Poesia
Me desculpem os pais (poesia)
Nasci em uma família matriarcal e matrilinear, aqui homem não tem vez! Mulheres sendo tias, primas, filhas, avós, tias avós, bisavós, noras, cunhadas: são mães de todos.
Não falo em feminismo, porque aqui em casa quem manda é mulher mesmo, a mãe é nosso objeto de devoção familiar e religiosa.
Às nossas grandes mães rendemos homenagens e temos gratidão, levamos presentes, flores e perfumes. Estejam elas assentadas no mar, nos rios ou no sofá de casa: aqui elas são divindades.
Minhas mães, no plural mesmo, são as raízes da Velha Árvore da Vida, que se fincam profundamente até o útero da terra e de onde retiram todo o nutriente que alimenta seus frutos: a família.
Mães ancestrais, mães devoradoras, mães imaculadas, mães protetoras, mães do céu, mães guerreiras, mães d'água... Mães.
Me desculpem os pais, mas é que aqui em casa, Mãe é Deus.
Florescer (poesia)
Apesar do medo, floresça.
Mesmo com obstáculos, floresça.
Em dias de frio, floresça.
Sob a chuva, floresça.
No sol escaldante, floresça.
À beira mar, floresça.
No topo da montanha, floresça.
Mesmo que lhe apanhem, tirem as pétalas, privem de água, luz e vida; insista e floresça.
Florescer é compreender que não importa o que o mundo faça comigo, eu seguirei colorindo e perfumando de amor todos os cantos e campos.
Contrastópolis (poesia)
A cidade que me adoece e cura.
Que me machuca e afaga.
Me afugenta e acolhe.
Me odeia e ama.
Me corrompe e educa.
Me toma e dá.
Me endurece e sensibiliza.
Me rouba e enriquece.
Me desumaniza e empodera.
Me amaldiçoa e bendiz.
Sem ressentimentos.
São Paulo é o Templo Divino dos Contrastes e entre seus altares quero morrer e viver.
Poeira de poesia!
— O mais belo lugar é o caderno de poesias
— Nele se escreve sem medo
expondo os segredos
— Se estamos a beira do mar
— As ondas parecem nos abraçar
— No balançar das águas, ouvimos a brisa sussurrar, doces melodias que conseguem fazer lágrimas rolar
— Palavras chegam, como se estivessem a mergulhar, ou pairando no ar
— Acompanhadas de golfinhos ou estrela-do-mar
— Elas sempre irão chegar
— Tudo se transforma em poesia
— Caravelas, água viva
— Mesmo sabendo que os caminhos são árduos, e que existem pedras no caminho
— O poeta segue a poetizar
— São pássaros saindo do ninho
— Está no sorrir e no chorar
— No sofrer e no amar
— Quem tem sensibilidade, sente poesia no ar… Em qualquer lugar!!
Eu estava tão perto.
Não é a melhor poesia, eu sei, que escrevo para um garoto
Não é a melhor poesia, eu sei, e ele pode nunca ler nada que eu escreva
Não sei por que fui deixada de fora do mundo dele, não sei porque ele não pode me esperar
Ele parece tão longe quanto estrelas na noite, naquele dia, um pouco mais de tempo, eu vi o vi indo embora, mas não tive coragem de alcança-lo.
Eu não sou de longe a melhor garota para ele, eu sei, então por que continuar escrevendo dessa maneira, temos tantas diferenças, nem sei porque eu me apaixonei assim.
Eu não estava pensando em desistir, eu sei, hora de parar e encerrar o dia, eu fiz tudo com tanto amor, e já estava preparada para o pior, mas nem ao menos pude entrega-lo o que queria.
Parece que eu já escrevi essas mesmas linhas antes, eu sei.
Então, por que eu deveria escrevê-las mais uma vez?
Não é a melhor poesia, eu sei, e então eu vou largar minha caneta,
Não é a melhor poesia, eu sei, e para alguém que nunca mais vou encontrar, provavelmente, e mesmo que o encontrasse, que diferença faria?
Pois isso é agora e foi então, minha última esperança se esvaiui, minha caneta eu vou guardar na gaveta, e o presente, bem... Ainda não o sei.
Te amo.
Então vivo, em estado de poesia.
Pois só tu, soube lindamente.
Tocar o meu infinito particular com o seu amor.
Meu coração não é teu, porque acredito que sangrar assim por alguém é doloroso e a poesia não precisa ser sobre o quanto o amor dói.
Mas na minha cabeça todos os meus pensamentos sobre amor são teus e todas as vezes que falo de amor, falo de você. E quando eu vejo o sol se pôr, é você que meu peito busca nos raios brilhantes e amarelos, e quando chove no nascer do dia com cheiro de lar, é você que minha memória encontra.
Quando a lua é brilhante e cheia, busco logo o celular pra te enviar fotos dela e você dizer o quanto ela é perfeita pra você, e eu me sentir tão boba ao ponto de sorrir pro celular.
Quando o dia amanhece nublado eu logo te dou um “bom dia” cheio de felicidade porque eu sei que você ama dias assim. E eu amo te amar e amar esses pequenos detalhes de você que me encantam e me fazem sorrir como quem encontrou tesouros perdidos.
A paixão é uma poesia
O amor é um poema
A paixão é fantasia
O amor é um dilema
A paixão é algo bom
O amor é o nosso dom
É o nosso melhor tema
Campa Vazia -
Numa campa triste e fria
há um corpo sepultado
que já não tem poesia
pela Morte naufragado.
