Poesia
Poesia sacra e literalidade
De Gênesis à Apocalipse, a poesia sacra descreve pedras que falam; árvores que batem palmas; ventos que cantam; lírios que se vestem de beleza e águas que têm vida.
As palavras mais belas não têm o condão de modificar as circunstâncias, mas podem despertar o desejo de mudança que permite criar as condições para alterar a nossa realidade.
Me fez de poesia
Enquanto me distraia
Arrancou meu sorriso
Em canção de improviso
"Te vejo amanhã?"
Perguntou emocionado
E minha melhor escolha
Foi passar ao teu lado
Cada segredo revelado
Em minha sã escuta
Me deixou assegurada
Da tua verdade bruta
Não lapidou, nem enfeitou
Que delícia de conversa!
Tua sinceridade me ganhou
Em cada prova que me deras
Bendita seja tua alma
Tão franca e calma
Prazer, virei fã
Te vejo amanhã?
(07/02/22)
Poesia bipolar
Do diagnóstico.
Da grande burlação.
Do esquema.
Aberto o sistema.
Privacidade, intimidade.
Violação.
Como é lindo e bonito.
Uauau, escolas, faculdades e formação.
Doutores, a lei social.
Brindam sim, vencedores.
Atores, fajuto, perseguidor tribunal.
Celulares, tvs, canais de comunicação.
Telepatia.
Ciência e magia.
A mente pressionada.
Invadida, lida.
Neurilinguistica.
Tecnologia artística.
Quanto, quantas pessoas tem que pagar.
Na gravidade, nos túneis.
Laboratórios e escritórios.
Templos, espíritos.
Alíens, a reencarnação.
Implante de memórias.
Chips.
Artificialmente.
Brasil.
Seria a grande manipulação.
Segregação.
A grande prisão.
Prostitutas, putos tantos.
Ladrão.
Santos da ciência.
Fria, ela, violência.
Arapucas, cobaias.
A grande programação.
Giovane Silva Santos
Poesia de um estudante analfabeto
O sonho, povo, Brasil.
Mãe, pai, afeto.
Justiça.
Um lar, a paz, um teto.
Jornada.
Começo da saga.
A terra, cheios de donos chamados ganância.
Começa o rock, o reg, a dança.
Quieta, que isso, lambança.
A chave, motivo de opressão.
Acusação.
Massacre, crueldade.
Violento mundo.
Atrevido imundo.
Mente, prisão.
Misericórdia ignorada.
Piedade.
Compaixão.
Toma lá da cá.
Pagamento obrigatório.
Temporário, transitório.
Não, não.
O perverso.
Do amor inverso.
Desfere agressão.
Um labirinto cheio de confusão.
Jajá, literatura dos doutores.
Aqui, um encontro de rimas então.
Analfabeto.
Sem teto.
Mas a alma com salvação.
Giovane Silva Santos
CORPO E ALMA DA POESIA
Bendita a prosa que segue o rumo
De um coração, quase que despido
Das vaidades, na poética o prumo
Do corpo e alma no canto esculpido
Bendita o verso de uma rima pura
Onde figura a sensação da gente
Com trovas tantas, sem censura
Que a ritmo da imaginação sente
E, um afago na atenção do bardo
De um ardor a vibrar tão felizardo
Faz o jeito de trovar mais afinado
É arte e ato certeiro, prosa gigante
Terna e peregrina, o verso amante
Deixando o sentimento aflorado! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 fevereiro, 2022, 10’59” – Araguari, MG
POEMA MARGINAL
Poeta,eu? Eu não !
Meu poema não tem poesia
Não tem bandeira
Não tem corrente
Não tem escola
Tremula no meu terreiro poético
o mastro nú. Pau de sebo.
Meu poema é cheio de falhas
Meu poema é vazio
Meu poema mente.
Discretamente como o moço
lúcido no ponto do ônibus.
