.

Acreditei de novo no tempo
Bastou apenas um olhar seu
Meu coração voltou a bater.

Foi como um começo, eu sei.
Faltavam-nos palavras
Mesmo tendo muito a dizer.

Por um sorriso teu, resolvi viver
Tirou-me do tempo e do espaço
Fiquei perdido, apaixonado por você.

Inserida por Carlos4828

Perfume de uma amor.

Erros nem sempre são para sempre
Lamentações as vezes nos fazem recordar
Esquecer também faz parte de viver...

Lembranças as vezes me trazem você
Mesmo doendo prefiro, a lhe esquecer
Odeio pensar que tudo pode ter um fim...

Costumo deixar o tempo passar
Longe de você sobram me as rosa
Um agridoce perfume perdido no ar...

Se soubesse que sonhos são eternos
Jamais acordaria ou dormiria para sempre
Unidos pela surpresa de nossas alegrias...

Daria minha vida por mais um segundo
Se este instante fosse ao teu lado
E quem sabe assim sentir o teu perfume...

Não desejo nada alem de uma felicidade
desde que a felicidade seja você
Mesmo que o amor contrarie a razão...

Aprendi com o tempo a implorar, uma chance
Surpresas também podem nos encantar
Perdidos ou em busca de um lugar seguro.

O vento soprou teu perfume pra mim.
Fez comigo o contrario do amar
Transformou lembranças em dor...

Esquecer tornou-se difícil pra mim...

Inserida por Carlos4828

PHRASIS

Tinta a recantar
Aroma a compor versos.
Verbos expressos a expressar
Como fosse o teste unitário do poeta,
seu inquietante aprovar.
Tangenciando sentimentos dispersos
Na oficiosa trama de melodramar .
Criando verbos, suprimindo vírgulas,
Desapontando a cada ponto de parar.
Onde o poeta extenua suas forças.
Como se lhe exaurisse a inspiração.
Perdesse o olfato, desaprendesse a conjugar.
Imo termo onde o leitor reside
entre o enleio de ler e o de parar.

Inserida por OliSousa

Eu olhei para ti
e vi a belaza natural
ofuscada pela dor
pelo sofrimento
pelas preocupações.

Eu vi um olhar
profundo já cansado
longe do seu ser original.

Eu vi uma mulher
inconformada
com a miséria do seu viver.

Eu vi em ti
um olhar triste
com vontade de ser.
Amada
Apoiada
Compreendida
Desejada

Eu vi em ti
um coração indefeso
precisando de um protetor.

Eu vi uma mulher inteligente
Boa de matematica e física
se perdendo na preocupação
duque vai ser o amanhã.

Eu ouvi da sua boca
um pouco da história da sua família
em paralela com a história da minha família também.

Pelo seu olhar triste
pela sua inteligência
pela sua beleza natural
Eu me apaixonei.
e decidi cuidar de ti.
te amar
te apoiar
te compreender quando precisares de espaço.

"Mas hoje vejo te longe de ser a mesma mulher que me encantou"

Autor Massivi Suburbano Odisseia.
24/12/2014
Expirado pela situação presente.

Bommmm Diaaaaaaaaaa.

Sem sono

Sozinho entre quatro paredes
de um quarto enorme,
pensando em alguém
sinto em meu peito a dor mais angustiante.

Quatro dias sem vê-la
provoca em mim uma saudade sufocante.
01 hora de madrugada
oiço o grito do meu desejo faminto
saudades dos beijos dela
saudade do último abraço caloroso dela.

Sem sono
noite fria
somente eu e a minha agonia.
oiço clamar de angústia o meu coração
quero alimentar essa paixão ardente
possuido por uma saudade sufocante.

Sem sono
sozinho no quarto
enorme
cama vazia
falta-me o seu abraço
nessa
noite fria.
01 hora de madrugada
estou sem saída
quatro dias sem vê-la
nasce em mim
um desejo devoradora.

Transtorno de domingo


Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.

De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!

Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.

Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.

