Poemas Vazio
Eu com você
Sente-se a solidão?
Busquei no meu peito,
Veio vazio,
Vazio de escuridão.
Respirei alegria,
E tenho sua companhia.
PASSADO EM BRANCO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Meu olhar frente ao seu direto ao vazio;
rompe o crânio, se livra e não tem nostalgia;
não encontra magia e não revive um tempo
que perdeu em miragens de felicidade...
Sua boca não diz, quando fala comigo;
tão apenas relata o necessário e pronto;
bate o ponto certeiro do assunto formal;
nunca bate com nada que meu pulso marca...
Eu a culpo do mal de não sentir saudade
a não ser da saudade que podia ter
se você se restasse de quem foi outrora...
Dói demais não sentir a mais longínqua dor
pelas cores e os traços que o tempo esvaiu
num amor transformado nesta folha em branco...
bebo minha solidão,
não deixei de viver
apenas desisti das pessoas
olhando para o vazio...
não sinto mais nada.
nunca mais sorri...
sempre um espaço vazio...
não me diga nada,
porque não sinto nada,
olho para as paredes,
a única coisa que vejo
são detalhes perdidos...
tentei sorrir, com lagrimas,
não sei mais pensar,
já tentei morrer,
mas a morte não quis,
seus valores são maiores,
abracei com desespero,
senti minhas lagrimas,
secas por não acreditar,
tudo espaço vazio,
nessa paredes perdi tudo
que nunca tive.
Presença ausente
Sentir saudade é ruim, mas pior seria não sentir nada, como se tudo fosse vazio, sem graça, como se esse sentimento não existisse, eu não fosse eu e a saudade não fosse sua. Seria sem graça demais a vida assim, prefiro sentir saudade dos abraços de amor, dos beijos sem fim e dos desejos que ainda me faz te querer pra mim.
O vazio, o infinito, o piano
O vento, teu sorriso, teu pranto
Teu olhar, teu sonhar, uma noite de luar
As árvores a balançar
Um nó, uma dor, sem dó
A água, a alma, a calma
As folhas, o ar, a solidão
O silêncio, as luzes, aqui dentro
Aqui, assim, sem fim
Esse vazio que preenche-me
Depois de um acordar
Nessa noite de luar
A lua a me chamar
E eu em ti pensar
somente sorrisos alem do vazio,
tudo soa o apogeu...
em pigmentos de tintas
mero estupor corporativo,
tudo é piada de amor...
no contexto sombrio.
Ternura Antiga
Ai, a rua escura o vento frio
Esta saudade este vazio
Esta vontade de chorar
Ai tua distância tão amiga
Esta ternura tão antiga
E o desencanto de esperar
Sim, eu não te amo porque quero
Ai, se eu pudesse esqueceria
Vivo e vivo só porque te espero
Ai, esta amargura esta agonia
Vazio...
Sua sombra não mais me atravessa
Arrastou-se ao nada consta
Não há mais passo em falso
E nem mesmo gravidade
Em cima do muro, não há mais mandato.
A festa acabou e o céu já clareou
Terra firme, avante oxalá.
Aleluia, imunizei-me!
Praga pestilenta, o fogo queimou.
Fumaça da peste, o mar arrastou.
Afundou-se nos quintos dos infernos
Tudo que te faz mal, certamente morre.
Tempo, senhor dos destinos.
Memória se tem ,até o último suspiro
Tempo do meu tempo
Há tempo para consertar
Quando tudo está errado
Aliviada... Mãos se acenam !
Sobrou-me um vazio, nada mais.
Primavera
A magia de ver o sol nascer
A alegria que o mundo sente
O reflexo na água
O vazio mas ruas
A paz e a calmaria
Desligado de tudo
Desplugado de todos
Apenas contemplando a magia de um novo dia
De uma nova flor no jardim
De uma nova chance
A magia de ver a luz tomando conta da escuridão
De ver as trevas sumirem
E pensar que tudo isso acontece quando faço você sorrir
O início de um novo dia
É tão mágico quanto a magia do seu sorriso
A leveza dos pássaros no ar
E tão parecida com a do seu cabelo no vento
O mistério do sol escondido nas nuvens
E tão lindo quanto você se escondendo de seus medos
O sol trás a esperança para o mundo
E o seu sorriso trás alegria e vida para o meu mundo.
Resgatou-me do vazio profundo e abissal
Lançou fora a tristeza que outrora vagava minh'alma
Como uma luz a me envolver
Devolveu a alegria ardentemente almejada
O céu é mais azul
O sol me enternece em cores
A escuridão perde-se no infinito brilho das estrelas
Não. As coisas não mudaram, tudo já estava lá
Quem mudou fui eu
Quando me permiti a novos sonhos me entregar
Quantas canções ainda serão entoadas como celebração a este encontro avassalador?
Por onde andei que demorei para encontrar este verdadeiro amor?
Perdida em mim mesma?
Abracei minha única chance
Retornei a mim
Quando encontrei a ti
Yara Alves
Vazio
Não tive dedos suficientes pra contar
As dores vividas no calabouço
Da minha alma perdida entre mentiras
De que eu sabia que o meu cantar
Levaria com o vento
Para os amados, alento.
Eu nada aprendi dessa troca
De idéias e ideais
Não guardei um só instante
As memórias do aprendizado
Sobre o amor
Que eu vim buscar
Tive apenas ilusões arredias
E apostei em atitudes tresloucadas
Correndo atrás dos que me renegaram.
Acreditei que estes
Poderiam preencher o vazio despudorado
Da agonizante despedida
De quem parte solitária e oca
E solta.
Desprovida de alegria.
Vazia de vida.
Desnutrida e carente
Completa indigente.
