Poesia

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⁠dois dois

É menino feito santo;
olha a luz dessa criança!
Escondido no seu pranto
um sorriso de esperança

Quando ouve o povo banto
entoar seu doce canto,
faz ciranda, grita e dança...

⁠zi fi

De visita a uma dama
que mexia com o além,
perguntei: como se chama
esse velho sem vintém?

Rindo, disse a tal mucama:
preto-velho não se chama;
se precisa, ele vem...

⁠⁠Maldição de Lilith

Detentora do crepúsculo
Seu cerne angustiante, fará dela meu abrigo
Presenteada com marca condenável
Desafiando a ordem, a natureza proclama
Lilith, a falha proclamada
Jaz solitária, escondida no lado negro
Até a minha porta encontrar, benção melhor não há
Semblante curiosa, a me observar
Com sua beleza macabra, o coração a palpitar
Sem necessitar de permissão para entrar
Desprovida da luz, busca a morte, sem importar

Jogada ao chão, sem nenhuma tensão
Fugaz choque a me vincular
Tentativas desesperadas adornada ao frio
Seu sucumbido corpo a quase ficar
Sem nada mais imediato para ofertar
Minha vida em prol da liberdade, eu desejar
Acionando extrema inquietude
Pois vida já não há
Em obsessão, rezas ao amanhecer, crédulo a ofertar
Amanhecer que nunca chegara
Amanhecer que nunca chega
Agora há de se mostrar
Pois sua maldição não mais jaz em mim
No corpo dela, há de retornar.

⁠A tarde se vai,
e que não tarde !
mas enquanto ela cai
a nostalgia nos invade,
vem a noite sussurrando
nos ermos de sua escuridão,
todo tipo de saudade,
que sabe, temos no coração
Saudade de todo tipo,
do tempo bom ou de anseio,
dos que se foram para o céu,
lugares, passeios, amores,
de tudo que já vivemos
e até do que não veio

⁠Se eu não chorar de alegria,
de tristeza é que não vou chorar,
não deixo que se nuble o meu dia,
Deus há de me abençoar !

⁠CONFISSÕES
Confesso que sou apaixonado
Pelo seu corpo
Pelo seu cabelo
Pelo seu olhar.

Não vou mentir
Nem negar
Que já fiz loucuras na madrugada
De tanto te olhar.

Ai de mim
Que escrevo ruim
Será que algum dia sentirei
O néctar que tanto falam
Por aí...

⁠LEITOR

Resolvi escrever isso,
Não sei se vai rimar,
Mas vou tentar até certar.

Leitor o que te deixa feliz?
Será um amor de verão ou uma paixão de inverno?

Leitor não seja tímido,
Diga pra esse jovem escritor,
É biscoito ou bolacha?
É frio ou quente?
É homem ou mulher?

Leitor não se avexe,
Temos todo tempo do mundo,
Então diga: É Nescau ou Toddy?
Café doce ou amargo?
Adele ou Sia?
Ariana ou Lana?
Gaga ou Madonna? Pop ou rock? Indie ou eletrônica?
Cuida, responda!?

Leitor é sábado,
Dia dos namorados,
Só pra finalizar essa poesia louca,
Sul ou sudeste?
Leste ou oeste?
Norte ou nordeste?
Cama ou rede?
Messenger ou Whats?
Namoro ou amizade?
Direita ou esquerda?
Hétero, bi, gay ou tri?
Viva a diversidade.

Leitor abra a mente e a barriga,
Açaí ou Jaca?
Ficar ou namorar?
Rir ou chorar?
Tenho que terminar,
Se não vou parar, Inté à próxima leitor,
Quem sabe....

⁠"Às vezes é tão complicado lidar com a dor de cabeça.

Às vezes ela vem, às vezes ela

vai.

Tem vezes que ela fica e bagunça onde passa, tem vezes que os olhos se cansam e pedem uma pausa.

Há momentos em que a cabeça resolve pesar mais que o corpo, há momentos que me sinto morto.

Toda vez que tento te esquecer, mais você resolve ficar.

Não sei se isso é amor ou ódio, mas odeio ter que experimentar."

