Poesia Amanda
Não vou mentir, vivo me questionando um monte de coisa que vejo por ai. As vezes consigo guardar pra mim, outras vezes não. Na maioria das vezes não. Eu tenho uma mania irritante de querer fazer redação sobre tudo. Não, não é pra tanto. Mas gosto muito de questionar, o que me atrapalha as vezes. Mas francamente, no meio onde vivo hoje é quase um suicídio dizer sim a tudo. Não consigo e pronto. Tenta acompanhar meu raciocínio. Hoje vivo em um país onde sou livre pra me expressar. Graças a Deus não vivi a época das censuras e imposições que houveram no Regime Militar do país em 1964. Então já que sou livre, não vou me reprimir. "Não se reprima, não se reprima". Ok. Vamos ao que interessa. Hum... Mas o que é que interessa mesmo? Sabe que nem eu sei? Olha só que coisa louca. Comecei a escrever sem nem saber o que ia dizer. E continuo escrevendo sem saber o que quero dizer. Mas e daí? Quem liga? Não sou tão "incoerente" quanto Paulo Coelho que não faz parte da Academia Brasileira de Letras por não obedecer as regras gramaticais, mas talvez em me encaixe em alguma parte desse "ser incoerente". Porque, sinceramente, esse texto não tem um raciocínio que segue uma linha lógica. Alguém consegue me entender? Se não, tudo bem. Eu nem ligo. Devo parecer uma retardada, mas quem liga também? Que seja.
“Pensando bem, eu realmente sou sentimental demais. As vezes digo que não. Insisto em dizer que meu coração endureceu e hoje sou mais equilibrada. Mas falar qualquer um fala. Vou direto ao ponto: você me desmonta. Quando você passa com esse seu charme infundível destrói todas as minhas tentativas de ser dura . Sua doçura me inebria. A brandura com que você lida com minhas complicações me deixa sem argumentos. O seus belos discursos a cerca da minha beleza simplesmente me deixam rendida ao seu amor. O amor é distorcido pela maioria das pessoas nesse mundo ridículo. Eu, por exemplo, algumas vezes já me deixei levar por essas ideologias idiotas que falam do amor como uma farsa, como fantasia. Já quis fugir do amor, mas ele me encontrou. Quando eu não quis mais acreditar no amor, você veio e com esse sorriso irradiante me mostrou uma infinidade de prazeres que ele pode me proporcionar. Então me convenci de que talvez eu não faça parte dessa parcela de mundo desiludido. Acredito no amor, em suas formas mais lindas. Porque o amor se apresentou pra mim na forma mais linda no dia que você apareceu e sorriu pra mim. E contra o seu sorriso, não tenho argumentos.”
“Nesse momento sinto paz. Uma paz que nada vai me roubar. Acho que to aprendendo melhor a manter meu coração alegre diante de coisas efêmeras. Não me abalo tanto quando alguém decide se voltar contra mim. Eu me amo tanto. Não ao ponto de deixar o orgulho e a soberba tomar conta de mim, mas o necessário pra não deixar as coisas alheias me roubarem a tranquilidade. Porque não amar se amar é tão lindo? Não vou me entristecer com picuinhas medíocres. Quero ter meus amigos por perto e poder sorrir com eles. Quero viver. Só isso. E essas coisinhas pequenas deixam de importar.”
“Já me disseram: “Quem desiste na verdade nunca quis”. Mas eu discordo. Existem dois tipos de desistências. Uma é simplesmente por falta de interesse. A outra é por cansaço. A gente desiste daquilo que não vale mais a pena. A gente desiste do que não nos acrescenta. Pelo menos é assim que deve ser. Ninguém é obrigado a insistir em algo que não lhe faz bem. Nem sempre desistir é sinônimo de fraqueza. Pelo contrário. As vezes desistir é sinônimo de coragem”
“Mas é que eu tenho esse jeito exagerado mesmo. Choro demais. Canto desajeitada. Amo demais. Exagero na escrita, nas vírgulas. Eu me aceito. Eu me amo. Claro que sim. E há quem me ame. Mesmo quando eu sou tão complicada. E devo agradecer pelo amor que me rodeia. Pois eu sei que apesar das complicações o amor está aqui. Em algum lugar. Mas está.”
“Lutemos para que os nossos discursos deixem de ser apenas belos discursos e se tornem atitudes. Lutemos para que os nossos olhos transmitam paz em um mundo de guerra. Para que os nossos ombros sejam fortes. Para que a nossa voz seja firme. Para que os nossos sonhos sejam indestrutíveis. Para que nossos pés não se cansem. Para que o medo não nos impeça de continuar. Lutemos para não desistirmos de amar. Para que o amor permaneça vivo dentro de nós. Lutemos continuamente, para darmos, todos os dias o nosso melhor, que não sejamos delinquentes e sim competentes nessa jornada longa que se chama vida.”
