Poesia Borboleta
reinava no mar solitário
um destemido tubarão,
tinha tudo, seu relicário,
mas nadava sem paixão
voava tímida e distraída,
sorridente, fazendo careta,
mas meio descrente da vida,
uma pequena borboleta
até que uma forte corrente de mar
e um vento de temporal,
fizeram os dois se encontrar
no meio de um coral
na magia do momento,
se surpreenderam apaixonados,
marcaram o casamento,
com que foram abençoados
juntos aprenderam tanto...
ele lhe apurou os sentidos
e ela, para seu espanto,
o ensinou a criar campos floridos
foi assim que ouvir dizer,
vou contar até morrer,
o tubarão e a borboleta,
que dupla perfeita
Nada somos diante da eternidade, na trama invisível do destino. Simples assim...
Somos apenas vida fluindo em sonhos e fantasias, sorrisos, lágrimas...
Para que temer o fim ?
Os vinte anos remetem ao fim da mocidade
Inicia-se um ciclo escorregadio, o prêmio marcado pela idade
Tem marcas mais profundas, o deleite de uma esperança
Calada tão cedo por uma política de amargas alianças
Meu país não é meu lar
Não me restam forças, inda na mocidade, para lutar
Essa profundeza de abismo coberta por purpurina
Não engana minha mocidade, trágica euforia
Ser não mais nova
Ser inda não velha
Resistir para que os versos em mim resistam
Insistir para que as saudades em mim não consistam
Com o eterno esperar
Olhos de alma inquieta
Tão só, naufragada
Refugiei-me em ilusões incertas
Sonhei como marinheiro, a espera da alvorada
Vinte anos, o nada
Bilhões de anos, astrais
De que me valeria a estadia
Se a alma não regozija? Se a alma não tem paz?
E de que valeria a paz
Se só se mostra ela presente
Ao término do ciclo
Da vida intermitente?
Se tantos sonhos ainda sonho
Se tantos versos não sou mais capaz de compor
Por onde anda o sonho de marinheiro
Que um dia em meu peito desabrochou?
Se puder, eu, enfim, ser borboleta
Sem rumo, vagar entre flores do equinócio primaveril...
Por que não veneramos também as mariposas
De vidas noturnas, outonais de abril?
Se tantos sonhos já desisti de sonhar
Por que ainda é latente no peito
O esboço do desejo
Da eterna desventura?
Eu quero me calar
Eu quero gritar aos mares
Para a moça bonita que passa
Que traga a vida na morte
A resposta inconstante
De como se navega para o norte
Fatigada dos sonhos
Do deixar de sonhar
Alçar os céus no prumo da borboleta
Nos ventres da mariposa, repousar.
Nos encanta com suas cores
e sua bela simetria
Parece tão delicada
mas é capaz de alterar o clima
com o simples bater de suas asas
Da lagarta que rasteja
que se mantém enclausurada,
até romper o casulo transformada
é um capricho da natureza
uma verdadeira flor que voa
um grande mistério, a borboleta!
Florescer
Exige a sabedoria da espera.
Após a tempestade,
vem a linda estação floreira.
Após o casulo,
voa a exuberante
borboleta.
Tenha Fé,
Vai passar!
Ah... as borboletas, como as admiro, livres e perfeitas com sua súplica singela no ar.
Medo, já sentiu medo? Medo de não realizar seus sonhos? Medo do dia seguinte? Medo de não estar vivo?
Será que as borboletas sentem medo?
Aprendi observando elas, em seus voos singelos mas precisos, que o tempo é inserto mas certo. Em outras palavras, percebi na incerteza a clareza de cada coincidência.
Existe tempo para nascer, tempo para crescer, tempo para transformar, tempo para voar e tempo para morrer. Essa é a vida de uma borboleta. Mas como ela sabe o tempo de cada etapa? É ela que controla as etapas ou o tempo?
Impressionante e intrigante como a imprecisão temporal é a precisão mais perfeita na vida. Será que esse é o segredo para uma transformação completa de realidade?
Realidade ou fantasia? Até onde a realidade pode ser considerada real? E se não for real, mas sim um ideal criado por nós mesmos?
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As borboletas ensinam que a vida é feita de fases, algumas fases temos que nós arrastar pra conquistar o queremos, sofremos passamos por chuva e sol mais nunca devemos desistir. Em alguns momentos ficamos dentro do nosso casulo mais quietinho mesmo temos que respeitar nosso espaço, parar um pouco pra nos olhar por dentro. Só depois que passarmos por tudo isso vamos poder voar.
que eu me divirta nas minhas diferentes formas,
que eu tenha sabedoria em cada processo,
que eu esteja preparada para todas as mudanças,
que eu possa encantar e alegrar por onde passar.
que essa metamorfose seja diária,
e que tudo tenha o seu próprio tempo.