⁠Não quero reviravolta dramática
Tô exausta desse morde e assopra
Corações trocando rosas e socos
Só e bonito em rimas de Leminski
Por mim deixamos de lado a poética
e vamos brincar com a lógica
Quero um sentido e quero um depois
E quero a vontade permanente
Sentimento constante
Que se deixa durar…

⁠MEU MUNDO
Meu mundo pequeno é bem grande
Pequeno por fora e grande por dentro
Cada lado tem seu tanto de ilusão
Ilude-se quem o vê pequeno
Iludo-me por vê-lo tão grande
Meu mundo pequeno tem portas
Meu grande mundo e suas portas fechadas
Jamais precisei abri-las
Espero não estejam trancadas

Te quero,
jamais viverei a felicidade sem você ao meu lado,
sem teu cheiro em meus casacos
e seus beijos guardados.

-𝗳𝘂𝘁𝘂𝗿𝗮𝘀 𝗹𝗲𝗺𝗯𝗿𝗮𝗻ç𝗮𝘀.

⁠O tempo passa depressa

O tempo passa depressa
Quando todos os dias são iguais
Quando todos os dias se faz tudo igual
Quando não se aprende nada de novo
E tudo de antes se repete de novo
Não há lembranças para lembrar

O tempo passa depressa
Quando parece que vai devagar
Quando parece que nada acontece
Quando parece que não se envelhece
E que o tempo parou de passar
É tempo vazio que se tenta segurar

O tempo passa depressa
Quando não se lamenta uma tarde perdida
Quando em um ano não se vive uma vida
E uma vida cabe em uma lembrança

E se veste a mesma roupa
E se come a mesma comida
E se bebe a mesma bebida
E se vai aos mesmos lugares

O tempo só não passa depressa
Quando é tempo vivido, aproveitado
E quando passa é tempo lembrado
E voa e nem se vê passar
Esse é o tempo que passa devagar

⁠*DESPERTA!*

Muitos jazem,
Porque a vida acabou.
Outros jazem,
Porque ainda não começou!

Alguns vivem pobres,
Possuindo grande tesouro
E acabam morrendo ricos,
Enterrando todo ouro.

Cada criatura,
Carrega a marca do Criador,
Uma estampa encrustrada,
No seu interior.

Deus nos fez assim,
Quando idealizou,
Alguém que pudesse exprimir,
Sua força, seu vigor.

Então, há um propósito,
Para a sua existência,
Pensado por alguém,
Que deve ter a proeminência.

Você consegue ouvir
Aquela fala da criança?
Que um dia declarou,
Com tanta confiança:

-Mamãe eu quero ser,
Como aquela linda estrela,
Que brilha, resplandece,
Clara, reluz esplêndida!

Quero voar como um super herói,
Alcançar maiores alturas,
Ser forte e poderoso,
Salvar quem precisa de ajuda!

Mas, essa criança foi sufocada,
Pelas circunstâncias enquadrada,
Deixando seus sonhos tão lindos,
Largados ao pé da estrada.

Os anos se passaram,
Mas a criança continua falando,
Dizendo: tem algo de errado
Você não está se realizando!

Ela só quer te mostrar,
Que os tesouros ainda estão lá,
Aguardando o nobre momento,
Para se manifestar!

O tempo pode passar,
E você desculpas arrumar,
Mas, até quando irá protelar,
E essa força segurar?

Desta vez, vem como torrentes,
Para te impulsionar,
Porque a voz profética abraça,
Quem deseja caminhar!

O som da criança escondida,
Necessita se manifestar,
Dando vida a esses tesouros,
Que todos precisam desfrutar!

Não resista, apenas se entregue,
Ao novo mover divino,
Que conduz essa história,
Rumo a um destino.

Pode ouvir o alarme,
Que ressoa no interior?
Então, coloque os pés no chão,
Porque o despertador já tocou.

