Poesia Completa e Prosa

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ESFERA DO AMANHECER

A luz do sol ainda parca entalha
Aurora em vidas ora interferidas
Pelas farpas de espinhos e feridas
Quão árduas marcas de batalha,

A luz do sol ainda fraca trabalha
Em vidas de histórias fenecidas
Renegando qualidades perecidas
Impetradas de uma jornada falha,

A luz do sol que crema se conhece
Os acúleos de um fluxo irregular
Deixados pelos azos de uma fera,

A luz do sol que tece e amanhece
A procura deste influxo singular
A doar a paz extensa nesta esfera.

Inserida por adrianogama

...sou um pescador ...nesse vasto mar.
...minhas redes, joguei no além, onde Deus descansa e eu também, pesquei sonhos pro mundo inteiro, trouxe amor e não havia dinheiro que pudesse pagar !
- Cadê Maria? - Foi pro mar
- Cadê João ? - Foi trabalhar, nos acordes da construção de uma nova canção, sob o sol e o mar, de um dia de verão.
- ... cadê João ? -Foi pro mar.
- cadê Maria ? - Foi buscar, poesias pro jantar.

Inserida por rogerfreitas

PRIMAVERA, LINDA ESTAÇÃO!

ACHO QUE A PRIMAVERA É A ESTAÇÃO PREFERIDA DE DEUS,
POIS QUANDO CONTEMPLO SUAS FLORES,
DESABROCHAREM NUM FESTIVAL DE CORES,
LEMBRO DA NATUREZA, DISTRIBUINDO SUA BELEZA,
NUM ARCO-ÍRIS DE AMORES.

PRIMAVERA, LINDA ESTAÇÃO! SÓ MESMO DEUS PARA INVENTAR ALGO ASSIM:
ALEGRE;
COLORIDO;
CRIATIVO;
INSPIRADOR!
POR ISSO A ESTE DEUS, DONO DA CRIAÇÃO,
OFEREÇO O MEU AMOR E A MINHA ADORAÇÃO,
PARA TODO O SEMPRE E DE TODO O MEU CORAÇÃO.

Inserida por SilviasB

De que somos feitos,
senão desse roteiro indecifrável que atravessa séculos.
Senão desses caminhos que trazemos nas origens.
Somos feitos dessas dores , desses sonhos ,
e principalmente dessa grande adiposidade poética
que inauguramos diariamente , em nós...


(Para Vânia Regiane)

Inserida por moisesjdecarvalho

Solteiro feliz.

Estou que nem um pássaro
entre os céus.
Dançando ao saber do vento.
livres estão os meus sentimentos,
Não amo, não odeio.
Puro está o meu coração,
pronto para receber uma nova paixão.
Um novo amor.
e talvez uma nova decepção.
das mágoas antigas me Esqueci.
estou pronto para novas mágoas.
Enquanto espero pelo meu grande amor.
Vou a cada baile dançar e beber.

Autor: Massivi Suburbano Odisseia

Acordei pensando naquele dia
quando estivemos a Beira da praia
fizemos promessas na presença da lua,
Ela era a testemunha,
viu e ouviu nos prometendo
amor eterno, abraços e beijos.
corridas na areia...
Ah!
Engraçado
Tudo acabou.
Logo que a lua desapareceu
Nada daquele dia restou.
até parece que a lua levou o nosso amor.
Será que já não houve lua
depois daquele dia?

Autor; Massivi S. Odisseia

No alheio.

Vivo no alheio
completamente distraído
do ódio
de quem jura ser meu amigo.
e do político
que jurou velar pelo
meu-estar.
Quando no fundo
pretende acabar com o meu suspiro.
Vivo no alheamento
nada de jeito sei
dos interesses de quem
jura estar comigo
nos bons e maus momentos.
E aquela mulher
que jura me amar.
sem ter me conhecido.
conheço a máscara
mas desconheço a pessoa.
nada sei dos seus sentimentos e pensamentos.
sou um ovelha
junto dos leões
mascarados de pessoas.


Autor: Massivi S. Odisseia

A minha janela

É uma televisão
onde a cada manhã
assisto a caminhada sem nenhuma direção.

Homens andando
de cima para baixo
procurando por um tostão.

Conheci o mundo
sem sair de quarto.
Pela minha janela
Assisto as gargalhadas
nas ruas,
tristezas e namoricos
a mais esquerda da parede.

Assisto as crianças
falando dos maus tratos.
e reclamando da fome.

Na minha tv-janela.
Assisto a novela do mendigo.
todo sujo pedindo esmola
no homem rico
todo arrogante.

Autor: Massivi S. Odisseia.

Os ventos hão de soprar-te
os primeiros perfumes da primavera.

