Poesia Completa e Prosa
Eu penso tanto sobre o amor,
Que às vezes esqueço de amar.
Sentir,
tornou-se um rumor,
E o sentimento: um bla-bla-bla.
Hoje domina o temor,
E o medo de tudo o que sei falar.
Padronizei o meu amor,
E não consigo mais amar.
Com versos fracos e rima pobre,
Eu deixo aqui minha tristeza.
Comandante do meu peito,
E criadora da amargueza.
Mas insisto em correr,
Sempre rumo ao meu querer.
E pelo meu desejo simples,
de algum dia poder sofrer,
Com angústia que hei de ter,
E que só o amor irá me conceder.
O ALGO A MAIS QUE SEMPRE HÁ EM VOCÊ...
[...] Eu sempre sei que você continua a mesma por causa da sua pose natural e conservada. Sinto saudade dos nossos reencontros sem encontros, em que eu sempre me encanto... O sempre assim de nos dois é sempre igual... Briga, volta, reata, desata, termina, começa e depois de um tempo, depois da falta, da saudade, dos finais de semana, dos fins de noite, lá estou eu ao me aproximar de você: (...) Coração batendo forte no meu peito. A hora que a respiração pesa na vontade de colocar minha cabeça frontalmente na sua testa, quando os olhos parecem ponteiros de um relógio de tanto brilharem mexendo de um lado para o outro .Seus olhos sempre acompanham minha ida em zig zag. Como eu vou te subtrair? Se você sempre soma minha alegria e a eleva ao quadrado... Eu só encontrava nas pessoas mínimos e diminutivos. Você é máximo, múltipla e incomum. Eu encontrava só igualdades, subtrações e divisões, mas você é sempre a soma... A soma de tudo que eu queria... Gosto da não exatidão entre nós dois, que faz com que tenhamos sempre algo para rever, refazer, multiplicar... Você aceita eu ser tão eu, que deixo de ser o que eu quiser e me transformo em tudo que você queria que eu fosse... Você é igual eu queria, apenas por ser diferente de todas as igualdades que encontrei por ai...
[...] Eu sempre sei que você continua a mesma por causa da sua pose natural e conservada. Ai sinto saudade dos nossos reencontros sem encontros, em que eu sempre me encanto...
O sempre assim de nos dois é sempre igual... Briga, volta, reata, desata, termina, começa e depois de um tempo, depois da falta, da saudade, dos finais de semana, dos fins de noite, lá estou eu ao me aproximar de você: (...) Coração batendo forte no meu peito. A hora que a respiração pesa na vontade de colocar minha cabeça frontalmente na sua testa, quando os olhos parecem ponteiros de um relógio de tanto brilharem mexendo de um lado para o outro .Seus olhos sempre acompanham minha ida em zig zag. Como eu vou te subtrair? Se você sempre soma minha alegria e a eleva ao quadrado... Gosto da não exatidão entre nós dois, que faz com que tenhamos sempre algo para rever, refazer, multiplicar... Você aceita eu ser tão eu, que deixo de ser o que eu quiser e me transformo em tudo que você queria que eu fosse... Você é igual eu queria, apenas por ser diferente de todas as igualdades que encontrei por ai...
Atenetti
A delicadeza de suas palavras em mim
A doçura e serenidade de sua meiga voz
São puras e santas como as asas de um serafim
Que velozes e fortes atacam seu algoz
Um relâmpago de luz reluzente no amanhã
Me mostra sua face flamejante e lúdica
Suas vestes e versos são meu o talismã
Dotado de poderes e energia mística
Tu és meu santuário profano
Desde tempos medievais e distantes
Da poeira de Atenas fora construída
Meu amor por ti é infinito e sacrossanto
Semelhantes aos montes belos e radiantes
Umbilicalmente ligado à pérola mágica druida
Sem fim, saudade...
Sinto saudade de quando você me desdobrava do avesso. Seu olhar me golpeava por todos os lados e você me nocauteava com sua face teatral e oculta de sacana.