Leticia Canova
É no seu respirar ofegante que você sente seu coração bater mais forte,
No seu olhar de alegria,
Naquele segurar de mãos,
Foi por muitas vezes nas chuvas, nos frios que saí para te ver,
Fui bobo, foquei demais em ser o melhor para você,
Em tentar te entregar nossos sonhos,
Você foi meu melhor sorriso,
E o aperto no peito de felicidade,
Você foi aquela brisa leve,
O olhar que desperta a alma,
Você foi a mais bela borboleta do meu jardim,
A rosa mais linda,
Foi no clarear do dia, que você sempre esteve presente,
E no entardecer,
Você foi toda a minha felicidade em forma de gente,
E meu mundo ficou mais completo com você nele,
Você foi as batidas do meu coração,
A cada batida continha seu nome, seu jeito, seu beijo,
Foi no toque de cada beijo seu, que me perdi em pensamentos,
Você foi a estrela mais radiante do meu céu,
E o amor mais puro que senti,
Eu te amo pituquinha, verdadeiramente, sinceramente e simplesmente você!
Por que me deixar te amar mesmo sabendo que não me ama?
Por que continuo te amando mesmo sem me amar?
Por que esqueço de tudo quando lembro de ti?
Por ora não tenho resposta. Apenas posso sentir as borboletas, que uma vez mortas, voltando a voar quando sinto teu "CHERO".
Ah, se você soubesse o efeito que causa em mim cada vez que te vejo, você me daria uma chance.
Uma chance para eu te provar
que fomos feitos um para o outro.
Soneto de metamorfose
Vida de lagarta.... Total limitação...
A sina de uma existência asquerosa,
de uma condição naturalmente desairosa,
melancólica, frágil e sem opção...
Destino de incomoda sujeição,
uma vida sofrida, triste e morosa,
de uma falta de perspectivas pavorosa,
onde há apenas a morte como solução...
Quando minha alma, este fulgor tépido;
de meu velho corpo irá se separar;
meu caixão, morada do cadáver fétido;
será o casulo que irei abandonar;
e estarei livre, me sentirei lépido;
borboleta pronta para voar.
A RIQUEZA DA ALMA ESTA EM AS PESSOAS SEREM SOLIDÁRIAS,AMIGAS,COMPANHEIRAS E COMPREENSIVAS PARA SE CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR.
REGINA CALANDRINI
Passagem
O beija-flor beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, feliz ficou.
A abelha beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, mais feliz ficou.
A borboleta beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, tomada
por tanta felicidade não notou.
O homem beijou a flor...
E foi embora... e a levou...
Então ela a flor... triste chorou!
Era uma Abelhinha tão belinha
que pediu a Deus o que não tinha:
- Quero uma flor e uma amiguinha!
- Quero uma rosa e uma borboletinha!
Deus - que não era nenhum Papai Noel,
que realiza sonhos e desejos a granel -
Deus, que sabe de onde vem o mel,
deu para a Abelinha... espaço no céu.
Acostumada a voar com o pensamento
a Abelhinha se deixou levar pelo vento
aproveitando aquele doce momento:
- Se a felicidade não existe eu invento!
Deus gostou do que ouviu e fez um teste.
- No cacto e na lagarta a cor se manifeste,
entre espinhos a delicadeza mais rupeste
e a flor voe até a mais alta folha do cipreste!
Chamou a Abelhinha e deu o seu presente.
Que vendo a lagarta e o cacto tão contentes
sentiu pela primeira vez uma felicidade latente:
- O amor que a gente sente é amor diferente!
"Quem ama o feio leva cada susto" disse Millôr.
A abelhinha gostar da lagarta e do cacto não é pior
do que fazer do gato sapato ou espinho na flor?
- Na lagarta ou no cacto o que nasceu foi o amor.
As borboletas sempre voltarão, mas certamente não serão as mesmas,
tão pouco os jardins terão as mesmas flores... Nós nunca seremos os mesmos
de ontem! Só há um caminho, e é sempre seguir em frente!
amem como se fosse o último dia, porque talvez seja...
Hoje quero escrever,
tudo o que me vai na alma,
sufocado na garganta.
Hoje queria ser uma borboleta,
que voa sobre um jardim,
escolhendo a mais bela flor,
onde pousar,
onde será feliz.
Queria ser uma borboleta,
para poder voar,
cruzar o atlântico,
e cansado, pousar.
Pousar na minha flor,
descansar, as minhas asas,
descansar a minha cabeça,
descansar o meu corpo.
Pegar nas suas pétalas,
e alisa-las, entre os meus dedos,
embalar o seu dormir.
Sentir o seu perfume,
beber o seu néctar,
olhar as suas cores.
A BORBOLETA
Como borboleta,
fazer o meu casulo, no seu caule
abrigado pela sua flor.
Descansar, do meu voar
e poder finalmente,
partir em paz.
Bailarina das flores...
