Poesia

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O amor é como as flores se tu as regastes
constantemente, de um semente irá nascer uma linda flor, mas se deixas-te de regar ela murcha e morre.

Inserida por rafael_amaro_lopes

Ainda

" Se aquietas a alma
aceitas as ventanias
e os devaneios do destino
todas as manhãs.
.
Ainda que rompas laços
nós, pedaços entrelaçarão
legados, portas, estradas
viagens...
.
Águas puras banham
o centro do ser.
passados e futuros
emergem nos desejos e saudades.
.
Viver a agonia
ela é tempero da vida
pulsar, pulsar, pulsar
e florescer...

Inserida por OscarKlemz

Sigo os caminhos do vento,
nos seus cantos e encantos me envolvo
recolho as folhas do tempo,
em poemas as devolvo...

Inserida por neusamarilda

Saudades de te ter

Não ta fácil viver,
Não ta difícil sobreviver,
É estranho não te ter.
É horrível, é doloroso não lhe sentir.
Não sentir sua doce alma e meu coração repleto de escuridão.

Inserida por izadora_ortega

na vida as vezes é bom
virar tudo ao contrario,
desligar a razão e ligar o coração
acreditar nas novas oportunidades,
ser fiel ao que sentimos
e aceitar quem somos.

Inserida por geraldo_neto

VERSOS LIVRES DOS DEZESSEIS
(26/07/2019)

A verdade mexe com a alma,
E a faz sentir harmonia e inspiração.
Tudo são como oceanos,
Que em sua calmaria, revela amor.

Sublimidade de quem vive,
Escrevendo e se ponderando!
Desejando e transformando,
Os versos em trilogias.

Ah, como o tempo passou...
Sem ter pena de voltar atrás.
Dezesseis anos se completou,
Num coração que não fica escondido.

Um mistério a envolver meu chão,
E com gratidão, confesso ao mundo:
Sou leitor muito antes da poesia,
Assim, ser humano, antes de ser leitor.

A profundidade de como cresci,
Internamente, me modelou.
Indiscutivelmente, olho para frente...
Observando o vento, e a sua paz.

Inserida por ricardo_oliveira_1

Sleep on the floor, do The Lumineers
Começou a tocar
Um dos primeiros trechos da letra
diz mais ou menos assim
“pegue sua escova de dentes,
pegue sua blusa favorita [...],
porque se não partirmos dessa cidade,
talvez nós nunca consigamos”.

Era o que eu queria fazer
pegar minha escova de dentes, minha blusa favorita
meus livros e meus poemas
e dar o fora daqui
se pudesse, eu iria correndo e só
pararia quando tivesse a
certeza de que já
não pudesse mais ser alcançada

só pararia quando estivesse
tão longe que meu rastro não poderia
ser encontrado, querendo ou não
é uma questão de agora ou nunca
de agora ou jamais
agora ou prisão para sempre

mas o agora vai engolindo o futuro
e vai se transformando em ontem
ao mesmo tempo e eu
vou perdendo tantas oportunidades e
ficando cada vez com mais medo
de já estar presa sem saber
de já estar condenada a não partir

porque nada nunca acontece
nada nunca muda e parece
que vai ser sempre assim
que vai ser sempre igual
e eu não sei mais como
ou o que fazer
para ser a diferença
para escapar da monotonia
para não ficar mais enjoada a cada dia
para ser parte daquela mínima probabilidade
que se safou disso tudo

Inserida por writerdreamer

entretanto
entre tatos e olfatos.
entre dedos.
entre idas, vindas.
entre um,
entre outro.
entre dois,
três.
verões,
novelas,
tráfego.
entre pessoas,
entre transições.
entre navios,
navegantes.
mares,
amores.
entre estádios,
jardins.
flores e,
amores.
entre mim,
entre nós.
entre.
tudo,
ou nada.
entretanto
entre.
tanto,
ou tanto faz.

Inserida por rubobrobsky

no começo só tinha medo de morrer
mas foi ficando bom nesse negócio.
hoje, só quer existir.
não faz ideia de como.
ainda.

Inserida por rubobrobsky

meu destino desatino
vida insólita,
pouco modesta.
põe-se a mesa para os meus pares
que hoje é o dia da anarquia.
vai viver cabeça oca
que o dia já se quase amanhece.
diga-se de passagem
a noite é uma criança.