Sejamos sinceros conosco. Nosso ego. Ah o nosso ego. Como ele tem mania de querer gritar. Querer fazer de nós prisioneiros dele. Egocentrismo querendo ou não, é um mal nesse século. “Eu”, “Meu”, “Eu sou”, “Eu fiz”, “Eu sei”. Claro que dentro da gente tem que existir uma pontinha de amor próprio, óbvio. Mas, como já disse, o mal do século talvez não seja o egocentrismo em si. Os problemas sociais, políticos, econômicos talvez não sejam simplesmente causados por eles mesmos. Mas sabe qual o meu palpite? O mal do século é o próprio homem e sua cabeça que não funciona como deveria. O homem que exagera. Não interpreta. Não compreende. Não aprende. Sabe? Deus colocou miolos no cérebro de todo mundo. Mas vem cá e me responde? É todo mundo que usa? Não. A resposta é não. Infelizmente.
Entende que igreja não se resume a imposições desnecessárias, ocupação de cargos, nomes reconhecidos, e santidade forçada. Igreja é a casa de Deus. E pra Ele o que importa é o que tem aí dentro. Pra Ele o que importa é quem você é quando ninguém vê. É bom demais ser santo debaixo do teto da igreja. Quero ver agradar a Deus nas mínimas coisas. Hipocrisia me dá nos nervos. Deus não precisa de rostinhos bonitos fazendo papel de santo. Deus precisa da sua vida. Por completo.
“Todas as vezes que o dia amanhece assim lindo, o céu límpido, as aves cantando com vigor, o vento fazendo as folhas das árvores dançarem… Toda vez que acordo e o dia está assim, me sinto, mais no que nunca, na obrigação de levantar as mãos pro céu e agradecer ao Criador. Agradecer por tudo isso e muito mais que Ele me deu. Hoje mesmo quando abri a janela o vento bateu no meu rosto como se fosse me levar junto pra o infinito, e eu sorri. Sorri porque me senti perto de Deus. Ele estava presente naquele vento brando, no som das aves, no azul do céu. Sorri pra Ele naquela manhã. Porque senti Ele bem pertinho de mim. E, cá entre nós, é melhor sensação do mundo.”
A moça levanta e sorri. Ela sabe.Tem certeza. A vida não tem somente momentos ruins. Ela pode também ser brilhante. Seus olhos encharcavam-se de lágrimas toda vez que fechava os olhos. Naquela tarde, com todas aquelas nuvens escuras no céu, seu coração doeu. Doeu quando ela lembrou do sorriso inocente que brotou no seu rosto um dia. Um sorriso cheio de esperança. Um sorriso que não foi desfeito por ninguém. Mas ela precisava sorrir. A vida não está no passado. Ela precisa viver o presente. E é nesse presente, que ela está onde deveria estar. Com a pessoas que a merecem. Com o coração cheio de esperanças novas. Sorrisos intensos. Mãos que afagam. Como essa moça tem um coração bom. Quão bela essa moça. Cheia de amor. Cheia de poesia. O nome dela devia ser poesia.
“Amigos. Quantos? Onde estão? Consegue vê-los? São poucos? Se preocupa não. Quantidade não quer dizer muita coisa. Muita gente junta só faz barulho. Prefira esses poucos. Esses mesmo que você pensou. Esses dois, três, quatro ou cinco, no máximo. O resto. Exploda. Desculpa.”
Não conseguiria sequer, cogitar, em não ouvir aquele riso. O riso dele. Que ecoa tão suave dentro de mim. Não conseguiria imaginar meus dias sem aquele abraço aconchegante. Aquela voz cativante. Aquele olhar convidativo. Tudo o tempo todo me fazia lembrar dele. Como nos velhos tempos. Como quando as primeiras vezes que o vi. Lindo. Como sempre. Tudo que eu queria naquele momento era fechar os olhos e imaginá-lo. Sorrindo. Belíssimo. Charmosíssimo. Como é bom saber que você é meu e eu sou sua. Vou fechar os olhos toda vez que quiser vê-lo. E irei ver nossas mãos entrelaçadas. Aliançadas."
“Pude ver naquele céu rosado de fim de tarde, sentada nas pedras à beira do lago, o quanto tenho que ser grata a Deus pelas maravilhas que me tem feito. Quanta beleza havia naquele céu. Sim, o mesmo céu que vejo todos os dias. Em todos os lugares. Mas nem todos os dias o enxergo como naquela tarde. Estava concentrada. Com meus olhos fixos naquelas nuvens bagunçadas. E vendo aquelas aves sobrevoarem tão livremente. Deus. Como és perfeito. E como sou imperfeita. Que tenho todos os dias esse mesmo céu ao meu dispor, e quase nunca o exergo. Quase nunca tenho tempo pra isso. Perdoa-me. Eu te amo.”
“Com quem você se imagina daqui a 20 anos? Com quem você se imagina dormindo e acordado junto todos os dias? Com quem você se imagina dividindo seu guarda-roupa? Dividindo balde de roupas sujas? Escovas de dente? Dividindo fogão, geladeira, televisão, cama, travesseiro, sofá, internet? Com quem você se imagina daqui a 20 anos? Com quem você se imagina acordado todas as manhãs com um beijo fedorento de bom dia? Com quem você se imagina viajando pelo mundo? Brigando no carro por qual musica ouvir? Ficando de bico quando não tiver atenção pra você? Disputando video game ou qualquer outra coisa pra ver quem vai lavar a louça? Como será sua vida com a pessoa que você vai escolher pra viver ao seu lado? Com quem você se imagina daqui a 20 anos, dividindo sua vida inteira?”
