Poemas Tristes de Morte
Campa Vazia -
Numa campa triste e fria
há um corpo sepultado
que já não tem poesia
pela Morte naufragado.
É o corpo de um Poeta
já sem luz no seu olhar
e uma rosa que não seca
está na campa a soluçar.
Tão só, abandonado,
cheio de dor e solidão
naquela cova parado
está um pobre coração.
Até os versos que escreveu
não passaram d'um momento
mil instantes que perdeu
mal morreu o pensamento.
E até o epitáfio
já se foi da lousa branca
e o seu corpo tão frio
sem memória nem lembrança.
Pois viveu no lado errado,
passo a passo, dia a dia ...
Estará o Poeta sepultado
nesta campa triste e fria?!
Diz a voz daquela gente
que tal cova está vazia
porque uma estrela cadente
o levou da campa fria.
A Luiz de Camões.
Hoje eu estou triste
Uma pessoa amiga veio me procurar porque recebeu uma notícia triste da morte de um amigo que morreu fora do Brasil, e essa pessoa sabendo que eu passei em 2021 veio se desabafar comigo.
Isso me transportou ao que eu passei durante 11 anos sendo que nos últimos sete e o cuidei sozinho e a minha ex-mulher se foi..
Aos poucos bem lentamente acompanhava a sua deterioração, Por que essa doença nada mais é que a deterioração do ser humano ela vai comendo seu cérebro através dos neurônios e você vai parando de funcionar.
Para nós que ficamos cuidando dessa pessoa o sofrimento é maior, como se fosse uma tortura consciente a ponto de você ter que conversar consigo mesmo olhando para essa pessoa imaginar que ela tá te respondendo para que você não se sinta sozinho dentro de uma prisão...
Por que você vê essa pessoa se definhando e você não pode fazer nada você tem que assistir isso acontecer É como se você tivesse com as mãos atadas.
Peço desculpas esse desabafo foi vocês do armazém mas é necessário porque a morte sempre vai mexer comigo.
Fiquem na paz de Deus🙏
Ninguém está pronto para falar que a morte é triste, mas a pior de todas é a morte cerebral. O coração bate, ele respira através dos aparelhos, mas está morto. Como pode? O coração pulsa, não morreu, tá vivo, me recuso, o doutor está errado, refaça os exames, ele talvez esteja em coma, eu espero meses, anos, a eternidade. É pior, vamos nos casar, seremos uma família um dia.
Gritava de desespero, meu amor, minha vida, não me deixe, não me deixe, não abandone sua mãe, não me abandona, eu te amo, te amo.
Amor, serei eternamente sua até o meu último suspiro, meu coração não irá mais amar, pois nem força para respirar eu tenho.
Eternamente sua...
Lamento sua inconsolável tristeza,
Aceite meus sinceros sentimentos...
A morte é sempre uma infeliz surpresa,
Resta lembrar com amor, de quem segue outras etapas da vida com certeza...
Não retribua com tristeza a morte de quem cuidou tão bem de ti, porque esse alguém nunca desejou te ver triste.
_______Quem te ama quer te ver feliz__
(Avante!)
O primeiro dia após a morte
É vago, vácuo, vazio e ócio.
Pois a insatisfação, a tristeza, a dor e o esmorecimento promove a prostração.
0 primeiro dia após a morte
É também o primeiro passo à depressão.
A nostalgia e a angústia causam o dissabor
E incitam a consternação.
A amargura é fruto do
padecimento
Do luto, do infortúnio
E da mortificação.
O primeiro dia após a morte
É sim, um dia de aflição
Da pena , do pesar e da inquietação.
O primeiro dia após a morte !
É dia da infinidade sem fim;
É sempiterno.
04032018
Ir-se
Escandalizo a tal sorte
Afetação cruel e triste
Espera, alma e morte
Do gabo nada existe
Mesmice reescrevo
E o passo aí, passa
Na saudade relevo
Nos olhos fumaça
Nasci pra renascer
Das cinzas ressurgir
Morro e tento viver
Afeito. Outro partir!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
Não existe absolutamente nada mais devastador do que a morte. Ninguém acostuma, ninguém conforma nunca. A gente simplesmente segue a vida porque não tem o que fazer.
De que vale a vida se não for vivida. De que vale a morte se não houve uma bela história. Andar sem deixar pegadas é como tomar banho com o chuveiro desligado. Apender a confiar nas pessoas está cada dia mais difícil, pois onde somente existem interesses materiais e a essência de virtude se tornou algo sem valor, jogo de interesses tem mais valor que Deus e laços de sentimentos e acolhimento. Triste realidade da vida. De que vale a vida se não houver liberdade, amor, amizade, fraternidade, humildade? De que vale a vida se não houver legado de luz?
A morte é o ponto de fuga da raça humana. Quando ela vem, todos esquecem de seus problemas, esquecem que se odeiam, e ficam em paz... Deixamos para trás tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.
Que a morte venha me busca, com um abraço me levar, pois hoje estou machucado, e não quero mais sofrer e nem chorar.
Cantos de morte
Meus encantos são cantos,
são prantos, são tantos,
são contos e espantos,
todos sem acalantos.
Meus encantos são cantos,
são contos de morte,
são dores mais fortes
e dias sem sorte.
Meus encantos são prantos,
são pratos nos cantos,
são restos de cantos,
dor sem acalanto.
E de tanto, de tanto
sofrer com meus cantos
num dia de pranto
sozinha num canto
eu hei de morrer.
A maior tragédia da vida não é a morte, porque um dia iremos todos morrer. A maior tragédia, é não poder voltar no tempo, é não poder reviver.
Autora: Aurilene Damaceno
E um dia a gente se conforma que,
não há nada melhor que a morte,
quando a sorte do desvalido
é viver morto.
Não basta ter sonho é preciso de barragem.
Não basta ter vida é preciso ter morte.
A cada passo que dou é uma mina, não sei o que se faz mas destrói tudo onde toca.