Poemas Tristes
Muitos procuram a felicidade acima do homem. Outros, mais abaixo. Mas a felicidade é exatamente do tamanho de um homem.
A felicidade é um estado de espírito transitório por natureza. Nós temos momentos de plenitude, divinos, celestiais, mas, ao lado disso, tem a rotina, a dor de barriga, a dor de dente, a conta por pagar.
Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.
Deixe de colocar sua felicidade na mão dos outros. Comece um caso de amor consigo mesma e pare de se boicotar.
Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos!
Pode alguém roubar a felicidade? Ou será que ela é apenas mais um infernal truque interno dos humanos?
A felicidade consiste em preparar o futuro, pensando no presente e esquecendo o passado se foi triste.
Estou com uma imensa vontade de tomar banho de felicidade, vestir a roupa do desapego, me perfumar com bom humor, me envaidecer com sonhos para ir à festa da vida, tomar uma boa dose de amnésia e dançar com o amor próprio.
Procuramos a nossa felicidade em coisas materiais, mas a felicidade não está na matéria, e sim nas coisas espirituais.
Paixão e satisfação caminham lado a lado. Sem elas, qualquer felicidade é apenas temporária, porque não há o que a faça durar.
Creiam-me, o menos mal é recordar; ninguém se fie da felicidade presente; há nela uma gota da baba de Caim.
Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?
Não deseje para o seu casamento a felicidade dos casais dos contos de fadas, pois nessas histórias os apaixonados só são felizes no final e ninguém vê o que acontece depois disso.
Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes. O desejo só dá o último passo com este fim. É isto que motiva as ações de todos os homens, mesmo dos que tiram a própria vida.
Mas os meus escritos são as minhas horas de felicidade. Mesmo naquilo que eles tiverem de cruel. Preciso escrever assim como preciso de respirar, porque o corpo me exige.