Poesia Completa e Prosa
Domingo anoitecendo, chuva forte caindo no telhado... e eu, trancado no quarto debaixo do edredom lamentando por um amor falido.
Não compreendo como chegamos nessa situação, e muito menos como a paixão apagou.
Será que a culpa foi minha, ou então, o destino quis assim? ( o mesmo destino que outrora tinha nos unido). Ainda sinto seu perfume no travesseiro, ouço sua voz no banheiro.... e agora,tudo não passa de uma ilusão...uma história que estou tentando apagar no meu livro chamado 'coração'. Quero fingir que nunca nos cruzamos, que jamais trocamos olhares e muito menos que nos amamos.
Ainda está dolorido,dói... e como dói, lágrima rola em meu rosto, mas brevemente voltarei ser feliz em rumo do novo amor.
E nossa história será somente um passado, um passado que teve momentos incríveis e felizes, mais que infelizmente chegou ao FIM.
Escrito por: @marcosspoeta
Sempre fiz o meu caminho
desenhando passo a passo
no chão onde pisava
cada nota do compasso
Compus a minha melodia
olhando o sol e estrelas
captando toda a poesia
só minha, tinha direito de tê-las
Não mirei a vida de ninguém
em silêncio fiz a minha
sabendo e muito bem
quem atrás de mim vinha
A vida é sempre assim
parece um rodamoinho
meio irreal, mas há sim
quem deseje nosso caminho
porque não tem ideal
“ Você vai encontrar a pessoa certa,
mas antes disso, você vai se apaixonar pelas pessoas erradas.
Vai se magoar, vai se lamentar, vai chorar por aquele relacionamento não ter dado certo, vai ser questionar: Aonde foi que eu errei?
Mas que no fim, quando realmente encontrar a sua pessoa, você irá recordar daquilo que passou, não com remorso, mas sim com contentamento, contentamento por ter superado aquele relacionamento passado,
mais que isso, por estar amando a pessoa certa dessa vez.
Porque a vida é isso, ela primeiramente te faz viver o impossível, para depois te mostrar toda a grandeza que ela tem a oferecer. ”
PODER MUITO ALÉM
Se soubesse o seu poder
O ser humano não se entregaria
Lutaria e ousaria acreditar
No amor daquele que um dia, o criou com perfeição
Perfeição imperfeita
Que esplêndida, expõe a certeza
Que o criador não errou, mas
De propósito sua criação assim imaginou
Pois completude o homem só terá
Quando ao criador sua alma entrelaçar
E aceitar o amor divinal, paternal, sem igual
Que só ele preencherá pra isso um vazio veio deixar
Longe desse amor nos perdemos
Contextos tão simples, nós não compreendemos
Sem sentido vamos morrendo
Em agonia, amargura e dor
Compreenda e reflita
Teu espírito deseja vida!
Que ele oferece de maneira explícita,
Gratuita, bendita, amiga, pacífica, que nos constrange por tanto amor.
Amo-te
Amo-te mais do que a carne
Mais do que a alma
Mais do que a palavra
A imagem noturna de ti
Inebriando meus pensamentos
Neblina turva da face tua
As mãos me acariciando
Qual uma nebulosa difusa
Teus olhos como estrelas
Fortes luzes a cegar os meus
E a refletir neles minhas lágrimas
Pequenos silêncios
Que escorrem pelo meu rosto
Caindo no meio dessa folha
E se esparramando em versos
Amo-te, o resto é poesia...
O tempo
O tempo , passa rápido de fato
De um jeito inesperado
É um grande fardo a ser carregado
Pois é complexo e incerto
Pouco tempo , sempre vamos dizendo
E tudo ao redor vai acontecendo
Gastando-o atoa e dizendo que voa
Mas usá-la com sabedoria
Seja o ato certo , a cometer todo dia
Mas é relativo sua importância
Para outros o muito têm
Mas ninguém , o entende da mesma forma
O importante não é ter todo tempo
Pois ele passa e não volta
E o arrependimento bate na porta , por não da-lo ao outro que se importa
Como se diz a palavra sagrada
Um dia é como mil anos e mil anos é como um dia
A sua complexidade foi dita
Uma perda
Muitos não têm
Por isso vivem
Sem ninguém
Mas muitos que têm
Não dão valor
A esse grande bem
Só se lembram
Quando não há
Mais tempo
E sentem remórcio
Com isso as lágrimas
Escorrem de seus olhos
Somente no velório
Entendem que esse mundo
É ilusório
E aqui é tudo provisório
Então talvez assim
Reconheça o real propósito
Porém há pessoas
Muito boas
Que deram seu tempo a outas
Dando atenção
Tratando com educação
Com um grande coração
Que sofre pela perda
E chora de tristeza
Pois em quem amava havia beleza
O amor
Geralmente intenso
A cada momento
É um sentimento
Complexo , inexplicável
Relativo , omitido
Compartilavél
Simplesmente é se importar
Não querer se afastar
Demonstrar com suas atitudes
Ele é envolvente
E nos aquece sentimentalmente
De uma forma diferente
Não podemos toca-lo
Mas podemos sentir
E doa-lo
Nós o queremos
Mesmo que não merecemos
O temos
Mas muitos o desconhecem
E o substituem
De um jeito ruim
Mas o amor
Não é a maior força
Mas sim uma das poucas que nos faz sorrir atoa
Eu estava dentro do ônibus
Era manhã
E pela janela vi como o sol Estava belo
Sua luz banhava meu rosto
No fonte de ouvido
Uma música daquelas que marcam um momento
E foi a primeira vez que senti Deus recitando uma poesia para mim.
