Poemas sobre o Verão
Acostumaram-se a dizer “uma única andorinha não faz verão”.
Mas tempo passa para todos, com ou sem andorinhas ele chega...
As coisas estão sempre em movimento.
Com o tempo se aprende, se arrepende e sente.
Conselhos nem sempre são ouvidos, muitos somente passam por nossos ouvidos.
E a decepção faz parte...
Faz parte do crescimento e do amadurecimento da criança.
“Decepção que não mata ensina” isso eu tenho em mente.
É, então parece que é se decepcionando que se aprende.
Inverno Intenso
Não era verão
Mas choveu
Era inverno
E a água desceu
Não era hora
Mas agora
Aconteceu
E com a terra encharcada
O que há de se fazer?
O frio seria intenso
Com a terra molhada
Brota
Tudo brota
E eu nesse sentimento
Nesta terra sem tempo exato
Vou trocar de roupa
Viver outros sentimentos
Outros tempos
Passar
Outras horas
Até que tudo se resolva
No tempo exato
Do coração.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
CARTA A UM AMOR IMPOSSÍVEL
Escrevi-lhe uma carta, numa tarde de verão,
E meti-a no correio pela minha própria mão.
Esperei,
Desesperei
E quase endoideci
Por não obter resposta.
Em mim, fez-se depressão.
Comecei a ter vida de inferno,
Quando me entregaram na mão
Numa manhã fria de inverno,
A carta que eu tinha
Tão perfeitinha,
Escrito numa tarde de verão...
Vinha, ainda por abrir,
Suja, enrugada,
Já de cor amarelada
Como filha pródiga a vir.
No verso, no lado contrário,
Li, em letras garrafais,
Que foram para mim fatais:
"Desconhecida no destinatário”.
(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever, em 11-02-2023)
ELA
Café e tasca na aldeia.
Era sábado de cálido verão.
A noite teimava na ideia
De não querer o escuro
Como um muro
Que lhe tapasse a visão.
O poeta entrou e nada comunicou.
De pé, observou uma pintura naif
Escarrapachada
Na parede do café triste
E imaginou
E mais não disse
Mas sempre observando.
Eram só dois, para ele olhando.
Um ébrio, de pé e uma mulher sentada
Que dali a nada veio ter com ele, eu,
A perguntar se gostava da pintura
Da parede triste e abandonada.
Na conversa dela com o poeta,
Este correspondeu pela certa.
Falaram, cultivaram e quiçá divagaram...
No final, despediram-se,
Prometeram ficar amigos
Nestas coisas das redes sem trapézio,
As sociais redes de perigos
Que só vingam no mistério
De ser pessoa com mais artigos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 07-08-2023)
AFRODISÍACA
Você pintou como o sol
Numa manhã de verão
E a luz do seu olhar
Acendeu meu coração
Que andava tateando
Na sombra da solidão
E calor dos lábios seus
Acordou o meu vulcão
Você não é vento fraco
Você é um temporal
Você é fruta madura
Que não precisa de sal.
O pianista no Rio de janeiro
Em uma noite de verão, o casal decidiu fazer um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. Eles caminharam pela orla de Copacabana, observando a imensidão do mar e se maravilhando com a vista deslumbrante da praia.
"Como essa cidade é linda!", comentou o pianista. "Não é à toa que atrai tantos turistas do mundo inteiro".
"Realmente", concordou sua esposa, admirando a beleza da paisagem.
Eles seguiram caminhando até chegar ao Pão de Açúcar, onde pegaram o bondinho para apreciar a vista ainda mais de perto. Do topo, podiam ver a cidade do Rio de Janeiro em toda sua grandiosidade: a Baía de Guanabara, a enseada de Botafogo e a vista deslumbrante da praia de Ipanema.
"Olha só como a cidade brilha durante a noite!", disse a esposa, fascinada com a beleza da cidade iluminada.
"Eu amo essa cidade. Ela é vibrante, pulsante e tem uma vida própria que nos envolve", complementou o pianista, que sorria feliz.
E assim, eles continuaram curtindo sua noite no Rio de Janeiro, apreciando a beleza da cidade e a conexão que compartilhavam. A cidade ganhava ainda mais beleza aos olhos do casal, que sabiam que havia encontrado um lugar especial para viver e amar.
O RATINHO PEDE SOCORRO
Era uma noite quente de verão quando notei um pequeno rosto peludo pressionado contra a janela.
Um ratinho, com olhos brilhantes, olhava para mim com uma expressão suplicante.
Ele segurava uma pequena placa com as palavras:
_ “não me mate, estou aqui porque tenho fome", escritas em letras miúdas.
Eu respondi:
_ “seu habitat deve ser na zona rural sem casas com moradores próximas, pois você transmite doenças para o ser humano.
Vamos fazer um trato?
Você muda para um bosque, na zona rural, onde poderá se alimentar, não é longe.
Se quiser eu levo você e sua família.”
O ratinho concordou, coloquei ele e sua família em uma caixa de papelão, levei para o bosque.
Eles saíram da caixa e me agradeceram sorrindo…
No verão: seu calor, sua praia, seu fulgor;
No outono: seu odor, sua brisa, seu frescor;
No inverno: seu tremor, seu arrepio, seu rubor;
E por todo o ano o seu escritor, seu amante, o seu último amor...
A MENINA DE B.H.
Verão... Noite... Tudo se movimenta...
O balneário se apinha de gente
Que anda na orla, irreverente
Na magia que a época ostenta!
Deparo-me com ela frente a frente...
No seu olhar o meu olhar atenta,
E um desejo intenso se sustenta
Na atração de anímica corrente!
Porém, passou num raio a estação...
Ela voltou prá suas Minas Gerais,
E o bardo retornou a sua lida!