Meu poema não tem sentido
Não tem boca
nem ouvido
Vai como um rio sem direção
à margem da cidade acesa...
do livro "Licença Para a Vida " Editora do Escritor
TU POESIA
Diversas entre as demais e tão desiguais
prosas sussurradas do lenho do meu eu
mostrando que o seu aroma é todo meu
da alma, do coração e de emoções mais
Suspiros distintos em meio a vendavais
imensidões que sempre nos pertenceu
quando ausentes, sofridas, como doeu
dói, cada verso, dessoante, passionais
Ah tu, poética, base e essencial harmonia
sensação de que na métrica a autonomia
da razão do sentimento do possível acaso
Bendita cada trova ao ledor uma magia
ao poeta inspiração, que não é quantia
sim, a aptidão de um inspirado parnaso...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 fevereiro, 2022, 11’19” – Araguari, MG
TRIBUTO
Eu acato cada verso de uma poesia
Com gosto de ventura e de passado
Onde cada ritmo é um elevo sagrado
De dourado sonho e sentimental via
Bendigo o vocabulário em sintonia
A ousadia duma inspiração, ao lado
A poética que faz do bardo fadado
Ao tom intenso que d’alma contagia
Os versos são eternos, com riqueza
Da mente que tem saudade, tristeza
Também, de ser emotivo, ser amado
Sensação que torna vez em quando
A imaginação no imaginário voando
Para se tornar no aplauso venerado
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 fevereiro, 2022, 15’25” – Araguari, MG
A poesia confessa
É simples.
Simplesmente.
Porque não sei.
Senhor, escute me, ei, ei, ei.
Um bloqueio na mente.
Sem jeito, nó no peito.
Pra vergonha fui eleito.
Sinceramente desse jeito.
Um coração que tanto sente.
Defeitos tantos mil.
Fraco a decima potência.
Rejeito.
Eleito.
Criança febril.
Perdido na selva de asfalto.
Acuado, bichinho do mato.
Muito mais esquisito assim.
Não posso, não consigo.
Oprimido, reprimido.
Se respiro, há um Espírito em mim.
Não mais existo.
Forças minadas.
Sou um misto.
Atenção nisto.
Ando, porque sigo tuas pegadas.
Não pense e nem imagine.
Que seja o não reconhecer.
Ao contrário.
Proclamo em dizer.
Jesus, se ainda não fui sepultado.
Tua destra a prevalecer.
É que creio.
Como Ezequiel profetizou no vale de ossos.
Tem pegado mim
Este só os destroços.
Não é lamentações.
É que eu, sinto regido como um só exército de 100 milhões.
A tempestade do mundo.
Fez mim, uma planta venenosa escória, pecado profundo.
Contudo.
É que respira um carvalho que ninguém vê.
A esperança.
A fé.
A certeza que venho ter.
Simples.
Simplesmente.
Tenho um amigo.
Altissimo, oh Jesus.
Pesado foi minha cruz.
Que voltei a viver.
Oh meu rei.
Espírito vem me envolver.
Giovane Silva Santos
"EXPECTAT"
As ilusões que revestem minha poesia
São de variados sentimentos integrais
Rebordam de sussurros e doce magia
Tão sedentas em fazerem-se imortais
A sensação vai além daquela emoção
Silenciam, ressoam, também, trovam
E descem as ladeiras do terno coração
E de cada qualquer perceber, provam
E se quieta e se mais agitada, suspira
Vai além de cada prosa, a alma revira
Moendo o âmago pra surgir especial
Além, bem mais além de um impuro
Versar, esconde o anseio mais puro
No aguardo de uma poética visceral
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 fevereiro, 2022, 15’39” – Araguari, MG
Eterna
A poesia não morre
Está na orquestra do vento
Está no canto do pássaro
No silêncio ao relento
Está na letra da música
Está no céu estrelado
Está no jardim florido
No olhar encantado
Está no começo e fim
Dividindo o mesmo arrebol
Vivendo da mesma saudade
Na espera de um lugar ao sol
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 14/02/2022 às 22:00
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Não é o poeta que faz a poesia, ela é quem o faz. Apesar dos pesares - em todo momento bom ou ruim - ela está junto a ele, num laço apertado envolvendo sua alma que não consegue calar.
