Poesia Completa e Prosa
SONETO COM QUIMERA
Estás onde, amor? O peito clama
a tua imagem nos desejos chora
a poesia sem ti assim vai embora
o leito está morno, e sem chama
Fico imaginando teu olhar agora
no meu olhar enflorar em rama
invadindo meu corpo, que flama
em afagos de tempos de outrora
Vem! Não me deixes aqui tão só
num tal vazio laço de um uno nó
e no silêncio que fere com solidão
É um amor tão ausente que dá dó
na afável emoção faz um forrobodó
e traz ganido no saudoso coração
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
A poesia é um ato de Revolução ,
É uma arte ,
É uma cultura
A poesias deve ser vivida
Deve ser compartilhada com ética e moral
Versos ,poesias é uma canção ,
é uma melodia
é uma revolução
que deve ser respeitada .
Da mesma forma
que respeitamos diversas artes e culturas .
TRANSCRIÇÃO
Toda a poesia acumulada na alma de André
há de ser expelida.
Ainda que ela seja inútil e nunca seja lida,
resta-lhe a esperança de que em uma folha de caderno
seus sentimentos se tornem eternos.
Tem urgência em escrever
- ainda que sem inspiração-
pois, tem medo da morte,
de enlouquecer ao ver o seu amor partir,
de que a saudade aperte e não suporte,
de que a tristeza leve, como em uma correnteza de lágrimas, as palavras que sussurrou aos ouvidos de Estela.
Nunca quis ser poeta.
Considera o fardo muito pesado para um funcionário público, burocrata e tão racional.
Se fosse em sua adolescência, embriagar-se com versos não lhe faria mal,
mas já tem seus trinta e poucos anos,
é considerado um cara sério...
Foi um descuido amar tanto!
E agora, justo nessa hora, pensa em escrever o que sente.
Pensa que se Estela não o compreendeu, o mundo o compreenderá.
Quer desabafar com alguém,
Quer chorar em forma de versos, como seus poetas e compositores favoritos sempre fizeram.
Alguém, alguém há de compreendê-lo!
Alguém há de lhe dar razão!
Quer morrer, mas não deseja que esse amor morra junto.
Não quer levar para o túmulo algo tão bonito.
Só lhe consola a ideia de que alguém chame de poesia o que escreve tão desorientado.
Está convicto de que todo poeta desiludido já nasce modernista.
Desconhece a métrica, a rima pouco importa...
Para ele todo desabafo é poesia.
Mas como já eram três horas da madrugada,
a poesia permaneceu na alma de André,
sem transcrição.
Adormeceu o poeta,
adormeceu a poesia.
Trocou a ideia de escrever pela ideia de sonhar.
Amanhã não se sabe se terá ânimo para recomeçar,
parece que está mais a fim de implorar que Estela volte
do que continuar com a tola ideia de torna-se poeta.
Eu sou a poesia...
O sol? O que é o sol; o sol está tão distante...
A lua, as estrelas, a chuva, o vento, a tempestade..
Quatro paredes e um teto e você sai incólume
Mas a poesia... quem te protegerá da poesia...
quem te protegerá de ideologias patrióticas e tiranos
A bomba explodiu, uma das torres da mesquita ruiu
Velhos, mulheres e crianças entre as vítimas
Bagdah era um caos, mas ainda havia esperança...
O ar contaminado, o vento empoeirado
o horizonte fumaçado e translúcido...
um soldado metralhando o seu próprio medo
recebe um proj´etil na cabeça
esse é o meu verso, um poema macabro
Eu sou a poesia...
mas bem aventurado os que têm sede de justiça...
bem aventurado os mansos...
eu sou a poesia era um poema da namorada
no bolsinho da algibeira,
uma lembrança cabreira de um recruta tímido
sem a ideologia de morrer pela pátria
eu sou a poesia: um fuzil na destra, uma granada na esquerda,
o inimigo: qualquer movimento suspeito
e o que afrontasse a nossa ideologia
Bagdah era um inferno;
mulheres e velhos prostrados clamando por Allah...
o odor insuportável de cadáveres putrefatos,
gente ferida, gente agonizando...
e até ao final dos meus dezessete anos
caminhando entre as rosas e as samambaias
do jardim da minha casa
eu pensava que era poeta,
mas a namorada já dizia que eu era a poesia...
