Poemas Vazio
interpretação de um quadro
Olho de quem desperta,
Coração de quem sente, o fundo é vazio
A luz da tua face reflete uma vida (aquela não vivida)
A pérola pérola tão cintilante quanto os teus olhos
Puros e submissos ao vazio
As cores sobreviventes que fluem naturalmente no espaço
Espaço onde a ausência espalha
Nós teus lábios de moça bela ao começar
Tudo tão simples, a luz que derrama como ao acordar
O que estarás tu, ó musa, imaginando?
Inocência semear no teu deambular
Foste tu eternizada a tua essência
Musa serás tu!? Inspire se tiver que inspirar! A cada contemplação
Nestes teus olhos de pérola deslumbrante
Há que ter cuidado em sonhar na sinceridade das cores…
Entre maremotos e tempestades
Entre o abrigo e o vazio
A vida me levou até o meu destino.
Antes encoberto pela névoa do desatento.
Daí então,sai então ao meu encontro.
Encontro este que eu já tinha me perdido.
Ansiedade e a dor foram minhas companhias.
Não entendi ao certo,se o mar era revolto ou era meu coração a palpitar.
Daí então acalmei meu coração e entendi que eu sou o meu próprio lar.
Vazio
Me sinto vazia, sem nada pra escrever.
Ouve um tempo em que eu estava afogada em tantos pensamentos e emoções que não conseguia saber o que escrever primeiro. Afogadas em palavras e poemas, filosofias da vida, tristeza, ansiedade, rancor, saudade…
Sinto falta, sinto falta desses pensamentos que pareciam um abismo de emoções.
Isso se chama viver, ultimamente não ligp pra muita coisa, então aquela intensidade se perdeu e não sei pra onde foi.
Continuo intensa mais agora consigo liberar essa intensidade e sei lá, nada pra escrever
7 Espadas -
Não me lembro meu amor já do teu rosto,
os meus olhos estão cansados, no vazio,
do lastro de uma raiva, de um desgosto
que queimou o coração do meu navio.
Eram sete as solidões do meu destino
dessas sete, eram quatro, o meu tormento,
restam três, sobre as quais perdi o tino,
mas só uma, foi p'ra ti, nesse momento.
Inda lembro aquele instante em que disseste
sete sonhos, sete beijos eu te dou
traíste essa promessa que fizeste
sete dores, foi só isso o que restou.
Sete espadas, afinal, é que trazias
mais os versos que rimavam ilusão,
eram sete essas mentiras que dizias
uma-a-uma eram punhais no coração.
Vazio
Vazio de tudo e cheio de nada
Escuro silencioso na casa inabitada
Será que tem luz no final da porta?
Ou será que tem solidão escondida nas frestas?
Como saber decifra-lo, como parar...?
Sentimentos abertos e trancados no abismo da minha alma.
A chave é um cadeado e a abertura é a saída.
Espaço sem nada com tantas vozes abatidas.
Susurros altos e gritos baixos.
Silêncio só de fachada nas mentiras verdadeiras do nada.
☁️ CAMINHO PARA VIDA ETERNA 🕊
O vazio em que me encontro
É mais oco que a terra no início da criação
O eco da minha solidão
Chega a causar incômodo ao silêncio de minh'alma
O barulho do nada me assusta
E me devora o espírito
Desaflora e desnuda o meu ser
O vazio em me encontro
Causa-me espanto
Medo de perder-me de mim
Medo da escuridão, dos calvários e das cruzes da vida
O medo em que me encontro
Desagua-me em um abismo de um novo mar
Imenso, profundo e revolto
E no abismo de um novo mar
Que eu encontrei você
Eu tão pequenina, um ser desprezível,
Um nada, diante de um tudo em que você estava para me oferecer.
Minha vida desforme tomou sentido na sua Existência
Derretendo as arestas vazias do meu meu coração
Foram sendo inundadas por um amor genuíno
Que de tão grande transbordou através de mim
E eu ia me aproximando da minha até então "inimiga" FELICIDADE, que não é uma emoção, ou sentimento e sim uma decisão de verdade.
