Poesia

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⁠Mágoa de não te magoar

Muitas coisas de ti escutei,
calado permaneci,
sufocado pelo o que não falei
e permitir de te ouvir.

Desgostoso muitas vezes fiquei,
várias vezes me entristeci
e mesmo assim me silenciei,
pois ainda zelava por ti.

Calava-me para toda ação,
deixei você fazer de mim chateação,
mas sempre estive a lhe perdoar.

Você pouco pra isso deu satisfação,
pisoteou e esmagou meu coração
e hoje eu tenho mágoa, mágoa de não te magoar.

⁠Meu eterno desfibrilador

Ao observar-te sentir uma dor,
dor nunca sentida,
a dor de um sofredor
que via sua vida com outra vida.

E quando isso se observou,
corri atrás de uma cardiologista querida
que meu coração consultou
e acelerou minha batida.

Olhava para ela como uma super heroína,
que levantou da minha ruína
e veio ser o meu novo amor.

Pois o antigo quase me matou,
o meu coração por alguns instantes paralisou,
mas fui salvo graças ao meu novo amor, meu eterno desfibrilador.

⁠Todas as coisas agora me lembram de como o amor costumava ser. Taboas dilatadas em lugares
solitários. Condicionador viscoso em meus cabelos. Sólidos livros. Suas variegadas lombadas.
Turbilhão de palavras como um coquetel agitado, umbigo em torvelinho, pulsante asterisco.
O passado é isto: ter sido jovem e desejosa e não ser mais.
No futuro, as taboas explodirão sem mim. Oro para que elas
não passem despercebidas. Quem irá cavalgar os cavalos do cemitério? Loiras e incorrigíveis madeixas
soprando em seus olhos. Quando eu caminhava pelos cemitérios comentando
sobre os nomes estranhos. O presente: seguir um caminho sem amor é cortejar
um vazio roxo azulado, como uma gruta ou uma boate. Ou a caverna onde cadáveres
são armazenados no inverno, quando uma pá não consegue romper o solo congelado.
Eu já vi tais lugares. Já estive sozinha neles. Som de água marulhando.
Animais chamando uns aos outros. Eco da minha própria respiração. Fumaça saindo
da minha boca no frio. Memória, um intruso em um canto que quer matar,
pedra pesada na mão. E a poesia. Este poema agora. Este caso de uma noite.
Trad.: Nelson Santander

⁠Emilly, teu nome dança como brisa,
No palco dos versos, tua essência canonisa
Nome Imponente e ao mesmo tempo afável
Aquela que fala de modo agradável.
Teus olhos guardam uma constelação secreta,
Refletem visões em noites repletas.
És a musa do sonho e da ilusão,
No teatro da vida, és a encenação.
Emilly, és a pintura em tela abstrata,
Na paleta da alma, és cor que desata.
Tua determinação é um rio incessante,
No escuro do quarto, é uma dançante.
Emilly, guerreira, és espada flamejante,
Na batalha do tempo, és a constante.
Do teu nome floresce esse poema
Inteligência, diligência e graça
Fazem parte do teu ecossistema.
Celebremos a tua existência,
Emmie, Mille, Mila, Lili
Que a vida seja pra ti,
Sempre afinada, Com amor e esperança, de alma lavada.
(FELIPE REIS)

⁠Sei que vai entender
Que quando me for
Ela também vai.
Os segredos dela
Vão para sempre comigo
Junto ao coração.
Levo os pensamentos,
A sua paixão
O seuToque da pele
Dentro de mim.
Sei que vai dizer
As palavras que ela
Me disse ao ouvido
Guardo-as para mim.

FIM

Os pavores da minha mente, hão de ser maiores que as dores dentro do meu peito. De tantos baques fortes, já temo mais do que quem deve. Talvez esteja na hora de mudanças, me apegar ao conforto e a desistência, e que se for da vontade do Divino, me leve, pois, já não aguento mais.

