Poesia Completa e Prosa
Ruínas
A poesia se desfaz
Um nó se aperta
Garganta aprisiona
A sentença do sonho
Termina na angústia
Por ter amado a alma
Sereno coração segue
Recolhendo fragmentos
Soltos em suas ruínas
Amarga doces lembranças
O fim é o começo
A tragédia agoniza
Se torna tão comum
Arde em saudade
já não é o que mais dói
Quanto ao arrependimento...
Só o que foi vivido na alma.
Nos arranjos da minha poesia cantei
Nos arranjos e notas de mim
cantei cada poesia que fiz!
Ao passo vi um concerto
esplanado num canto,
de mil passarinhos!
A orquestra tocou,
as luzes do sol
o dia, coroou...
Nos arranjos e notas de mim
tambem cantei
cada verso na rima que fiz..
O pulsar do meu coração
sem voz, sem nos dois...
Fui dispersando em sua direção
na minha poesia em canção.
Na orquestra que tocou,
depois os passarinhos voaram...
Eu ...continuei quase sem voz,
sem você no meu caminho,
feito agora os sons que caem
em pétalas de raio do sol...
sobre a neve espalhado no chão!
Mas, também me espalho nos ares
e me desmancho em pétalas de flores
com desespero em meu canto te amo,
assim aqueço o meu coração em cores!
A Poesia
E foi no cerrado,
veio a poesia pra me buscar
Me trouxe do mar, de lá cheguei
verão, inverno, do chão
comigo emoção, contigo chorei
Não sei de onde pariu
se do silêncio ou comoção
só sei que nunca mais saiu
Não, não eram visões
nem palavras enfileiradas
nem a lua nas suas estações
Nem tão pouco inação...
pois, não mais ficaram caladas
desde então, só submissão
e no papel estão estacadas
E fui ficando ao teu lado
e ela balbuciando sentido
e eu de olhos fechado
nos sonhos me vi perdido
Alucinação? Ou asas da meditação?
E daquele vazio o mistério
se fez constante, pura sabedoria
escrevi a primeira linha, galdério
crivada de flechas, dor e arrelia
e assim me levou a sério...
E foi nessa idade,
chegou à poesia para me buscar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Pablo Neruda
Para gostar de poesia...
Não basta apenas lê-la. Buscar sentir o que sente o poeta no momento da criação da obra é quase impossível. O que leva o poeta (ou poetisa), a escrever versos que nos emocionam? Que momento é esse o da criação, da construção da obra? Introspectivo, quase sempre sem atenção às métricas ou rimas, sem o desejo pleno de muitas vezes, ser entendido ou compreendido... o poeta escreve para si, entrega, sem segredos, o que rasga-lhe a alma ou a alegra, mesmo que passageira, traduz nas letras de sua virtude, não raro, o que se identifica com o desejo silencioso do outro que não consegue exprimir um sentimento gêmeo, mas o sente... e o que lê, admira, sereno e profundamente tocado!
Primeira poesia
Sonho espancado
Sonha destituído, desidratado,
Nenhuma ideia na mente
Nenhum gesto de honra
Enterro o emprego dum homem
Fugido dum mar de amandas
Vazio, meu se ser desespera
Inteiro, meu ser se todo despreza
Vadio, o ar corre aroma
Da fruta que morre em chama
Chama à vida o poeta
Senhor dos amores perdidos
Infiel ao homem integro
Inteiro na alma que bate
Nem sabe daquela mania
Dum padre que abandona seu frade
Ovelhas rebeldes e negras
Perguntam da vida inteira
Sou deus, sou eu, sou nada,
Já disse que não quero nada
Já me fiz coberto de palha
Me já fizeram inteiro de nada!
Ele não sabe o que é ir embora,
Me vê ao gosto d'aurora
Ao som da luz do meu crânio
Aos olhos do meu sangue jorrando
Que não se ponho em dor do meu pranto
Ve luz no desumano canto
De um nome, poesia
.
Abri meu vinho
Peguei um livro
Deixei a luz baixa
Um bloco de notas
A espera da inspiração
.