EU POETO, ELA POESIA (soneto)
Não sou só, os poemas são companhia
Sempre comigo, falam com a inspiração
Traz lá de fora o diverso numa multidão
De cores, e sabores, em total demasia
Sou poeta! Na reta: curva e ondulação
Num labirinto de devaneios como guia
Aquecidos pela chama duma tal magia
Do doce amor, saídas do meu coração
Sim, não estou só: eu poeto, ela poesia
Que vive em mim numa eterna emoção
Se estranho ou comum, a mim sacristia
Nesta verve, não sei o que é ter solidão
Se assim me compraz, não tenho ironia:
Pranto, canto ou nostalgia, só questão.
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
Feita de poesia, a moça escreve de tudo um pouco...
Um pouco sobre dor
Um pouco sobre saudade
Um pouco sobre solidão
Essas coisas de dentro, dos porões de nós...
É que ela conhece bem esses sentimentos dolorosos, que ficam escondidos nos cantos sem luz e que vez em quando emergem das profundezas...
Mas ela escreve sobre bonitezas também.
Sobre flores e amores
Sobre risos e levezas
Sobre Fé e esperança
É que ela vem descobrindo um mundo novo regado de afetos!
Todo dia descobre uma flor no jardim onde Deus a plantou.
Marta Souza
21/08/2016
Vida sem alegria, história sombria
Este poeta é desconhecido
Veio a inspiração, surge a poesia
Ele almeja tornar reconhecido
O autor deste texto quer receber carinho
Deseja ter bons amigos
Fica o dia inteiro sozinho
Passa despercebido
O escritor necessita desabafar
Descreve o que sente no papel
Sidinei gosta de declamar
Pensa sempre em ir para o céu.
Do silêncio surgiu a poesia.
Quando você falava, eu não ouvia.
Só fui ouvir quando você parou de falar
E quando eu falei você já não me ouvia.
E a poesia surgiu em silêncio.
Quando você me seguia
Eu fugia.
E quando eu conduzia
Você se perdia.
E perdida ficou a poesia
Em nossa desarmonia.
TRAVESSIA
Hoje quero todos meus quintais
florindo amor , alegria , poesia e paz .
Quero mandar embora todos os tormentos
Todos os desalinhos e tantos ais in pensamentos
E num só acorde de bons tons e de ventos ...
Dar bom dia ao girassol ,a joaninha ,ao bem ti vi
Sim... Regar-me de próprio alento !
Hoje quero me perfumar de leveza
Tomar um banho de encanto
Vestir-me de colibri in realeza
ou quem sabe de borboleta que amo tanto .
Passear por entre nuvens descalça
Velejar em céus azuis decerto
e sem precisar pronunciar qualquer palavra
Voar por entre plumas de anjos
Navegar com minha própria asa .
Sim... Atravessar serena todos os meus desertos.
Hoje quero abrir a janela da minh'alma
Bordar-me de brisa,de silêncio e de calma
Respirar calmaria
Deixar fluir levemente minha poesia
Apagar a lareira da ferida
Aquecer-me mais de vida
Deixar novos ventos
em meu coração cansado adentrar
Cansei de chorar
Hoje acordei bem disposta
Pronta pra me abraçar
Sim ... Hoje quero muito mais me amar !
Andam por aí Vulgarizando a Poesia !
Poema não se faz na marra
e nem se força inspiração
Precisa Nascer manso ,
livre e leve
Vir com Essência e bem lá do
fundo d'Alma !
Poeta precisa Nascer de fato Poesia !
Texto é Texto
Poesia é Poesia
Agora deram para confundir tudo ! rsrs....
Uma Pena !
Eu Fico com os Autênticos Poetas !
Ah, Sempre !
A POESIA QUE É A LUZ DA VIDA
.
Nada pode ser ultrajado diante da poesia infinita que é o amor... Nada!
