Poesia Borboleta
Uma das faces mais relevantes da inteligência é distinguir o ser, do que diz ser e do que pensa ser.
Hoje estive a pensar em algo que representasse a vida. Pensei! Pensei, e não encontrei nada mais significativo que uma borboleta: vibrante e extremamente delicada.
Num mundo onde somente as borboletas coloridas e iguais são aceitas e admiradas, continuar no casulo é relevante
Eu ainda estou aqui, não como antes, eu sei. Mas eu espero que você possa ainda me sentir. Desculpa se não cumprir todas minhas promessas e se aquele abraço que você tanto esperava não chegou. Mas saiba que eu lhe abracei todos dias e em cada lagrima que você derramava era como uma cratera que se abria dentro de mim. Eu quero que você saiba que eu segurei sua mão todos os dias e te refugiei em meus braços, e mesmo que você ache que tudo foi um contos de fardas, eu te amei como nunca amei ninguém.
Ela me disse um dia que se ela fosse era embora era porque seu amor era tão grande que ela não suportaria carregar sozinha. Naquele momento eu não disse nada, só ficamos em silencio. Eu sabia que ela era frágil, mas de certa forma eu não entendia o que ela queria dizer. Ela precisou partir pra que eu pudesse entender que nem sempre o amor é bonito.
Ela se foi. Pegou as coisas dela, e bateu a porta furiosa e antes de tudo ela gritou “ Vai pro inferno”. Ah, se ela soubesse que a ida dela fez da minha vida um inferno.
Talvez a culpa seja toda minha. Talvez ela tenha indo embora porque eu deixava meu orgulho falar mais alto. Talvez ela tenha ido embora porque não suportava mais meu silêncio. Talvez ela tenha ido embora porque eu queria que ela fosse alguém totalmente diferente do que ela era. Talvez ela tenha ido embora porque as vezes eu agia como um idiota e chamava ela de burra. Talvez ela tenha ido embora porque eu fazia ela ficar sem argumentos. Talvez ela tenha ido embora porque doía, doía me amar. Talvez ela tenha ido embora porque não suportava a distancia entre nós. Talvez ela tenha indo embora porque eu não segurei sua mão quando mais ela precisava. Talvez ela tenha ido embora porque lhe dei ruídos invés de silêncio. Mas agora ela voou pra longe de mim, e é nesse talvez que minha vida se resume
Nem sempre temos a alternativa de ficar, a vida de um forma ou de outra nós ensina que em alguns caso é preciso partir e pensando nisso eu diria que você partiu não porque foi obrigada, ou porque não teve nenhum motivo pra ficar porque cá entre nós eu te dei todos motivos para está ao meu lado, mas você preferiu a estrada larga, o caminho mais fácil. Mas de repente você bateu na minha porta e não havia mais ninguém ali, a casa estava vazia. Dessa vez quem partiu foi eu e não porque eu quis, mas porque a vida me obrigou, ela disse que eu merecia mais do que algumas migalhas de amor então eu sair por ai em busca de algo que nunca tive o prazer de conhecer, mas posso alegar que quando conhecer será meu lar.
Sempre trago sorrisos e sementinhas de bem querer comigo, assim posso deixar um pouco de alegria por onde passo e ter certeza que colherei bons frutos de amor e amizade. Mas a minha maior alegria é saber que as borboletas que me visitam também trazem um pouco de si e assim nossa vida nunca será um deserto, sempre teremos belas flores e grandes amores para nos alegrar. Rosi Coelho
Ver meu nome naquela lista valeu mais que qualquer beijo de qualquer garoto,mais que qualquer viagem que eu fiz, que qualquer paixão, e valeu cada uma das festas que deixei de ir para ficar estudando. Porque eu passei toda minha vida me escondendo,como uma lagarta em um casulo, achando que todo mundo era mais capaz, mais bonito e mais inteligente que eu, merecendo mais do que eu o amor, a felicidade e o sucesso. Mas algo mudou quando eu vi meu nome naquela lista de aprovados,algo que eu não entendo muito bem ainda, como se eu merecesse a vitória, e a merecesse mais do que ninguém.Então eu percebi que não sou a lagarta no casulo, eu sou a borboleta, uma borboleta que se esconde tanto que aos olhos dos outros parece uma lagarta, mas no fundo eu sou uma borboleta que está aprendendo a voar...
