Poesia Completa e Prosa

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⁠Não tão distante.

Um dia não tão distante...
A poesia me encontrou....
Me cutucou e comigo gritou...
A alma...
Nessa hora...
Naquele dia...
Abri o ziper do meu coração....
E deixei cair tudo que não me pertencia...
Repleto de alegria...
E comecei a armazenar todos os meus passos nessa terra que vivo..
Soltei as asas da imaginação....
Busquei todos os alfabetos...
Coração completo e sonhador....
Alma de Poeta Voador...
Tranformei eu...
De um poema esvaziado...
Numa terna e bela canção....
Ao canta-la...
Percebi isso logo de imediato...
Ângulo perfeito dessa minha inspiração...
Ao horizonte de meus olhos....
A poesia em mim nunca mais faltou...
Não me lembro de nada...
Não sei se joguei alguma semente no passado por onde andei...
Quando me senti...
A pesença da poesia já estava comigo....
Entendi tudo...
Voltei nesse dia não tão distante...
Me lembrei que Amei sem saber....
E vi que o Amor é tudo...
Eis razão desse meu despertar...
Novamente caminhei....
Fechei novamente o ziper do meu coração...
Hoje...
Não desisto...
Até o momento...
Sou assim de fato...
O que me inspira..
É tudo..
Enquanto eu não escrevo..
Eu não me calo...
Ao escrever o que nem arquitetei em pensamento....
Esqueço de tudo...
Mais jamais posso esquecer...
Que a poesia está em mim...
E ela que faz eu ser assim...
E pra onde eu vou...
Comigo ela vai...
Confesso que não sei....
Pra onde vamos...
Se ela me contasse...
Sem medo de revelar...
Eu diria onde é o paraíso...
Que ela quer me lavar.....

Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠Poesia é o poema que morre apenas por existir.
A vida continua te fazer chorar pois a estrofe termina sem sentido.
Enquanto o soneto de teus lábios declaram a poesia que morreu...
Palavras jogadas num momento.
No que é soneto se torna roubado ?
Pois a pois é uma forma expressão.
Demonstra que reações flutuam nas sombras da alma.
No resquícios de lembranças boas amizades.
Nas profundezas desejos da sombra.
Animações.
Que tudo pode transgredir.
As regras da língua morta.
Pois o esquecimento é apenas um remédio.
Nas maiores virtudes da gramática.
Errado pois somos o produto da sua imaginação.

Inserida por celsonadilo

⁠Doce e Amarga Poesia..



De taça na mão...
Uma dose para me embriagar...
Poesia...
Vamos eu você...
Juntos agora nos embebedar....
Num soluço....
Abro-te agora....
Ah Minha poesia....
Porquê padeces comigo..?
Recanto meu...
Livro aberto de um glorioso passado...
Num conta gotas....
Aos poucos vou saindo de mim...
E entrando do outro lado mundo...
A garganta inflama...
De saudade daquela vida de criança que tanto eu amei...
Peço-te , oh poesia...
Não tente me segurar...
Vai rasgando adentro do meu peito...
Hoje...
De cabelos brancos...
Coração maltratado por ti , oh poesia...
Não me fale nada...
Cuidado por favor....
Cuidado até em me olhar...
Não me olhe como Poeta...
Não me olhe como um alcoólatra...
Apenas me olhe...
Como um sofredor em sua volta..
Não seje violenta...
Traga-me outra taça...
Essa aqui...
Tem uma marca...
De saboros dias que vivenciei...
Vou colocar essa taça alí...
Guardada de boca para baixo....
Suponho só em pensar...
Aqueles campos naturais...
Das manhãs matinais....
Do verde da mata...
Pastos e lavouras...
E também os cafezais
Bebi e me embriaguei naquele tempo...
Coletando um doce veneno para hoje...
Me ferir e me matar..
Doce porquê eu era criança...
Amargo...
Porquê nunca mais eu voltei á inocência...



Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠Nas extremidades da poesia.