Como uma réstia de sonhos
trazida de alguma canção antiga.

E no alento de um mundo julgado só nosso
tu sorrirás

Quando eu deitar em suas mãos essa rosa.



A invenção do céu azul
(Para Vânia Regiane)

Inserida por moisesjdecarvalho

FIM DE UMA ESPERA

A ânsia desta espera
finda-se ao sentir
teu alento voraz,
que devolve a meu peito
o fôlego da existência.
O calor do nosso beijo
acende meu coração,
aquece a minha alma
e liberta a perspectiva,
antes encarcerada na solidão
dos meus silenciosos sonhos.
O brilho do teu olhar
reflete no mar azul
do nosso Amor
a intensa emoção,
salva na confiança
de cada amanhecer
fazer valer
a nossa esperança.

Inserida por adrianogama

Árido

Eu estou vazio,
Todo o mundo ecoa
Dentro de mim.
O mesmo som que entra,
Sai sem tocar em uma gota de sangue.

Saem apressados,
Pelos olhos anestesiados,
Pelos ouvidos exaustos.
E são levados pelo vento.

Nada floresce,
Mas ao menos,
Não há nada para estragar.

Mas existe uma sensação
De que algo poderia mudar.
E isso entoa ameaça para minhas mazelas,
Que em raiva atiram-me ao chão.

E as enfermidades da terra árida são tantas,
Que cada golpe de enxada
Parece só fazer um novo buraco sem sentido.

Os anos são lentos como sementes,
Principalmente quando se aprende a senti-los com os dedos.
E para de vê-los passando com os olhos.

Mas realmente é difícil,
Sentir o pesar dos anos nas costas,
Mas imaginar com ternura
Que ainda são poucos!
E não senti metade do que há em mim,
Pois sou poeta.

Inserida por LeeandroMoura

Suspiro em versos...

Divido todos os anoiteceres à placidez de um sorriso
Solvo de uma vez o cálice do vinho
Tão forte...
Que me queimou a alma
Cedi meus sonhos... A quem não conhecia...
Aprisionei meus dias... Numa palavra chamada amor...!
Suspiro em versos e os lanço ao tempo...
Que se demudam em sentidos...
E se perdem nos desejos e sentires...
Nas dores... Na ansiedade... No medo...
... e choram... Este amor que é segredo!
A alma sofre e reclama em sentires confuso
...então a espera se faz breve... Na loucura dos dias...!

Inserida por celinavasques

Pobre de meus devaneios,
Impuros, insanos, alheios.
E por estrelas de anseios,
Guardados num céu de receios.

Donde quer que andes,
Pensamentos errantes,
Foge em busca do que antes,
Já fora prazer, hoje instantes.

Pobre de meus devaneios,
Doces, tristes desejos,
De teu tato, olhares e beijos,
Que corroem meu ser por inteiro.

Inserida por maiaraangels

Hoje mais uma vez lembrei-me de ti...!

Senti saudades das chuvas que escorriam
Nas vidraças do meu quarto... Onde eu podia divisar
O horizonte... As montanhas...
O vento frio que balançava as copas das árvores do jardim...
E uma lágrima bailou em meus olhos...

Olhei para a varanda onde tomávamos chá e escrevíamos poemas...
Meu pensamento voa e encontra as notas musicais
Com as quais eu tocava melodias...ao entardecer...

Regresso ao tempo...
Visto-me de lembranças e sonhos
E descubro que... No jardim são as mesmas
Rosas vermelhas que me davas
Nos dias que vinhas ver-me e abraçava-me com tanta ternura...

E então sorrio da dor de querer-te mais uma vez...
Mas se nunca me deixaste... Vives dentro de mim
Por isso tantas saudades tuas...!

Inserida por celinavasques

Vidas passadas...

Ah! Este vento sussurrante
Que experimento neste dia frígido...
Penso em ti e neste
Aroma de sonhos e reencarnações...

Nesta noite que não tem estrelas... Apenas as sombras
Escondidas nas muralhas... Do tempo...
E no silencio grito para que me ouças...

Quando te vejo sinto que me encontro com o passado...
Tantos quereres perdidos... E grito para que me identifiques

Vem... Ilumina a minha escuridão...
Sussurra numa poesia... Versos que falem
Desta antiga paixão...
E me liberas das dores arraigadas de alucinação e solidão...!

Inserida por celinavasques

Pedaços da minha vida...

Olho-me no espelho... O tempo passou..
A juventude ficou no passado... As rugas teimam
Em riscar a minha pele...
Só meu coração permanece jovem... Apaixonado
Criança...
Lembro-me dos dias de minha infância...

