Poemas Variados e Diversos
Cinismo.
Não amo ou sou amado, não são amadas nem amam...
mesmo assim vivo de amores esquinais...
gorgeantes, multicores, úteis e plurais.
Entre esses momentos haverá um dia um fim ?
Não o creio, seria quase extinguir o frio...
aparar a queda ou encher o cálice em mim.
Mas se acontecer e essa alma me encontrar,
por favor fuja rápido e não pense nisso mais...
Eu a sufocarei se ficar, querendo em você... todas as demais.
Queria ser a caneta que toca seus dedos.
Queria ser o pedaço de papel onde você deslisa sua mão.
Queria ser a palavra que ganha toda sua atenção.
Ou até ser o motivo do seu poema.
Queria ser o o sentimento escondido em seu coração.
Poderia ser,
Até quem sabe um pedacinho da madeira,
Daquela mesa com poeira
Aonde você senta pra escrever
Palavras confusas que só eu posso entender
Mas talvez eu até queira ser
Um pedaço branco da folha
Um pouco de luz na encolha
O botãozinho de ascender
Pra ficar pertinho
Só pra você me querer.
“Por que a mim não escreves? {2}
-
Por que a mim não escreves?
Por que, por que não escreves?
Nesta essência não te inseres?
Sentes que sou-me o nada?
E tal nada não alimenta o que queres?
Queres a vida de forma vasta?
Por que a mim não escreves?
Por quê? Por quê? Por quê?
Tens inspiração em falta?
Que falta somente a mim,
Que dás aos outros, completa,
Como se fossem dignos de ti.
Por que a mim não escreves?
Por que, tais letras, sufocas?
Uma carta como outrora
Sílaba esmagada pelo tempo
Que descreve uma maldita história
Que frágil como uma brisa do vento;
Eu não quero que me escrevas
Como quero… Como quero…
Algo que transforme esta treva
Em teu conto dramático eterno;
Eu não quero que me escrevas
Só quero… Somente quero…
Ser a protagonista que inventas
A sofrer em cada trecho mero.”
“Por que a mim não escreves? {1}
-
Por que a mim não escreves
Se te escreves ao respirares?
Se te respiras então escreves
A cada segundo em que vives
E se não vives tão vorazmente
Escreves à solidão e à tristura
No silêncio que lhe persegue
Em meio ao sono que amargura
Escreves quando pensas
Em alimentares teus vícios
E se escreves para todos eles
Para que o existir seja longínquo
Por que a mim não escreves?
Se não lhe sou tão precipício
Se não lhe causo um sentir abismo
Não me escreves por sentires
Sobre mim o mais puro vazio
Sobre esta lacuna, inda assim
Tu poderias escrever-me
Ou contando-me os teus motivos
Do por quê a mim não escreves.”
“Rasga esta estranheza
Traz-me uma razão
Conceda-me beleza
Sabor de emoção;
Prometa-me que fiques
Escreva-me que amas
Entrelaces no que incide
Uma paixão em chamas;
Toque este céu brando
Da minha boca rubra
Nectáreo esvai de manso
De dentro de mim à lua.”
“Embriagada e sozinha
Como nos velhos tempos
Sinto-me entorpecida
Em busca de um beijo;
Quero estar em chamas
Experienciar a intensidade
Sentir sobre a cama
Do prazer às extremidades;
Me apetece ocupar a boca
Mesclar sabores antagônicos
Me apetece despir a roupa
D’um corpo ou amor platônico;
Todavia o outrora se repete
E como outrora o desejo excessivo
Apenas, infeliz, se converte
Em poemas sobre vinho tinto.”
Interessa-me o que vai além de seus gestos.
Interessa-me o trejeito.
Interessa-me a dor pra curar.
Interessa-me o ex-amor pra exercitar - paciência
Cansa-me o descaso
Cansa-me o cansaço
Cansa-me casa sem casos
Cansa-me o ócio sem voz
Alegra-me o carinho
Alegra-me o sorriso
Já o amor me faz cócegas dentro do crânio
Insulta-me o mau-humor
Insulta-me a indelicadeza
Insulta-me? - silêncio!
Um Fora
Eu sinto algo tão sensato
Inventando a coisa errante
Estou-me envolvendo,
E você me dando ‘um fora’.
