Poemas Variados e Diversos
A minh'alma jamais se deixa
capturar - sou livre para amar,
A minha'alma nasceu livre,
e por isso sou a tua poesia...,
O amor da sua [vida]...,
e isso ninguém pode negar.
A poesia escrita intensa
é a dos loucos amores,
Desenho com todas as cores,
pinto a sua pele com a cor
Que vier a me [inspirar]...,
A minh'alma tu bem enaltece,
o perfume que ninguém esquece,
Ele só você bem conhece,
o rumo a se enveredar.
A minh'alma não cede nunca
a oportunidade de remar,
A minh'alma é embarcação
e emoção à beira mar....,
O amor nela [reside]...,
e ele ninguém pode despejar.
A poesia do mistério bailado,
e que nunca será desvendado.
É essa poesia a te convidar
para preencher a tua vida toda.
Para você amar e ser [amado]...,
e fazê-lo sempre sorrir à toa.
Devo-lhe imensamente tantas:
os risos, os gozos e os prantos
Tenho-lhe na minha alta conta:
não me perdi na tua ausência
Temos uma história para contar:
- não sei no que vai dar
O importante que venhas inteiro,
e eu seja o teu amor derradeiro.
Augusta e profunda sintonia,
- Aprendeste que és poesia! -
Suprema glorificação que tua alma
- exibe -
Amar-me em pensamento sublime.
Canto-lhe o meu soneto enluarado:
casto, sublime e apaixonado
Tenho-lhe em letras proibidas
escritas por todos os poetas,
Temos todas as noites para virar:
- revoadas para alçar
O emocionante você já entendeu:
és impávido e sempre serás meu.
Não paro de percorrer
Com os meus olhos,
Que não são mais meus,
Sim, eles são tão teus.
Não devo ir adiante
Com o meu intento,
Até ser alvorada,
Por tua mão colhida,
Não sei se sou a flor
Mais bela ou preferida.
Não paro de correr
Com as minhas letras,
Pois elas são as pernas,
Que por ti dobrarão,
Aqui elas por ti estão.
Não sou mais a mesma,
O poente dança em mim,
As nuvens são de cetim,
Eu sou violeta pequenina
No teu imenso [jardim].
Eu não acredito em amores perdidos,
e sim nos amores não encontrados...,
O destino costuma pregar peças,
eu quero te colocar sob meus cuidados.
O amor nas letras poéticas do Sol
que chegará calmamente...,
No desabrochar do arrebol,
eu desejo amar-te solenemente.
Eu não acredito em amores passageiros,
e sim no amor que rompe fronteiras...,
O divino amor não passa,
ele reúne dois e formam inteiros.
O amor nas rimas eróticas do amar,
que chegará deslizando...,
Nas ondas da água do mar,
eu estarei neste barco embarcando.
O amor que não passa
e nele crê, confia e espera.
Ele virá sem dúvida,
com uma infinita argúcia,
devastador e forte,
Como as forças da Natureza,
Eu sei que ele virá,
com a profundidade dos oceanos,
E com toda a sutileza que há de ser,
e nenhuma câmera irá capturar...
O amor virá arrebatador,
- ele já está escrito
O Universo está ciente,
que o amor de verdade virá,
O meu amor que não passa,
e jamais [passará];
Como derradeiro que é, se eternizará.
A sua pele me deslumbra,
Ela tem a cor que tanto faz
Falta na minha pele,
A sua luz me 'domina'...,
Ela tem o tom que fascina
E me convida à luxúria...
Eu escolhi por ela me render
Sob sua 'guarda protetora';
Quero contar as estrelas
Na tua companhia sedutora.
A sua luz sublime na penumbra,
Ela vem da tua alma (capaz)
Intensa de manter-me nua...,
Ao modo de me tirar as letras,
No meu eu te declarar em poemas,
E assim desenhar mil esquemas,
No teu corpo com todas estrelas...
Eu escolhi por ela me prender,
Sob a tua égide me suspender,
Quero as tuas alegrias realizar,
E ser a tua cantiga de sonhar.
Eu escolhi acima de tudo:
Ser o teu forte sentimento
E devastador como mar...,
Que sabe ser oceano de amar.