“Não me leve a mal. Mas é que eu aprendi a não me importar muito com quem não me dá a mínima. Desculpa. Mas fui obrigada a isso. Não dá pra ser boazinha o tempo todo. Aprendi a me amar, me dar valor, me achar linda, me olhar no espelho e dizer: “ah, moça, você merece todo amor, tudo de mais bonito”. E sabe? Foi recíproco. Quando me amei, de verdade, o amor chegou até mim, através de umas poucas pessoas. E essas sim, valem a pena.”
“Não importa quantas vezes eu queira desistir de mim mesma e dos meus sonhos. Existe algo que pulsa dentro de mim. Uma vontade. Uma garra. Um desejo indomável. Uma força. Algo que não irei deixar ser apagado por turbilhões que surgirem. Existe em mim, bem dentro de mim, uma fé inabalável. As vezes ela ameaça apagar. Minhas pernas ficam bambas. Meu olhar cansado. Mas minha alma firme. Acreditando. Sonhando. Crendo. Que meus sonhos serão reais. Que meus olhos brilharão. Que minha fé não se cansará. Que meus pés estarão firmes. Firmes e prontos pra percorrer a longa jornada que está diante dos meus olhos.”
“Não me contive ao ver essa borboleta. Uma simples borboleta em uma simples fotografia. Mentira. Não é só uma simples borboleta, nem uma simples fotografia. Percebe como vai além? A singeleza com que a borboleta se porta diante da flor? Parece ter uma elegância fora do comum. Desfilando por entre as flores. Exalando um perfume que nem todos podem sentir. Um aroma mais do que especial. É um aroma que invade nosso interior. O interior de quem sabe ver além dos olhos. Enxergar. O quanto a natureza pode ser poesia. Fazer poesia. Céus. Aqui estou eu falando sobre borboletas de novo. Mas é que, sim, eu sou apaixonada por elas.”
“É meio sem sentido dizer “pare de sentir falta de quem não sente a sua falta” e essas coisinhas. Sim, não faz sentido. Porque a gente não pede pra sentir falta de uma pessoa. Ou pede? Não. Claro que não. Mas acompanhe meu raciocínio. Quando alguém foi muito importante pra você, te deu muitas coisas pra lembrar, momentos, abraços, lágrimas, sorrisos, e de repente essa pessoa deixa de fazer parte da sua vida. Assim. Num piscar de olhos. Será fácil manter essa pessoa longe dos seus pensamentos? Claro que não. Não dá pra ignorar lembranças bonitas e quase “inesquecíveis” ou totalmente inesquecíveis da nossa mente. Mas, sim. É verdade que não temos que ficar chorando pelos cantos por alguém que talvez nem lembra que você existe. Sabe seu telefone, seu endereço, facebook, msn e bla bla bla. Mas não vai atrás. Não telefona. Não visita. Resumindo. Não lembra de você. Então. Esses sim, devem ser esquecidos. Ou pelo menos, temos que fingir que essas pessoas não existem. Mas ai você me pergunta: Como vou conseguir isso? E eu te respondo: É um pacote que vem junto à maturidade que você vai conquistar diariamente. Não adianta forçar a barra. Tentar esquecer aos troncos e barrancos. Poxa. Quando você for maduro o suficiente, vai saber quem deve ou não ocupar seus pensamentos. E você vai ter o poder de escolher. Simples assim.”
“Tomara que um dia a humanidade ainda tenha conserto. Por mais que uma parte de mim acredite que isso seja impossível. A outra parte, que acredita em coisas impossíveis, crê que talvez as pessoas não sejam tão orgulhosas, nem tão angustiadas, rancorosas e egoístas. Talvez isso não passe de faxada. Acho que é tudo falta de amor de verdade. Ah, claro, tomara que um dia as pessoas acreditem que existe amor de verdade. Mas o coração de pedra não deixa. Mentira, não existe coração de pedra. É tudo faxada, repito. Não tem esse coração que não se sinta comovido com uma criança abandonada, passando fome, precisando de carinho. Com um cachorrinho que não sobreviveu a um acidente. Com uma senhora que foi abandonada em um asilo por filhos e filhas ingratos. Não tem esse coração de pedra que seja tão de pedra, que se sensibilize com emoções tão fortes. É. Mas o amor está em falta. Ou as pessoas não sabem onde achar e buscam em lugares errados. Tomara Deus, que tudo mude um dia. Quem sabe né.”
“Um olhar suave, que lance fora toda rispidez de espírito. Mãos de acalento. Pés de coragem. Sorriso que instigue felicidade. Narinas sensíveis aos aromas mais encantados. Quero mãos entrelaçadas. Abraços aconchegantes. Quero ser bem recebida. Quero receber bem. Quero ser aprendiz. Quero também ensinar. Quero ter sempre, ainda que hajam imperfeições em mim, essa vontade branda de ajudar.”