Poesia Amanda
Decide que a única pessoa pela qual devesse ligar todos os dias, beijar no rosto, falar que ama, não estava muito longe, ou melhor não estava nem a meia quadra de minha casa, .
Estava aqui, onde sempre esteve.
Sempre ouvindo e ouvindo delírios dos próximos, atendendo ligações nas madrugadas, servindo de lenço encharcado para lágrimas, dando colo, dando beijo, dando amparo.
Sim,.
Esta pessoa estava sempre aqui, bem ali onde nunca parei para enxergar, de tanto olhar para o espelho para espreitar os cabelos, puxar os cílios com o rímel nunca me passou se quer uma leve impressão,.
Ah, mas estava ali.
Eu sempre estive ali.
Eu sim.
Pode custar caro, eu sei, e ainda por cima pode ser uma tragédia.
Ou pode ser tão bom e inesperado que se você não tivesse feito se arrependeria pelo resto da sua vida.
Quando o stress diário for tão grande que sufoque e faça as veias correrem a ferro e fogo, faça um terapia diferente.
Fazer bem ao próximo nos faz um bem danado.
Mútuo.
O que é bom relaxa e expira tudo de negativo.
Comece por ai, e por que não ?
Paixão Indeterminada
Queria ir às estrelas
E lá procurar teu amor
Aquele que não achei
E que você o deixou
É fácil falar ,
Mais é difícil provar
Você lembrará
Do que eu irei implorar
A solidão me ajudou
A esquecer aquele amor
Mais ainda não sei ,
Se você me ajudou
Sei que tudo irá terminar
Daquele dia em que te pedi
Um sorriso aqui outro ali
E assim será essa determinada paixão
Duas cabeças, pelas contas, pensam melhor que uma, é “vero”, a própria matemática explica.
Mas duas cabeçam pensam completamente diferentes.
Talvez o tempo não cure nada, ou cure tudo, os talvez apenas desloque, como muitos dizem, o incurável do centro das atenções.
Mas leva um tempo danado.
Ferida nenhuma se cicatriza em pouco tempo, e mesmo assim, deixam cicatrizes.
Problema é problema, poxa. E cada um tem o direito de lidar com ele do jeito que bem lhe entender, seja a base de remédios faixa preta, seja a base de psicanálise, seja a base da escrita, ou seja até mesmo, e por que não, a base do diálogo.
Não meçam aquilo que você nem se quer chegou a vivenciar, ou digamos, nas boas línguas, não julgue aquilo que você diz meramente que conhece, mas que ao final das contas, não sabe nem um terço da história.
Pessoas são difíceis.
Não se pode confiar no que um sorriso diz por imaginar que há um milhão de lágrimas por trás.
Não se pode entrelaçar os dedos, por medo de se gostar demais, pois há certas coisas que fazendo juntos não teria como não se apaixonar.
Não se pode mais estar bem estando mal, ou disfarçar problema com bebida.
Não se pode mais amar sem medo de correspondência.
É tão mais fácil viver em equilíbrio, dosar a dose, ou não respirar risco algum.
Sim, é mais fácil.
Mas graças a Deus, nunca me permiti ao mas fácil, nem dos amores mais fáceis tive vontade, sempre quis dar a cara a tapa e ansiar por aquilo que nunca foi possível , na teoria.
Nem da escrita mais fácil, carregada de palavras clichês, ou uma obviedade melancólica.
Nem se quer busquei a facilidade de vender simpática ao mundo inteiro, mas sim me doar à uns poucos e bons.
Mas foi nessa de sempre querer o impossível e , muitas vezes, o difícil, que caí em erro próprio.
Não há como deixar que a loucura escorra pelas veias apenas em momentos convenientes,
que seja louca, mas louca por inteiro.
E amar não seria diferente.
Mas quem disse que coração fajuto, bobo, tosco, errado, incompleto e mesquinho tem consciência ?
Quem disse que paixão se escolhia e amor era jogo de sorte e azar ?
Quem nos avisou dos riscos que seria se entregar para uma pessoa e esperar um mundo de ilusões em troca ?
Quem pregou em nossa testa que decepção chega quase a rancar um pedaço desse coração tão pequenino e rabugento ?
Quem disse que paixão teria remédio ?
Não.
Eu não escrevo na tentativa que meus textos alterem em alguma coisa.