Soltei os meus cabelos ao vento
Iguais aos seus olhos castanhos,
Contei os beijos tão [esperados].
Ambiciosa receberei um dia de ti
Mais do que uma declamação:
Uma rosa e uma [canção]...
Espero que você tenha gostado
De ter estado aos meios cuidados,
Quero você sempre ao meu [lado].
Ainda terei você de vez comigo,
Deste mundo bem protegido...
Pode ser até alucinação:
Quero ser poema e a sua paixão.
Eu preciso te contar
Que no girar das horas
Não quero te (perder)
Eu necessito te reencontrar
Sim, eu quero te ver!...
Do instinto eu quero
E vou me enlaçar
Do destino eu desejo
E quero te reencontrar
Sim, eu quero te beijar!...
Eu te aceito com tudo:
- Tudo mesmo!
Eu te aceito com tudo
Àquilo que te falta!...
Do divino eu quero
E vou me encontrar
Do despido eu desejo
E quero contemplar
Sim, eu quero te amar!...
Na América Latina sinto
- ou melhor -
Constato as falsas revoluções
Porque longe do correto,
E de todas as intenções,
Percebo que há um jogo
De ambições - inflamações;
Para não libertar o povo,
Para colaborar, infelizmente,
Com as mais de mil explorações.
Eu te aceito com tudo:
- Tudo mesmo!
Eu te aceito com tudo
Que te afaste do mundo!
Na América Latina vejo
- prevejo -
Antevejo o pior sinal
Porque se ninguém pensar
Um caminho correto,
Querer fazer o quê quer,
Escrevendo a própria sentença,
Caíremos na maior decadência,
É só questão de usar a cabeça
Para não termos um triste final.
Quem não sabe obedecer a Lei:
É igual ao guerrilheiro escavando
- a própria cova -
Comigo a hipocrisia da desordem
- não cola -
Quero a liberdade carinhosa e ordeira,
Que me permita caminhar em paz,
E viajar contigo por toda a Pátria Grande
Experimentando as estradas latinoamericanas
Que serão as estradas das nossas almas ciganas.
Na poesia nada é pecado,
A fantasia ela se permite,
E transforma a distância
No paraíso encantado...,
Na poesia não há limite;
A alegria vem pela noite,
E madruga bem cedinho
No teu sublime sorriso...
A tua pele é um convite..!
Na poesia que vem de mim,
A sinfonia ela se permite,
E transforma os versos
No mais lindo convite...,
Na poesia que se permite,
À espera do teu abraço,
E também pelo teu beijo
No meu aurirosado regaço...
A tua boca é um fetiche...!
Na poesia que vem com o tempo
A carícia ela reverencia,
E movimenta orante o mundo,
No mais perfumado intento...,
Na poesia que gira tudo,
À espera da vinda do astro,
E convém pela recompensa
No meu recanto íntimo...
A tua cor é da cor de Afrodite...!
No teu parto cheio de luz,
À beira da água doce,
Com as rimas de mar,
Com o teu cheiro de mato,
És um manso regato;
O teu oceano é de amar,
És poeta da cor corada:
- A tua poesia me trouxe.
E fez de mim fêmea domada.
Não sou feita de tíbias palavras
Sim, sou feita de poesias plenas,
Não sou feita de tristes amarras.
Eu sou poesia que fica,
Sou a perfeita indecência,
Eu sou a própria malícia.
Sou feita do teu doce sorriso
Não, sou a tua fina safra..,
Sou feita do teu verso despido.
Eu sou a mulher feita de poemas,
Eu sou a tal cheia de sol...,
Eu sou toda coberta de estrelas.
Não invado, sou poesia
O meu verso é de ferro,
E o meu corpo é de fogo.
Eu sou a menina fingida,
Eu sou a mesma [mulher],
Eu sou alguém que te quer.
A minha ambição é discreta,
Não desafio, porque sou lira;
Escrevo para uma paixão secreta.
Porque eu amo, sou poesia.
Porque tenho sede, sou poesia
Porque eu te espero, sou poesia.
Não vou além, porque sou poesia...
Porque como toda a poesia: sou poesia.
Da minha janela eu fiquei
Em busca daquelas histórias
Que só eu sei contar,
Fui em busca do luar...
