Poesia
" Curiosa "
Quando acordei
já te encontrei de olhos abertos
me espiando...
Curiosidade a tua!
querias ver com certeza como eu sou
sonhando contigo!
Mulher, és a alquimia com o universo,
és tudo, doas a vida e dela cuidas
até o ultimo suspiro.
Seu lema é o amor pleno
Parabéns pelo seu dia !
Mulher é mesmo interessante...
De dia é linda
e a noite é deslumbrante.
Com maquiagem
fica um mulherão,radiante!
Ao natural
fica uma menina apaixonante.
Se usar minissaia ou shorts curto...
Dizem que é provocante.
E mesmo que seja tímida
é vítima de assédio.
E com a força de guerreira,
grita para o mundo a
tamanha indelicadeza.
Quando mãe
é abençoada e respeitada.
Tem sempre um colo aconchegante.
E quando os cabelos brancos
começam aparecer...
E as finas rugas
demarcam a idade chegando...
Com orgulho e um sorriso no rosto...
A qualquer instante,
está sempre bela e pronta
para um carinho ou um conselho.
Mulher é mesmo interessante.
Muitas vezes nada mais sou
do que uma pequena nota solta,
duetanto com o vento,
tentando ser canção...
E muitas vezes nada fui,
a não ser um acorde sem afinação,
que você quase nem ouviu,
nem acolheu em seu coração...
não deixe que comparem amor
com abuso ou controle
porque são coisas diferentes
enquanto o amor constrói
o abuso quebra e te deixa aos cacos
Existem dois momentos onde a inspiração me abandona.
Quando estou extremamente feliz e quando a dor me invade.
Em ambas situações, eu não observo e nem analiso. Apenas sinto.
A dor e a extrema felicidade, não resultam em poesia.
A tristeza e a saudade sim!
Tristeza e saudade são pérolas da melancólica e do entusiasmo.
A tristeza é o que fica, depois que a dor passa... e saudade é o que fica depois que a felicidade termina.
Sorte tem, quem não se inspira por estar ocupado demais, sendo apenas feliz.
(Inpiração / Fernandha Franklin)
O MAR DENTRO DE MIM
Enquanto houver o mar dentro de mim, minh'alma nunca perderá a sua inocência. E viverá eternamente sendo a chave para novos versos. Sua essência mostrará os sonhos em meio a brisa do amanhecer.
Ai dos homens que errôneos por natureza e desgraçados pela vida idealizam para além de si mesmos.
Eis vossa maior angustia ,a ânsia pela gloria que crava com seus afincos o egoísmo impertinente e sedutor.
Eis de vossa fúnebre reflexão que a tona traz o homem que infeliz pelos erros encontra-se o seu conforto nas ilusórias crenças que lhe desabrocham um amargo sorriso
Ai de vossa imaginação avassaladora que nos guia ao abismo com sua sua aura sinistra oculta em vossa alma que nos oferece tal como uma oferenda as trevas ,conforto tão ilusório capaz de desvanecer-se sendo constituído apenas de seus esboços ,ademais abismos negros que famintos anseiam por outras ilusões e desgraçados pela fome insaciável ,destroem-se a si mesmos.
Seja rica numa bela mansão
ou pobre numa casa de periferia,
Mãe é sempre igual no coração,
tem no filho sua maior alegria
COR & GOSTO
Eu queria que poema tivesse cor
Escreveria um bem vermelho
Que lembrasse gosto de beijo
Se poema tivesse gosto
Escreveria um salgado
Meio molhado
Com gosto de corpo suado
Só pra lembrar de você.
Mãe não tem definição,
seja biológica ou aquela que adota e cria,
todas são iguais e merecem nosso amor,
respeito e eterna gratidão todos os dias.
Acho que não sou deste mundo. A falar a verdade, eu sempre me senti estranhamente deslocado neste aqui. Sou de outro, só posso concluir.
Tenho dificuldades, confesso, de conviver com as perversidades deste planeta – as grandes e as pequenas. Fico confuso com os jogos de poder. Pergunto: o que é mesmo que se ganha? E carrego, agarrada e apertada no peito, esta saudade esmagadora do bem que eu queria pra mim... Do bem que eu queria em mim...
