Poesia Completa e Prosa
A poesia...
A dor do amor
Nada acalma
Arde no peito
Dilacera a alma.
A dor do amor
Nunca é esquecida
Ameniza com o tempo
E é pra toda a vida.
A dor do amor
Te acompanha nos dias
E as vezes te torna
Uma pessoa fria.
A dor do amor
Se espalha no corpo
Confunde a cabeça
Te deixa até louco.
Mas o que seria da vida
se não fosse o amor ?
O que seria do mundo
se não fossem os romances ?
Como seriam os filmes
se não fossem os beijos ?
E o que seria de nós
se fossemos eternamente sós ?
A dor do amor
Nada atenua
Machuca o coração
E depois continua.
A dor do amor
É pra sempre lembrada
Te deixa inseguro
Com a esperança quebrada.
A dor do amor
Anda junto aos seus passos
Povoa o pensamento
Desatina com os laços.
A dor do amor
É uma falta de sorte
Te deixa tão vivo
Pensando na morte.
Mas o que seria da vida
se não fosse o amor ?
O que seria do mundo
se não fossem os romances ?
Como seriam os filmes
se não fossem os beijos ?
E o que seria de nós
se fossemos eternamente sós ?
Preciso querer para não querer
Eu queria poder ler a poesia
Presa em cada palavra
Que os teus lábios não deixaram
Voar.
Eu queria poder cultivar a semente
De cada momento bom ou ruim
Que, comigo, no pôde
Compartilhar.
Eu queria não querer
Mas, para não querer,
O que mais preciso é
Querer.
HÁ EM MIM
Há em mim uma quietude de morte
Que procura o norte
Um ser errante de lavrada poesia
Pois os sonhos são bússolas
Que me guiam por terras distantes
Em fantasia onde a minha alma mora
Raízes em solidão na terra de fontes pagãs
De desencantados contos encantados
Paisagens mágicas de verdes flores
Há em mim sonhos de embalar de terra lavrada
Que procuram o sol nas noites de lua cheia
Pois escrever é ter na mão o negro luto da caneta
Numa quietude de morte no peito coroada de rosas
Poesia não compra sapato, poesia não compra roupas
Poesia não trás bem materiais
Que loucura do poeta falar sobre sentimentos se não há um retorno financeiro
Ah, todo poeta e louco! Eles não pensam no amanhã
Havia me esquecido, os poetas são os loucos que sobre a calada da noite escrevem sentimentos, isso há valor mais não há preço.
- Wisley Barbosa / Passagens do vagão um dia por vez.
O susto ( trecho de poesia de minha autoria )
Hoje me assombrei contigo,
Fiquei estatelado de espanto,
Quase morri solta a alma do corpo,
Louco alucinante, quase vacilante.
Olhei e pouco vi seu rosto
O que vi nao lembro parecia um vacuo.
Um vazio des-sonhado e tosco,
Como se dentro de ti fosse um buraco.
Nao me parecia no inicio
Que sua alma fosse tao escura,
Entao rebentou-se em mim o fragil anelo
Como rosa bela que com espinhos fura...
SONETO CAIPIRA
Fogão de lenha na poesia a poetar
Panela a chiar, vastidão pela janela
Cheiro da noite no negror sem tramela
Desprendendo olor na roça aformosear
O entardecer se tingindo de canela
No céu estrelas soturnas a navegar
Em uma sensação de paz, de amar
Amassando jeito matuto na gamela
É só silêncio, cigarro de palha a pitar
Saudade esfumaçada na luz de vela
Arando sensos num canoro devanear
Depois, uma pitada de solidão donzela
Acalentando as lembranças a revigorar
Ah, gostoso a vida caipira na sua tutela
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
A PRIMEIRA POESIA
(12/10/2019)
Minha vida se conecta
Com a sua, neste vasto mundo!
E suplica por lábios teus que,
Nada pedi, só o sabor das manhãs.
Entro em exaustão, por conta da luz!
Uma luminosidade, vinda sei lá de onde,
Mas conduz os meus olhos até a noite.
Alma pertinente, viva, transparente,
Transferi os sintomas de amor,
Para os anos experimental de mim.
