Poesia

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Poema Mórbido

Quando eu morrer
Não quero luxo
Não quero nada incrustado de ouro
Nem nada que seja tão caro

O que importa é se vivi bem a vida
Amei e fui correspondida
E aproveitei cada segundo
Como se ele fosse o último

Não que esteja sendo mórbida
E já pensando na morte
Mas quem sabe eu esteja sem sorte
E ela me busque amanhã?

O amor é fogo, é gelo
é gargalhar e desespero,
são as ondas que vem e vão,
é tudo aquilo que inspira um coração.

Menina incrível
que vê o mundo
mais possível
que o encara
sorrindo
que serve a DEUS
o nosso bom
DEUS do impossível
o sentimento dela é bom
ah que doce tom
sensível ela casa
com o meu som
sorridente ela passa
contente ela arrasa
ama vermelho
uns flash no espelho
de vestido abaixo do joelho
de salto alto
ela bate no meu peito
moça que admiro
moça que respeito
moça que o seu perfume
inspiro e respiro
to aqui de longe
ligado na mesma ponte
na mesma luz na sua fonte
disfarçada de humana
a muitos uma hermana
por dentro ela é Anja
adora o campo
o sol no fim da tarde
se desfazendo em cor laranja
o amor dentro de si arde
moça das antigas
das poesias das cantigas
das cartinhas dos versinhos
dos ursinhos dos carinhos
do veinho.. de vinte e três
que toda noite a escreve
mais de uma vez éh
em edição limitada

DEUS a fez.

Fica lá com o ouro
eu quero é rimar,
meu maior tesouro
é poder concretizar.
Sou um ser humano
que te pode surpreender,
checa esta rima
para um dia poderes vencer.

Quando nos deixamos levar

Chegará um tempo em que o esquecerei,
Pouco me importarei quem venha a ser você.
Talvez venha ser injusto em seus pensamentos,
Mas, quantas vezes foi tão injusto a mim?
Lembrar é tudo o que fazemos em nossa vida,
E nem sempre queremos, muitas das vezes
É um verdadeiro atormento.
E quando a pessoa é ingrata, muitas das vezes
Não lembrar é necessário.
Quando esquecemos muitas das vezes não
Esperamos a visita de tal pessoa,
Talvez em busca de acolhimento,
E sempre vem sendo assim...
Os seres que desprezam
Os seres que pouco importam,
Os seres que se distanciam,
Os seres que morrem, os seres que vivem,
Todos esses seres, são muitos,
Mas todos buscam lembrarem,
Muitos buscam serem vistos,
Muitos buscam o amor,
Muitos se escondem,
Muitos demonstram,
E assim a vida vai seguindo.
Quando não mais lembrar de você,
Você lembrará de mim,
Posso está enganado,
Poderemos nos esquecermos eternamente.

INSIGNIFICÂNCIA

Parece notória a solidão,
mas não podemos deixar abater a alma;
Quando olhamos para o mundo,
Através de uma pequena fresta
Da nossa profunda insignificância,
podemos ver a alva,

E com raios cintilantes
vem o sol a nos consolar;
A calmaria a nos rodear,
nos enche de esplendor do amor de Deus;

Mesmo sob o céu,
vivendo ao léu,
pode um novo dia recomeçar.

Tão perto e tão longe,
Tão verde e tão bronze,
Deixamos de ver a conexão das coisas, a essência das pessoas e somos consumidos pela carência da aceitação.

Paixão

Abrase-me, paixão, no seu poente
que o meu fado seja tal que me flama
integralmente... de coração ardente
E o infinito amor há quem ama...
...e aos amantes, afeto, eternamente!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março, 06'30"
Cerrado goiano

SOB O SIGNO DO PRAZER...

Toca-me com tuas mãos de fogo e cetim
Passeia teus dedos pelo meu corpo
Beija com avidez a minha boca carmim
Sussurra meu nome excitado; louco...

Movimenta-te rápido ao meu compasso
Possua-me já!_Dê à minha volúpia vazão
Ampara-me amabilíssimo nos teus braços
Do meu prazer torna-te senhor da paixão.

Não deixe resvalar os meus pensamentos
Para cousa alguma que não seja o teu dulçor
Quero ser tua sempre, não só momentos...

E quando enfim a manhã descer sobre o dia
Adormecer no teu peito com langor
Saciados, em silêncio, somos amor e poesia!

Estamos na geração das crianças sem futuro.
De pais ausentes que só dão presentes.
A modernidade e a tecnologia criaram um muro.
Jogaram nossas crianças no escuro.
Na adolescência e fase adulta não saberão para onde ir.
As ensinam apenas a ter e não mais a sentir.

Agosto (bem vindo!)

Bem vindo agosto
que seja lindo
do desgosto oposto
no amor luzindo
a gosto, com gosto
nas realizações infindo
ao meu, ao teu
avindo
num apogeu
Agosto... Seja bem vindo!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho

Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
Nem ama duas vezes a mesma mulher.
Deus de onde tudo deriva
E a circulação e o movimento infinito.


Ainda não estamos habituados com o mundo
Nascer é muito comprido.

O utopista

Ele acredita que o chão é duro
Que todos os homens estão presos
Que há limites para a poesia
Que não há sorrisos nas crianças
Nem amor nas mulheres
Que só de pão vive o homem
Que não há um outro mundo.

Se eu soubesse exatamente porque a castanheira
parece estar a ponto de flamejar ou morrer, suas pirâmides

tremulam, eu te contaria? Talvez não.
Nós devemos manter o interesse por selos estrangeiros,

horários de trem, placares de baseball, e
psicologia anormal, ou tudo se perde. Eu

poderia te contar além do que eu e você
suportaríamos, e eu suponho que você responderia

com gentileza. É uma coisa terrível se sentir como
quem faz um piquenique e esqueceu o almoço.

Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
Estranha sombra em movimentos vãos.

Um poeta nunca morre
Apenas adormece
Entre palavras e versos escritos
Seu coração está sempre aflito
Um poeta nunca morre
Apenas adormece
Entre amores mal resolvidos
Seu coração está sempre em prece.

ESBOÇO

A mão se movendo,
Transforma o grafite
Em linhas impressas.

Observa o esboço;
Formas, proporções,
Conceitos estéticos.

A arte gravando
Um pouco da vida,
Num sujo papel.

" Te dedico o meu melhor sorriso
vingança?
não
apenas uma forma de te mostrar o que perdeu...

Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agônicas raízes com a chuva da primavera.

E como num grito de desespero, eu despertei para dentro de mim. Num mergulho sem fim, incalculável e sem volta. Que assombra e que me solta, diante do mundo.
Pro fundo.
Profundo.
Pra dentro de mim, um pássaro que voa e ecoa numa lagoa e se ensaboa dos mais lindos sentimentos: amor, carinho e um pouco de desespero.
Sorrateiro, que chega na madrugada sem pedir licença, e invadi minha mente que mente para mim mesma.
Que tá tudo bem.
Que nada mudou.
Que tudo mudou.
Que algo mudou.
E eu me encaixo dentro do laço do desconhecido, do não saber do meu destino, do que a vida me guarda, e o que me aguarda. Sigo confiante diante da corda bamba que me foi colocada sem permissão. De ante-mão, seguro meu coração, fazendo pressão contra o meu peito. Que grita assustado, mas que ri disfarçando o dia inteiro.
E assim eu vou, para frente, para trás. Evoluindo e aprendendo, nesse jogo da vida ninguém sai vivo, quem ganha é o nosso espírito. Evoluído e sorrindo, diante do que nos for imposto, por algo que desconhecido, e assim mesmo, lindo.