Poemas Vazio
Devo eu viver a vida toda sentindo o vazio do abandono e todas as consequências psicológicas que ele, ainda na maternidade (senão antes, sentindo o desprezo desde a barriga da minha “mãe”) me causou, com quem causou vivendo a vida plenamente feliz por me manter o mais longe possível, me desprezando não apenas uma, mas duas vezes?
Devo eu alimentar esse rancor quando sei que ela pode ter tido os próprios motivos válidos para tal decisão?
Devo eu confiar que eles foram válidos mesmo?
Devo eu realmente me importar se foram válidos ou não?
Devo eu me importar com qualquer coisa que tenha ligação a essa pessoa, suas escolhas, seus sentimentos e tudo mais?
A única coisa que eu sei é que dói. E essa dor não é daquelas que a gente toma um remédio ou mesmo uma injeção e ela passa... essa dor é constante, é uma dor cravada na alma e que parece que nunca vai sumir. Eu não sei nem como seria viver sem essa dor, ela faz parte de mim. Ela está sempre ali me fazendo sentir um vazio imenso, gigantesco, insuportável, sempre que vê oportunidade.
Então me pergunto, devo eu me importar quando há essa dor infinita me lembrando constantemente e não me deixando nem escolha sobre sofrer ou não tudo o que o abandono me causou, sendo ela mesma uma das consequências, inclusive?
Eu gostaria com todas as minhas forças que a resposta fosse um simples “não, não deve se importar, apenas siga sua vida tranquilamente.”, mas sei que, por mais que eu não queira me importar, irei viver a vida toda sentindo essa dor e, portanto, me importando.
Era você que rondava em meus sonhos,
tentando capturar um coração vazio
e ali ficar ouvindo seu ritmo descompassado
na melodia do viver por viver?
Era você, qual sombra silenciosa,
que seguia meus passos solitários nas veredas,
onde desviando de buracos mantive o rumo?
Era você a inspiração que surgia de repente,
levando-me a canção de todo dia,
onde além da existência, timbrei a alma,
fazendo acordes e coros inimagináveis?
Era você, sem dúvida, que com palavras doces,
sussurrava aos meus ouvidos com o vento,
trazendo mensagens sutis a desvendar
Você que do nada apareceu,
tornou - se cada vez mais presente,
cativando e se fazendo amar,
nesse tempo espaço,
onde um coração, o meu,
já se tornara peregrino
num deserto de si mesmo,
consolado, sem nada pedir
Mas, se sempre foi você,
um sonho perdido entre sombras,
revelando-se aos poucos
e apenas isso eu sei,
é por você que agora,
todos os dias renasço !
Neusa Marilda Mucci
Outono de um tempo qualquer
Minha casa volante
De vazio e sonho.
O trapézio em que
Me equilibro desde
O dia em que nasci.
A jaula das feras
Com que convivo.
Os palhaços que
Nos reproduzem.
Os domadores que
A nem todos domam.
As amazonas que
Não sabem amar.
O público que não
Nos vê e não aplaude.
Circo: círculo
Concêntrico desta
Roda viva
De purgação
E espera.
Mas se o circo parte
Fico ainda mais só.
Olhe bem para o meu rosto
O que você vê ?
O que está refletindo ?
Vazio, pálido, sem esperança e cheio de erros imperdoáveis
Compreensão pelo simples sentir.
As paredes do intimo mais afastadas.
Vazio que contempla o ver.
Resigno, plácido e verdadeiro.
Ego liberto de egoísmo.
Serenidade, silêncio singular.
Tempo sem tempo, época alguma.
A ANGÚSTIA DO VAZIO
E como o homem é pequeno
Estuda quatro matérias
E é o dono do mundo
Forma o seu próprio conceito
Desdenha do semelhante
Escarnece do Divino
Mas demonstra a pequenez
No medo do fim do mundo
Se o mais sábio dos homens
Não disse quando era o fim...