Quem sabe, também no afã desta saudade, não se orou “Pai, leva-nos ao teu reino”, mas, inversamente, “Pai, venha o teu reino”. Porque não está fora, nalgum lugar distante, este outro mundo que tanto anseio, mas lá dentro, à espera da minha coragem e disposição de reconhecer que, no fundo, sou eu o estrangeiro aos olhos de mim mesmo.
LOUCURA
A nossa paixão é doce
Acorda nossas almas
Arrebata nossos sentidos
Poe-nos na boca um gosto agridoce
É tormento
É agonia
Desejo
Posse
Calmaria, se tempestade não fosse
É contradição que não afugenta
Arrepio que acaricia
Fome que sacia
Dor que inebria
Unhas que arranham, mas não machucam a pele macia.
Tantos segredos murmurados
Gemidos, dialecto peculiar mas compreendido
Corpos escandescentes que se enlaçam
Se enlouquecem e se satisfazem em paixão consumidos!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
Teatro
Certa noite
você me disse
que eu não tinha
coração
Nessa noite
aberta
como uma estranha flor
expus a todos
meu coração
que não tenho
Surpreso a quanta terra
não me pertence, que
engraçado descobrir (mais
uma vez) que trocar de país
não significa trocar de corpo
e a mudança
de língua
é acompanhada pela permanência
da produção da
mesma saliva.
a terra está para o satélite
como a água para a atmosfera
tudo gravita – a vida – equi
libra-se ainda que se esquive
Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano
quantas cidades para chegarmos a esta cidade
e quantas mães, todas mortas, até tua mãe
quantas línguas até que a língua fosse esta
e quantos verões até precisamente este verão
este em que nos encontramos neste sítio
exato
à beira de um mar rigorosamente igual
a única coisa que não muda porque muda sempre
quantas tardes e praias vazias foram necessárias para chegarmos ao vazio
desta praia nesta tarde
quantas palavras até esta palavra, esta
Eu me renderia aos seus encantos
Aos seus e de mais alguns
Eu derramaria o meu pranto
Se o âmago não fosse o nu
Eu despiria a alma
Verias mais que minhas estranhas
Sentiria na palma
O pecado imperdoável
De cobiçar o que é alheio
Pois pertenço a outro
A outro que muito me deseja
Porém que jamais me teve e nunca terá
Pertenço mais a mim mesma
E sem muita destreza
Me entregaria a vários uns
Mas jamais me esqueceria
Dos diversos acalantos
Nos mais escondidos recantos
Do pecado de me entregar
Eu me renderia aos seus encantos
Aos seus e de mais alguns.
A forma pisciana de Amar
A forma de amar de alguém do signo de peixes, não tem formato. Gostamos de agradar, mesmo sem agrado. Digo que sintimos falta, e fazemos de tudo para se afastar da saudade. Podemos chorar se houver mentiras, e risos nos conquistam com naturalidade.
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Esquecemos o que tem pra amanhã, e nos lembramos de viver o hoje como se fosse ontem. Marcamos pra ser feliz de meio-dia, e já estaremos lá, às onze. Nos agarramos em abraços apertados, principalmente os que têm cheiro de proteção. Seguramos a mão de quem estiver ao nosso lado, por mais difícil que seja a ocasião.
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Perdoamos o que nos fazem e deixamos que o tempo resolva tudo. Procuramos estar de mãos lavadas, para poder colher de forma saudável os nossos futuros frutos. Esbanjando do avesso para que não se tenha dúvida das minhas fraquezas, assim como procuramos conversar consigo mesmo em frente do espelho, para que não nos sintamos perdidos.
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Com pessoas de peixes é olho no olho, seja para sorrir ou soltar lágrimas pelo rosto. Não negamos fogo, muito menos frieza. Samos tudo e mais um pouco, não nascemos para viver nas beiras. É ou não é. Desiste ou tem fé. Tem que haver firmezas nas palavras para que não se tenha dúvida nas atitudes. Às vezes somos tudo no lugar, mas tem dias que estamos uma bagunça, e amanhã possa ser que arrume.
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Vivemos de emoções, e somos capazes de morrer por amor. Podemos até perder a razão, mas nunca deixo de ser quem somos. Gozamos da vida sem arrepender, e pra poder viver com alguém do signo de peixes, tem que ser por prazer.