Li, uma ou duas páginas
Rascunhei qualquer coisa
Nada fazia sentido
Faltava o motivo
A inspiração que me fizesse escrever
Fosse uma música, uma frase ou refrão
.
Segui na busca da inspiração
Deixei o silêncio guiar meu coração
A um nome ele me levou
Teu nome de novo, ele me mostrou
.
Rascunhei no notas, um refrão de poesia
Nela que dizia o amor que não vivemos
A poesia era sobre ti
Poesia essa que ainda não escrevi
.
As frases foram fluindo
Num lindo ritmo
A inspiração aconteceu
A poesia enfim, floresceu
.
De um nome, fiz a poesia
Poesia da nossa história não escrita
Escrevi o amor que tanto esperei
Mas em ti, não encontrei
~ Henrique Ferreira - @dullcesilencio
© Todos os direitos reservados
Poesia no Corpo
.
Queria escrever no teu corpo
A poesia que brota do meu coração
Coração que pulsa, poesia e sentimento
Num ritmo perfeito, feito a tua respiração
.
Queria escrever
Cada verso
Nas estrofes do teu corpo a ser descoberto
Dos fios dos cabelo ao dedão do pé
Tu é pura poesia
A ser escrita
A ser lida
.
O teu corpo nu
Seria folha em branco
Com curvas, nuances, texturas e sabores
Para com os dedos ou a boca
A sós
A poesia mais pura ser escrita
.
Queria escrever
Em você
A história de nós dois
Onde o poeta encontra em ti
O verdadeiro amor
.
~ Henrique Ferreira - @dullcesilencio
© Todos os direitos reservados
Tenho ainda uma poesia vazia
Tenho ainda uma poesia vazia
e branca na inspiração:
à minha espera
tão cheia de quimera
de amarras na emoção
e me resta melancolia
triste comoção
que sempre quisera
que sempre urgia
funesta direção
ó tão anca ironia
tão seca espera
tão vão ilusão
pobre coração
sem valentia
tão mera...
Tenho ainda uma poesia vazia...
à minha espera!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
A VOZ DA POESIA (soneto)
Em uma imaginação onusta e calada
Refúgio ignoto e sacro da inspiração
A ampla magia da ilusão em sedução
Sangra o verbo de uma agrura velada
E quando a privação se faz desvairada
Se embebe às vezes de total solidão
Dela rompe uma voz, arcana, um tufão
Que murmura quimeras entrecortada
É a voz da poesia, que, assim falando
Na audição da criação em manuscritos
Narra as histórias dos distintos causos
E traz com eles, atuardas e infando
Amores sumidos, sucedidos aflitos
Vendavais de sensações e ausos...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 05 de fevereiro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Quer saber como é ser intenso?
Alguns acham isso uma poesia, algo bonito, uma qualidade. A intensidade está, infelizmente, disfarçada de um sentimento comum e admirável. Não chega nem perto disso. Demorou para que eu entendesse a causa da minha intensidade.
Percebi que, quanto mais eu buscava por conhecimento, mais fundo eu chegava para descobrir a verdade. A inteligência é cobiçada, mas não é entendida. Quando eu olhei para o abismo, ele olhou de volta. A Intensidade não é bonita. Ela é uma substância enraizada na mente de pessoas “privilegiadas” que quando entra em contato com a verdade, se torna inflamável e acaba a explodir, e você é traído por si mesmo nesse momento.
A incontrolável vontade de arrancar do peito o coração e esmagá-lo, a vontade de correr até se afogar no próprio nó da garganta, os olhos fitados no nada transbordando agonia contínua por uma simples incerteza. Não, a intensidade não é de todo bom.
VÍCIO DE AMOR
Tu és vida e alegria,
Carinho, ternura e poesia,
Tu és alma e coração,
Tu és amor e paixão.
Nos teus braços eu me esqueço,
Neles sonhos e me adormeço,
Sinto todo o teu calor,
Quando fazemos amor.
Tu completas meu desejo,
Com teu doce mel labial,
E as delícias dos teus beijos,
Nesse nosso amor puro e real.