Essa saudade me dá vontade de sentir de novo o gosto e o cheiro que deixa em mim. Do devaneio que deixa em minha cabeça.
(...) Sinto falta do gosto seco na boca que era saciado por essa paixão tão molhada de suor.
(...) Sinto falta de quando no primeiro choque de nossos olhos, entramos um no outro.
(...) Sinto falta do gosto seco de quando as palavras fugiam da sua boca...
(...) Sinto falta da distância de quando eu não tinha aonde ir e algo me impulsionava a percorrer o caminho até você.
(...) Minha alma fica tão tonta quando meu pensamento se põe a vagar em você, que agora tento ficar o mais sóbrio possível para não sentir a embriaguez do seu perfume.
(...) Estou cheio de urgência de quando seus olhos pairavam sobre mim.
Do pedido emergente que não para de suplicar ao meu coração que você seja quem meus olhos conheceram ao primeiro impacto de nós dois. Sinto falta do seu desejo iminente que sempre dava voltas e parava em mim.
(...) Sinto falta até de quando você estava tão aqui, que só por você estar tão aqui, eu não te amava quase nada.
COMO É SEMPRE BOM SENTIR MAIS UMA VEZ...
"Senti a tal falta, de quando o sol chega e clareia o brilho dos seus olhos, claros demais... Do seu tipo atípico. Sua forma de se entregar sem proporções. Quando você conversa sozinha, parecendo que tá se direcionando a mim. Quando eu ficava cheio de esperança de nada e você me preenchia com tudo... Senti falta da sua devoção a mim, até mesmo do seu amor cheio de burocracia e de quando você sempre marcava território na minha pele. Da sua forma de quebrar o gelo de tudo. Dos seus rastros, trejeitos, bagunças, sorrisos espalhados, olhares tão direcionados. Senti até mesmo a falta, de quando mesmo com seu coração frio, você vinha me aquecer... Das suas viagens e desconexões, do seu jeito tão único e nonsense de ser. Do seu charme perfeitamente descuidado. Das coisas que eu queria te mostrar e não posso mais ficar mostrando. Me fez falta sua alma sempre aberta, seu coração exposto, sua leveza de bailar com a vida.
Eu só estava indo atrás do que os sinais do destino me mostraram e meu destino só aponta pra você..." (...)
As pessoas e as estrelas
Há zilhões de faces e jeitos e cores
Assim como há zilhões de estrelas
No céu distante, calmo e arroxeado.
(porque eu enxergo diferente de você)
Qual será a mais bela?
Então, cada uma das zilhões de faces podem apontar
Uma estrela diferente.
Há estrelas para todos
Mas aquela que lhe é especial
Parece enfeitar a todo o céu
Como se sem aquele pontinho
Nenhum brilho enfim existisse
E o espetáculo não se cumprisse
Eternamente.
Você pode se confundir
Se iludir
Cair e se machucar, porém...
Um dia descobrirá a sua estrela
Que lhe fará sentir-se especial
Porque sabe o seu sabor
Cheiro e expressão
E lhe dá a cor da vida...
E ela nem é notada por todos.
Ela é somente a sua estrela.
As estrelas estão sempre lá...
É só olhar
Mas elas não brilham quando você quer
Elas brilham quando tem de brilhar.
E então, será como um abraço terno e silencioso
Que sempre te fez falta
Mas você nem sequer sabia...
Psiu!
Sente?
Sente sim...
Olha essa chuva que cai...
Olha o céu q vem logo atrás
Olha esse azul!
Vê a força que você não pode controlar
É a vontade do mundo
É a ação e a reação
É o sim pelo não
?
Não, é apenas o seu coração.
Volta pra casa.
Sente, olha e vê.
O que é?
É lindo...
É a vida, a sua, a nossa...
A deles, e de Deus, e dos deuses
Lava... passa e solta
Sorria...
Vê, olha e sente.
É apenas você.
Você pode escutar?
O barulho é familiar...
É a tua alma que toca algo puro
Limpa, organiza, e semeia
Desbloqueia.
Olha, sente e vê essa chuva
Psiu...