Onde esta a minha borboletinha,
Minha flor, a minha princesinha?
Prometa-me que serás sempre minha,
Minha mulher e minha rainha!
Sem ti aqui, tudo em mim vira saudade;
Em meus versos a dor e a vontade...
De te ter e nunca mais deixar-te partir,
Quero-te em meus braços eternamente, para sempre só pra mim...
Preciso de ti aqui comigo, de noite e de dia,
Quero-te fazer sempre muito feliz bailarina minha...
Veja as notas que dedilha o pianista, sem ti a canção não tem mais alegria,
Mesmo tocando os nossos versos de amor, as notas são tristes e tão frias...
Sem a tua dança para as flores elas parecem querer voltar a dormir;
As rosas não querem mais florescer, preciso de ti borboletinha, para meu coração voltar a sorrir...
Abrace-me agora, veja que de felicidade meu coração quase saltou,
Viveremos sempre juntos cultivando o nosso amor...
Borboleta bailarina, por favor, dance para mim,
Em seus passos a leveza batendo asas em meu jardim,
Traga para os meus braços ô borboletinha este perfume do jasmim,
Dance comigo num só passo só contigo eu sou feliz...
Por: Igor Barros
ELA PODE SER MAIS. ELA VOA.
Tão pequenino e branco, dele saiu uma lagarta. Mas que lagarta feia, parece que destoa do ambiente.
Olhando pra lagarta vemos que ela ainda não sabe quem é, nem pra onde ir e o que fazer.
Ela se move lentamente como se não pertencesse a este mundo, parece inconformada com sua realidade.
Logo o tempo vai passando e ela se alimentando e se cuidando mas nada acontece... seu questionamento continua: Pra que vim ao mundo?
E ela sente que é chegada a hora de se reservar, de silenciar, de sentir-se e se fecha numa pupa.
Enquanto ela está na pupa vai se conhecendo, observando a si mesma, deixando as coisas fluirem, pois é quando ela entende que na vida dela todas as coisas acontecem no tempo certo.
E vem as chuvas, as tempestades, as ventanias, o calor e ela continua ali... e a cada adversidade ela se fortalece, amadurece, e seu crescimento vai acontecendo.
Quando num belo dia ela sente que é chegada a hora de ser. Então ela começa a se mover e romper com a barreira que ela mesma colocou entre ela e o mundo.
Aos poucos ela vai se mexendo e conseguindo rasgar e ir saindo aos poucos, até que ela consegue sair totalmente. E se admira de quão linda ela está.
Ela pode voar, não se rasteja mais, sua aparência é virial, forte e suave, marcante e alegre. Agora ela sente que o mundo a pertence... e voa.
Ela encanta por onde passa, todos sorriem um belo sorriso quando ela estar por perto, todos a querem por perto. Sua presença transmite paz, amor, renovação, superação, felicidade, vitória.
A felicidade habita em seu coração por estar levando às pessoas cores para suas vidas.
Hoje eu acordei sentindo uma paz tão intensa...e vou confessar, que achei estranho...é...porque tinha bastante tempo, que eu acordava sentindo um mal estar incômodo...
Hoje eu acordei e me senti leve...bem disposta...animada com o dia que começava...numa vontade incontrolável de viver...é...porque tinha bastante tempo, que eu acordava sentindo um peso imenso...desanimada com o dia que começava...com a vida que seguia...
Hoje eu acordei...e me alegrei ...ao lembrar o sonho que eu tive...que eu era uma borboleta muito colorida...e eu/borboleta/colorida/leve/livre/linda/saudável/feliz...voava bem renitente em um jardim todo florido...é...porque tinha bastante tempo, que eu acordava e chorava...pelo pesadelo que eu tinha e vivia...dias e noites...
Hoje eu acordei e me dei conta que me libertei...que realmente eu me transformei...após vários anos de prisão em um casulo...após tantos longos anos me arrastando...eu finalmente consegui vencer o medo...me libertar da prisão que durante tanto tempo me manteve doente... triste...pesada...sem cor...sem brilho...sem enxergar...sem acreditar...que eu tenho asas...que eu sei e posso voar...e foi isso que eu fiz hoje...assim que acordei...voei...e olha, gostei tanto de voar...de sentir o vento no meu rosto...balançando meus cabelos...me deliciei em tocar e sentir o cheirinho suave e delicioso das flores... da terra...o calorzinho do sol...aconchegando meu corpo...a maravilha do azul do céu...enchendo meus olhos de uma beleza tão celestial...em constatar a imensidão dessa vida que está aí...me convidando para transbordar minha alegria...para ecoar minhas gargalhadas...para viver...diante de tudo isso...me senti tão plena...transbordante...de mim...
É...hoje eu acordei...e me lembrei que estou viva...e lembrar disso...me fez novamente ter muita...mas muita mesmo...vontade de viver...