Na verdade, não alteram em nada.
Afinal de contas, não se trata de alterar, se trata de aprender a viver como se está,.
Ajustando os ponteiros, e não trocando o relógio inteiro.
Viver com as armas que se tem.
Esperamos de tudo.
Esperamos até um telefonema depois de uma saída casual na madrugada,
Esperamos que anotem nosso número,
esperamos que nos liguem no dia seguinte,
esperamos que não nos esqueçam,
esperamos que se apaixonem em meros segundos,
esperamos ser amados quando não podemos ser.
Esperamos, enfim.
E nos comentário maldosos de uma roda de esquina eu escutei o meu nome.
Eu sei que não era pra mim jamais ter presenciado aquilo, mas eu vi.. E logo ignorei, pois comentário maldosos pra mim nunca terão muita importância.
É certo que as vezes manter o controle da situação é difícil, não nego.
Seria estranho se houvesse quem achasse que tudo estaria perfeito como estar e se contentasse por tal.
Eu imploro, não se contente.
Pode parecer prepotência ou ambição nata, mas não se contente, repito.
Há sempre possibilidade de melhorar o que já está bom, embora, atente-se, se melhorar demais estraga.
Sem dúvidas.
Saibam que a essência está em ter mas não possuir, conceder mas não faltar, amar mas não se desgastar. Partindo deste ponto veremos que as partidas doem sim, mas que se deve deixá-las ocorrerem , pois o que for realmente verdadeiro irá voltar.
Jogue para cima. Cara ou coroa.
Se voltar é seu.
Se não retornou ao berço é porque nunca mereceu o direito de continuar acontecendo.
Mas lembre-se, nada volta da noite para o dia, ou água em vinho. Leva tempo, e um bom tempo.
Nessas partidas tão rotineiras, nessas despedidas tão repentinas e nesses amores criados tão sem nexo..; observamos o grande fluxo de pessoas que criamos em nossa vida.
Muitas que vão, outras que chegam, outras que simplesmente fazem uma rápida parada casual.
E muitas poucas que ficam e permanecem em idas e vindas.
Se eternizam em momentos que valem uma vida inteira.
E nessa de ficar, creio que vou ficando por aqui também, pausando nessas palavras confusas e lembrando-lhes novamente do fato de que sem o cultivo rotineiro jardim nenhum atrai borboletas e que amizade alguma brotará do nada.
Cultive sem pesticidas e sem cobranças.
Cultive o bem, porque partindo deste ponto, garanto, o resto vem.
Admito o que mais temia, sou ansiosa a ponto de querer tudo para ontem.
Ansiosa pelo simples fato de 24 horas não me bastarem e sempre achar que muito mais poderia ter sido feito e que acabei não fazendo;
Tenho ansiedade por tudo aquilo que atiça a curiosidade e que pode me fazer bem. Ansiedade nata.
Penso até que já nasci saltitando da barriga de minha mãe, não esperando a hora do cordão umbilical ser cortado de vez.
Ansiedade por felicidade e paz nesse coração pequenino, mas tão agitado.
Chorar tempo demais seca as córneas e estas lágrimas podem lhe faltar quando forem realmente necessárias.
Larga esse desespero tolo, que desespero algum já resolveu problema.
Não há tempo para descanso nessa vida de inexatidão. Nem mesmo quando as dores ardem nas costas ou quando os joelhos já estão tão ralados de dar dó.
Não tem como.
O jeito é viver e não apenas sobreviver.
Pois embora muitos ainda respirem, poucos são capazes de perder o fôlego.
Por via das dúvidas, há de se dar vida aos dias, ou melhor, a cada segundo destes.
Minha idade é pouca, experiência nem o diga. Meu cabelo não é o mais bonito, tenho a incansável mania impaciente de roer unhas, não sou a mais inteligente ou se quer a mais simpática da turma, detesto holofotes caretas , preciso de ar puro, embora não consiga viver sem poluição.
Adoro gente, mas preciso , diversas vezes, ficar só,.
Minha mente me tortura e quiçá confunde-me, passo charme de menina- moça intelectual, mas vocês não fazem idéia das criancices que me passam pela cabeça.
Gosto do cheiro do livro, de passar as páginas entre os dedos, no entanto, tenho uma necessidade excruciante de ligar o computador ao menos para ouvir o barulho de uma máquina que funciona neste mundo são.