Eu fiquei assim a te esperar,
De olho na janela para te ver,
Do jeitinho que irás pousar;
No soneto madrigal irei festejar
De bruços irei escrever:
Para o poeta se deleitar.
No céu flutuando eu subi
Em busca da luz da lua
Que provoca o delirar,
Fui em busca de você,
Eu estou a premeditar,
De olho na tua despreocupação,
Do teu trigueiro versejar,
No meu abraço a te abraçar,
De boa e sensual coreografia
Estou aqui para te provocar...
Do céu avistado o luar
Em busca do teu beijo,
Que chegou para excitar,
Fui em busca do segredo,
Do teu lindo versejar
Que bem parece (rede)
De pescador lançada no mar;
Aqui estou subindo pelas paredes,
Pronta para a gente namorar.
Os meus poemas sempre repletos,
- e incorretos
Não menos poemas e tão secretos,
- inteiros
Sempre tão cheios de solidão,
de mares, de lugares e de paixão,
São na totalidade uma declaração
de uma pomba que pousou na tua mão.
Eu tive que cantar, contar e escrever,
Os meus poemas se espalham por aí,
e eu bem aqui nesta tarde com luar
- mais uma vez -
ao encontro do sol beijando o mar.
Os meus dias vivem a te esperar,
Eu sou a tal orquídea a se 'abrir',
é deste jeito vivo a perfumar...,
- todos os dias -
Até você voltar (para mim).
Pude observar a [dança]
- do sol e do luar -
No oceano de amar,
Para seguir a luz
De quem me ama...,
E de mim nunca se cansa.
Destarte, posso tanto,
- em segredo -
Sagrado com afeto,
Espalhar este canto.
Pude passar a tarde
- de sol e luar -
A observar o mar,
Imaginando você em cena,
Ditando poesia suave,
E um sussurrar com [arte].
Evidente, nesta poesia
- intimista -
A deslizar nas areias
Palmilhando as conchas,
Para tomares conta,
E para quando abraçares:
- Roubares o meu beijo
Deslizando no canteiro
Escrevendo poesias boêmias
Com as pétalas das gardênias.
O vento fazendo música
com as águas do mar,
O vento trazendo o desejo
com a vontade de beijar,
O vento carregando a onda
sobeja retocando na areia,
A carícia em rebento
percorrendo a alisar,
A música que eu compûs,
e você ainda não ouviu;
A poesia misteriosa nasceu
de uma conversa que surgiu.
Sim, deste contentamento
da onda do mar beijando
as areias e tocando a canção
do vento - divino carrilhão;
São letras de chamamento
convite para tocar as estrelas
Nas noites de plena excitação.
Sim, do apelo poético ondino
da rosa a desabrochar no verão,
Provoquei-te a curiosidade menina
a olhar este rimário de dama despida,
Como se olha através da fechadura
A cada verso de paixão uma loucura:
- Escrevo para você cair em tentação.
Por eu te querer querendo,
No rimar, vou te desejando,
Aos poucos te dando pistas,
És a maior das [conquistas...,
Por eu te querer (amando),
No olhar, vou me despindo,
Aos poucos te revelando,
És o meu coração [batendo...,
Por ser grande e (tremendo).
Porque tu'alma é um [roseiral,
E tens a cadência dos (cometas).
Porque te fiz este [verso lirial,
E das cores de (mil estrelas).
Porque teu jeito é [genial,
E tens as asas das (borboletas).
Por eu te amar amando,
No remar, eu vou 'chegando',
Aos poucos sigo acariciando,
És a poesia verdadeira, e não lenda,
Assim, seduzes-me tu pelas fendas;
Em riste e com todas as pompas:
Tu vais se rendendo - aconchegando!...
Se eu posso ser poesia:
- desabrocho em [flor]
Se eu posso ser tua:
- escrevo versos de amor.
Se eu posso ser fascínio:
- viro o melhor sabor
Se eu posso ser [rio]:
- deságuo no teu mar.
Se eu posso ser aurora:
- posso ser [poente]
Se eu posso ser noite:
- viro luzeiro presente.
Se eu posso ser tua:
- andarei nua no paraíso
Se eu posso ser mistério:
- viro logo um mar feitiço.
