Poesia Borboletas
“AMOR,
a vida é FLOR.
Linda,
breve,
frágil.
Precisa
de sol,
de àgua,
de borboletas
pra continuar
a existir.
Não
desperdice
AMOR.
A vida
é flor.
Qual razão
AMOR
da vida,
da flor.
Senão ser
sol,
àgua
e borboleta
pra que outra
flor
continue...
a ser VIDA,
linda,
breve,
frágil."
Panapaná
Essas borboletas têm mania
de carregar o verão nas asas.
Se vestem de vento e claridade,
vão aonde a cor inventa o ar.
Gosto delas porque sabem
se miudarem no céu — só ou em bando —
como se o céu fosse coisa de brincar.
Coleciono-as em álbuns soltos.
Ali, no meio do sol,
são mais tintas que matéria,
mais riso do que bicho:
elas são coisa e não são.
Dizem que vivem pouco
— mas pouco pra quê?
Pousam na eternidade das manhãs,
ficam suspensas no que não dura,
deixando rastros de voo
que só o invisível sabe ver.
E eu as celebro com meu olhar ralo,
que aprende, com elas,
a gastar a vida
no que não sobra.
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
Não se questiona se as borboletas são exageradamente belas,
nem se elas se expõem,
apesar da aparente fragilidade, cabe apenas admirá-las,
à distância.
As borboletas são extremamente frágeis,
não suportam uma chuva,
além de serem presas fáceis dos pássaros,
mas nada as impede de voar,
porque sabem o que querem,
e aprenderam a superarem as suas deficiências,
e contornarem as adversidades.
Admirador de borboletas
Eu sou um eterno admirador de borboletas;
da expressividade das suas cores
e da leveza dos seus movimentos.
Eu me encanto de como elas pousam
e decolam livremente.
Eu reconheço a fragilidade,
mas invejo o destemor das pétalas que voam.
Neste mundo globalizado,
se uma delas bater suas asas com força lá no norte,
eu sou capaz de sentir uma brisa fria aqui no sul.
Eu ainda olho pra uma borboleta específica,
e penso, admirado,
como um trem desses é capaz de voar.
Nada tem me passado despercebido, nem as borboletas amarelas, as diversas libélulas que tenho visto, o grilo na porta do carro, a nuvem em forma de coração e a estrela cadente que vi num dia desses.
Seria muita ingratidão não apreciar tudo isso.
Contemplar o belo é necessário para a vida!
As vezes eu queria poder ler a sua mente, mas outras vezes, sinto muito medo do que poderia encontrar.
Amar não é ruim. Só é assustador, pensar que quem te ama, pode deixar de te amar de uma hora pra outra, assim… sem você poder segurar.
Amor não é sobre ”A culpa é sua” mas sim ”Me desculpe”. Não é ”Onde está você?”, mas ”Estou aqui”. Não é ”Como você pôde?” mas ”Eu entendo”. Não é ”Eu gostaria que estivesse”, mas ”Obrigado por estar aqui”.
Minha vida anda bem particular; eu não quero compartilhar, estou feliz e me sentindo acolhida por mim mesma. Estou aceitando melhor ficar sozinha em certos momentos, mas continuo com medo de ser esquecida, quem sabe, esse medo nunca passe.
O meu coração tem chorado todas as noites, porque ele não consegue se aquietar. Você o chama, e depois dá as costas. Ele não consegue se acalmar, e a culpa é toda sua.
Eu estava imóvel por dentro, travada e sem sentimentos, mas por fora estava parecendo forte para não assustar ninguém.
Acordei bem, sorrindo pro nada e com vontade de passar o dia todo em casa, pra não correr o risco de alguém acabar com isso lá fora.
E sabe quando a pessoa não está perto e você quer muito um abraço, ou até um beijo… e só vai servir se vier dessa pessoa? Você tenta se distrair, mas tudo atrai o mesmo pensamento, a mesma vontade.
Meus erros. É estranho e é como um ciclo. As pessoas eram demais, erram comigo e talvez, eu também erre com elas mesmo sem querer… acho que errar faz parte de nós. Sim, errar faz parte de mim e se tornou algo mais importante do que qualquer acerto, porque todos eles me trouxeram uma lição. Acertar é simples, você comemora seu momento de felicidade e fala de queixo erguido que, enfim, acertou. Difícil mesmo, é ver alguém falando do próprio erro com orgulho, confesso que não falo com orgulho, mas falo… os erros não devem ser escondidos e sim entendidos para não serem cometidos de novo. Percebi que sou apaixonada por meus erros, pois todos erram, e admitir os próprios erros é uma espécie de coragem que poucos tem. Cada erro causa em mim uma parte nova, um acerto. Tem que ser assim, errar e se levantar… a cada queda, se levantar mais forte! O erro não é ruim, é uma chance.
Distância de pessoas que acham que o mundo só gira em torno da moda e do dinheiro. Dinheiro acaba e moda é passageira. Conserve os seus valores, isso basta.
As pessoas querem tanto ter um relacionamento que se jogam de cara no que vier, sem antes descobrir se aquilo é verdadeiro.
Você só precisa perdoar e esquecer. Perdoar por ele ter sido tão estúpido e não ter tido a capacidade de te entender, e… esquecer que ele existiu.
"Desculpa" é uma palavra pequena, mas com um significado inexplicável. Pode curar feridas, pode salvar amizades e reparar um relacionamento maravilhoso. Mas você tem que dizer isso, mas não quer dizer que sempre, apenas desculpas, irá resolver.