Repousa nas suas emoções...
E sempre que precisar
Escuta a chuva,
Pois ela te escuta.
Sério.
Eu nada represento.
Não escrevo por elogios.
Há uma necessidade das palavras.
Há metáforas e suposições.
Não há compreensão perfeita.
Eu não me exponho, enfim.
Deixo palavras soltas.
E as idéias se vão.
Se montam e desmontam
De formas diferentes
Ou vão-se com o vento
Das individualidades.
É como um escape
De intensões e tensões.
É a liberdade de brincar
E não ferir.
E as segundas e terceiras intenções
São privilégios de quem também quer brincar
Sem amadurecer o bastante
Para interromper o ciclo.
Pisca e vê, e nada sente.
Vê e sente, porque pisca.
Ah, sei lá, a vida é assim...
Ás vezes você pensa
que perdeu,
mas na verdade, ganhou...
O tempo que passou
e que você não lutou
Só te faz lutar mais
determinado agora, mais firme
E nunca é um tempo perdido.
Nunca é tempo perdido.
Sempre, sempre se proteger...
O boxe é assim...
A vida é assim?
Ah, a vida é assim...
Loucos Sonhadores
Todo instante é a oportunidade.
A vida não é nem um melodrama, nem uma
comédia, mas sim, uma realidade que nos leva a
crises e remissões.
A verdade é tangível, não nos abandona, mas loucos
sonhadores deste mundo, peregrinos que somos,
fechamos os olhos, abrimos passagem e levados pela
vida, extasiados, seguramos nossos sonhos.
Seguimos o curso, em movimento, enquanto o
destino, caprichoso, vai dando sentido as nossas
ilusões.
Deixamos janelas e portas abertas para o improvável,
misturamos beleza, pescamos estrelas, corremos
com as nuvens, plantamos flores na beira do
caminho, bordamos versos, afastamos sombras,
correntes de ar e turbilhões de vento. Fazemos,
então, esta mistura de cores e dores, e colocamos
todo universo em uma palheta.
Em estado de graça vamos partilhando doces
sensações e músicas interiores que assobiam
sinfonias inéditas, para que o tempo nos leve no
rodopio de uma dança inesquecível.
Somos versos, delírio, esperança, suavidade,
nostalgia e sentimentos.
Somos paixão, amor, saudosismo, visão, antídoto,
mistério e palavras.
Somos poetas, carregamos na alma a eterna poesia.
Quietude
Hoje, aqui tudo é silêncio,
Apenas me permito à voz do coração!
Bem longe do disse e me disse,
Os pássaros cantam e recantam em um som divinal,
Cá prevalecem as estrelas, cintilando no azul mais profundo.
Oram os homens, as mulheres também as crianças,
Em prece profunda e luz.
Um passo tranquilo, exposto, e mui belo,
Bailando em dança que seduz,
Em um monólogo de ilusões,
Cochichando, as invencíveis, e eternais paixões,
Que acossam a pura glória no porvir,
Vindo em ondas sobre o mar,
Visitando as salas das virtudes,
Entre bandejas bem ornadas e bem postas,
Como se fossem lágrimas despejadas pelos destinos,
Então, se abre a flor,
Em vitória-régia,
Em um beijo de hálito legítimo de amor.
Jmal
2014-02-14
Globalização
Que seja valiosa como minha fé,
O desejo de sonhar com uma doce mulher,
Através de um apelido, tomando um café.
Conectada a mim, em minha presença alter.
Recluso na glória da minha imaginação fantástica,
Enquanto anônimo, me descrevo em prosa e verso.
Através de um teclado, um café e minha forma prática.
De dizer que estou perto do seu universo.
Ao som de meus teclados que nos une à madrugada.
Imaginando como seria você, nestas horas escuras.
Bebericando meu café, com minha testa enrugada.
Imaginando você, uma mulher sem frescuras.
Enquanto a noite se vai em troca do dia,
Um silencioso momento em sua companhia.
Ouço um pequeno ruído de gotas na pia,
Minha Internet lerda, me traz agonia.