Porque me deito em ti
Meu sonho de amor,
És meu solo sagrado.
Aprecio tudo o quê te atrai,
O quê perfuma o ar...,
Aprecio tudo o quê te traga,
Transformando em contentamento:
as manhãs, tardes, noites
Transformando a madrugada
em poesia de versos esplêndidos,
Cintilando em cada um o romantismo
Puro, sublime e necessário;
Que me torne a mulher do teu agrado.
A mulher deve ser o exemplo
do mais puro recato,
Intimamente, ela deve ser o seu
mais refinado desacato.
É um crime imperdoável
obrigar a mulher ficar
preocupada em ser bonita.
A mulher não deve 'abandonar',
e tampouco esquecer:
a obrigação de toda a mulher
é ser leal aos seus princípios;
isto é, leal ao seu amor...
A mulher doce e indelével
sabe como ninguém
que foi desenhada divina.
Para ser escrita na história
e ser digna do seu louvor;
Vista tanto como poesia
e um santuário de oração.
A mulher merecedora de ti
deve ser um balneário de luz
para trazer-te tranquilidade.
A obrigação da mulher em si
não é ser bonita...,
Mas ser eterna o suficiente
para ganhar o seu coração.
Existem primaveras inexplicáveis,
Algumas surgem [lentamente...,
Outras florescem surpreendentes,
Primaveras inevitáveis como a nossa
Jamais passarão [ignoradas...,
Perfeitamente reunidas hão de escrever
Muitas histórias inevitáveis,
Feitas de coragens e de [futuro];
Nós dois queremos um amor seguro.
Sentinelas do mesmo caminho,
Cantando a mesma canção,
Composição de amor infinito,
Celebrando a festa da paixão.
Poemas do mesmo continente,
Declamados no mesmo lugar,
Juras além da terra e do mar.
Delícias de uma paixão caliente,
Surgidas de um cupido levado,
Que nos flechou encantadoramente.
Da minha curvatura
No teu hemisfério,
De toda a loucura
No teu mistério,
És meu império...
Do meu ministério
No teu paraíso,
Do avanço firme
No teu saltério,
És meu desidério!
De todo o beatério:
Na verdade prefiro
De vagar em vagar,
No teu corpo chegar
És nascido para amar...
Do meu alucinante olhar
No teu brilho a desnudar,
Do teu invadir discreto
No meu corpo a revelar,
És meu caminho sem reverso.
Com a agudez de um punhal
Rasgando o quê há de ser...
Ela, [a voz do meu peito grita
Por um grande ideal:
De fazer valer a voz [individual].
Não há nada mais letal
Para a democracia,
Que sob a sua guarda
Feita de hipocrisia:
Muda, surda e cega
Feita de alienação de metal.
Com a mudez dos meus lábios,
Recorrendo aos alfarrábios,
Eles, [os meus olhos buscam
No auge da queda das estrelas
Dos hinos que se desencontram
Nos silêncios dos [profetas].
Dizendo olhos nos olhos:
- Eu estou em busca da revolução
Eu li o poeta da [rebelião;
Nem mil homens de chumbo
A minha voz jamais [calarão].
Com a altivez revolucionária,
Optei comer o pão da poesia.
Para a minha voz não se perder
No meio do barulho do oceano;
Acredite o meu coração nasceu
Tremendamente [republicano].
Escorreu de mim como
Um manancial cósmico,
Encobriu de um jeito
Tão misterioso...,
Abraço de um anjo
De espiritual encanto;
Invadiu com real virtude
De verdade balnear...,
Escreveu nas ondas do mar
Um poemário de intensidade,
Deu um beijo com vontade
Cá estou de joelhos, pronta,
Para ele me invadir, dominar.
Revelei para ele sem vergonha:
- Sou bandeira de dar em doido
Tipo pipa solta voando no ar.
Perfumei com as cores da lagoa,
Findei com todo o castigo,
Corri para versejar...,
E reunir as pontas do laço de fita
Para ninguém mais separar.
Publiquei com fina poesia:
- Eu sei ser mansa brisa -
Pomba obediente na tua mão,
Pronta para o quê der e vier.
Para fazer uma grande história
De amor e de fascinação;
Carregarei com honra a nossa paixão.