Decisão da qual virou um propósito de vida
Onde a renúncia foi a melhor saída
Renúncia das minhas vontades desenfradas, dos meus desejos desordenados e dos meus prazeres insaciáveis...
E me disseram: Você está ficando louca!
E eu humildemente lembrei-me de Oswaldo Montenegro, que dizia:
"E que a minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é amor e a outra metade também!"
Porque já não sou eu em que vivo, mas sim, Cristo que vive em mim!
E por querer tanto a Felicidade eu me encontro na certeza de ter achado o verdadeiro caminho para Vida Eterna.
Dy Lopes 💙
Eu sabia que um dia ela iria,
eu só não sabia do vazio que
ia ficar em mim.
O coração dói tanto que parece
até diminuir de tamanho.
Essa lembrança constante traz de volta
o tempo todo o que os olhos não mais vêem.
Me descem dos olhos teimosas lágrimas...
Custa seguir em frente sem
esse pedaço tão meu...
Eu sempre soube que nessa vida tudo tem prazo de validade, eu só não sabia que seria assim congelado para sempre na memória.
Mamãe, és minha raiz e eu sua semente.
Haredita Angel
10.05.24
CIRCUNSTÂNCIA
Nas horas de saudade ou daquele vazio
a poesia a poetizar, bem junto da ilusão
às vezes continua, abstrata, a sensação
suspirando e, o sentimento com arrepio
O tempo vai, vai o tempo, anoitece o dia
reflito, penso e, ao fim, a falante solidão
colocando a confiança numa escuridão
e a cursar excessiva nesta dolorosa via
O silêncio toma conta de todo o sentido
recaio num torpor, o olhar mais perdido
e o tormento adentra aflitivo no coração
Sopra a esperança, a emoção traz fulgor
dentro deste vão, há inspiração e amor
uma é arte o outro a mais pura emoção.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/11/2024, 17’36” – Araguari, MG
Saber & Razão
O vazio não
Nos persegue
Com o seu hálito
E é na imensidão
Canto
Que se sente o timbre
O Homem
Ser de casca e rédeas longas
Não teria alcançado o possível
Se repetidas vezes
Não tivesse o impossível
A política
É como a perfuração
Lenta
De tábuas duras verdes
Aliás
Existe tanto paixão
Como perspectiva
Bons chutes
Precisam ser firmes
No chão em que se pisa
Adornado
Sentia
Sente
O vazio
De
Não mais
Sentir
De
Quem
Ama
A vibração
O mesmo
Ardor
A mesma
Intensidade
O quanto
Do mesmo
Quanto
Que
Um dia
Pensou-se
Amado
Leira à Altura
Lembranças
Não mais
Que
Lembranças
Sem mesmo
Ter tido
Projetos
Vazio
Existencial
Tédio
A suprema
Condenação
Esse vazio tão profundo só pode ser curado por Deus.
Não há nada nesse mundo que possa substituir o amor divino.
Qualquer outra cura é momentânea e assim, a dor voltará, se o verdadeiro mal que permitiu a entrada dela no seu coração, não for eliminado.
Manjedoura vazia, Ele cresceu!
Cruz vazia, Ele venceu!
Túmulo vazio, Ele ressuscitou!
Trono ocupado, Ele reina!
Só eu e o tempo
É só silêncio ao redor, um vazio sem fim,
O mundo caminha, mas não me leva a mim.
Sinto a distância entre mim e o lugar,
Como se não houvesse onde repousar.
Família é palavra que soa distante,
Um laço invisível, mas nunca constante.
Olho ao redor, não encontro ninguém,
Sou sombra de mim, perdida em alguém.
Os rostos que passam não sabem quem sou,
Vago entre os dias, sem porto, sem flor.