O caminhar do dia se apressou, já não acompanho, o cansaço tomou conta dessa carcaça. Quem diria que a tristeza me dominaria por completo, foi de pouco a pouco me puxando para a vala, me soterrando em uma cova, minha mente.

Já busquei o perdão do criador, só falta crer no mesmo, assim não serei jogado em um dos 9 círculos do inferno. Falta pouco pro fim, e disso tenho nota. Mas talvez eu esteja blefando, como sempre.

⁠Quando você ta' perto, até o polo norte esquenta
Qualquer vulcão ativo do Havaí congela
Se pá até a lua fica sem atmosfera

Bora...

⁠Um café na padaria
A ida ao parque
Um passeio na praça
O correr na garagem

O grito de gol
O aplauso no teatro
A roda de violão
A pintura do salão

Uma linha ao lago
A fantástica gargalhada
O churrasco nas mãos
O abraço de coração

Tudo pode ser perfeito
Cada minuto é valioso
Ame, demonstre, faça acontecer

ISOLADO



⁠As vezes tudo o que eu queria era poder gritar, alto o suficiente pra poder ser escutado, mas acabo buscando refúgio no silêncio, e na reflexão, sei que não pode parecer mas eu perdi minha comunicação, mesmo assim, vivo em uma solitude parcial, nem se eu tentasse, conseguiria me isolar completamente, por isso eu não busco um espaço infinito só para mim, eu busco algo para poder viver, e para acreditar, mas isso se torna cada vez mais difícil.

⁠Renasço no bem, então é óbito para oque é mau.
Das distrações que cegamente amei, me despeço e deixo o meu tchau

⁠Sobre amores, poemas e vinho...

O amor é como um poema impossível de explicar;
O poema é como um vinho com aroma peculiar;
O vinho é amor e poema engarrafado, basta saber apreciar.

⁠Transmutação

Era tanta dor que abracei seu tronco curvado.
Pedi ajuda, em sua seiva, transmuta-me,
Arranca de mim esta paixão, que vire razão
É intensa e profunda, voraz,
Penso neste corpo, nestas mãos,
Neste tudo dele e o que me faz
Neste jeito tão debochado de menino
Nestes sonhos vãos.

Transmuta-me ó arvore amiga,
Natureza sem par me enraiza,
Mas como sua copa,
que eu não deixe de sonhar...
Que a amargura não me atinja.

...Árvore da vida, que se comunica,
Da-me teu tronco para eu abraçar,
Que eu perfeita palhaça,
Derrube então esta máscara,
E possa me reerguer, levantar...

Cleide Regina Scarmelotto

Apenas alguém.


⁠Ela é daquele jeito
Desastrosa até embaralhada
Mas ela não tem medo de não ser
Amada

Ela continua sendo ela
Mesmo entre tantos bate e bocas
Tem-se uma grande pessoa
De doidas e loucas
Coragens.

⁠⁠⁠Coloco sinceramente fragmentos da minha ativa complexidade em boa parte dos meus versos, expressando o que sinto, a grandiosa beleza da simplicidade que vejo, as cenas que imagino, os sonhos que tenho, transitando entre a fantasia e o realismo, refletindo o jeito que eu penso, fomentando a liberdade do meu espírito, satisfazendo o meu íntimo e o meu senso poético, deixando-o cada vez mais vivo.

Baseado neste propósito, escolho certas palavras e as aplico em passos harmônicos, uma dança das letras com os meus profundos sentimentos, que dançam na minha mente através dos meus muitos pensamentos, que ressignificam a minha instabilidade, dão asas ao meu fértil imaginário, respeitando a minha valorosa integridade, os meus princípios, trazendo um verdadeiro sentido a minha arte.

A minha inspiração vai se desenvolvendo, então, vou fazendo gradativamente um somatório de frases, começo, fico imerso durante minha criação, esqueço do tempo enquanto faço, recomeço, desabafo, saio por um momento da realidade estática que me cerca e entro na da imaginação, na pertencente aos desejos e às lembranças veementes, nas que aquecem o meu coração, marcando até o meu subconsciente.