Estou-me com pensamento estarrecido
Pois tudo em minha criatura
Namora tudo em você
Não posso parar de escrever
Eu gosto de pensar que a gente tinha tudo
Sinto-me certo
De nunca deixar você esquecer
Pois tudo em minha criatura
Namora tudo em você
MEU AMIGO HORIZONTE - Poesia de Almany Sol
Me leve pra onde você for
Me faça assim um sonhador
O que importa é tarmos juntos
seguindo na direção do amor
Adoro esse teu dom
de me transportar
Amo teu sutil jeito
de me multiplicar
Se for pra vencer o deserto
Mesmo que não seja preciso
Basta ter você bem perto
que o impossível eu realizo
Só não quero seguir sozinho
Quero mais alguém por favor
Que junto a mim nesse caminho
continue acreditando no amor
Deixei de ser caçador
Sou alado voador
Codinome beija-flor
Sol, brilho, resplendor
Desculpas só mais uma vez
Se adianto meu passo na vida
eu já não consigo olhar pra tráz
Não rebusco a chance perdida
Então qualquer dia amigo
A vida pode nos resgatar
O horizonte ainda é o mesmo
Só falta a gente se encontrar
Eu preciso te falar
Não quero lamentar
Quero te abraçar
perdoa se eu chorar
Nem sempre terei o sol nos meus caminhos
e nem tanto quero só sombras pra viver
Busco abrigo que protege, que não esconde
Pois vivo da luz, que guia o meu proceder
Se para sempre jamais é o que tem de ser
Vejo em tuas sinuosas palavras o tecer
Como pedras de amolar o destino pra crer
Que a tua clara ideia também irá escurecer
Almany Sol
Se a lição já sabemos ao nascer
Só nos resta aprender a inventar
porque pra colher o que se plantou
Precisamos do vento pra secar
Almany Sol
Um dia quente, tanta gente
E meu pensamento em você
Mais um dia frio, indiferente
E meu desejo só em você
Almany Sol
Sempre na estrada avante
sempre distante, adiante
Busco o meu horizonte
Não nasci pra ser ponte
Almany Sol
Não sou beato, me criei na rua
Aprendi a me virar, viro avesso
e não mudo só pra te agradar
Te dou linha e depois esqueço
Almany Sol
Bring me your deepest feelings
Your smile will show me if you don’t
Thanks for being nothing to me
You’re so depressed right now
Give me your neck to kiss
And your hair to breathe in
Bring me back to life
Say you need me like a monster
Show how you want to drink me like a wine
I want to let you crazy
I want it
I want it
Sometimes you pay my drinks
And sometimes I give the price of my love
So tell me that you will be with me
Be with me on my worst days
Be with me in my happy moments
Say you need me like a monster
Show how you want to drink me like a wine
I want to let you crazy
I want it
I want it
MÁXIMAS DE UM POETA - 07/04/2014
De nada adiantaria a beleza que há nas flores,
sem o semeador, que depende das sementes sãs.
De nada adiantaria o brilho das estrelas do céu,
sem o breu da noite, que depende do sol se por.
De nada adiantaria a glória que há nas vitórias,
sem ter as lutas, que dependem das adversidades.
De nada adiantaria a fé que remove as montanhas,
sem a luz da esperança, que depende da motivação.
De nada adiantaria a busca da plenitude humana,
sem as vias dolorosas, que dependem da penação.
De nada adiantaria as rezas e orações divinas,
sem a fé em um deus, que depende do imaginário.
De nada adiantaria recitar, as máximas de um poeta,
sem as poesias, que dependem apenas das inspirações.
De nada adiantaria escrever o aprendizado passado,
sem o futuro, que só depende das crianças de hoje.
Você me diz que sou fogo.
Mas e se eu fogo fosse e
realmente te incendiasse
e você me contasse,
coisas que imaginasse,
e enfim se deixasse
por mim incendiar?
Quem sabe a chama acalmasse,
e a brasa ficasse
para enfim,
o calor do amor ficar.
Ricardo Cabús
QUASE SÓ
(Estações Partidas)
Estou quase só
Quase, porque você não sai da minha mente
Só, porque estou sem você
Ricardo Cabús
"As cores do palhaço põem cinza em meus olhos
E o vento frio não leva solidão"
(Cinzado - Cacos Inconexos)