Os pequeninos descansam
E os ‘grandes’ se alvoroçam
Na busca do que não tem
P’ra dourar o intelecto
Jovens Fragmentos
Um grito de socorro no vazio
Era apenas um menino
Pequenino a sonhar
Hoje sua vida não é mais dele
Apenas a angústia brilha no luar
Um jovem mancebo que
não sabia o que cantar
No final do desespero
Corrompido pela dor
Tudo que ele busca
é mais um dia ver a cor
A cor das coisas que
um dia ele tanto amou
Oh, meu peito vazio
Que se alastra a solidão
Oh, devaneio poético
Que imunda o coração
O devaneio de poeta
Torna tudo confusão
Me sinto despertencido
Pertencendo à mim
Somente à mim
Como uma estrada de um mão
Esse meu devaneio
Me deixa louco
Com o fato de despertencer
Vou seguindo em frente
Por aí
Buscando me reconhecer
Depois de tudo, no vazio
da manhã inabitável,
ajuda-me a negar
este remorso:
eu só queria uma canção
que não morresse
e a hipótese de um poema
que não fosse
o lugar onde me encontro
uma vez mais,
sem desculpa, sem remédio,
diante de mim mesmo.
Anjo meu, me apetece no amor de amar você
Como poesia no vazio de muito te querer
Sei que não há palavras que defina o que o coração tem pra dizer;
Irei traduzir em escrituras para que o meu amor possa ler
Enchi o coração com um sentir que sentia, em um mar de poesia
Tudo para viver uma vida, junto de você, será que devo acreditar no meu querer?
Sei que será eterno se acontecer, acredite amor no meu apetecer;
As luzes do palco se apagaram...
Ficou apenas o silêncio...
Vazio ,sem plateia...
Quem disse que o palhaco não é triste?
As vezes um sorriso no rosto esconde tanta coisa...
Pessoas passam ... vao se embora feito o vento..
E eu aprendo...aprendo que o vento é livre..
Ele vai aonde ele quer... ninguém o prende...
Quem sou eu pra te amar assim tanto e tanto?
Quem sou eu pra exigir algo?
Nao sou nada..nao sou ninguem..
Me desculpe pelo meu jeito ... pelas palavras...
Eu sou assim mesmo..desconcertada ...
Mas meu coracao e puro..tem sentimento..
Me desculpe se confundi as coisas...
Nao era pra ser desse jeito...
Mas eu me encantei...eu me perdi profundamente...
Mas vai passar..assim como tudo passa... vai passar..tudo vai ficar bem...assim eu espero
na perdição nada se naturaliza
tudo se transborda
todo canto é visto
todo o vazio vai embora
evasão de aprender a tabuada
uma reza pra cada trovoada
nem a tarraxa do brinco é achada
não tem culpado nem cupido
Sangô blindou a chumbo
as minhas
portas
Justiças y
vindas
Vazio
A poesia fugiu do mundo.
O amor fugiu do mundo —
Restam somente as casas,
Os bondes, os automóveis, as pessoas,
Os fios telegráficos estendidos,
No céu os anúncios luminosos.
A poesia fugiu do mundo.
O amor fugiu do mundo —
Restam somente os homens,
Pequeninos, apressados, egoístas e inúteis.
Resta a vida que é preciso viver.
Resta a volúpia que é preciso matar.
Resta a necessidade de poesia, que é preciso contentar.
Meus olhos demostram um vazio e uma angustia
Uma agonia que è viver sem paz
Sem alivio de saber que no outro dia serei feliz
Vivo uma vida de desfaçes, de ilusões e finjo para mim mesma que sou feliz
Mas dentro de mim a nostagia e a saudade me matam de um tempo inextente.
Tributo a mama Tereza
Faz 125 dias que não te vejo,
Fico embrenhado nesse vazio,
A dor causada por esse desejo,
Deixa-me sem forças, doentio.
Mamãe linda e querida,
Quantas saudades tenho de ti,
Tua ausência abriu uma ferida,
Difícil não sofrer e sentir.
Hoje é data do teu nascimento,
Lembro-me dos almoços em família,
Dos nossos passados de sofrimento,
Vou seguindo nessa homilia.