Inserida por rubobrobsky

ultimamente tenho me sentido assim
meio farofa processada
em processo.
andamento sem freio,
sem rumo
nem destino,
que só vai.
acho que a vida é isso,
olhar para a primeira correnteza
e descer junto à ela,
sabe-se lá onde se acabam as correntezas.

Inserida por rubobrobsky

eu não sou ninguém.
vazio.
um bando de moléculas e células
e sentimentos.
um bando de palavras e silêncios
e sentimentos.
um bando de inseguranças e desejos
e sentimentos.
eu não sou ninguém,
quem deras fosse
ou melhor
antes fosse.
caducidade do cão
caduco opaco
parado
e turvo.
solta-lhe as amarras.
o cão que não é nada,
ou um bando de coisas,
que só sente.

Inserida por rubobrobsky

acho que é isso.
vivi fugindo de mim,
mas sempre foi assim,
e sempre foi tudo bem.
procurei me entender
sendo confuso.
na multiplicidade
na abstratatez.
rechacei certezas
pra mim todas obsoletas,
só precisava de disposição pra contrariá-las.
hoje, não muito disposto
só me resta força para me perguntar
mas será se é isso mesmo?

Inserida por rubobrobsky

era mais um dia comum e silencioso
cuja paisagem sonora se deslumbrava
com os roídos dos insetos que gritam.
os insetos mudos ainda pertenciam ali,
rotineiramente aprontados para mais um dia de labuta.
esta é a pequena história de uma cigarra,
da ordem dos insetos que gritam.
uma cigarra específica,
embora quase não se diferenciava das outras.
a história não é próspera, pois
não se fazem mais histórias prósperas sobre dias comuns e silenciosos.
sobretudo, a cigarra sim.
esta gritava mais que as outras.
gritava pela sua condição de esquecida.

Inserida por rubobrobsky

tem dias que o clarão da aurora não brilha.
dias que a chuva não molha,
que o sol não ilumina,
tampouco a lua.
tem dias que o milho não estoura,
que a padaria não abre,
que o porteiro não sorri.
dias que o ponteiro do relógio não sobe,
nem mesmo desce.
que os carros não engatam,
ou não param.
que os galos não cantam
e a as galinhas não dormem.
dias que as portas não abrem,
dias que o coração não bate.
tem dias que nem são só dia
ou,
são só dias que nem dia tem.

Inserida por rubobrobsky

o que seria de mim se eu não soubesse de mim?
o que seria?
perguntaria aos porcos
e eles me dariam sua lama
perguntaria aos burros
e eles me cuspiriam todo seu capim.
inepto,
ainda não sei muito desta matéria
e receio não saber tão cedo...
mas de lama e capim
fico com a aventura de viver na incógnita.
o que seria de mim se eu não soubesse de mim?
parafraseio,
me traduzo livremente.

Inserida por rubobrobsky

tenho contado meu tempo através de segundos
eram quatro
e ventava
brisa boa que assopra a face.
noite tépida
razoável para casais que dividem a mesma cama.
sentado de frente para mim mesmo
pensei em alguém,
em outrém,
em ninguém,
em temporais.

Inserida por rubobrobsky

oh meu bem
não espere nada de mim
previsibilidade aguda
afiada me perfura
lateja na minha alma
como um dente que aperta
e sangra.
vistes a última notícia
que não de uma vida alheia?
a vida clama
grita
suplica compaixão e empatia
mas dos eruditos nada se pode esperar.
deles não,
que nem sei quem são.

Inserida por rubobrobsky

me arrisco
logo estou
correndo todos os riscos da existência
sinto o sangue percorrer em minhas veias
de maneira fervecente,
quase fogo de lareira velha
ou fumaça de cachimbo pagão.
ah de mim não saber de mim,
uma sina talvez,
um poema sem fim
ou continuado,
ou amassado,
ou descartado,
ou apenas nunca escrito,
ah deu não saber deu,
uma sina talvez,
não uma interpretação gramatical.

Inserida por rubobrobsky

quando vejo seres livres,
junto quero ser livre também
nem que o junto
signifique separado

os homens não criariam gaiolas,
nem celas
se a liberdade fosse compreendida
de uma maneira tão...
livre.
assim como ela por si só é.

não sou lobo,
sou pássaro em pele de cordeiro,
com sede de compreensão.

Inserida por rubobrobsky