Se não sabe o que estou dizendo, então, você não tem saída, nem tem como fugir de uma coisinha chamada... Morte, sim, morte do seu interior sob o encanto das palavras mais sentidas, morte de um terreno fértil onde poderiam ser germinadas lindas flores e gostosos frutos de bondade e tolerância, morte da sua criança linda que pede, grita por um pouco de luz e fantasia, morte dos seus desejos que poderiam estar tão próximos e não distantes, morte lenta de um coração esperneando por afetos verdadeiros e gestos delicados que ainda não foram alcançados, morte dos sentimentos mais puros e essenciais nesta lida e, quem sabe, os mais completos na sinceridade que a cada um convém...Morte dentro da luz que é esta vida esplendida e bonita!
Dualidade
Poesia e fraqueza
a primeira, o medo, a utopia
a outra, covardia
Ao medo, a minha estima
à covardia, antipatia
Obra poética divina
temor, fantasia
revelada na emblemática pintura
da Capela Sistina
à irreverência do grafite
não menos belo
não menos poesia
Caída no abismo, a fraqueza
o lado obscuro da dicotomia
o veneno? A covardia
ocultando a dor
realçada na pupila
picha, rasga, queima e ridiculariza
o medo, a poesia.
A poesia da dor
Já imaginava nesse amor
Juntei retratos serenos em mim
Teu amor custou-me vida inteira
Não posso dizer nada,mas na hora
Souberá de tanta vontade de s'envolver
Por que a dor que desatina é maior
M'envolvi sem querer mas sendo amador
Que tu pensas que teria sobrado em mim?
depois de Um beijo vampiro
Depois de Um olhar duro...!
Depois de um aranhão amoroso
Minha e tua vida em perigo
Porque senti esse apego
Que o coração não aguenta mais
Teu amor custou-me desejos a mais
Longe assim tão perto de mim
Que tu pensas que teria sobrado de mim?
Bebeste toda doçura dos carinhos da minha paisana
Não sei se foste embora decidida ou indecisa!
Conheço mais o teu coração do que teu olhar
Se foste embora decidida ou a chorar
Seria melhor que agente retorne ao dialogo!
Porque a dor tirana penetrará até aos ossos!
Dia sem luar e noites sem carinhos...!
"Saudade é uma felicidade disfarçada na dor"
É triste acreditar no reencontro do amor
É isso que agente vive agora
Amor platónico...!
Já imaginava nisso que um dia agente
Vai Contentar-se mas bem des-contente
Ficaram entre nós espaços separados
E um vazio coagulativo de sainete
"Eu te amo teu chato"
A frase que retrata o fim de episódios
Que apenas ficaram de lembrar
Que apenas ficaram para me fazer chorar
Que apenas foram feitas...!
"Meu bebé"
Frase esta retrata momentos solenes
Quando a brisa dos encantos nos embriagava
Via flores cloridas dessa linda mulher
Que pensas que teria sobrado em mim?
Saudades e lagrimas caindo sem horas
Se foste embora decididas ou indecisas
É triste acreditar no reencontro desse amor.
Já esperava que um dia agente
Verá esses momentos em lagrimas
Essas dores em rimas cruzadas
Ficaram entre nós imagens depositadas
Entre a mente e a imaginação
É isso que agente vive nesse chão
Noites sem luar noites sem razão de existência.
Beira 09/09/2016
Daniel Alfândega Perato Alfândega
A poesia da dor
Das sensações
Poesia a voejar
buscando o vocábulo
que possa explanar,
o estimulo sentido
na pele,
provocado por versos de beijos
e abraços,
estreitando tempo, apagando inicio
e expulsando fim.
Até que encontre o respirar
perto,
poesia contínua...
a voejar...
in - Poesia imediata
Poesia da Alma
(F.Franklin)
Poesia nunca foi só texto.
Nunca foi só rima.
Nunca foi só palavra e tema.
Poesia é arte...
textos são poemas!
A poesia é intrínseca
é íntima...
Ela é sempre a heroína
Nunca a vítima.
Do jogo de palavras de menina à sagacidade e tormento do poeta.