Nas extremidades da poesia...
O vazio foi preenchido...
Resistente e apreciador de alguns sabores da vida...
Inacessível e solitário....
Deixei os lamentos...
Não limitei fronteiras...
Louco...
Vivo e decidido...
Junto á minha alma de criança...
De mãos dadas com ela...
Ilusões na contra mão...
Desilusões em linha reta...
Enriquecendo o currículo da minha inspiração
Gemidos e ruídos...
Não me permitindo...
Ser apreensivo no meu paladar...
De carona com a saudade...
Quatro rodas traçadas...
Patinei e não deslizei...
Mais realizei o que sonhei....
No tic-tac acelerado...
Sem ponte de safena para ajudar....
Único e exclusivo...
Acessei o meu feriado imaginário
Descobrindo dentro de mim...
O que por muito tempo...
Estava escondido...
Estrelas cadentes e solitárias como eu..
Na proeza de um assunto...
Eu e ela falando de algumas coisas...
Fitei e continuei...
Latejei o meu cérebro...
Poema de uma delicada escrita...
Categórico e inconfundível...
Olhos pra mim...
Perdido e achado no tempo...
Nas verdades e mentiras...
Das sementes que espalhei...
O palco ilusório...
Me fez lembrar aqui...
Solidão porquê..?
Se a poesia causa em mim..
Asas voadoras...
Porque na alma...
A sede é interminável e satisfatória...
Pois pra eu decolar...
Não me custa nada...
E tudo isso..
É fruto da minha imaginação...


Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠Lapidando a poesia.

Tentando lapidar a poesia...
Risquei com remo as águas da vida...
Deixei os ventos me levar sem interrupção...
A voz calada continuou....
Mas rasgou e falou alto dentro de mim...
Fecundei letras onde o solo nunca foi fértil...
O coração falou alto...
A alma mergulhou por anos no mar profundo...
Borboletas voavam sobre o calor escaldante da lapidação....
Evitei passar pelos labirintos escuros..
De estopa molhada...
Incendiei a lamparina do meu olhar...
O Poeta que hoje se faz presente...
Com a máquina do tempo elabora versos e
fábrica poesias...
Usando as asas...
As inspirações emergem e são arquitetadas...
Muitas delas vem com a prova do fogo...
Arde como brasas vivas...
Derrete com larvas de um vulcão...
Na erupção....
Cai sobre o mar gelado nas ilhas do Pacífico...
No salgar do alfabeto...
Algas fazem parte dessa fecundação...
Os golfinhos salteam de alegria...
E no sacudir das ondas...
Tsunamis adocicam minha imaginação...
Na grafia...
Escritas sem tintas tento-as colorir....
Deixando no ponto exato...
A leitura no quadro da maquinação...
Molduras e flores enfeitadas junto a luz...
Permitindo á cada leitor(a)....
Uma transmissão de paz em cada olhar...

Autor Ricardo Melo...
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7


Virando a poesia pro Ar.

Eita berço pintado...
Na vida...
Fui lavrador e roceiro
Pelas invernadas...
Fui peão boiadeiro...
Cavalo chucro....
Domei aos punhados...
Plantei hortaliças e pomar bem regado...
Plantei café...
E secava no terreirão...
Colhia feijão...
E debulhava com as mãos...
Não tenho muito estudo...
Mas sou conformado...
Aos poucos...
Percorri estradas com meu caminhão...
Cultivei flores pelo sertão....
De alma mecanizada...
Engrenagens...
Ainda me leva nessa jornada...
No sapatiado da vida...
Fui me equilíbrando...
Dancei forró e um pouco de tango...
Na dança catira...
O solado gritava...
Fui subindo em coqueiro...
E bebendo uma boa água...
Hoje ainda me lembro...
Sanfoneiro tocava e não se cansava...
O fole comia solto...
E a gente gostava...
Fui mecânico e professor...
Nas rimas sou só um emitador...
Se me elogiam...
O ego cresce...
Assim...
A inspiração não padece...
Com humildade sou eu que faço e acontece...
De tudo que leio...
Inspiro e versejeio...
De poeta eu não tenho nada...
No meu teclado doido...
Eu dou minhas dedilhadas...
Penso e repenso...
As asas abrem com os ventos...
Me decolo desse chão sagrado...
Livre leve e solto...
Aterriço e descanso um pouco...
Pego minha Viola...
E puxo um pontiado....
Sentado canto uma moda...
Soletro com rimas...
Porque é minha sina...
Arremato esse poema...
Convidando uma menina...
Se ela se encantar comigo...
A viola a ela eu ensino...
Nós faz um dueto...
Sem muito tropeço...
Jogo a viola pra cima..
Ela apara no Ar...
Ela diz que me ama..
Eu respondo cantando....
Ela me abraça...
E diz que ta se apaixonando...
Levo ela pra casa...
E mostro que é eu é que mando...

Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠Casado com a poesia

Focado nas leituras...
Observando pontos...
Contando vírgulas...
Circunflexos e anexos....
Noivo com o poema....
E com a alma inspiradora...
Acesso restrito derrubado...
Acesso restrito destrancado...
Destravei meu olhar...
Destravei minha alma....
Correntes quebradas....
Sonhando com a literatura...
Domindo com as escrituras...
Deixando aqui....
Mais uma obra de arte...
Da aliança do meu casamento....
Eu...
E minha Poesia...

Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠O POETA, O POEMA E A POESIA

Eu como Escritor...
Não crio imagens...
Mais ás caço...
E com elas..
Observo e faço poesias....
Essa vida que levo...
Respiro o alfabeto completo....
Uso meu olhar e junto letras...
E derramo no filtro de minha alma....
Após isso...
Me sinto um caçador...
Aos poucos....
Me transformo em um trovador...
Nutrido e abastecido com letras filtradas dentro de mim...
Uso-as...
E faço Poemas e versos...
Universo esse...
Que me pernite em ser um Poeta....
Onde a dor e o clamor...
Misturam-se com alegrias e poesias...
Nas idas e vindas...
O teclado é o companheiro...
Onde o toc...toc...toc do meu dedilhar...
Se faz em meus ouvidos a melodia não cantada...
E poesia não falada...
E o poema não definido...
Explicar em detalhes...
Não...
Isso é inexplicável...
E defino tudo isso..
Em um sabor doce e notável...
E sinto que sou o poema...
Que faço o verso..
E inspiro poesias....

Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

ENTRE POESIA E MISÉRIA

Extirpa-me a língua, os olhos,
Mas não peças que me cale!
Impossível calar-me a alma!

Nas entranhas dessa História
Vi beleza e barbárie!
Eu vi as rosas...
De Hiroshima
E também de Nagasaki.

Vi a luta de Zumbi
Das senzalas a Palmares.
Anjo preto nunca vi
Nos adornos dos alteres.
Vi Revolta da Chibata
Contra nossa força armada.
Entre os "muros do apartheid"
O sussurro de Mandela
Implorando igualdade.

Entre poesia e miséria
A palavra é o que me resta!
Então não peças que me cale!

Extirpa-me os ouvidos, os dedos das mãos,
As cores e o pincel, a pena e o tinteiro!
Mas não peças que cale.
Impossível calar-me a alma.

Temos telas de Monet
Os telões de Charles Chaplin.
Castro Alves e Pessoa,
A lírica poesia.
Não me fujam
Beethoven e a 5ª Sinfonia,
O Bolero de Ravel
E o tango de Gardel.

Entre poesia e miséria,
A palavra é o que me resta.
Então não peças que me cale!

Extirpa-me a liberdade!
Mas não peças que me cale.
Impossível calar-me a alma.

Eu vi os trens de Auschwitz
Holocausto e massacre!
Então não peças que me cale.
A palavra ainda me resta.

Dualismo Colossal!
Do mesmo orginal
O mais absoluto extremo de bem e de mal.

Jamais peças que me cale.
Mas se um dia me faltar
O esplendor das coisas belas;
Se faltar-me o espanto das barbáries,
Arranca-me do peito esta alma!
Pois de nada mais ela me vale.

Marcos Profanus

Inserida por MarcosProfanus


Néctar


O nectar que corre em sua boca, impressiona.
A poesia canção faz mágicas com as rosas.
Sobrepõem letras emocionadas das flores.
Anjos falantes voam e estende sobre si Impressionada,falas no cenário assim;
Deliro-me com pólen em sonhos reais
Sem intervalo me dou ao teu luxo.
Uma viajante e um amor sem fim.
Em tua alegria eu vejo colírios.
Pois delirante é isso para mim.
E inspirado em minha boca
És o beija flor que suga
Tudo que tem, em mim.....
-Ouvindo isso fico eu,
Feliz.......



Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠Tem horas que a poesia parece uma criança neh./
Chora atoa ./
Chora até por uma pitadinha e açúcar para dar,
Sabores..../
Versos que são cultivados junto as flores.
Violão e composição de mãos dadas com a canção.../
Poemas para um amor. /
Acordes que reclamam por falta de declamações.../
Versos que brotam em uma alma inspiradora.....>>>>

Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠Poesia para Haters

Se achou o conteúdo uma merda
Pra que vai comentar
Se não for do seu gosto
É só deixar pra lá
Seu tempo é precioso
Não deixa ele passar
Destilando seu veneno
Pro o outro detonar

O mundo já está cheio de ódio e julgamento
Porque não dar amor ao invés de xingamento?

Olha eu te garanto, a lei do retorno existe, e você vai receber de volta tudo aquilo que emite.

O mundo gira meu amigo, então entenda, por favor...
Que na vida só aprendemos pelo amor, ou pela dor.

Inserida por SuellenSeckler

⁠Uma Alma que chora


Sabe aquele momento que a poesia quer chorar e não saber o motivo porque quer chorar?

Sabe aquele verso que a poesia quer escrever e não sabe o que escrever?

Sabe aquele momento que o poema quer arrancar do Poeta uma inspiração e até o Poeta não está para escrever.?

Sabe aquela música melancólica que insiste em ficar nos ouvidos e ela sabe que é capaz, mais não atinge ninguém?

Sabe aquela lágrima que está nas janelas do olhar e algo segura e ela não caí.?

Sabe aquele nó na garganta que sufoca e ao mesmo tempo não é um nó?

Sabe aquele escrevinhado de ontem que era bem decifrado e hoje perdeu sua cor?

Sabe aquele paladar do passado e só agora que a boca enundou?


Não estou entendo mais nada!
Não sei porque a poesia está assim.
Parece um saco furado.
Nada á completa....

Insaciável,
Vulnerável,
Desfavorável e ao mesmo tempo é tudo insuportável...

Favorece e enaltece.
Uma alma que chora e não sabe porque está chorando.
Causa até choque elétrico.
Sei lá,
É algo que alimenta e não se sacia.
Mais também,
Não mata......




Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠POEMA CACHAÇA
Eu queria fazer uma poesia
que fosse cristalina como o dia
para ser consumida como o pão
Uma poesia assim
agridoce como a fruta do mato,
pura como a água do regato
melodiosa como uma canção.
Uma poesia assim,
que trouxesse beleza em cada rima,
para ser cantada no trabalho,
para ser batucada nas marmitas,
para ser comentada nas esquinas.
Uma poesia assim
comum e popular, como a cachaça,
que se bebe barato, que é de graça,
que é do pobre, do rico, do sem nome.
Uma poesia que todos entendessem,
como todos entendem a palavra amor,
ou a palavra fome.

Inserida por touchegrs

⁠Flor poesia


É no mais doce verso que te encontro;
É na mais dolorida inspiração que te vejo;
É no mais sólido suspiro que te sinto;
É no fechar dos meus olhos que te beijo.
É na mais intensa ilusão que acordo sonhando;
É nos mais lindos sonhos que te desejo.
Doce!
Doce é esse sabor quando te escrevo.
Doce olhar;
Doce boca;
Doce alma.
Doce coração que se liga ao meu;
Doce arrepio;
Doce dor;
Doce amor;
Doce jardim.
Doce é você por ser minha,
Minha flor poesia...




Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠Chora poesia, chora


Amanheci intimado,
Algemado em plena manhã.
A poesia em meu íntimo doeu.
No latejar dos ponteiros,
Posso eu chorar até rios e mares.
Vou sonhar mesmo acordado.
Se ontem me envenenaram com palavras.
Hoje vou tomar um antídoto poderoso:
- O Perdão.
Algumas palavras sempre virão.
Mas não posso fechar a boca do mundo,
Mas a minha fechada ficará.
Essa vida é um mistério.
Até pisando em solo florido sempre encontraremos espinhos.
Então chora poesia, chora...
Que o amanhã te mostrará um horizonte melhor.
Chora inspiração, chora...
Chora como as chuvas que caem do céu.
Chora refrão, chora...
Pois o Poeta que chora contigo,
Sabe tudo o que se passa,
Em seu coração.



Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠Laços
Ela vive num lugar onde metade é experiência,
outra metade é poesia e bemquerênça.
Ela vive num lugar onde anjo é uma criança,
onde irmão é laço, velho é confiança.

O lugar que ela vive tudo é dividido
e logo multiplica o que foi concedido.
O lugar que ela vive é sabor de alimento
e também é aroma de lavanda ao vento.

A vida no lugar é luz na escuridão,
é sol na tempestade com mansidão.
A vida no lugar é silêncio e respiração,
leve como pluma na imensidão.

Vai, menina, dê a mão aos seus irmãos,
enlace-os no abraço e ouça a pulsação
de onde o bem é o ninho de sustentação.

(Bia Pardini)

Inserida por bia_pardini

⁠Era uma vez, um dia que amanheceu
Simples, puro e singelo
E que nos trouxe uma poesia
Um poema que versava sobre o dia que nasceu
Onde o sol brilhou pra mim e pra vocês
Como uma folha em branco
Um tecido de linho
Um pássaro num ovo em casca
Uma garrafa ainda cheia de vinho
Uma lasca de madeira que queimava
Pra acender a fogueira do longo da vida
E que logo se espalhava
Pelo dia, pela vida toda; inteira
Era uma vez uma manhã
Que não era como outra qualquer
Era a primeira
Tão pura, a ponto de desconhecer
Que de fato nem sempre a primeira
Chega a ser a mais importante
Apesar da primazia
Com o tempo ele tornou-se
Apenas um outro qualquer
Só mais um dia
Os sinais do mundo
Espalhados pelo caminho
Assim como o branco do linho, de vinho entornado
Um pássaro que alçava voo
E o galgou pra distante do ninho
O poder sutil do tempo
Uma tarde se setembro
A flor que se abriu
O olhar que se foi
Existe uma parte na vida
Que se chama nunca mais
Tempestade em tempestade fez o rio
O leito, a corredeira
Que correu do seu jeito a vida inteira
E que um dia secava
Porque nada é pra sempre
Além do nascer dos dias
No seu ciclo eternamente interminável
Onde a ausência de regras
Era a única que se seguia
Amanhece pra que pássaros acordem
Que se entreguem a formidáveis canções
Em poemas que versassem
Sobre cada dia que corresse
E que fossem ímpares aos pares
À espera de nada, nem de olhares.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠quero a poesia alta e superior
a que se eleve acima do corpo
capaz de transcender a lucidez
como se o sonho da montanha
fosse mais importante e nobre
que a própria subida à montanha
uma poesia que não obedeça
ao circadiano ritmo dos homens
uma poesia portanto sem o ritmo
perpendicular da língua no céu
cheio de uma tonalidade viva
que não seja o azul celeste
quero a poesia que incapacite
os homens ásperos da terra
incapazes da vigília letárgica
de um astro que os queime.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "um cometa chamado poesia")

Inserida por PoesiaPRM

⁠Para homenagear você mulher
Eu escrevi essa poesia.

Mulher companheira
Mulher guerreira
Mulher querida
Labuta na vida
Sem descansar

Mulher que chora e acolhe
Mas sabe amar
Mulher que canta
Mulher que encanta
Sobre ti assédio e preconceito
Estupidez e desrespeito

Mulher resiliente
Não desiste e segue enfrente
Sempre encontra uma saída
Tu és destemida
Mulher, mulher

Com visão de águia
Vive quebrando paradigmas
De dia e de noite
Chora escondido ou na chuva
Para ninguém ver suas lágrimas
O teu sorriso simboliza o brilho das estrelas
Mulher que cintila
Por dentro e por fora
Sem dormir acorda
Com o alvorecer da aurora

Falam muito em direito e igualdade
Mas não respeitam sua dignidade
A mulher tem nobreza
Tem brilho, tem beleza
A mulher é evolução
É mudança é transformação

Quando a névoa ofusca teu doce olhar
Um raio de ouro em sua mente brilhante
Ultrapassa a alma
E segue avante

Muitos acham vocês incapaz
Mas você mulher, tu é capaz
No céu tem um Deus
Que coloca sobre ti a paz
Eu acredito em você mulher.
Autor:

Inserida por CosmeoSantos