VAZIO
Gostaria de me sentir amado
Por que vivo abandonado
Por pessoas
E acho que por Deus
Por favor
Mim ajude senhor
Pois estou doente
E meu remédio é amor.
DUAS FLORES
Depois que você partiu,
A inspiração acabou,
Encontro apenas um vazio,
Que o seu amor me deixou.
A vida é mesmo assim,
São chegadas e despedidas,
De amores em nossas vidas,
Que chegam e tornam a partir
As flores perderam as cores,
Em todo jardim também,
Você levou os odores,
E os perfumes que elas têm.
A flor mais bela do jardim,
O meu Cheiroso jasmim,
De tristeza também murchou,
Com a ausência do seu amor.
Na foto eram duas flores: VOCÊ e EU.
Você eu mantive viva,
Mas EU, de tanta dor e tristeza,
Infelizmente, morreu.
Eu acordo nos meus dias, de chuva ou de sol, não importa, o sentimento será o mesmo. Vazio. O que mais eu esperava, se tudo foi tão rápido. Um dia eu estava lá, cheia de amor, coberta até o topo e no outro o vazio. Foram as palavras ditas? As ações não feitas? Os dias que não foram concluídos? Ou simplesmente foi eu, quem deixou sair de dentro de mim todo aquele amor?
Juro que não sei como resgatar, não sei como sentir, estou tentando ao máximo, as vezes até sinto que ainda tenha uma faísca que vai incendiar tudo novamente, mas quando ela vem, logo se apaga e eu fico lá, simplesmente paralisada vendo todo o seu amor que por um segundo acredito que possa trazer o meu de volta.
Mas que egoísmo o meu, esperar que no seu amor o meu possa renascer, esperar que você ative o que se perdeu, o que eu deixei ir. Só que é assim que vivo meus dias, com essa esperança de que você vai trazer o meu amor de volta, enquanto isso, vou apenas acordar nos meus infinitos dias.
Há cinza dentro de mim...
Um espaço, um vazio não suprido, um tempo ainda não concebido!
Há um encontro não marcado, uma espera latente...
A tarde passou, mais um dia se foi, uma página a mais dos dias...
Renovo a saudade do não vivido...
A melancolia da alma.
O meu olhar lança-se para novos voos, enquanto meus pés permanecem no chão.
(Ou sob os telhados de Paris).
Presa à Solidão
O quarto é grande, vazio, apenas eu e um relógio em minha frente. Estou presa, acorrentada pelos pés e pelas mãos à solidão.
O vazio rasga meio peito, corrói minha alma, mata meu orgulho e me desfaz em lágrimas.
Lágrimas mistas de pena, ódio e dor. Lágrimas indevidas, sujas pela vergonha e incrédulas de a que ponto cheguei.
Olho ao meu redor e estou só, perdida no vazio dos meus pensamentos passados, lembranças que já não importam mais.
De repente estou na rua, em meio à multidão, mas ainda me sinto só, estou só. Em um instante, o mundo para, as pessoas somem, os pássaros calam, as ondas se acalmam e o silêncio reina.
É possível ouvir minha própria respiração, as batidas do coração, até meus cílios se chocarem ao piscar os olhos.
Parece único, fenomenal, mas imagine isso tudo dentro de você sempre.
Assim é a Solidão, uma sala fechada onde ninguém entre e ninguém sai, não existe nada além de mim, presa as amarras, em pé no meio da sala com o olhar perdido, ouvindo apenas as badaladas.
Um relógio que não marca as horas, mas sim a vida. A minha vida e percebo o quanto tempo ainda me resta para sobreviver amargurada na solidão que me foi concedida ou talvez escolhida.
Não há como escapar, por mais que se livre das amarras, o vazio mora dentro de mim.
... A solidão...
... Um vazio dentro do peito com nenhuma emoção.
Ter algo em suas mãos e não sentir sua sensação.
Falar junto ao escuro, sem ter alguma orientação.
Ouvir o clamor de uma voz e nada tonar no coração.
Estar junto a si e ao mesmo tempo em contradição.
Ficar consigo num sereno interno, destoando a visão.
Andar numa estrada sem destino e sem nenhuma condição.
Uma amargura que identifica um estágio de emoção.
Isto revela e ressalta o sentimento de solidão...
...sivi...
Viver é uma guerra
É noite! Da janela do meu quarto vejo estrelas
Aqui estou eu, em meu vazio
Vivendo ou sobrevivendo?
Nesses dias que me escorrem a imaginação
Sem mais nem menos.
Manhãs vazias, tardes de noticiários violentos
Noites de sofá e insônias: Vou carregando o cotidiano nos meus ombros.
A tal da felicidade é uma ilusão
É como ouvir as ondas do mar
Baterem ao longe
E não poder vê-las ou toca-las
Mas de vento em vento vou me encontrando
Carrego o fardo do meu ser
A minha própria guerra
Em meu peito, contenho a areia fervente dos desertos
Não morro de sede, morro de tédio
Ah! E a solidão que não desgarra
Mas com ela eu aprendo tanto
A vida é mesmo uma coisa de se pensar
Com o ontem não me preocupo mais
O hoje talvez seja passado
Vivo o agora, perigosamente
E o amanhã, o amanhã talvez...
Eu não esteja aqui, pra contar.
No vazio...
Levada pelo tempo
Nas asas do vento
Permito-me a mente livre
Sinto a liberdade
Sigo em busca de novos sonhos
Novos mundos
Nele
Encontrei você
Nos perdemos
Num demorado momento
Entre toques, afagos, sussurros
O mundo parou
Tudo silenciou...
No orvalho da manhã
Uma cena gloriosa permaneceu.