É incrível viver um romance com o escritor das mais belas histórias.
É incrível!
Algumas coisas
quando se quebram
são fáceis de consertar:
uma xícara lascada
uma estatueta de gesso
um sapato velho
uma receita que desanda
ou uma amizade arruinada.
Ainda que guardem
as marcas do remendo,
é possível que essas marcas
tenham um certo charme
como algumas cicatrizes.
Mas experimente consertar
um poema que estragou.
onde termina o poema onde
um ponto de suspensão apenas
o poema não termina quando
a linha roça a beira do papel
tampouco a língua roça
aquilo que ela alcança
para além da página há
o poema imaginado sempre
uma imagem de poema
desfazendo-se afundando um
navio atracando-se no espaço
um navio a cada vez refeito mas
o corpo do poema não é
imaginário tampouco a
possibilidade de um limite não
há limite apenas limitação a
folha acaba a tinta acaba a
língua é o ponto de desacordo
roçar a página ancorar mas
a cada vez apenas por um instante
este inacabado este
que nunca termina
Já estamos todos muito velhos
As conquistas de outros tempos se acumulam
Nos caixotes de papelão e isopor
Nas malas que moram na parte de cima do armário
Vasculho papéis que perderam sua função
Fotos documentos recortes
Rostos amarelecidos em uma existência remota
Uma quase não-existência familiar
E temporal
– palavras fatos já não-meus, penso
(é preciso alçar a indiferença)
“que importa quem fala, alguém disse...”
É preciso rasgar
Estancar o sangue
Tentativa de habitar algum presente em meio ao bolor
superar
a tristeza de não ter mais você
e seguir como se o rio esquecesse o leito antigo
procuro as palavras para te cobrir
mas me faltam letras
tropeço nas sílabas do teu nome
(mesmo que já não possa lembra-lo inteiro)
já vivo sem você
costuro cavalgo comungo
só não sei
como partir inteira
retomar pedaços
fatias
de um corpo que foi meu
(as marcas da história de cada um)
as marcas da nossa história
emolduram
um jeito velho de ser
um jeito esquecido e velho
de ser mulher
Minha infância é hoje
aquele peixe de prata
que me escorregou da mão
como se fosse sabão.
Mergulho no antigo rio
atrás do peixe vadio
– Quem viu? Quem viu?
Minha infância é hoje
aquele papagaio fujão
no ar, sua muda canção.
Subo nos galhos da goiabeira
atrás do falaz papagaio
– me segura, me segura
senão eu caio.
Meu coração é um violino.
Lá fora sopra o vento
contorcendo o mar.
Penso no infinito.
La fora passa o vento
digladiando com o mar.
A ideia é um precipício.
Por que há o vento
penso no princípio,
no sem fim, no caminho.
Triste verso que agora escrevo
(e que alguém vai lendo),
pensar é um abismo.
Sou pequeno bem pequeno,
mas minhas mãos tem gestos
que nunca terminam.
Não tocaria uma só nota serena.
O desconforto fosse meu porto.
O descompasso meu próprio passo.
O mal estar meu maior conforto
E todo verso forjado a aço.
Assim, através de muitas cidades.
Como tudo estivesse ao inverso,
Tudo seria reinventando, as artes,
As crenças e, enfim, todo universo.
Deste tempo em que estamos
(de onde escrevo este relato),
uns dizem o fim de uma era,
outros, o início de um fraternal estágio.
Eu bebo meu chá.
Sou do tamanho da minha janela
e nela cabe até o mar.
Quando os cargueiros somem no horizonte
deixam de existir aos meus olhos carpinteiros.
Talho o mundo a minha medida.
Usei amores, naufrágios, despedidas,
e já não eram sentimentos,
eram versos.
sonharíamos coisas lindas.
e quando acordava o gosto era bem doce.
eu te cantaria mais lindo que dorival caymmi morto em pessoa.
mais poético que os calcanhares da adriana no porto.
contava carneirinhos e te mostrava o fogo.
círculos ininterruptos. rodas. giram milhares de arrebóis.
eu até te bordava coisas assim. pra que nosso sono fosse
acordado.
grudado. e nada mais o fado.
pra me amar e ter inteira, riso largo,
a face serena sem expressões franzidas ou teatrais,
é preciso drama, camarada:
os olhos a me caminhar, venerar, buscar;
fazer exigências, oferecer um lenço azul, um título ktke;
há que me torcer o esternoclidomastóideo;
morrer de amor, porre, guerrilha e poesia.
Ao cair da noite, estrelas cintilam como gelo e a distância que elas cobrem
Oculta algo elementar. Não Deus, exatamente. Mais como
Um ser estreito, magrelo, com o espírito reluzente de Bowie — um Starman
Ou craque cósmico pairando, se remexendo, se doendo para que possamos ver.
E o que faríamos, você e eu, se pudéssemos saber com certeza
Que alguém estava ali espiando através da poeira
Dizendo que nada está perdido, que tudo vive apenas da espera
Para voltar a ser querido o suficiente? Você iria, então,
Mesmo que por algumas noites, para esta outra vida em que você
E aquele primeiro que ela amou, uma vez cegos para o futuro, e felizes?