Inserida por JotaW

Caminhos trocados

Dor, destruição, praga,
Assolam a alma, corpo e mente,
O que é esse sentir,
Que tira tudo quanto temos?
O que é um ganhar em se perder?
É cólera, invade, assola,
Trás morte,
Que outrora era vida.
Para viver é preciso morrer,
Para ganhar é preciso perder,
Mas porque tão alto preço?
Desafiar deuses é brincar com fogo,
Brindar o desconhecido,
Rir para o abismo.
O preço é cobrado,
E sem mesmo saber,
Será pago,
De uma forma ou de outra,
Aqui não existe calote.
Disposto?
De uma forma ou outra,
Não existe outro caminho,
Que não seja assombrado.
Sigo para o lado oposto,
Olhando o outro.
Olhar anistia,
Nem que por um segundo,
A terra devastada.
Certo ou errado,
Que Deus o saiba,
Não eu!
Seguir por aqui,
É o que resta,
É o que devemos fazer.
Espinhos, pedras, buracos,
Já nem são,
Grandes obstáculos,
Para uma alma que,
Como Fênix procura,
Renascer das cinzas.
Que assim seja,
Seja feita a vossa vontade,
Não a de Deus,
Não a minha,
Nem a sua,
Mas alguma vontade seja feita,
Para que um dia,
Se tivermos um pouco de sorte,
No descansar do universo,
A vida possa nos sorrir,
Mais uma vez!
E nesse dia possamos,
Nos apegar a eternidade,
Sermos os pobres miseráveis,
Que somos,
Sem ousar tanto,
Reconhecendo nossas fraquezas,
E sabendo que um dia estivemos,
Acima do bem e do mal,
Além, e que aqui tudo foge,
Ao controle daqueles que pensam,
Serem os jogadores mais hábeis.

Inserida por gouveper

Ir querendo ficar

Ser ou não ser,
Não sei o que ser,
Não sei o que sou.
Se querer encarnasse o ser,
Queria ser você.
Loucura querer te possuir,
Como um demônio,
Que toma o corpo alheio,
Sem domínio,
Muito anseio.
Se é contigo,
Que sei o que sou,
Onde estou,
Porque não te roubar,
Te levar,
Sem somar?
As pessoas não entendem,
O que é ser e não ter,
O que é ter e não ser,
Mas, nem eu entendo,
O que é ser e ter.
Já tive sem ser,
Hoje sou sem ter,
Desejo saber como é,
Aquilo que eu não sei.
A vida é uma loucura,
Pessoas nos brindam,
O tempo todo,
Algumas apenas passam,
De um lado a outro,
Outras cruzam caminhos,
Passam algum tempo, se vão,
Mas existe um valor inestimável,
Quando encontramos quem deva ficar,
E ela sem conseguir ir, fica!
Deixo-te, que vá,
Como é difícil ir querendo estar aqui.
Se precisar mesmo, entendo,
Explico tudo bonitinho,
Com início, meio e fim.
Mas não existe quietude,
Quem sabe mesmo a razão,
É a alma, que mesmo sem pedir,
Te prende aqui,
Sem deixar jamais partir,
Já não há inquietude,
Existe paz, tranquilidade,
Amor, barulho do mar e sopro do vento,
Lá não tem, duvido!
O valor mais inestimado,
Está quando quem tem que ficar não vai,
Quando quem precisa sorri o entrega,
Os olhos encontram o que procuram,
A bochecha dói e a cara de bobo.
Aquilo que julgo tão valoroso, encontrei,
Querer ficar, poder ir!
Será que ela fica ou vai?

Inserida por gouveper

“Por que a mim não escreves? {2}
-
Por que a mim não escreves?
Por que, por que não escreves?
Nesta essência não te inseres?
Sentes que sou-me o nada?

E tal nada não alimenta o que queres?
Queres a vida de forma vasta?

Por que a mim não escreves?
Por quê? Por quê? Por quê?