É o corpo de um Poeta
já sem luz no seu olhar
e uma rosa que não seca
está na campa a soluçar.
Tão só, abandonado,
cheio de dor e solidão
naquela cova parado
está um pobre coração.
Até os versos que escreveu
não passaram d'um momento
mil instantes que perdeu
mal morreu o pensamento.
E até o epitáfio
já se foi da lousa branca
e o seu corpo tão frio
sem memória nem lembrança.
Pois viveu no lado errado,
passo a passo, dia a dia ...
Estará o Poeta sepultado
nesta campa triste e fria?!
Diz a voz daquela gente
que tal cova está vazia
porque uma estrela cadente
o levou da campa fria.
A Luiz de Camões.
Poetismo
Fria, cálida, soturna e pálida, letras que destravam, palavras que afagam. A poesia fere, sara, mata e outrora, clara.
As cousas muito mais que vivas, ainda se descrevem, no entardecer da fala. Doce, surrado, elas vem como beijos, e neles se desfazem.
Na poesia, não necessita o verbo, o gesto, nada, só nos resta a poesia que reside em nós, e da gente, o poeta fala, esbraveja, cala, mas nunca, nunca se acaba.
Poesia é um poço
Um porto de sonhos
Chegada da aurora
Chegada do dia
Poesia é ser mar
Ser velas e ventos
Remar, rimar
É ser lua
Poesia é ser canto
Mulher nua
Sereia
Versos, areia
É ser poeta
Ser flores
Ser festa
Amar, amar
Amar quem quer
Roubar
Paixão caliente
Mulher de pérolas
Menina moça
Inocente
Escandaliza
Dama, vulgar...
POESIA " INCÓGNITA NO ABISMO "
Do abismo da ilusão
Onde vivem os poetas,
Na loucura da paixão de
Um cadáver adiado ao
Lado do tempo, uivam os ventos
A lua cheia em estado de demência
Emiti na atmosfera energias
Românticas de dramas
E tramas, onde o poeta
Se engana em se perder
Estando achado...
Enquanto que embaixo dos lados,
Uma rocha firme imprime
Pegadas lentas nas terras
Que ainda o vanto no
Tempo não varreu...
De tudo ao poeta vivo
Que valeu, ficou aquilo
Que não morreu na
Intenção dos passos
De uma ação tão pouca
Por tanto tão muito
Ainda de vir...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
POESIA " NOITE FÉRTIL "
Salve fauno lunar
Estrelas do mar
Ondas no porão;
em um lugar sei lá,
Longe da minha razão
Lucidez embriagada
No show da madrugada
Enquanto canta o vento,
Fico eu em meu silêncio
Em admirar ...
Noite atraente que
Mexe com a gente
Que vive carente
De gente excelente
Sapientes em
Nos agradar...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
POESIA " DEIXE MAMÃE EU ME SUJAR "
Sem pressa de chegar em casa
Sem preocupações da vida adulta,
Sou criança sem culpa, na inocência
da infância curta que na memória eterna
Me orgulha das brincadeiras na rua
Sou criança e tenho esperança;
Mamãe, por favor não destrua a minha infância;
Deixa eu brincar na chuva e me sujar
Na lama, a infância passa curta
Só se fica lembranças...
Um dia tudo isso vai passar,
Vou crescer, vou chorar de saudades
Dessa idade tão mágica da
Infância onde não estarão mais
Aqui as crianças, só vagas lembranças...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Eis que aqui me apresento
Apenas mais um guerreiro da Luz
Tentando alterar o destino.
Nas poesias deixadas, a história de minha
batalha.
Para quem for ler, atenção!
Hoje somos poucos,
e palavras e imagens
Confundem.
Como diria o programa:
Acredite em quem quiser
Mas lembre, como disse,
Somos poucos.
E obrigada por assistir
O meu Show!
Escrita tangível
Naquilo que foi dito um pedaço das minhas memorias foi soprado e virou poesia.
Segurando uma linha e agulha fiz remendos do que já vivi e após dias costurando nasceu uma grande historia real.
Abri espaço para o novo mais ainda não tinha me separado do passado,
cantei as melhores músicas, recebi as lembranças com tamanha responsabilidade, fui hospitaleiro com cada momento.
De tanto lembrar eu reproduzi, me teletransportar foi a opção para um mundo só meu e teu.
Para tudo! Os teus olhos lindos congelaram o tempo e as barreiras naturais do senso comum.
Deixastes teus sorrisos e o teu cheiro numa caixa embrulhada de presente e quando abri foi mágico.
O vento soprou mais uma vez, a lua se escondeu nas nuvens, o que prevaleceu na sanidade foram os sentimentos que vagam como vagalumes na tua direção.
PEDIDO INTERIOR
Queria ter o dom da poesia.
Queria ser capaz de fazer
uma linda poesia.
Falta-me inspiração.
Talvez esteje rude;
Sem paixão.
Talvez esteje rude;
Sem amor.
Por favor, coração meu...
Não me faça sofrer ainda mais!
Deixe-me ao menos o prazer
de fazer poesias.
(Série bilhetes de Raquel, em 07/03/02)
Quando te vejo , logo me aparece várias escritas em minha memória , difícil é guardar a poesia na minha cabeça , pois a minha mente tá cheia ,
Nela só cabe a sua imagem .
Para distrair-me da inquietação de querer-te,
Leio poesia buscando alento, encontro-nos nas palavras.