Poemas Vazio
Por mais coisas que me ocupo
Meu tempo sobra, é vazio, é sem graça
Tudo está morto, caído, decaido
Nada é deveras meu
Vacilo por ruas, estradas, casas
Nada me embala, não tem samba
não tem canção, não tem paraíso,
nem tão pouco tem teu riso.
Esquecia-se no escuro
vazio do universo,
estrelas laureadas
em tantos poemas.
Faz deste céu,
faz desta noite tão linda
uma noite tão modesta!
Se é pra te esquecer
e viver novamente
o vazio que eu vivia
prefiro recordar-te
mesmo morrendo
de saudade e melancolía
ter todo momento tua face
sofrer o martírio da via
do que viver num mar de nada
hoje,amanhã e todos os dias
.Cthulhu
Sua forma oculta
além da ficção,
surgiu do vazio
antes de toda criação.
Daqueles que o conhecem
vieram a temer,
das visões horripilantes
ao desejo de morrer.
Do limbo esquecido
ele é o imperador,
o profeta da verdade,
o chamado da dor.
Das antigas profecias,
das temíveis religiões,
dos cultos mais sombrios
surge o ser sem emoções.
Sua figura conflitante,
intimidadora como a morte,
todos vão temer
do mais fraco ao mais forte.
Deus do caos
que trará destruição,
o que ele deseja
é a purificação.
Vão Color
Em um pensamento vazio,
Houve um momento vão
Ouve-se ruídos.
Vãos brancos, sem cores.
Entre nós o perdão há,
Entre nós o descabido há,
Não há como havia,
Mas, há.
Em brancos vãos,
há as cores que só nós vemos.
Ver? Será que vemos o quão somos?
Não nos dedicamos, lamentamo-nos.
Sagaz era a fonte de cor, sagaz era o quanto amava-me . (Hoje memórias vão)
HAIKAI VAZIO
Vazios em excesso no peito,
Transbordam o leito,
Inundam de tudo e de nada.
(Anderson Delano Ribeiro)
TRANSBORDAMENTOS
Não quero estar cheio,
nem muito menos vazio!
Quero sim, transbordamentos!
(Anderson Delano Ribeiro)
O Silêncio Música
Uma dor muda,
Num som sem volume,
O vazio estilhaçado no voo
À janela fechada.
Às vezes no silêncio da vida
Mora a nostalgia da alma.
Ficamos sem voz
Com o nó das palavras
Amarradas na garganta,
Numa estreita passagem de indignação.
E noutro dia,
O sol dá passagem
E, de tanta luz,
O Silêcio torna-se música.
(Suzete Brainer)
O esconderijo dos sonhos
Jogaram meus sonhos no vazio.
Despedaçados pelo peso do amor.
Deixei para trás o rastro das dores.
Segui na busca incessante por algo que nunca toquei.
Por isso, insisto, mesmo quando o vazio me consome.
Sussurrando que a liberdade está distante.
Mas o vazio... ele não some.
O julgamento é cruel.
Antes de atirar suas palavras, olhem para as marcas,
Nas mãos de quem só quer fugir.
Só quer voar.
Eles sussurram: "Você nunca chegará lá."
A escuridão se aproxima, lentamente,
Mas nunca estive tão perto do abismo.
Talvez precise cair para entender o voo.
Preciso ser liberto,
Preciso partir,
Para longe de tudo o que me aprisiona.
Deixei meu passado atrás de grades invisíveis.
Buscando ser leve como um pássaro,
Mas preso, ainda, nas teias das suas palavras.
Só quero ser liberto.
Será que algum dia serei?
A liberdade dos sonhos é uma dor afiada.
Uma ferida que sangra esperança.
Cheia de expectativas,
Cheia de silêncios.
No fim, só queremos ser libertos.
em uma rua escura,
aguardo com um olhar vazio,
não espero mais luz,
apenas o fim;
no fundo de tudo, vejo apenas a lua...
finalmente paz.
"arrivederci e non aspettarmi"
"Há em mim
memórias que guardei
feito vidro de perfume vazio, daqueles cuja a fragrância nos transporta a um lugar de conforto;
Há em mim
restos de caminhos que não trilhei, porque a falta de coragem
me congelou, feito aquelas pontes que balançam sobre penhascos e parecem
querer nos roubar a Alma;
Há em mim
ventos que sacodem meus cabelos, que me fazem lembrar que
já foram tempestades,
daquelas que nos fazem perder o rumo, perder o prumo;
Há em mim uma liberdade que conquistei, daquelas que nos mostram porque viemos, para onde vamos e porque somos;
Há em mim
uma certeza de amor que plantei, daqueles que a vida ensina, que cada um é o que é,
grão de areia, pingo de chuva, pétala de flor.
Parte do universo."
CHÃO DE ESTRELAS.
“No Vazio da Meia Noite”
No vazio da meia-noite já fiz de tudo, fiz poesias e deixei algumas sumirem no vazio de meus pensamentos, já joguei e perdi noites na raiva com algumas fases tanto dos jogos quanto da vida, ri bastante e tive crises absurdas.
No vazio da meia-noite já caí de sono ao chegar da faculdade ou ao fazer um trabalho no notebook, já perdi noites de sono ou por insônia própria ou por insônia imposta, muitos amores foram descobertos e perdidos ao silêncio de tais horas, no vazio da meia-noite escrevi esse poema e de repente escrevo mais dez ou perco o foco e vou ler algo, mas por algum motivo independente do Vazio dessa meia noites sempre tive algo em mente. Ela chegará, tenha calma, e aqui estou me deparo com tal promessa em mais uma meia-noite, espero que ela se cumpra, mas não tenho pressa, porque no Vazio da meia-noite eu lhe encontro nos meus sonhos.