Tens inspiração em falta?
Que falta somente a mim,
Que dás aos outros, completa,
Como se fossem dignos de ti.

Por que a mim não escreves?
Por que, tais letras, sufocas?

Uma carta como outrora
Sílaba esmagada pelo tempo
Que descreve uma maldita história
Que frágil como uma brisa do vento;

Eu não quero que me escrevas
Como quero… Como quero…
Algo que transforme esta treva
Em teu conto dramático eterno;

Eu não quero que me escrevas
Só quero… Somente quero…
Ser a protagonista que inventas
A sofrer em cada trecho mero.”

Inserida por azmll

Pouso para repouso.

Não tome como inconstância
O que não é constante.
Ouvir o canto,
Mesmo no desencanto.
O horror de palavras torpes
Que são tão somente palavras,
Como as mais belas.
Engano de toda certeza,
Pois do que se sabe
O único fato
É nada conhecer.
Amanhecer um novo dia,
De forma alguma será como ontem,
Se apresenta como completo desconhecido.
E de nós a ignorância
De que tudo será como foi.
Acredito no que sinto,
Penso, vivo e digo.
Quando o dito é sem sentido,
Tomado como não dito,
De outra forma interpretado, entendido,
Mesmo assim por mim acreditado.
Palavras ditas,
São autônimas, livres,
Cada qual constitui
Seu próprio sentido,
Assim elas sempre fazem.
Do que sei que gosto,
Nem sempre digo,
Depois poderá tomar outro caminho,
Como palavras ditas e caladas,
Se tornando desconhecido.
Importa é estar vivo,
A vida sem brilho é inútil ser vivida.
Preciso é encontrar pouso
Para repouso,
Reflexão das estradas,
Passagens e atalhos percorridos.
Não existem ciclos,
Existe constância e inconstância,
Permanência e impermanência,
Sombras do passado
Que iluminam o amanhã.
É preciso olhos sensíveis ao negro,
Para na escuridão
Enxergar a mais sincera luz da aprendizagem.
Tudo é construção de uma vida,
Razão onde não existe,
E isso é a essência
É o segredo de todas as coisas.
O que dá sentido
São apenas palavras.
Se no princípio era o verbo,
No final há de ser.

Inserida por gouveper

“Por que a mim não escreves? {1}
-
Por que a mim não escreves
Se te escreves ao respirares?
Se te respiras então escreves
A cada segundo em que vives
E se não vives tão vorazmente
Escreves à solidão e à tristura
No silêncio que lhe persegue
Em meio ao sono que amargura
Escreves quando pensas
Em alimentares teus vícios
E se escreves para todos eles
Para que o existir seja longínquo
Por que a mim não escreves?
Se não lhe sou tão precipício
Se não lhe causo um sentir abismo
Não me escreves por sentires
Sobre mim o mais puro vazio
Sobre esta lacuna, inda assim
Tu poderias escrever-me
Ou contando-me os teus motivos
Do por quê a mim não escreves.”

Inserida por azmll

“Embriagada e sozinha
Como nos velhos tempos
Sinto-me entorpecida
Em busca de um beijo;

Quero estar em chamas
Experienciar a intensidade
Sentir sobre a cama
Do prazer às extremidades;

Me apetece ocupar a boca
Mesclar sabores antagônicos
Me apetece despir a roupa
D’um corpo ou amor platônico;

Todavia o outrora se repete
E como outrora o desejo excessivo
Apenas, infeliz, se converte
Em poemas sobre vinho tinto.”