Poesia é a arte, o poeta é apenas seu tradutor. Não pode fugir disso porque foi escolhido.
A poesia não tem explicação, não pode ser definida e cada um a sente de uma forma.
Poesia é a arte, o poeta é apenas seu tradutor. Não pode fugir disso, pois foi o escolhido.
A poesia não tem explicação, não pode ser definida e cada um a sente de uma forma.
SEDUÇÃO
A poesia me pega com a sua sedução
com seu discurso, me olha, me cativa
me força a mergulhar numa sensação
levanta a saia se fazendo de exclusiva
Me abraça detrás daquela imaginação
sussurra promessas, meiga e criativa
só inspiração, nos gestos, na emoção
vive me atraindo com quimera festiva
Ela grita, agita e é de bem mais porte
eu titubeio, vareio e conduzo na sorte
se sofro ela sofre mais, então, aduzo:
- deixa tudo ir ao seu fado, no sentido
e neste universo colorido, o saber ido
seja divertido, incluso, tão mais difuso
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 fevereiro, 2022, 15’14” – Araguari, MG
A poesia traz a quimera
do leitor menino.
faz delirar
o maior dos sexagenários.
Instiga o sentimento
a esvoaçar como plumas
de algodão na melodia!
˖. ⸙ ꦿꦶꜥꜤ༘ꦿ🥀{inseguranças}𝐏𝐨𝐞𝐦𝐚 𝐗𝐋𝐈𝐕
Nenhuma música
Nenhuma poesia
Nenhuma obra prima
Será capaz de expressar o amor que eu sinto por você
Nenhum mar é tão profundo como a paixão que sinto por ti
Nenhuma pedra preciosa
Nenhum tesouro no mar
É tão valioso como você
Por favor eu lhe suplico
Não me deixe
Pois será doloroso me reconstruir novamente.
EM SENDO ASSIM...
Em sendo assim, apenas a poesia, mais nada
recolho os apertos meus num silêncio sonoro
em cada verso, sussurro e o terno que imploro
tristuras, pesares e olhares na aflição deixada
A tortura, lágrimas, na imaginação foi apagada
minha alma está quieta e o meu canto inodoro
as rimas abafadas e pôr está poética eu choro
em sendo assim, valseiam numa página virada
A minha poesia que aplaudia sem suspensão
cada qual do teu mimo versado na inspiração
e agora sem emoção não mais versa pra mim
Mas, o sentimento, ainda importuna e balbucia
ao ouvir aquela antiga canção, pra ti. Contagia
a sensação. Ó dura saudade, em sendo assim!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 fevereiro, 2022, 15’06” – Araguari, MG
Quem não cultiva o amor
de Deus em sua alma,
não consegue enxergar
a poesia na essência
de nossa existência.
ENLEVADO DE POESIA, CERRADO
Eu amo o João de Barro num jatobá
Sabiá na laranjeira, jeitoso a cantar
A matinada dos anus que faz maçar
O uivo do vento no velho jacarandá
Eu amo o ocaso do cerrado a enlevar
O amanhecer ímpar onde o belo virá
Eu amo a afoiteza de um tamanduá
Cá o encanto, o néctar ao doce luar
Eu amo a noite tão cheia de calma
Um acalanto no aconchego d’alma
Numa sinfonia que a graça extasia
Eu amo o cheiro de chuva pesada
Que saca aquela saudade danada
Amo o cerrado, enlevado de poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 fevereiro, 2022, 15’49” – Araguari, MG
A vida com poesia tem um ritmo sem medos,
e acelera meus segredos,
como um brinquedo de faz de conta,
que contou o que nunca fez,
mas amou todos os dias,
como se fosse a primeira vez