Tu me aqueces me acalma,
Tu és, no jardim, a minha flor,
Tu enriqueces a minh’alma,
Tu és meu vício de amor.
Anjo meu, me apetece no amor de amar você
Como poesia no vazio de muito te querer
Sei que não há palavras que defina o que o coração tem pra dizer;
Irei traduzir em escrituras para que o meu amor possa ler
Enchi o coração com um sentir que sentia, em um mar de poesia
Tudo para viver uma vida, junto de você, será que devo acreditar no meu querer?
Sei que será eterno se acontecer, acredite amor no meu apetecer;
AME PRIMEIRO (soneto)
Quem quiser ter poesia, que ame primeiro
O poetar onde, total, caiba na haste da flor
Ai dos que trovam, e dele não é por inteiro
Se apartam das quimeras e do afável amor
Os versos sorriem, enfim, ao ser certeiro
No peito do poeta que está um amador
No sonho passageiro, da ilusão é herdeiro
O bardo romântico, um eterno sonhador
Ai de quem, gerando-os, nada lhes trouxer
Ai dos que tem o dom e não tem o afeto
Hão de ali perder-te o que a emoção quer
Aí, no silêncio do senso um rimar inquieto
Coração sofredor e da ventura sem saber
Então, redigi solidão no corpo do soneto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/04/2020, 06’37” – Cerrado goiano
A minha primeira poesia
Passear em Martins
Vou ficar em uma casinha no Sítio canto e nas noites de lua apreciar seu encanto.
O Sol raiou no céu, vou mergulhar nas piscinas do chalé ou do hotel.
Para se hospedar em Martins não tem ingancho, temos as pousadas e o rancho.Existem pessoas que conhecem Martins desde menino, fala sobre toda a nossa história e até do Memorial Manoel Lino.
O Sol se e Pôs e a Lua traz o seu mistério.Á tardinha vou rever os amigos do jacú, da Cohab e do caminho do cemitério.
Á noite vou pedalar."Arrudiar" a pracinha do Jocelyn Villar.
Deitar com frio em Martins não é nada mal.Á noite ouvir o som das águas da cachoeira da Umarizeira. Acordar com as comadres conversadeiras pilando coloral.
Os flhos ausentes teem Martins no coração.A lagoa Nova, o Caminho da Bica e o lamarão.A deliciosa comida e o belo açude do Porção.
Quem vem passear em Martins, leva consigo fotos, lembranças e saudade.A igreja da Rua das Pedras e o centro da cidade.
"Quando a pandemia passar, venha conhecer a nossa cidade."
poeta Adailton Ferreira
Sou a poesia que encontro ao navegar em seu olhar...
Sou sentido ao ouvir o toque do seu coração.
Mas, sua voz ao dizer doces palavras faz perder-me em mim mesma. Perco a direção e me entrego a você, deixando me guiar, levar -me a viver os seus caminhos da vida.
Amor esse amor não é normal, pois ele me faz viver só você, me desconecto de tudo, não consigo prestar a atenção em mais nada.
Sou sempre e sempre sua...
POESIA FIEL A LEI DE CADA INSTANTE
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sofre triste, só dá risada.
Vê descontente e alegre resiste.
Mais da eterna aventura em que persiste,
toca, fere, se fere e vibra, enfim, o tempo me sabe, sou parte, verdade, todo meu universo secreto discreto amor de plena luz, sou feliz na pura essência da filosofia .
Fiel à lei de cada instante, descobrindo cada verdade nua se enganando em sua rota, não zombo, aceito, respeito, um sorriso de canto e um adeus...
Na trajetória escapa do risco,
Meu jeito talvez surpreenda, sou instante, constante, silêncio da rotatória dos ciclos. Eterno em cada amor do qual existo, me vou, já não sou, logo vive agora somente meu o amor.
Sou menor que aquilo ao qual pertenço,
Apenas represento, me apresento, logo desapareço, silêncio...