Mas mesmo assim ainda sou eu... Esta figura
Que me parece encantada ao lembrar felizes dias
De uma juventude perdida!

Pedaços de minha vida que
As lembranças machucam... E não me deixam respirar...
Está tudo numa névoa... Meus dias de primavera
E mesmo assim doem demais em meu peito... E trás esta gota
Ardente...Teimosa no canto do meu olhar...

O passado é uma musica... Uma canção...
Que adoraria poder canta-la em versos qual a melodia que escuto
Com tanta emoção...!

Agora sou apenas a poesia que escrevo...ou talvez a saudade
De dias tão felizes que tive!

Inserida por celinavasques

Imoral

Espere ele voltar
Não vai aparecer na minha janela cantando serenata
Então deixa ele vazar
Vou correr atrás se não seria ingrata
Então deixa ele pinar
Existem mil formas de definir isso casualmente
Tomar algumas miligramas de moral para reforçar
Distúrbio de deixar partir me faz doente

Inserida por victoriabark

(Impávido é o Amor)
desta vez o amor me arrasa
percebo não estar preparado para tanto amor
o pranto inundou minha casa
o mais sublime dos sentimentos só me trouxe dor
talvez seja castigo
pois em toda vida jurei jamais acontecer comigo
pretérito incauto
castigo por ser o antônimo, do impávido
vá pro diabo ! com sua psicologia
ciência maldita
que tenta explicar o amor
pra o diabo com suas reações químicas
essa explicação tão sínica
não explica a minha dor.

Inserida por AlexMiranda

A estátua de um poeta morto


Sozinho, caminho até a praça...
Dois ou três passos e paro.
Colho flores brancas entremeadas ao mato.
Mato grande, que cresce ali!
Um cercado de fios de arame enferrujado protege o jardim.
Desconsidero o aviso que diz:
-Não colha flores e, ou, plantas desse jardim!
(...)
Num segundo de descuido
um agudo espinho de esquerda
espeta-me o dedo polegar da mão direita.
Desço à terra!
Subo novamente à minha própria altura.
Recosto-me em uma estátua de cobre.
(...)
Um pássaro cinza voa no céu sobre mim.
Voa meio assim...
Meio torto, meio de lado.
Voa um tanto apressado.
Muito estranho!
O voo desse pássaro.
(...)
As pedras no chão...
-Vermelhas como estão-
parecem dançarinas de flamenco
tango, tchá...tchá, tchá!
Parecem dançar,
mexem-se sem parar!
Mexem-se. Sem parar.
(...)
De repente...
Ficam escuras!
Ficam duras!
Param de dançar.
Dói!
Dói-me a cabeça.
(...)
Os olhos ficam inquietos.
Nuveiam...
Nuveiam!
Somem as nuvens dos olhos
e até o sol para de brilhar.
(...)
Dá um sono!
Resolvo deitar ali mesmo.
Deito-me naquele lugar.
Penso-me morto.
Morto não hei de estar!
Não hei de estar.
Morto, eu? Será?
(...)
Num último e derradeiro esforço
tento me levantar.
Tudo parece estar tão distante...
O corpo está tão pesado...
Resolvo me aquietar!
Durmo por horas ao pé da estátua de cobre.
(...)
Estátua de poeta!
Homenagem 'post-mortem'.
O coitado morreu ali mesmo...
Naquele lugar!
Envenenado por um pico de espinho de rosas brancas
no polegar da mão direita.
(...)
Morto e transformado em estátua!
Pra sempre ali...
Parado!
Transformado em poesia dramática.
Eternizado em seu próprio universo,
e preso, em seu mais triste verso.
Morto!
(...)
Enquanto lamentava a sorte do pobre homem
o pássaro cinza que se remexia no céu sobre mim
mira e despeja toda a sua maldade em minha cabeça.
Numa casualidade quase transcendental,
salva-me da morte!
Livra-me da sorte de virar estátua.
Revivo e vou-me embora.

Inserida por JotaW

O amor de sempre...!

As letras que escrevo choram... Pérolas...
Sentidas... Quais lágrimas que morrem no canto da boca...
Aonde caminham as canções perfumadas
Que arrastava além dos sonhos e risos...
Antes de se perderem no tempo...
Na loucura dos dias...
Então escrevo...

E sinto a brisa em meu rosto
E os arrepios da alma...
Escrevo versos e muitos versos...
E assim preencho as páginas vazias
De tua ausência...

Eternizo assim meus sentires...
E vou escrevendo poemas horas a fio
Tentando descobrir-te num aglomerado
De letras... quem sabe poderás estar num
Poema distante ou no crepúsculo que
Invade o esboçar das noites de solidão!

celina vasques

Inserida por celinavasques