Havia um silêncio pesado no ar, um tipo de vazio que só o coração partido conhece. Sentado naquele banco, ele olhava para o espaço ao seu lado — vazio, frio, como se a ausência dele tivesse roubado a vida da própria paisagem. O vento soprava suavemente, carregando consigo as folhas secas que dançavam ao redor, cada uma como uma memória se afastando, lenta, mas inevitavelmente.
Nas mãos, uma única flor. Suas pétalas caíam uma a uma, marcando o tempo, assim como o amor que ele uma vez segurou tão firmemente, mas que agora deslizava entre seus dedos. A promessa de um "para sempre" que, como o pôr do sol naquele céu nublado, começava a se apagar.
Ele fechou os olhos, e por um momento, podia sentir o calor do riso dele ao seu lado, podia ouvir sua voz entre as árvores balançadas pelo vento. Mas, ao abrir os olhos, tudo o que restava era a saudade. O mundo, antes vibrante com a presença dele, agora parecia um quadro pintado em tons de cinza.
A chuva começou a cair. Pequenas gotas, como lágrimas que o céu chorava por ele. Ele não precisava chorar. O céu fazia isso por ele. Cada gota era uma lembrança, uma palavra não dita, um toque que nunca mais sentiria. E aí ele se tocou que: o amor, mesmo na dor, era belo...
Às vezes, nos encontramos
Imersos num mar de pensamento,
Preenchendo o vazio, aos poucos,
Com um peso e seu silêncio.
Mas há momentos em que vemos
Que não se trata de encher,
E sim de esvaziar o peito
Pra, enfim, poder viver.
Já vivi o transbordar,
Fiz outros também transbordar,
E descobri que o verdadeiro valor
Está no vazio que se pode abraçar.
A solidão, na sua essência,
Não é estar sem mais ninguém,
Mas sim na companhia certa:
De você, e mais ninguém.
A única que, mesmo em falhas,
Mesmo que erre ou vacile,
Nunca te deixará sozinho,
Pois fugir de si é impossível.
No vazio de minh'alma
Encontrei a sua mão
Sai da escuridão
Hoje sigo a luz
Que brilha em meu ser
E contagia o meu lindo coração
Gratidão
Paz no coração
Carrego em mim um vazio estranho,
feito de palavras que nunca disse,
e promessas que deixei no vento.
Cada passo é mais pesado,
como se eu fosse feito de erros,
como se o mundo me olhasse em silêncio.
Tentei ser melhor, tentei ser forte,
mas no fundo, sou apenas falha.
Perdido nas sombras do que não posso consertar.
Sei que há dias de sol,
mas hoje, o céu pesa em mim,
como se a chuva fosse parte de quem sou.
Ainda espero o perdão,
mas talvez seja eu quem precise aprender
a perdoar o que ficou para trás.
Há sempre algo a menos,
um vazio que não se preenche.
Cada esforço é inútil,
como água que escapa entre os dedos.
Tudo o que faço desmorona,
antes mesmo de ser concreto.
O que sinto é um eco distante,
de algo que nunca foi completo.
Caminho, mas não chego.
Falo, mas não sou ouvido.
Tudo que sou é metade,
um esboço, um rascunho esquecido.
No peito, uma constante falta,
um peso de existir sem razão.
E mesmo quando busco alento,
só encontro mais solidão.
A chuva cai sem rumo, sem razão,
Como lágrimas que o vento leva ao chão.
Na alma, um vazio, um abismo profundo,
Onde as estrelas já não brilham no mundo.
O silêncio grita dentro de mim,
Tão alto, tão denso, parece sem fim.
Os dias passam lentos, sem cor,
Um eco distante do que já foi amor.
O coração bate, mas não sente mais,
Perdeu-se nas sombras de sonhos iguais.
E o tempo, implacável, segue sua trilha,
Levando embora a última fagulha.
Fico aqui, na escuridão,
Entre os cacos de uma ilusão.
Quem sabe um dia eu volte a sorrir,
Mas hoje, só resta o triste existir.
É vazio e frio sem você... Você já não mora mais aqui.
Fui eu quem te tirei daqui.
Sou grata por isso, porque, apesar de você esquentar meu coração; você o super aqueceu.
Você fez com que se tornasse o inferno.
Fez com que minha mente se corroesse por completo.
Meu coração engoliu pedaços de si, para preencher o estrago que fizeste.
Eu fui engolida por uma onda e me afoguei, para não lidar com você.
Não lidar com meus e seus sentimentos.
Não lidar com nossos ‘eus’.
Não lidar com nossos corpos.
Não lidar com minha angústia e confusão, que cresce a cada dia. Que aumenta como uma onda.
Tão rasa, mas em segundos se transforma em um tsunami.
Eu me permiti afogar na onda, apesar de rasa.
Quando pude fechar os olhos e parar de tentar sobreviver;
Eu me senti livre.
Liberta.
Me prendia tanto a você e os sentimentos que isso me causava que nunca me permiti sentir.
Eu me livrei do peso do desespero que sua presença causa.
Me afogar foi melhor do que lidar contigo.
Me afogar me deu paz.
Me afogar me fez finalmente viver.
Me afogar foi melhor.
A seca
tornava o rio vazio
como vazios ficavam os dias
de borrasca
aqui dentro
melancólicos espaços
da humana nevasca.