Tendo dito isso, sou honestamente agradecido por saber que és uma rica poesia, cuja vida é abundante e resplandecente como os teus belos olhos, a tua euforia, a tua venustidade inegável, apresentando a tua verdade nas tuas linhas, a tua alma resiliente, tuas tristezas e as tuas alegrias, seguranças e incertezas, expondo a tua autenticidade, bênção que foi divinamente inspirada com todos os detalhes.

⁠És tão bela!
Mas nem sequer olhas para mim!
Se me deixasses donzela, eu cuidaria de ti, com amor serias a rosa do meu jardim!

⁠Amamentar pode doer
Pode até mesmo machucar
Mas amamentar é querer
Essa forma de amar

Amamentar é um lindo ato
De demonstrar afeto e carinho
E uma linda troca, de fato
Ver brilhando aqueles olhinhos

O leite que sai do peito
Satisfaz a fome do bebê
E não há melhor jeito
De ver seu filho crescer

A mãe que amamenta
Se sente tão nobre
Por ver que seu leite sustenta
E mais um dom descobre

Por vezes a mãe chora
De sono, de medo, de pavor
Mas tudo isso vai embora
Quando há troca de amor

⁠O Preço

O tempo tem um lado
Desde o início,
Tudo por ele é revelado
Mentir é um desperdício.

O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.

Siga o caminho da verdade
E da coerência,
Onde há tanta falsidade
Deixe transbordar a sua essência.

O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.

Se a realidade deles é de faixada
Não entre na mesma encenação,
Melhor colocar o pé na estrada
E seguir só em outra direção.

O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.

Aquele que não usa desfarce
No final é recompensado,
Mesmo que nisso não pensasse
O universo deixa nú o disfarçado.

O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.

⁠Cheiro de Mar

Lembro de você vindo na areia
E na minha visão, uma sereia
O vento balançando seu cabelo
Sinto o seu perfume, um desejo

Vejo o balançar do seu corpo
me da um arrepio, fico louco
Sua boca com batom vermelho
Te via de longe no espelho

Eu sinto o cheiro de mar
E era tão lindo o seu olhar, o seu caminhar
O seu jeito de amar

Penso em como você sorria
Quando eu te beijava e dizia "bom dia"
Sua pele tão macia ao despertar
Melhor sensação para acordar

Seu corpo perfeito, dourado
fiquei maluco, apaixonado
Com a brisa e cheiro de mar
Da minha mente não vai se apagar

⁠De Janeiro a Janeiro

Com você na primavera, vejo o mundo colorido
Coração que se alegra fica tudo tão florido

Meu jardim cheio de flor, só pode ser amor
Com você o ano inteiro, de janeiro a janeiro

Com você no verão, vejo o mundo tão quente
Que aquece o coração, é paixão, é fogo ardente

Me esquenta o seu calor, só pode ser amor
Com você o ano inteiro, de janeiro a janeiro

Com você no outono, vejo o mundo tão lindo Noite longa e perfeita, durmo e acordo sorrindo

Vento sopra a meu favor, só pode ser amor
Com você o ano inteiro, de janeiro a janeiro

Com você no inverno, vejo o mundo encantado
Cai a chuva, vem a neve, vivo um sonho ao seu lado

Quero ser seu cobertor, só pode ser amor
Com você o ano inteiro, de janeiro a janeiro

⁠Meu vício

Eu a vi pela primeira vez
Por ela fiquei vidrado
senti seu perfume tão doce
eu estava enfeitiçado

Seu cheiro me envolveu
Devagar fui me aproximando
E ao experimentar
ela já foi me conquistando

Suave era seu gosto
Que gostosa sensação
pedi mais e um pouco mais
palpitava o coração

Sentir o seu sabor
se tornou uma rotina
e eu não podia mais
viver longe da menina

Ela me dominou
Dependente fui ficando
Ela era o meu vício
Estava me entregando

Não queria nada sério
era só uma diversão
mas quando percebi
já estava em suas mãos

Tentei me afastar
Eu estava sem saída
O jeito era me entregar
pra tal menina: a bebida!