Inserida por azmll

A revelia


Sou o poeta que escreve seus versos nos muros
artista dos becos e das vilas que declama suas dores e amarguras
sou o filho do meio, de outros tantos, criados a revelia e sem recursos por uma dona Ana ou uma dona Maria...
Na rua sou ligeiro, nem bala perdida me acha
sou rima faceira que combina em seu corpo tempo e espaço, ódio e amor, paz e guerra
sou a linha de frente da guerra, a lâmina da faca, o cano do fuzil
sou o verbo inteiro, vez ou outra partido ao meio, transformado em refrão
sou o mundo inteiro e o meu bairro
e o desespero da mãe quando falta o pão
sou a minha esperança
a ponta aguda da lança - nunca se esqueçam!
Sou o pai de família que acorda todos os dias bem cedo
e segue firme sem pedir arrego, sem desejar vida fácil.
Sou o pretinho longe do tráfico, salvo pelo passinho e pelo futebol
sou a segunda parte do hino nacional que ninguém canta:
a liberdade
os campos verdes
o lábaro que ostentas estrelado.
Sou apenas mais um filho da pátria Brasil com nome de santo
feito outros tantos Silvas nos becos, nos morros, nas periferias
apenas mais um brancopretovermelhoamarelhoíndio e favelado
renegado pelo sistema, vestindo preto por fora e por dentro.

Inserida por JotaW

Duvidas...

“” O que será o amor?
Seria uma magia, bela e insana.
Ou apenas um sorriso pela manhã
Seria talvez o encontro de corpos
Ou a ressonância de desejos
Quem sabe água cristalina a descer a montanha
Ou a ave a migrar em céu azul

O que será o amor?
Seria esse momento que penso em ti
Ou a ausência de possibilidades de te possuir e ainda querer
Seria o beijo,
Um anjo
O mel

O que será o amor?
Entre tantos amores
Seriam flores
Cores
Licores
Sabores
Ou uma sensação
Coração noutro coração
Emoção noutra emoção

Qual palavra definiria o amor?
Vem
Quero
Espero
Penso que se for tudo isso e um pouco mais
Seria esperar demais
Ou viver para acontecer?

Não sei ... Ou sei

Mas vai, responde ai...

O que é o amor (?) ””

Inserida por OscarKlemz

Inspiração!

Quando
a inspiração foge
um pouco de nós...
Parece sempre,
nos deixar um vazio.
Um vazio que nunca enche
senão de poesias!
É como se o amor
estivesse nos abandonando.
Mas ao ver a nossa angustia
e frustração por não
conseguir escrever...
Ela volta e nos abraça!
E nos enche de
sonhos e poesias!

PS: Baseado no texto do poeta amigo Aislan Fonseca "O QUE A VIDA TEM PRA SER ESCRITA..."

Inserida por daysesene

Que buscas?Que procuras?
Neste mundo de alusão...
Que temes?Que sentes
Nesse abismo de escuridão...

Felicidade ou conformidade?

Que desejas?Que cobiças?
Nessa terra de ingratidão...
Que imploras?Que suplicas?
Nesse céu de desafeição...

Vitalidade ou simplicidade?

Uma razão para a verdade,
Ou uma verdade para a razão?

Inserida por Marcelo10Souza

Quando te vejo Cris

Cris
Ô Cris
Fiz esse poema pensando em você
O teu olhar me obrigou a fazê-lo

Quando te vejo
A poesia vem sobre mim
Quando te vejo
Uma palvra bonita vem em meu coração
Quando te vejo
Me dá vontade de cantar para você

Cris
Ô Cris
Só quero que você leia essas palavras
Porque é meu coração que as diz.

Inserida por ROBERTO12345

CINZA

Eu vejo as cores, são lindas...
Elas dão magia às coisas.
Têm sentido próprio, cada uma carrega consigo uma emoção.
Cada pessoa tem uma cor preferida, branco, amarelo, verde; eu, azul.
Em todos os lugares, em todos os cantos, em cada parte desse mundo, cores e mais cores.
E gosto das cores, e das cores dos pássaros, e das cores do céu, e das cores do peixinho alaranjando com azul no aquário.
Gosto do gostinho gostoso do azul;
Do cheiro doce do verde;
Do som ansioso do amarelo;
E do sabor do magenta com maracujá.
Pleonasmo-me a cada instante ao falar da beleza dessas cores que encantam, suspiram paixões e despertam sensações.
...mas meu mundo ainda continua cinza.

Inserida por Erlis