Ela que desde cedo sabia que para voar não era preciso que lhe dessem asas, certo dia decidiu que seria borboleta e nada lhe fez mais feliz do que ser livre e dona de si.
A mocinha da fazenda corria livre e sem perceber encalços pelos caminhos. Seguia por musgos macios, beirando ribanceiras, arriscando-se a cair, mas loucamente prosseguia. Vestia suas asas de borboleta e voava sobre as paisagens, recolhendo a beleza que conseguia captar. Suas tranças eram velas ao mar em aventuras infantis ou seriam asas de um colibri em busca de néctar? Ela não percebia isso ainda, apenas voava em sua imaginação - ao sol cantava, as estrelas do céu apanhava e um colar fazia. Se enfeitava toda, não para aparecer, mas porque já viera ao mundo como poeta e assim seria, toda e qualquer poesia.
A lagarta vai crescer aqui dentro até ficar apertado demais. Todo esse ciclo se chama metamorfose. Ela vai precisar romper esse casulo. Mas só assim ela vai virar uma borboleta linda e pronta pra voar.
Delicada, pétala que voa, se mistura com as flores, mensageira espiritual, símbolo de transformação, inspiração para arte, tema de canção, renova e trás vida, motiva palavras que saem do coração,.... Gratidão, meu amor só gratidão,... por despertar diariamente minha melhor versão!
Um dia a pequena criança viu a nuvem e nela quis voar. Como doida pulava e obvio- jamais alcançaria . Resolveu formar com elas mil imagens que surgiam de sua fértil imaginação. Lá na amplidão azul mesclada de branco apareciam então mil carneirinhos, flores, dragões, barcos e monstros sem braços ...Depois esquecia de tudo e voltava a atenção aos pássaros que em revoadas passavam sobre sua cabeça no imenso jardim ou trilhas por onde andava. Com eles queria voar também e lógico não era possível, resolveu então vestir asas imaginárias e aos solavancos, descia rampas de gramados, achando-se uma sabiá. Até que rolou por uma ribanceira e feriu-se muito. Não desanimou, seus pés não se contentavam em andar apenas sobre o chão e vestiu asas de borboleta. Pelos prados sem fim, voava e ruflava, indo de flor em flor. Sabia todos os perfumes e texturas delas, mas um dia uma vespa predadora a quis pegar, ela perdeu uma das asas e caiu. Nunca mais voou e aos poucos morreu no jardim que amava. Não se deu por vencida, largou a fantasia de borboleta e virou vespa. Como essa, voava sem receio, apavorando borboletas, até que veio um pássaro e a comeu. A garotinha resolveu ser um pássaro e foi voando pertinho das nuvens e ali conseguiu por um instante tocá-las. Imaginou junto à nuvenzinha uma varinha de condão e como fada do faz de conta virou poeta para sempre.
A civilização é uma coisa vulnerável. Um capricho do destino. A qualquer hora, a batida das asas de uma borboleta pode afetar esse capricho.
O tempo se parece com as borboletas. Cada vez mais raro, passa voando e, quando passa, poucos param para apreciar seu encanto.
Sou caçadora da paz profunda, do eterno amanhecer, observo os voos como uma dança no vento. Tenho coragem em auxiliar lagartas a se transformarem em borboletas só para lhes dizer o quanto suas asas são bonitas, e meu coração se expande em mais e mais alegria. Quando você sorri e se alegra com o voo do outro... aí sim você está no caminho certo do amor, da luz, respeito e gratidão 🦋
Certamente, admiro a natureza frágil de uma beleza cativante, que detém uma liberdade admirável, vida transformada de uma borboleta graciosa que vive cada instante com a leveza de suas asas, usufruindo de todas as suas fases, existência emocionante de uma simples intensidade.