Poesia Amanda
Às vezes acho que estou enlouquecendo, minha cabeça fica dando mil voltas, meu coração dividido entre dois, eu sei, isso não tá certo e, eu já to ficando zonza no meio dessa loucura toda. Eu já nem sei mais lidar com meus sentimentos, meu coração pede por um, mas implora pelo outro. Nunca pensei que fosse possível gostar de duas pessoas ao mesmo tempo, até acontecer comigo. De um lado o cara que eu sempre gostei, que sempre esteve comigo e continua aqui, ao meu lado pro que der e vier. Do outro lado, o cara que conheci à pouco tempo, mais velho, mais maduro, mais responsável, outra vida completamente diferente da minha. E eu no meio dos dois, fascinada, louca, confusa. Quando olho para eles, vejo duas pessoas completamente diferentes, nos gostos e nas atitudes, são peças diferentes do mesmo quebra-cabeça. O que falta em um, o outro compensa, e vice-versa. Eu já nem sei mais o que fazer, eu não consigo me decidir, escolher um só. Os dois me completam de maneiras diferentes, me fascinam, me encantam e, por mim, eu escolheria os dois e seria absurdamente feliz, mas o meu bom senso grita comigo e me lembra diariamente que isso é impossível e, que antes que eu enlouqueça eu deveria escolher um só. O difícil é isso, descartar uma opção de felicidade, talvez fazer a escolha errada e me arrepender mais tarde. Não, não dá, é um caminho sem volta e, se eu não posso ter os dois, vou deixar que a vida se decida por mim. Não dizem que o que tiver de ser, será? Pois é, tô apostando no destino.
Confesso, ao perder algumas pessoas eu fiquei triste, mas hoje eu vejo que Deus foi generoso demais ao tira-las da minha vida.
Valorizo bastante minhas amizades, se tem uma coisa que eu prezo nessa vida, além da minha família, são meus amigos; para eles tudo, amor, carinho, abraços, sorrisos, cafuné. Se eu te chamo de amiga, não é da boca pra fora. Meus amigos eu defendo com unhas e dentes, acho que os amigos são a família que escolhemos, por isso protejo mesmo. Pelas minhas amigas eu faço o que possível, apoio, ajudo, cuido, faço rir quando é preciso, dou bronca quando é necessário, compro brigas que não são minhas e, falo sempre a verdade. Acho que amizade é isso, sinceridade acima de tudo. Não dá pra ser amiga só contando mentiras, escondendo a verdade, apunhalando pelas costas. Mas infelizmente nem todo mundo pensa assim. Não sou santa, pelo contrário, tô longe de ser, mas tem uma coisa que minha mãe me ensinou e que todo mundo deveria saber: dar valor no que os amigos fazem pela gente. É incrível como todo mundo que ter um amigo, mas ninguém quer ser amigo; todo mundo quer sinceridade, mas quase ninguém aguenta ouvir a verdade. Já disse, faço de tudo pelas minhas amigas, mas fico completamente chateada quando não sabem dar valor a isso. Não quero reconhecimento pela 'bondade' que fiz, mas tem gente que é folgada, você dá a mão e eles acham que você é obrigado a dar o corpo inteiro. Não sei lidar com gente assim, mal agradecida, que se diz amiga e na hora do aperto liga desesperada, mas quando a gente precisa é a primeira a virar as costas. Aprendi desde criança a dar valor nos amigos e nos pequenos gestos, mas infelizmente, nem todo mundo é assim.
Mas eu não gosto do certo, do fácil, do caminho mais curto. Eu me interesso pelo errado, difícil, longo. Não consigo querer o que me quer. Não sei desejar o que posso ter. Não sou capaz de cuidar do que já floresceu: sempre acabo dando mais atenção pra semente que ainda vai brotar. O racional não me interessa. Eu não sei gostar do lógico.
Sabem tão pouco de mim. Eu escrevo? Ah, sim, quase na mesma temporalidade em que respiro. Caminho devagar? Tenho um probleminha no pé, olhe melhor que você perceberá. Tenho o olhar vago? Esse é velho, já deveriam saber. Leio com os mais gritantes barulhos? Eu gosto de histórias além da minha, concentro-me rápido nelas para me esquecer. Não sei abrir o coração? É falha da vida, sabe? Ela ainda não me apareceu com a chave correta. Eu durmo pouco e não sei falar de mim? Tudo mania velha. Eu me formei faz um tempinho na faculdade dos jeitos estranhos de ser. Agora, tem que me aceitar assim, e entender que saber de mim sempre será pouco. Eu sempre vou trancafiar um sentimento, segredo ou passado. Eu vivo me escondendo até de mim. Mas posso garantir que tenho bom coração. Eu amo quem eu amo acima das confissões nunca feitas de mim. Amo por me amarem sabendo que pouco me conhecem.
(...) não foi melhor eu ter ido, não.. você estava estranho comigo e eu fiquei me sentindo mal o dia todo por causa disso. Mas não te culpo por nada não, fui eu que insisti.
Eu quero risos, ligações no meio da noite, uma flor roubada de um jardim qualquer. Quero piadas internas, sussurros roucos e uma mão na minha. Quero beijos em meio à chuva tormenta e brigas sem motivo algum, apenas o da reconciliação. Na verdade, pensando bem, não preciso de muito. Só de você.
O coração pesa tanto que fica até difícil de se carregar, a consciência tortura e o medo de um futuro incerto predomina.
Temer e fugir de uma onça é fácil ; Quero ver você doma-la pelo carinho ,sem prenda-lá na imposição .Quero ver você fazer ela querer voltar todos os dias pelo amor e a lealdade ,sem que ela sinta o dever ou qualquer mesquinha necessidade.
E agora dói, amanhã vai doer.. mas daqui alguns dias a dor diminui, e não vai mais doer tanto assim.
