Poesia Completa e Prosa
"" Te amo como se fosse impossível
e isso basta
não precisa explicar
amor que o dia inteiro me deixa sonhar
.
te amo pela manhã
quando acordas despenteada
te amo à tarde quando perfumada
me encantas
.
te amo pelas noites afora
como flores que afloram
em jardins que só o coração
é fiel para cultivar
.
te amo de qualquer jeito
te amo por tudo
te amo pelo que sou capaz de amar...
"A Bela Bauhinia:
Se permitir parar por um momento e olhar, olhar aquela flor, que num primeiro instante parece tão simples e comum, de uma árvore com tronco grosso e áspero, mas com um pouco mais de vontade e sensibilidade você encontra um mundo de significados nela, você encontra milagre na vida”.
" Dizem que somos setenta por cento água, se isso é verdade, todo obeso(a), deve ter a temperatura corporal um pouco mais baixa, por isso não evapora na quantidade ideal...
(OBS - sou gordo e observo que a minha pele parece ser um pouco fria, por isso como um pouco mais para gerar calor e energia. Hahaha!!! )
Os olhares suavemente se entreolham
e silenciosamente perdem-se nas desoras
no silêncio adormecido do penar.
E na procura do amor pela alma, em um só, já estavam lá.
Aos ventos que sopram nossos olhares, como a mão de uma mãe a afagar,
o beijo inevitável e sem sabor:
- A delicadeza virginal do amor.
" Meus olhos que somente viam sua aura
passaram a não ter calma
pesados, molhados, tristes
elos de um fim anunciado
meu coração que de tanto sonhar acordou
notou sua ausência
e por consistência passou a pedir
volta volta, volta volta
minha alma já acostumada aos incertos da vida
corria por caminhos sonhados
pensava navegar em nuvens calmas
mas tempestades a fizeram regressar...
Cemitério de Pássaros
Era bom viver com os pássaros.
Era como se,
A cada bater de asas,
Você garantisse que voaria mais alto,
E para qualquer lugar, no dia seguinte.
Usando as suas próprias asas,
você iria.
Usando as asas de seus próprios pássaros,
Que nasceram com você,
Que faziam parte de você,
Que te levavam às nuvens...
Lhe traziam liberdade,
Magia,
Confiança.
Mas, à medida que o tempo passou,
Você percebeu que aquilo que os pássaros lhe traziam...
Começou a sumir...
Assim como os pássaros.
E você não havia percebido.
Aos poucos, foram matando seus pássaros.
E conseguiram deixar-te tão absorto
A ponto de não perceber que, na verdade,
Você se tornou um cemitério de pássaros.
Seus pássaros.
Fizeram com que você morresse tanto,
Que você, mesmo sem perceber,
Também foi responsável pela morte de suas aves.
Eles acharam que seus pássaros voavam alto demais,
Demais para a realidade.
As aves precisariam sumir,
Você não poderia voar.
Tiraram-lhe das nuvens,
Trouxeram-lhe ao chão,
Agora, você pode tentar tocar aos céus.
Quando seus pássaros estão mortos ao seu redor.
Sem asas.
Dói.
Dói ao ver o massacre do que antes foi seu.
Dói ao ver que nenhum restou,
Tudo o que restou foi o que você se tornou.
Não há volta para a morte.
Para àqueles que se tornaram,
Ou estão se tornando,
Cemitérios de pássaros...
Crie novos pássaros,
Faça-os sobreviver.
Não deixe que os matem.
Eles são os únicos meios de voar.
Às vezes, nós deixamos coisas passarem despercebidas aos nossos olhos. Talvez, porque não queremos enxergar, porque não querem que enxerguemos, ou porque nossa mente está preocupada com outras coisas.
Alguns não conseguem ver, outros podem ver de relance pelo canto dos olhos, mas decidem ignorar e fingir que nada aconteceu.
Era apenas sua mente pregando peças.
Mas quando um decide parar de ignorar, e abrir os olhos, tudo pode mudar.
AS MÁSCARAS DA VIDA
Encobrem os rostos
com máscaras de várias fantasias
os que transfiguram na vida
a recíproca antipatia !
Ocultam suas faces de perversão
tapada por máscaras de várias fantasias.
que regozijam ao impudor
das suas almas carnavalescas !