Hoje, se estabelece os dias...
Assim, as respostas da realidade,
Convidam a ver o sol e sentir a lua.
Numa loucura da primeira poesia,
Sustento todas as essências das outras.
Terminando com a lembrança dos mistérios,
Doravante, enraizado no coração eterno.
Se o mundo ficar pesado, eu vou pedir emprestado a palavra POESIA.
Se o mundo emburrecer, eu vou rezar pra chover palavra SABEDORIA.
Se o mundo andar pra trás, vou escrever num cartaz a palavra REBELDIA.
Se a gente desanimar, eu vou colher no pomar a palavra TEIMOSIA.
Se acontecer afinal, de entrar em nosso quintal a palavra TIRANIA...
...Pegue o tambor e o ganzá, vamos pra rua gritar a palavra UTOPIA.
POESIA
Esse é meu jeito de fazer poesia
as vezes com, outras sem rima
sem pontuação, às vezes com vírgula
sem perder a razão, uso a emoção
Escrevendo sério, às vezes brinco
sendo sincero, às vezes minto
Falando de amor ou de mazela
minh'alma está contida no âmago dela...
a poesia.
(publicada no livro: Antologia V - CAPOCAM Casa do Poeta Camaquense - 2019)
MUSA DA MINHA POESIA (5)
Meu "Dom Quixote"
te criou Luzia
a musa da minha poesia
não sei se és feia
ou se és bonita
vejo em ti beleza infinita
não sei se mentes
ou dizes a verdade
vejo em ti pura sinceridade
sendo real ou fantasia
serás sempre Luzia...
a musa da minha poesia.
andeja
minha poesia é onde vou
um aconchego, um amor
aí eu finjo que ali estou
uns devaneios ao dispor
então rumo pra outro voo
minha poesia é sertaneja
come perna de cachorro
sem parada, assim seja!
vai, sobe e desce morro
e outro acaso nem planeja
andeja!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 16 de outubro
Cerrado goiano
Pode ser clichê.
Porem eu falo.
Poesia sussurro da alma? Fato.
Pode vir de Analfabeto
Que com palavras faladas expressam seus decretos.
Pode vir dos mais maduros
Que por poesia anseiam desde Imaturos.
Pode vir de crianças
Que mesmo sem o mundo entender
Respiram poesias de esperanças.
Eu já falei, porem de novo direi.
Que um dia fiz poesia
E poesia me fez.
Eu não sou a poesia, eu vivo a poesia, ela brota de algum lugar e preenche o meu vazio.
Eu choro, eu sorrio, me armo e desarmo, eu dito e desdito o que por mim foi escrito.
Me calo, eu grito, me sinto e me desminto, me entrego, me afasto, me faço e me desfaço.
Assim vivemos eu e a poesia, nos amando, nos odiando, nos querendo e nos repudiando.
Nua e crua
Sou verbo
Sou poesia
Em cada verso
Pura magia
Sou violino
Sou violão
Em cada ritmo
Do meu coração
Sou controversos
Sou enigma
Um doce mistério
Na escala da vida
Sou café
Sou vinho
Enquanto
um amarga
o outro adocica
Sou sonho
Sou realista
De pés ao chão
Só quando o vôo
termina
No meu universo
Sou fogo
Sou mar
Sou céu aberto
Sou coragem
por amor a vida
Eu recomeço
Poema autoral de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 17/10/2019 às 18:00 horas
Manter créditos para autora original #Andrea_Domingues
Cobrador não me cobre dinheiro, me cobre poesia.
Há uma poesia no busu.
Uma poesia que hiper potencializa o mp3 e as viagens literárias.
Há uma poesia no busu.
O motorista vira um deus,
O cobrador São Tadeu
E meus colegas de viagem viram anjos.
Estou te dizendo ora!
Há poesia no busu.
Um balanço inebriante que apesar do enjoou que vem e vai,
Faz dessa viagem um retiro de paz.
Há poesia no busu.
Há tanta poesia no busu,
Que aquele barulho é silêncio.
O fone de ouvido é sossego
E o fim da viagem é tristeza.