Então, faz-se em queda nossa conexão.
Arrancam-me lágrimas de tristeza.
Enquanto roubaste meu coração.
Nesta maldita globalização.
TE AMEI COMO SE FOSSE A ÚNICA
TE AMEI COMO SE FOSSE A ULTIMA
COMO SE DEPOIS DE VOÇÊ , EU FOSSE PARAR DE RESPIRAR
AMEI-A COMO JAMAIS PODERIA DE NOVO AMAR
... TE TOQUEI, SEM TE TOCAR
E AINDA ASSIM FOI TÃO REAL,
FOI TÃO INTENSO E NATURAL,
QUE ERA COMO SE VOCÊ ESTIVESSE LÁ
AI, CORAÇÃO TRAIÇOEIRO E VAGABUNDO
QUE AO SINGRAR OS CAMINHOS DESTE MUNDO
INSISTE QUE EM ALGUM LUGAR VAI TE ENCONTRAR
... UM DIA ,QUEM SABE , UM DIA...
ESSA BUSCA VAI TERMINAR.
PARA DONA...
Sou eu, sou só, sou eles, sou outros, sou ninguém, sou todos.
Vazio repleto, sossego e nó, mistério da alma, farsa desmascarada, ferida cicatrizada, paz de ardente calma.
Vento, fogo, terra e água, tempo, pressa e mágoa, esquecimento e perdão, alegria e meu chão, insegurança e desespero, dor, esperança e travesseiro.
Silêncios, lágrimas e risadas, escolhas certas e erradas, sonho mirabolante, triste, feliz, intrigante, sorte desavisada, flor perdida na estrada.
Sou música, sou cor, poesia e amor.
Um Novo Caminho
Sonhos que caminham,
Por trilhas incertas,
Conflitantes entre o querer e não querer,
Doando um acerbo à alma,
Que revoga a própria vida...
Quem me dera,
Dar luz as sombras,
Num simples mergulhar,
Entre as sustentes, a vida fecundar...
Afundando as assombrações,
As tramas, os anzóis,
Multiplicando a vida,
Que não brilhou,
Não quero asas para sonhar,
...Quero pés!
Para um novo caminho em luz trilhar.
Jmal
2014-02-17
Evitando amar.
Serão ossos do ofício,
ou serão nossos vícios,
de tudo dramatizar.
Gostamos tanto da dor,
que sempre matamos o amor
achando que não vai durar.
Paremos com esse suplício,
vivamos deste novo vício,
que é simplesmente, o G O S T A R.
Não importando o resultado,
mas sim o vivido, o gostado,
de cada minuto do Amar.
Dá-me
Dá-me estrelas,
Em noites sem luar,
Para que eu possa sorrir e cantar...
Das trilhas calçadas em pedras,
Faíscam fagulhas de dor,
E neste instante é tudo que não preciso...
Dá-me estrelas,
Que o fulgor venha de longe,
Já me alegram os sentidos...
Dá-me também...
Do trigo da vida,
Da água que tudo agita,
E do sal tempero de toda felicidade...
Dá-me sonhos,
E, que eu possa descansar...
Agora posso sonhar,
Me permitindo viver a vida,
Em um sonho belo,
Que o acaso posso me levar.
Jmal
2014-02-12
Desabafo
Posso dizer, necessito dizer,
O que me punge a alma e o coração:
É ver estrelas, lá no profundo azul,
Tão admiráveis, tão reais,
E não poder obtê-las,
Ou quem sabe Tê-las flamejando em nossas mãos,
E não permiti-las escaparem por entre os imaginários dos dedos!
Jmal
2014-02-20
21/05/2011 Diário de Annh Cavalcante
Estou em uma rua sem saída,
Sera que é o fim a minha vida?
Oxalá que fosse mesmo.
E a terra com sua boca feroz trague esse coração que antes de amor batia.
E a minha boca fria pálida que outrora te dava beijos,
Hoje grita TE AMO! em silencio.
Um grito mudo que diz
AJUDA-ME! Estou afogando em um rio de águas sujas.