Mas, a praia, o mar, as ondas e os corais
Permanecem, testemunhas que são,
D!um ciclo raro e mágico da vida!
Nelson de Medeiros
Marataizes/ ES janeiro/1997
Noites de Verão
Noites de verão, dias mais
longos, céus com mais estrelas.
Fantasio o meu olhar por entre
elas, na busca da mais brilhante,
e bela.
Nas noites de verão, o coração mais
doce fica, suspirando o seu amor
longamente.
Admirando o céu, tento entre elas,
a que mas fale de amor, e chegue mais
perto do meu gostar.
Experimento a que mais fale do querer,
do jeito suave e simples da sua
maneira gostosa de amar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico da Acilbras
Cadeira 681
Patrono Armando Caaraüra
A carruagem
Tomou para si
Num intrépido frio gelado
Em meio ao sol do verão
E que só se sente na alma
Devolvemos a matéria
De um pedaço de nós
Perdemos o abraço
Do menino do sorriso largo
Agitador de várias paradas
Levado, mas sempre educado
Fez a gente perder a linha
E passar a noite acordado
Deixou-lhe o sopro da vida
No berço dos excluídos
Onde a mãe chora e a vó que ora
Vê seu mundo perdido
O fel amargo da perda
Estampa em cada rosto
A dor e o desgosto
De despedir-se do menino Léo
Chuva de Verao
Aprenda a ser igual a terra em época de verao,existe 2 tipos de chuvas,a chuva calma e serena,esta chuva cala na terra,a terra pega toda aquela umidade e suga toda agua que cai pra dentro dela;tem tambem a chuva pesada e forte,e cai grossa e nervosa por pouco tempo depois passa,essa chuva corre por cima da terra,ela só escorre e nao molha nada,apenas causas estragos...
Os pensamento e pessoas boas sao a chuva calma e serena,deixe que estes "penetrem" por assim dizer na sua mente,as pessoas e pensamentos ruins e negativos é a chuva grossa e pesada,deixe que eles passem despercebido,nao permita que energias ruins "penetem" dentro de voce no seu cerebro; assim como a terra puxa pra dentro dela só o que vai ser de proveito e o resto ela deixa escorrer,absorva pra dentro de voce só o que é produtivo e o resto...Só deixa "escorrer".
SOU EU !
A cada ano a Terra é contemplada com quatro estações:
Verão , outono , inverno e primavera.. E pergunto, onde você se identifica?
Verão - calor que surge nesta estação, podemos aquecer ou podemos queimar, isso caberia buscar em cada um de nós.
de nós criarmos um verão que possamos aquecer cada pessoa que esta dentro de nós Outono - podemos renovar aquelas pessoas que amamos ou podemos deixá-las como elas estão.
Com qual tipo de pessoa você se identifica: Verão, outono, inverno ou primavera?
Esta dentro muitas vezes, por dúvidas acabamos queimando pessoas, que nosso verão interior possa ser aquele verão que Cristo nos ensinou aquecer cada pessoa que passa na nossa vida com amor, com ternura, para que possamos ser pessoas melhores que ontem, e possamos ser esse verão aquecedor que esta dentro de cada um de nós... Assim como nosso outono possa ser renovado dentro de nós, que o seu inverno seja menos frios com as pessoas. Que a nossa primavera interior possa ser florida de pétalas de amor, de compaixão com nosso semelhante...
Que entre nossas estações prevaleça o que temos de melhor.
Autor .Nilton César Gois.
Já faz um tempo desde que fiz um novo amigo
Esperando outro verão sombrio acabar
Já faz um tempo e nunca se sabe quando
Esperando outro verão sombrio acabar
No inverno sentimos falta do calor...
Esquecemos até de fazer amor...
No verão, que maravilha, some o frio...
E, rapidamente, voltamos ao cio!
Pedro Marcos
SERTÃO SECO.
Por aqui só tem verão
a chuva é uma raridade
a água vem de caminhão
nem sempre tem qualidade
e só quem vive no sertão
sabe o que é dificuldade.
- Brisa
Você é como uma brisa de verão.
Vem de repente, toca minha pele de um jeito agradavelmente quente, suave...
Provoca arrepio e invade os poros como se quisesse ficar um pouco mais.
Leva parte de mim,um cheiro doce de felicidade, arranca um suspiro e vai...
JACARANDÁ
No mês de abril quando todas as árvores são só folhas
Ainda secas pelo longo verão
Surge ela
Abre-se em brotos
Desabrocha em vida
Em flores
Lança seu tapete de pétalas ao chão
Num convite silencioso aos solitários transeuntes
Aos trabalhadores com seus cansados corpos
As velhas carcaças fatigadas
Seu toque de cor aviva as opacas retinas
As rotinas dos que vem e passam
Seu cheiro de fêmea
De flor
Atrai os beija-flores para que seu doce néctar seja sugado
Às abelhas que espalham seu pólen fecundo
Sorrateiramente seu aroma invade as casas
Em sua indecente dança com o vento
Jacarandá
Quero aprender contigo
Ensine-me a florescer mesmo sem ser primavera.
Não repare apenas beleza na árvore em seu esplendor da primavera, na sua sombra e frutos no verão e nem a sua resistência no inverno.
Por que chega o outono na vida de todos aonde, somos por natureza obrigados a crescer, produzir folhagem e estrutura nova, estar pronto para produzir e ser útil aonde estivermos.
Por que o que importa é aonde nós fomos plantados e a nossa raiz como enraizou e está firmada.
Não é a nossa folhagem que pode parecer bonita e uma árvore frondosa, mas que nunca deu um fruto se quer e no primeiro vento forte é derrubado, no primeiro ataque não resiste as pragas e morre.
Ricardo Baeta.