A Poesia as vezes se conclui!
mas quando é intensa
Ela é sempre incompleta...
Poesia é a arte profunda,
de quem não deixa de acreditar.
É a fé absurda de todos os capazes de "esperar". A Poesia é a arte inocente
escondida no segredo, no sagrado,
no subliminar.
É a maturidade envolvente de quem ama o pássaro e o deixa voar.
Por que Poesia também é a confiança que a ave ira voltar.
A Poesia não é só isso.
Não é só um contexto periférico.
Ela pulsa, e salta dos quadros, platéias, canções, silêncio e de toda cena abstrata.
A Poesia sempre grita, sempre fala.
olhe a Poesia em todo lugar.
Eis divina ou maldita!
Por fim a Poesia é sempre a essência que se usa para enxergar além da escrita.
Vou começando a minha poesia
Falando de Maria.
Uma mal educada,
Que gosta de zombar,
Dos que caem da escada para nunca levantar.
O que me dá raiva
É essa tal discriminação,
Dos quadrinhos do Paiva,
Que aclamam atenção!
Não sou informado,
Não sei escrever.
Mas o que tenho odiado
É essa tal de U.R.V!
Rogo pragas,
Mas era pedido.
Para curar as chagas,
Do orgulho ferido.
Roubar do povo
Não é gozação!
Mas se fizer de novo essa tal de pichação,
Tirarei meu orgulho de trabalhar nessa nação!
Não sei ler
A placa da avenida,
Mas precisas conhecer
A minha experiência de vida!
De que usar
O sumismo da nação,
Parar com etnocentrismo...
Porque essa tal opressão?
Mas quem sabes filho
Que tu não me trairias,
Que não acabarias,
Como o Paulo César Farias!
Se tu queres saber
O que é etnocentrismo,
Procure no dicionário,
Porque eu não digo!
Boa noite com poesia....♥
Olho neste céu imenso
que de dia é tão risonho
quando chega a noite
pega um ar tristonho...
Se bem que de lá as estrelas
entram em cena cintilantes
fazendo um esfotço medonho
de formarem um coro brilçhante
em vão, não conseguem
se igualar ao clarão do dia
porque é só quando consigo
ver no outro toda a alegria...
mel - ((*_*))
Olhe!
Veja bem,
A poesia está nos olhos
Na alma de quem a tem.
Escute!
Ouça bem,
A poesia está na voz
E já no eco, além.
Fale!
Diga meu bem,
A poesia está no Verbo
Na Palavra que poucos têm.
Toque!
Sinta também,
A poesia está no sentir
E não no desdém.
Ajude!
Doe o que tem.
Eis a verdade:
Poesia é caridade,
E religião é fazer o bem.
Queria ser poeta, para ser poesia
Queria ser sol, para poder ser luz;
Ser amor, para ser suspiro;
Ser ar... Para ser aroma;
Ser campo para ser caminho...
Gostaria de ser noite para ser estrela,
Gostaria de ser coração para poder ser batida,
Ser olho para ser lágrima
E seria nuvem se fosse céu
Ser pássaro para ser voo...
E seria árvore para ser folha,
Ser tempo para ser instante...
Se fosse mar seria onda,
Ser boca para ser sorriso...
Tudo o que tem de ser,
Com tal de ser... O que fosse.
Tenho ainda muito a fazer, tanta poesia que não sei contar.
Sentimentos para ainda escrever, que já nem sei quantos.
Quero botar no rascunho, o meu viver e os prantos
Deste meu pensamento, que não cansa de pensar...
Buscarei viver mais feliz em cada distante lugar.
Acho que devo ter mudado a rima do meu canto,
Mas de escrever eu nunca vou parar, portanto,
Tenho muitas outras lições ainda para passar.
Minhas palavras, como as de Gandhi, se tornarão lei.
E nunca ninguém mais vai esquecer o que eu falei.
Todos sempre vão se recordar e, se lembrar de mim.
Tenho muito ainda a escrever e aos outros passar,
Pois devem saber que eu ainda não aprendi a calcular,
A quantidade de tempo que eu terei até o meu fim...