✒️ Autor: Vanessa Ribeiro
☀️ Inspiração: "Despertar - Um Novo Dia" Bispo @jbcarvalho

Pela escrita ou pela fala,
Sou sílaba que não se separa.
Sou muitas de mim.
Sou palavra não inventada...⁠

⁠O NÓS VIROU EU

A tempestade ficou sem chuva
meu copo acabou o vinho
eu devo sair hoje?
ou devo ficar?
... o que devo dizer
eu aprendi a ler
lendo sua mente silenciosa
eu aprendi a escrever
aprendendo você de cor
mas quem é você hoje?
meus olhos correram para fora da vista
minha rota ficou sem placas
hoje eu perco o seu caminho
para encontrar o meu caminho

Paulo H Salah din

⁠Suas Madrugadas —

⁠Ela é louca, e há nessa loucura energia suficiente para abastecer
a cidade inteira, mais o coração
de um homem.
(E isso pode ser tão bom
quanto muito ruim).

Mas como tocar o coração de quem a vida, muito cedo, se fez revolta?
Como tocar o coração de um animal feroz, arisco, amedrontado que está sempre em posição de ataque?
Não se sabe por onde começar a atenção, o carinho, o afeto,
antes que ela se revolte com tudo,
com todos (por alguma razão).

Cheguei cedo ou tarde demais?

Mas afinal,
o que ela faz das tardes
e noites?
Das manhãs, em parte, eu sei.
Mas o que ela faz de suas
tardes e noites?
Talvez só tendo suas madrugadas
então saberei o que ela faz
de suas tardes
e noites.
Mas somente com suas
madrugadas e um "cantinho-afeto"
no seu tosco e áspero coração juvenil, tristemente malcuidado.

POEMA DA VIDA

⁠Poetas nascem nas decepções, poetas nascem nos amores, poetas nascem nas páginas de grandes livros, poetas nascem nas páginas de pequenos livros, poetas nascem na noite, poetas nascem nas madrugadas.

Poetas nascem no fundo do ônibus, poetas nascem em um dia nublado, poetas nascem no banco de trás do carro, poetas nascem no sofá, poetas nascem no bloco de notas, poetas nascem na sala de aula, poetas nascem em todo lugar.

Todos fadados ao mesmo destino, fadados a mesma rotina tediante, fadados ao romance da solidão. Todos viverão de eterna melancolia, mas nunca morrerão infelizes.

Saúde mental
⁠Não sabemos o que acontece na mente de ninguém.
Até pequenos detalhes podem ferir alguém.
Saúde mental é coisa séria e deve ser cuidada.
A mente pode ser nossa amiga ou nos armar uma cilada.

Não julgue quem faz terapia ou precisa da psiquiatria.
Ouvir e ser ouvido. O que há de mau nisso?
Quem nunca teve que ser ajudado?
Por que não procurar um profissional formado
que nos faça enxergar um outro lado?

Por que não podemos cuidar da cabeça
se cuidamos do resto do corpo?
Respeite quem sofre de qualquer doença,
e cuidado ao usar a palavra "louco".

Não olhe com discriminação quem faz uso de medicação.
Hoje, a saúde mental merece a nossa atenção.
Porque consumimos todos os dias muita informação.
Depressão não é preguiça, nem frescura.
Ansiedade não é sinônimo de pessoa insegura.
Às vezes, a aceitação e o respeito valem mais do que a cura.

Poema publicado no meu livro solo "Celebre a poesia que existe em você"

⁠Viaje, mas não para fugir
Sente-se sozinho, mas não para se esconder
Olhe, mas não para preencher
Veja, mas não para encontrar
reconheça, mas não para nomear
possua, mas não para reivindicar
Ame, mas não possua
maravilhe-se, mas não fique obcecado
Aspire, mas não alcance
ensina, mas não pregue
confie, mas não espere
desista, mas não desista
Pergunte, mas não para dar significado
observe, mas não julgue
conecte-se, mas não divida
pertença, mas não se encaixe
Deseje, mas não se satisfaça
individualize, mas não identifique

Paulo H Salah Din

Somos incompreendidos

Não dignos de ser ouvidos, e quando nos houvem somos mal entendidos
Não dignos de ser visto, e quando nos veem somos poucos visiveis

Estamos entre a expectativa e a desilusão e quando somos incompreendidos somos mal vistos

A experiencia nunca compensa o conhecimento e quando somos sabios somos excessões de nós mesmos

Nossa fala é atitude, nosso ser é intenção nunca somos conclusão.
Os meios justificam os fins, os mesmos fins que nunca escrevemos

Sugam nossa vontade de ser e quando nada somos, somos incompreendidos.