Vibram gritos de alegria escondidos
na máscara de mostras falsas
de uma aparência enganosa de hipocrisia
São caras ... São máscaras que se despem e vestem
ao longo da vida….
São rostos ignotos do dia-a-dia!
Enfim: o carnaval está aí!
Dá-se alegria e fulgor
Às máscaras da vida
Ah!! se o amor virasse moda
e por desejo, todo mundo passasse a ter
como celulares, colares, bolsas,souvenires
a tiracolo o amor, sem frescura
sem muita procura, apenas amor
amor dos bons, desinteressados, vibrantes
coloridos, iguais.
plurais
Ah!! se todo mundo praticasse o amor
e esquecesse por uns tempos o desamor
em todas as esquinas olhares apaixonados
em todos os lares, ninhos de amor
gente se amando, corações se pegando,
amores sem fim
Ah!! se o amor virasse moda...
Não jogue sua felicidade nas costas do outro. É um fardo pesado demais para se carregar.
Cada um já tem a sua própria cruz, não precisa ajudar à arrastar as tuas correntes.Não queira, que o outro se sinta responsável pela tua alegria ou a tua desgraça.
Entenda, ninguém é obrigado a gostar de você.
Aprenda, que o "eu não sei viver sem ele (a)" é só uma transferência de compromisso. Você está jogando nos ombros do pobre coitado (a), todo o trabalho que você deveria estar fazendo. Preste atenção, não há ninguém lá fora se esforçando por ti. Que mania é essa achar que só será feliz se atrelar tua vida à alguém? Ninguém é o caminho de ninguém. Deus me livre! Já tenho o meu aqui cheio de pedras, vou ter que ainda me arrebentar no teu? Vai lá, te vira! Sorria por você mesmo, viva por você mesmo, trabalhe para você! Deixa de ser preguiçoso (a) e arregace as mangas pela tua própria felicidade!
- Eu hein!!
- Flavia Grando -
" Preciso descobrir que há vida depois de você e muito mais que isso, preciso aprender a reaprender a viver mesmo que isso me custe, bem mais do que pretendia pagar.
Preciso encontrar os sorrisos depois de você
talvez, depois de você eu encontre até algum amor e isso direi que foi sorte, muita sorte
preciso entender que há vida depois de você e mesmo depois daquela Bela Linha do Horizonte que você era ainda existe um mar onde eu posso mergulhar e lavar minha alma de toda dor, de todo sentimento ruim. Preciso entender que existe vida depois de você e isso é tudo...
Mera poesias
Esse amor que consome a alma
É mais fortes que o sol ao meio dia
Suas letras alimentam minha fome
Seu ciúmes alimentam a relação
Sou o fogo que queima o seu corpo
A água que sacia a sua sede
Sua diaba fonte de inspiração
Mulher de olhar lindo e sorriso angelical
Do passado fomos despidos de ilusões
Paixões de outrora hoje mera poesias
Escritas em papel de seda
Que o tempo se encarregou de amarelar
Confidente
Da minha janela
Olho para além do céu estrelado
Contemplo a lua cheia
Linda e radiante
Estás tão distante
Ao mesmo tempo
A sinto tão perto
E não posso tocar-lhe
Lua, lua, lua
Não contes
Meus segredos
Que a ti são revelados
Sei que me compreendes
Minha eterna confidente
Que acalenta minhas
Noites inacabadas
Quem me dera
Quem me dera voar como a águia... esquecer que ao longo da vida perdi algumas penas e outras que foram arrancadas
Quem me dera contemplar a aurora do amanhecer a beira de um penhasco onde nasce a flor rainha do abismo
Quem me dera sobrevoar o oceano acima das nuvens escuras onde o céu permanece azul e o sol radiante
Quem me dera despender das velhas penas, bicos e garras curvadas e voar sem destino pré definido
Quem me dera cruzar o céu ao som da brisa suave, bailar e cantar a mais bela canção
Quem me dera alçar voo ao seu lado sem olhar para trás... pois o universo é pequeno e a vida curta demais
Quem me dera, quem me dera
Se permitir abrir suas asas
Se permitir ver a vida além do horizonte
Se permitir um novo caminho
Se permitir uma nova história
Se permitir voar ao meu lado
Quem me dera, quem me dera
Amor, amor, amor
Será que o amor existe?