A casa não é casa, o chão não é meu,
E o que eu procuro? Nunca apareceu.
No fundo, eu sei, é só eu e eu,
Sem laços que prendam, sem mão que acolheu.
A vida é um ciclo que segue, sem par,
E no fim das contas, sou eu a cuidar.
É a angústia de ser sem nunca pertencer,
De existir no espaço e, ao mesmo tempo, perder.
Mas há uma certeza que aprendi a aceitar:
No final da estrada, sou só eu a me abraçar.
O silêncio do eu te amo
Há um vazio onde o "eu te amo" morava,
um espaço suspenso, entre um ontem próximo
e um hoje de silêncio, onde as palavras
se desvaneceram como névoa ao sol.
Era uma certeza, doce e frequente,
o som que se repetia em cada manhã,
em cada despedida breve, cada retorno.
Agora é uma ausência, fria, que ecoa.
Às vezes parece que ainda vou ouvir,
como quem espera uma onda que nunca chega,
mas o tempo insiste em seu modo firme
de calar o que antes fluía livre e leve.
No começo, dói fundo e inesperado,
como se o peito se apertasse ao lembrar,
o que antes era simples só um "eu te amo",
agora é uma falta que grita no silêncio.
Mas a realidade se acomoda, lenta e dura,
onde antes havia promessas, constância,
agora há espaço e um eco de saudade,
um aprendizado em caminhar sem palavras.
E seguimos, na vida que insiste em calar
tantos "eu te amo" que julgávamos eternos,
aceitando o silêncio como parte de nós,
um espaço vazio, sem eco, sem voz.
O silêncio do eu te amo II
Há um silêncio que pesa,
um intervalo vazio onde antes cabia o mundo,
onde antes repousavam as palavras doces
como um abrigo onde o coração se aquietava.
O “eu te amo” era certeza, era solo,
ditas sem hesitação, no toque mais leve,
nas despedidas sem drama, na rotina de existir,
como quem respira sem pensar.
Agora, apenas o silêncio se estende,
imenso e frio, como uma noite sem estrelas,
e o vazio, antes inimaginável, se instala
na ausência daquela voz que já foi casa.
Por um tempo, o peito espera, teimoso,
acreditando que o som familiar voltará,
que a falta é breve, que logo se ouvirá
o eco de um amor ainda em espera.
Mas os dias passam, o eco não vem,
e a vida, em sua crueza, ensina
que os "eu te amo" também morrem em silêncio,
que o tempo desbota até o que parecia eterno.
E aceitamos, a contragosto, o vazio deixado,
a voz que se cala e não retorna mais,
como uma despedida que nunca foi dita
e permanece, sussurrada, na alma.
Vazio de tão cheio
Ah!
Vazio de tão cheio
Receio...
Que derramei
Transbordei...
Percorri o leito de um rio
Sentido frio...
Me perdi de mim
Cheio de vazio
Agora transbordo silêncio
Ócio...
Vou perambulando o vento
Me perco no tempo
Sopro sem fim, sem começo
Adormeço...
E meu corpo me carrega
Escorrega...
Enquanto meu rastro apago
Afago a dor
Para não sentir seu amor
No seu rastro flutuo
Fluo...
No vento me disperso
Em me encontro num verso
Ah! Reverso
Meu preço
O meu endereço numa estação
Ah! Canção...
Meu coração ainda murmura
Ternura...
Mas há ainda lágrimas no chão
Despeja de mim a inundação...
Se acende o sol
Girassol...
Flores florescem
Enquanto recolho as pétalas
Pago o preço
E vou juntando pedaços de mim
Por onde despejei meu adereço
E me faço
É meu recomeço...
Gritos no silêncio
Que ensurdecem
Sufocados no vazio
Na penumbra, o eco da dor
Ninguém para ouvir
Lágrimas a rolar
E a única companhia
Você solidão
Que demasia, chora novamente
O silêncio
Dorme finalmente
IsleneSouzaLeite