Desassombrado, delirante equilíbrio,
Numa paixão de tudo início, transformado em amor eterno em tudo que pertenço, verdade e justiça, templos levantados à virtude de saber olhar, amar, silenciar.
Nada fora da lei !!!
NILO DEYSON MONTEIRO PESSANHA
Sua ousadia
Ela é mais poesia que mulher.
Curte violino, violão e cafuné.
Vai do rock romântico ao samba no pé.
Parece doída, mas é pura alegria depois do café.
Só tem idade, porque bem no fundo,
tem espírito de criança,
que sonha em ser amada, ser amor.
Seu santo não bate com todo mundo.
Não finge ser quem não é.
Se gosta fica, se não, nem faz questão de estacionar.
Sempre tem alguém que se assusta com tamanha intensidade.
Mas por que tanto medo?
Se até no mar se encontra um universo
coberto de estrelas.
Ela se apega fácil,
mas quando desapega, dificilmente volta atrás.
Tem suas estranhezas, mas, se tem uma coisa de melhor em si,
é pensar muito bem antes de agir.
Ela fica, até depois de partir.
Poema autoria : #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 23/04/2020 às 14:00 horas
Manter créditos de autoria original Andrea_Domingues
Poesia: Amor de Vô
Quando a notícia chegou dizendo que seria avô , a razão se indgnou, a voz embargou e o coração acelerou, Um sermão se esboçou, Falta de juzo garota agora os sonhos adiou. Lagrimas rolou , mas o amor sobrepujou.Uma historia se desenhava , era a vida que se gerava , Os dias iam passando a criança se formando, a ansiedade gritando, a preocupação aumentando .Heitor ou Helena o que viria a ser ? o que importava que mesmo sem merecer uma dadiva divina iriamos receber.Na corrida pela vida foi um menino que chegou primeiro , Heitor seu nome , pois venceu como um guerreiro.O cenario preparado, quarto está montado , entre os principais itens, destaque vai para a forma que ja és amado.Amor de vó, Amor de mãe , amor de pai, amor de tio e tia , mas o amor que se destaca é amor do vó que escreveu esta poesia.O dia de vir a luz chegou, o coração dos que amam disparou , debaixo de oração as maos do medico pelas maos divina se guiou.Dia 15 de abril , um grito se ouviu , de um garoto varonil , lagrimas caiu , sorriso se abriu. o abraço.Heitor, Nascido e regado de amor profundo , em meio a crise do mundo , és criança uma flecha de esperança . com alvo definido,Fazer conhecer o Deus desconhecido.
Que nossos olhares se encontrem na poesia! Que nossas almas se abracem no amor ao próximo. Que nossas energias se enlacem. Que nossa vibração se cruze na frequência mais pura e singela da vida. Que eu te acolha na minha paz, e você acolha a mim na tua luz! Que o que doa em nós serene com a brisa do perdão. Que a amizade nos cerque, a leveza nos ronde e o carinho nos roube muitos sorrisos.
Que as lágrimas que por ventura caírem hoje sejam de alegria e que hoje, amanhã e depois nossos corações sejam um receptáculo de amor!
O poema é
A poesia é uma aquarela do mundo, é um sinal céus, aquele arco íris que diz quantas cores, a poesia também é boba, fala de amores, de ações, de paixões e muito outros sabores, o poema é um romance, e eu moro nesse lance de tecer argumentos, porque as letras são pra mim um arem de prazeres incomum, não sei onde andava meu pensamento, meu sentido, meu sentimento, meu febril temperamento me causava cegueira, pois não enxergava ela, encanto, a mais bela motivação onde sua porção bem apresentada, torna se uma arte encantada, eu quero devorar por completo, tornou se dona do meu coração cada letra bobeia o sangue das palavras que movem meu coração, minha mente busca equilíbrio, mas sou tomado pelo delírio desta canção, a forma da prosa , da poesia, do poema, é que ele é real, autêntico e representa realidade, um dia vivo, um dia morto, certo ou torto, a sensatez liberta o engano trava, o encanto da poesia, meu amor por cada palavra, tal qual mulher encantada.
Giovane Silva Santos