E no meu aniversário?
Quem me dará aqueles presentes?
Como criança perdida nesse berçário,
Procurando motivos para seguir em frente.
Ainda ontem estávamos juntos,
Fazíamos planos para logo à frente,
Éramos intensos e profundos,
Nas histórias das nossas mentes.
Eu sempre irei gritar
E é para todo mundo escutar
Para sempre irei te amar
E jamais deixarei de lembrar.
Lembrar do teu magnífico sorriso,
E do teu jeito de lutadora,
É nessas lembranças que me regozijo,
Conselheira,mulher forte e conciliadora.
Te amo com força total,
Te chamo e não a encontro,
Sei que um dia tudo será real,
E nesse dia estarei pronto.
Pronto para te reencontrar,
O teu lindo rosto,beijar,
E então me regozijar,
E na presença do Altíssimo glorificar.
Te amo e obrigado,
Pra sempre serei grato,
Eu,Lelei e Luiz,seguiremos o seu legado,
Isso é uma promessa e será um fato.
Lourival Alves
Pura Ausência -
Paira sobre a vida um vazio
Uma sombra magoada sem destino ...
Porque ficas em silencio frente ao rio
E nos deixas à deriva no caminho?!
O teu jeito! O teu toque! O teu olhar!
A tua voz cristalina, eloquente,
Capaz de nos fazer sentir o que é amar,
Agora tão distante, tão ausente.
Porque tinha eu que aqui ficar
Se tu tinhas que partir?!
Aconteceu! Aquele medo de separar
O que o destino um dia quis unir ...
Arrancaram de mim toda a alegria
Só há ecos de saudade no meu peito
Transformou-se em noite cada dia
E cada hora fria no meu leito.
Adeus musa cristalina dos meus versos!
Teu olhar é como um passaro que voou,
Como um dia que acabou, sem gestos,
Adeus meu Vendaval de Sonhos que passou.
(Poema dedicado à Fadista Celeste Rodrigues, à sua partida e à intensa amizade que unia o Poeta e a Fadista)
Tudo que é do bem!!
Tudo que é do bem impera, tem força e poder.
O bem nunca vai vazio, e nunca volta vazio tb .
O bem sempre está carregado de energia, de paz e de luz.
Dentro do bem tem amor, o que rege o universo.
Por isso, Deus fala, age, impera em tudo que é puro, verdadeiro e despreendido.
Deus age em tudo que é respeitoso e sublime.
Amem .
Tda honra e glória é dada a Jesus. 🙇♂️🙏
Simone Vercosa.
Mamãe (Tributo)
Hoje está tudo cinza sem você,
O vazio e a saudade me acompanham,
Está difícil até de crer,
Os meus pensamentos se estranham.
Sua voz ecoa em todo o meu ser,
O teu sorriso em minha mente,
Ainda digerindo todo esse acontecer,
Com uma dor que só quem sabe, sente.
Quantas cargas nos trouxe a vida,
Quantas saudades tenho de ti,
Essa tua ausência que nos trouxe feridas,
Porque a senhora teve que partir.
Eu,Vanderlei e Luiz,
Val,Lelei e Calo,
Tu és a nossa flor de liz,
Sempre serás maior, do que tudo que falo.
Uma mãe é algo incomparável,
Perde-la então; é como perder uma jóia rara,
Deus fez e faz coisas inexplicáveis,
E a senhora,é uma delas,minha lua clara.
Estou tentando sair desse triste leito,
Com a certeza de ter dado o meu melhor,
Que o desejo de Deus,seja feito e aceito,
Continuarei a dar voltas ao seu redor.
O seu valor não foi reconhecido por causa da sua viagem,
Pois ele,sempre esteve implícito nas atitudes dos teus filhos,
Paisagem, coragem e voragem,
Amor ágape, amor philos.
Tereza Ana,
Tereza, mulher de muita gana,
Tereza,que ao falar de ti, meu peito inflama,
Tereza, super mulher,mamãe , que tanto minh'alma chama.
Lourival e família