Há poesia no busu.
Igor Improta Figueredo
QUASE POESIA (soneto)
Poesias, que já inspiraram, amarrotadas
por mãos, também, que as aprimoram
as suaves e tristes, também as amadas
as dos beijos suspirosos, que já se foram
Umas indesejadas, outras atormentadas
dos sonhos fanadas, no coração moram
tem as dos emaranhados destrançadas
e as que as centelhas da criação imploram
Umas que morrem na alma silenciosas
outras cheias de viços e bem amorosas
as desventuradas, primeiras, derradeiras
Aí! Quem melhor que vós, oh primorosas
para coroar-me, poeta, e ter-te gloriosas
evocando, quase poesia, por belas prosas?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, 17 de novembro
Cerrado goiano
Assim segue o poeta em pingos de magia, debulhando a alma em tons de alegria.
Com um mar de poesia correndo nas veias.
Com versos encharcados de amor, linhas expressas em sonhos, repletas de contos.
Risadas, lágrimas, afeto escorrem pelos sentimentos.
Chega a se sentir o vento que é descrito, o cheiro do mato, ouvir o barulho da cachoeira, sentindo a presença, o toque.
Assim segue o poeta com suas utopias, verdades e nostalgias.
Vai com a sua escrita marcando a existência, por suas palavras que se tornam eternizadas.
Salve o poeta que faz poesia no coração, e inunda a alma de quem o lê.
Muitas vezes faz com que marejem os olhos com a mais pura de suas emoções.
------Lanna Borges.
Viva o Poeta! Viva a poesia que nos move.
20.10.2019
Inspiração
Uso a poesia para falar de meus silêncios
Para a magia das palavras ter companhia
Em cada rima o hospício de meus suplícios
Assim, falo e ouço, escrevo o real e fantasia
Dou importância na simplicidade do fictício
Vivendo na levitação da imaginação, do só
Que possa vir e me trazer algum auspício
Assim, somos fadados, na matéria e no pó
Tudo na sorte com os seus diversos vestígios
E nos desperdícios das palavras dou um nó
Me perco no desenrolar de cada emoção
Pois cada trova no meu poetar é um cipó
Onde eu gangorro solitário na inspiração
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Poetizando o cerrado
entre arbustos, secura, a poesia escorre
pela inspiração viscosa da vida, no cerrado
os dedos empoeirados, no papel morre
pra ressuscitar no pôr do sol encarnado
e em cada degustação, mais é mais criação
invencionice dum poeta ávido em poetar
sem biografia, cá um forasteiro na ilusão
a estilhar poema nos dias da terra sem mar
entre troncos tortos, torta emoção, todavia
o fado me pôs nesta sangria, chão sulcado
onde escavo entre pedregulhos a arritmia
do coração: saudoso, murmurante, calado
e nas madrugadas amarfanhadas, despertam
as manhãs numa mesmice e numa tal inação
me pondo no esquecimento que me apertam
a solidão do selado e árido chão do sertão
nas sombras da noite sem sono, ao relento
a ternura do vento enxuto, seca as lágrimas
guardadas nas tralhas do esquecimento
em pesados e brutos passos, de lástima
(entre os outonos meu poetar foi estacionado...
no cerrado!).
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06 de abril de 2016
Cerrado goiano
Mar de poesia.
Existir ou não existir
No mar de poesia a maré a traz de volta,
Tão bela ela acordará no teu barco navegante,
Questionando entre existir ou não existir
E no balançar das ondas,
O teu coração tornou-se uma confusão constante.
O vento irá lhe guiar ao horizonte,
De radiantes amores, de amores radiantes.
Tua existência é tão suave,
Ela sabe existir intensamente
E não como algo passageiro,
Escrever sobre o amor e acreditar nele
Não provará que o mesmo existe.
Todavia, a existência se torna tolerável
Se houver poesia, um caderno e uma caneta em mãos.
Para assim poder escrever nossos delírios poéticos
Desse mar de poesia chamado vida.
Existir ou não existir,
Pense um pouco antes de tomar esta decisão.
Escrito por
Luan C.