Sabe aquela coisa que por um momento é aquilo que você mais quer no mundo e quando consegue você não quer ? Pois é... Toca aqui. Estamos quitis.
Nunca arrisque perder sua felicidade por uma coisa que queira momentaneamente. Mesmo que queira muito.
Alguém entra na sua vida, te faz mudar a sua rotina, te faz fazer novos planos, te motiva a sonhar novos sonhos, ai a pessoa resolve jogar tudo pro ar, te deixa perdida, e você tem que seguir. Mesmo sem sonhos, mesmo sem planos, pois a vida segue, o tempo segue, só você que para.
E depois de tanto planos, de tantos momentos é simples chegar e dizer que não quer mais... de boa é normal.
Você pode até me fazer tonta, mas depois é a minha vez de praticar com você o que você praticou comigo.
Faço parte da tribo das mulheres que nasceu com a sinceridade à flor da pele. É quase uma maldição ser assim no mundo de hoje. Tenho a total desvantagem de não saber fazer doce, e ser sempre direta em meus relacionamentos. Quando eu vejo, já falei demais, já demonstrei demais, já fui muito eu. Estraguei tudo, sem reparos. Essa minha mania de ser direta já me fez perder muitas coisas, em contrapartida, tenho a total certeza que só perdi o que não merecia ficar ao meu lado. Mas eu prefiro ser assim direta, sincera e falar tudo na cara sem rodeios ou meio termos, do que me fazer de sonsa. Sonsa que por sinal eles adoram. As sonsas são sempre sucesso, as mais pedidas, e as mais rodadas também. Elas adoram se fazer de boazinhas, já pegaram todos e já fizeram de tudo, mas juram de pés juntos que tudo o que falam ao seu respeito é mentira, e você acredita, claro! Dignos de pena, ela e vocês que caem nessa conversinha porque é mais cômodo ficar com alguém que finge ser o que não é para te agradar, do que aguentar o tranco que é se relacionar com uma mulher que não camuflas suas vontades e, muito menos usa máscaras e mil truque para conquistar e segurar alguém. Gente como eu, tem no sangue o respeito por si próprio e em cada poro a natureza de ser o que é, custe o que custar. E pago caro por isso. Pago com juros a saga de ser verdadeira e não me submeter a jogar qualquer jogo dizendo amém para todas as regras. Mas eles adoram um doce, um charme, uma submissa. Azar o deles. Aprendi a ver em cada fim, um recomeço mais digno, mais cínico. Aprendi a me jogar na vida, em vez de ficar elaborando joguinhos com alguém que não está disposto a ser de verdade também. Sorte a minha de ser assim: intensa, verdadeira, sincera. Sorte de quem tem a chance de me conhecer por aí. Azar de quem não consegue valorizar gente de verdade e acaba virando fantoche no jogo vazio dos outros.
Nós já nos magoamos demais, já nos desgastamos demais, agora é hora de dar um tempo, é hora de renovar, é tempo de recomeçar.
Eu nem vi quando tudo começou a mudar, mas notei algo errado acontecendo ao ver você se afastar de mim .
Eu não me dou bem com nada, sabe? E quando eu digo nada, é nada mesmo. Não sei lidar com partidas, mentiras, comigo mesma. É complicado demais. Primeiro que todo mundo entra na minha vida e vai embora, eu já devia estar acostumada mas não dá. Não dá porque... Porque sim! Ora, ninguém nunca está preparado pra perder alguém! Mentiras também são um dos meus demônios, porque eu minto demais pra mim e todo o resto das pessoas, também. É difícil. Me entenda: você cria um mundo inteiro, sua vida, em cima de uma base instável mas que, para você, parece firme, tão firme quanto o Everest e, quando você menos espera, tudo aquilo que você levou dias, meses, anos pra construir é levado ao chão em segundos... Isso acontece sempre comigo. Eu aprendi a conviver com isso. Mas o pior é ter que lidar comigo mesma. Livros de autoajuda, psicólogos, psiquiatras não ajudam em nada. Só me fazem ter mais dúvidas. Você acha que as duas guerras mundiais foram grandes e devastadoras porque não conhece a que vive em mim. A primeira e a segunda guerra tiveram fim, e a minha? Ela tá aí desde sempre. E não teve fim. Todo dia é um conflito diferente. Você pode ser a pessoa mais solitária do mundo mas pelo menos tem a você mesmo. E quanto a mim? Além de não ter ninguém, eu não tenho a mim mesma, eu sou meu pior inimigo. Todo mundo me machuca, o.k. Mas eu faço um estrago bem maior porque, afinal, eu sei de todos meus medos, de cada ponto fraco meu e eu sei atingi-los de uma vez só. É por isso que eu me isolo, sabe? Sozinha eu me entendo, me arrumo, me conserto. Apesar dos apesares. Quer dizer, até quando todo mundo vai embora, eu continuo lá, me fazendo companhia. Eu não me dou muito bem comigo mas fazer o quê? Eu só tenho a mim, mesmo não me tendo.
Não, eu não sou um bom amor. Não me despeço com clichês, não ligo a cada minuto para dizer que estou com saudades, não mando declarações por correio, não lembro de datas especiais como o aniversário de namoro ou algo assim, não ligo se não tiver toda a atenção. Não coloco minha melhor roupa para encontrá-lo (até porque eu não me visto bem). Sim, eu sou um péssimo amor. Não faço questão de receber presentes, não abandono quando precisa de mim, perco noites por ele, o desculpo sem pensar duas vezes, eu o coloco os sentimentos dele em primeiro lugar, não procuro chamar a atenção dos amigos dele, e nem muito menos trato mal pessoas da sua família. Não se aproxime, afinal, eu sou um estrago como amor.