Ou apenas em poesias e contos de fadas?
Se existe, porque ele é efêmero?
Porque o amor machuca?
Será que o amor é para todos?
Ou poucos para o amor?
Talvez o idealizo demais
Tipo Romeu e Julita
Amor eternizado por shakespeare
Amor, amor, amor
O que será o amor?
Tangível, intangível, louco, sublime...
Amor que nos eleva
Ao céu e ao inferno
A confiança e a dúvida
Amor que as diferenças atraem
Com o tempo as diferenças
Questionam o amor
Mesmo com tantos questionamentos
Me pergunto o que seríamos de nós
Se não existisse o tão questionável amor
O amor que nos eleva
Ao céu e ao inferno
A confiança e a dúvida
Amor, amor, amor
Será?
É madrugada
A lua sussura-me algo
Porém o vento dispersa as palavras no ar
Não permite que eu as ouça
Será que a lua também conversa contigo?
Diz-lhe o quanto te amo...
Diz-lhe que nas madrugadas corro para a sacada imaginado que está vindo ao meu encontro...
É madrugada
A lua sussurra-me algo
O vento já não se importa
Meu coração chora ... chora a sua ausência
Me diz
Reamente existe ou será fruto da minha imaginação?
Nos meus sonhos és tão real
Do nada invade minha mente, meu coração, minha alma
Por onde andarás ... sinto que existe em algum lugar
Quem sabe vagando em algum relacionamento vazio e exausto de me procurar
Tenho te procurado a cada segundo, dias, meses e anos
Meus dias e noites são longos e vazios
Despertar é doloroso e adormecer traz um breve descanso da procura implacável por você
És tão real quanto o vôo de uma águia
e abstrato como a brisa do mar
Nos meus sonhos, sinto que está chegando...
Reamente existe ou será fruto da minha imaginação?
Me diz
Guarda-Chuva
Dias e dias guardado...
Sozinho, num canto qualquer.
Esperando ser chamado
Quando a chuva do céu vier.
O trovão canta; anuncia:
O broto fechado abrirá.
O vento desfaz a calmaria.
A chuva nos molhará.
A flor negra enfim aberta
Coberta de tempo e de pó,
Balança leve, incerta,
Nas mãos do andarilho só.
Se a flor escapar do caule
E a chuva molhar (sem querer).
Abra a boca e beba um gole.
Guarda a chuva em você.
Sentimentos adormecidos
Antes da estrela do dia acordar
Abri asas em voo solitário
Rasguei penhascos e oceanos
Em busca do tudo em busca do nada
Alimentei-me de outrora esquecida entre nuvens escuras
Bebi o cálice amargo do abismo entre nós
Seu nome ecoou através de gritos sentidos
Acordando lembranças de outros tempos vividos
Solitária como águia fiz do deserto morada
Icebergs aqueceram minha alma gelada
Sonhos guardados deslizaram entre os dedos
Caíram sem chance de serem alcançados
No peito coração partido batia o pranto da dor
Nos lábios o canto cinzento sufocou o canto da fonte
O véu que abraçava o silêncio dissolveu com a voz do trovão
Acordando raios que iluminaram sentimentos adormecidos
SENTIMENTO DE CULPA
O que fazer diante de algo que te preocupa,
Que vai tomando conta do teu pensamento?
Como lidar com esse sentimento de culpa,
Que te machuca e te devora por dentro?
Fico sem forças, gritando em silêncio,
Tentando em vão chamar a tua atenção,
Será que tudo que eu faço ou penso,
É desprovido de um bom coração?
Que culpa eu tenho de me sentir culpado?
Por não ter dado ouvidos aos teus mandamentos.
Não vês que admito que estou errado,
E que cessaram os meus argumentos?
Ah Senhor! Quero pagar com a verdade,
E me despir dessa culpa que sinto,
Não vou tolerar mais essa falsidade,
De achar que tá tudo bem comigo!
Tenho que entender que Deus nem sempre responde no automático,
Ele para pra ouvir o meu lamento,
O cuidado de Deus é sintomático,
Ele só age depois do arrependimento!
Rodivaldo Brito em 17.02.2019