Poemas sobre o Verão
Início de tarde
horário de verão
o mormaço
faz das árvores
esculturas imóveis
com folhas preguiçosas...
Ou a preguiça é do vento?
Ambiguidade
Dias com o azul limpo e quente do verão. Crepúsculos e manhãs que permitem um cappuccino ou cachecol.
Frio e calor, chuva e sol, luz e sombra, folhas verdes e galhos secos...
Outono é estação. Estação é lugar de passagem, de chegada e partida.
Eu vi
Eu vi o que eles ainda verão,
Eu vira o que ninguém tinha visto,
Eu tenho visto o que alguém verá,
Eu verei o que vocês já viram.
Que vocês vejam o que teriam visto,
Quando virem o que precisavam ver,
Que vejamos então o que temos visto,
Para quando virmos continuemos a ver.
Que vós vejais o que teríamos visto,
Quando virdes o que precisávamos ver,
Que vejais o que ainda não vimos,
Para quando virdes voltemos a ver.
Ele, o verão, está à caminho
A estação da safra da alegria
Com ele chegam os girassóis mais lindos
Os dias mais dourados
E amores inesperados
Quisera ter os mais belos girassóis o ano inteiro
A tristeza sem espaço e sem cheiro
O brilho permanente e companheiro
E os amores menos forasteiros Quisera o verão fosse a única estação a invadir a alma
Num ciclo de tempo de eterna calma
POESIA E ADORAÇÃO
A luz do sol inquietante castiga o solo no verão, a chuva a seu tempo adiante faz brotar vida no chão, o verde da vida deslumbrante é visto em qualquer direção o sol com suas rédeas constantes mantém tudo dentro do padrão, não fosse esse equilíbrio intrigante o poeta não teria a inspiração.
A terra suspensa no nada gira sem errar a configuração, os astros fazem sua jornada cada qual na sua constelação, essa estrutura bem organizada causa no homem imensa admiração e o poeta disso tira cada palavra, sua poesia virou adoração, os versos acabam sendo nada perante toda a criação
04/09/20
Verão ou inverno?
Verão, calor escaldante
Inverno, frio congelante
Verão, céu azul celeste e límpido
Inverno, céu cinza e nublado
No verão, todos querem se refrescar
No inverno, todos querem se esquentar
No verão, todos clamam por uma chuvinha
No inverno, todos querem um solzinho
Alguns, preferem o verão
Outros, preferem o inverno
Não importa qual seja a estação
Desde que sempre tenhamos amor no coração
Ivanildo Sales
Você
Parecia uma noite de verão
Introduzindo-me Sutilmente
A mais encantadora
Imensidão interestelar
Adoro o outono
Folhas a cair no coração
O Céu a despedir-se do calor
Já terminou o verão
O outono na minha imaginação
Traz muito mais amor...
Nas cabaças que sequei em cada verão, armazenei a água para beber na roça, separei os ovos de galinhas, peruas e capotes. Fiz as cuias para medir o feijão, o milho e a farinha e guardei as sementes para plantar no próximo ano, o pão de cada dia com as bênçãos de Deus pai todo poderoso.
Peço a minha madrinha Nossa Senhora da Saúde para cuidar de mim mais um ano, dando-me forças e coragem para trabalhar na roça, livrando-me dos males, doenças e enfermidades e caminhando firme no Apostolado.
MÃE ZUZA (Maria da Saúde de Araújo 1914-1990)
Doce Manhã
Despertou o dia com olhos dourados de verão
Avivando cores, aquecendo plagas infindáveis
Na vibração do brilho intenso da estação...
Águas límpidas correm por recantos deletáveis.
Dançam as aves do céu, com alegria estridente,
Num show acrobático girando em torno do sol
Esse espetáculo diurno de beleza eminente
É glória da doce manhã e do festivo rouxinol.
Imóvel não ficará meu impetuoso pensamento
Ao ver a harmonia da luz que desce do infinito
E tão cheio de delicadeza tornou-se o momento
Inflamando uma inspiração mística, um teor bendito.
Suprema ventura é ver a realidade tal qual um sonho
Percorrendo a mente nas madrugadas silenciosas
Maravilhas eu vejo e poemas eu componho...
Viajando em fascínio pela natureza faustosa.
Divertir-se, desfrutar e usufruir a vida não pode ser só no verão.
Nós comemos todos dias e não somente no verão.
Meu amor
Vou lhe dizer
Quero você
Com a alegria de um pássaro
Em busca de outro verão
Encantos De Verão
Quando se fala em verão...
Vem logo na imaginação...
A estação do brilho do sol...
E dos banhos nas águas cristalinas...
Sejam de mar,rios,ou piscinas...
Tempos de apreciar as belezas das praias...
Tempos de nadar nas ondas do balanço do mar...
Tempos de assistir o balé das gaivotas no imenso azul do céu e vê-las felizes e cantar...
Tempo de fazer novas amizades e fazer o coração transbordar de alegria...
E vê a beleza da noite com o brilho da lua,com a briza do mar,e a beleza do vôo da coruja na árvore a pousar...
Tempos de encontrar amores de verão,com beijos e abraços ou a passear pegados nas mãos...
Tempos de sentar em frente ao mar, para admirar crianças sorrindo e brincando de fazer castelos de areias...
Moças bonitas desfilando com seus cabelos longos parecendo sereias...
E pessoas passeando pra lá e pra cá,e vendo as lambidas das ondas na areia na beira do mar...
Encantos de verão...
Tempos de acalmar a alma e o coração...
Tempo de se livrar dos cansaços que a vida tem...
Tempos de dá trégua ao que nos impede de sorrir também...
Tempos de ser feliz com a beleza da natureza,e só dar ouvidos ao barulho das ondas do mar e o canto dos pássaros a cantar ...
Encantos de verão...
Tempos de acordar com o nascer do sol e o canto do
Bem-te-vi logo ao amanhecer...
Tempos de aquecer a frieza da alma e o coração depois do rigor do inverno...
E sentir a paz na beleza da natureza e poder então agradecer a Deus por apreciar mais uma vez os encantos de verão.
Ivânia D.Farias 22/01/2020
EM UMA MANHÃ DE CHUVA NO CERRADO
Verão. Defronte o cerrado. Chove além
Abro a janela, o cheiro de terra molhada
A melancolia... na imensidão, me provém
Invade a minha alma, e ali faz pousada
Sobre o pequizeiro as gotas, e também
O meu olhar, que pinga lágrima mastigada
Suspirando o ar úmido que dor contém
E no vaivém, do vento, lembrança alçada
Olho o céu gris e vejo o meu poetar triste
E o pranto do silêncio por onde sumiste
Encharcando de sofrência a vil inspiração
As águas cantam. Rolam, caem. Um vazio
E na enxurrada um padecer tão bravio
Que vai arrastando a saudade e a ilusão
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Enigma
Nada mais vai chegar.
Mas também o verão – e tudo o que tem nomes tão bons
quanto “veraneio”–
nada mais vai chegar.
E não hás de chorar por isso,
diz a música.
Nada
mais
foi
dito.
Durante o dia pássaros a cantarolar,
neste calor do verão músicas e um sambinha a dançar e cantar,
Doce mulher dos olhos castanhos, as vezes tristonhos, se encanta ao anoitecer, pois nem toda noite é açoite, as vezes são sonhos...
Ela vai sempre arrumar um jeito de te surpreender, menina mulher que intimida atitude.
Pois sabe ser turbulência dentro da sua quietude.
Naquelas noites de verão
Onde o calor tomado pela emoção
Causava diversos delírios
Por entre os campos de lírios
Aquele sorriso triste
Mostrava a verdade
Naqueles olhares trocados
Se via a realidade
Naqueles ombros pesados
De tantas lutas carregar
De tantos fardos aguentar
Ah, eu queria descansar
Naquele ouvido deprimido
De tantos problemas ouvir
De tantas palavras escutar
Eu queria baixinho sussurrar
Mas aquelas noites de verão
Não irão voltar
Aquele sorriso triste
Nunca mais irá mudar
10/01/20
Chegou como brisa suave, tempestade passageira a refrescar numa deliciosa tarde de verão.
Me sentia como aquela criança ao correr para o quintal, e debaixo da aguaceira pula nas poças a brincar,
Sentia como a criança que se delícia raspando a panela de brigadeiro, ainda quente, que a mãe acabou de preparar.
Mas partiu... esvaiu-se como areia do deserto árido, que não se guarda na palma das mãos, escorre sem parada pelo meio dos dedos.
Meu corpo chora tua despedida, e meu coração dilacerado como faltar um pedaço carrega com ele de forma singela a marca da tua digital.
De agora, por Fábia Alexandra.