Poemas de Timidez
...E não vimos , nem tatear pudemos ,
no compasso o tempo aspirou lentamente como o sol tímido no horizonte, sem percebermos
que as cores do esquecimento pintaram-se de memória, e adormecemos ...
Solicitude da alma
Gosto de me sentir assim
“nada nada egocêntrico”
Um pouco tímido talvez,
Mas, “nada nada de egocêntrico”.
O egocêntrico, exalta-se em excessos;
Eu, me exalto em emoções.
O egocêntrico, coloca o Ego acima de tudo
Eu, trabalho para que meu Ego seja menos eufórico.
Há quem diga que o centro de tudo é o melhor lugar pra se ficar,
Eu digo que, o centro de tudo é o melhor lugar para se bombardear.
Eu afirmo que o indivíduo egocêntrico, também é egoísta.
Também afirmo que, quando me dispo desse sentimento,
Minh ’alma se ilumina e dá lugar a um ser menos prolixo em erros.
Elevar a segunda infância à vida adulta, não faz bem a ninguém;
Tudo são fases e fases são para serem transpostas.
E que o que realmente seja levado a última instancia seja o amor incondicional;
O amor que cura, que dá vida, que alimenta, que acolhe, que ilumina e que transforma o egocentrismo em solicitude da alma.
Solitude
Você já caminhou nesta noite escura,
Deixou-me aqui, escondido por timidez,
Levou-se meu sorriso que ilumina,
O caminho para o extasio do amor.
Só de saudade nesta vida, quase ausente,
Sem teus beijos, sem ternura, sem seu amor...
Frente a este amor pareço-me a chama do fogo,
Mas que não brilhará.
Em toda aminha vida a timidez nunca me deixou dizer o quanto eu gosto de você,
Mas o meu corpo inteiro lhe expressou por esse amor.
Se hoje eu vivo o teu desamor, já não digo que você não me aceitou,
Eu confesso que não soube como merecer o teu amor.
Edney Valentim Araújo.
Timidez - II
Timidez é o nunca estar confortável
Às vezes é simplesmente não saber como agir
e precisar que outro tenha a iniciativa
Outras vezes é não ter coragem de ir frente
e permanecer sozinho
ainda que se continue a mercê das atitudes alheias
É sentir, magoar-se, temer, esconder-se todo o tempo
É correr o risco de não construir o que se deseja.
Um dia você se acabará e o que você deixará para marcar sua existência?
Doce Menina
Doce menina, alguém doce e tímida.
Com o olhar que intimida.
Sozinha no canto.
Com olhar atento
E jeito encantador
Que me fascinou.
Que tanto impregnou.
Sob olhares atentos.
Que gira como a rosa dos ventos.
Doce menina, não chore mais.
Pois agora está em paz.
De agora em diante procure seu melhor. Estou contigo e sempre estarei.
Para dar amor e sinceridade
Até a prosperidade.
Do meu ser, seria?
Ricardo Lima Brito
04/10/2015
Um sorriso pode mudar seu dia.
Sorria mesmo que custe uma lágrima;
Sorria aos tímidos, aos carrancudos, aos tristes.
Sorria aos que sofrem por não saber sorrir.
Formado pela vida
De tudo você sabia
Eu te admirava, mas
Na minha timidez não dizia.
Eu um menino
Tímido, quieto, aflito.
Por hábito deitavas cedo
Rezava alguns segundos
Solitário na viuvez
Nem do escuro tinhas medo
Ao redor do fogo eu via
A noite adormecer.
Eu era feliz meu pai,
Senão na plenitude
Se um vazio havia
Buscava em tuas virtudes
Forças para viver.
Nada é eterno
Vai verão, vem inverno
Coisas que a gente sabe
Mas tristeza às vezes cabe
Nas saudades que te trazem.
Nos vazios das minhas lidas
Nas madrugadas de ausências
E como ver a querência
Abandonada e sem vida.
Quem dera Deus meu
Te ver abrindo a porteira
Descendo pela estrada
Para matear nas madrugas
Fazendo chiar a chaleira
Na casa outra vez alegre.
Na inocência do menino
Pai e filho sorrindo
Num mundo de felicidades.
Senhorita, desprovida de timidez,
Uma em milhões, distinta das demais,
Convertia sutileza em nitidez,
Exageradamente, distinta das demais.
PEQUENAS GOTAS
O amanhecer chegou tímido
Trazendo memórias passadas...
Como gotas definindo
As nossas longas pegadas.
A vida de repente mudou;
Arremessamos os papeis amassados;
No lago de sentimentos que inundou;
Nossos olhares distantes e abreviados.
As gotas caem tão transparentes
E são transformadas em absinto...
Sentimentos são nostálgicas correntes
Que resumem o que eu sinto.
É intenso o inverno que semeia
A saudade de uma flor esquecida...
Uma pequena gota em ti permeia
Figurando uma emoção atrevida.
Guimarães Júnior
Seu jeito difícil me faz te desejar ainda mais.
Seu jeito tímido e vergonhoso me encanta!
Olhar seu sorriso, seus lábios e suas mãos me despertam pensamentos devassos, que fazem meu corpo queimar e ao mesmo tempo arrepiar.
Ah! Se você pudesse ouvir meu silêncio, ao certo você ouviria meu corpo te chamando.
Cálida pelas estrelas pairando no ar
A noite caíra tímida como a chama que acaba por ser fagulha
A paisagem noturna, nos olhos dela brilhava
Nos meus, a imagem dela bastava
Deitados sobre a relva
parecia que o mundo não era nada além do que víamos
Mas na verdade, nada do que víamos era o mundo
Pensamos que sabemos o que somos
Então falei o que eu pensava ser
Mas ela não falou
Ela sabia que não éramos
o que acreditávamos ser
O silêncio veio então a sobrepor as palavras
E os mistérios que aquela noite nos apresentava
Estavam sendo enterrados em túmulos onde tudo tinha um fim
Aos poucos a solidão foi ocupando tudo ao nosso redor
Deixando a sensação de que éramos desconhecidos
Pois sabemos que o desconhecido tem sentido
E sentido, é o que sempre buscamos em um mundo onde tudo está nos engolindo
Da janela vejo chegadas e partidas.
Vejo o sol raiar, timidamente.
Vejo o azul do céu, numa imensidão de tão claro, tão vivo.
Sinto o calor do sol ao meio dia, tão sublime, sem piedade.
Sinto o vento, e sua brisa acalenta, acalma.
Vejo as nuvens se condensarem, num presságio de que o calor dará uma trégua.
Vejo raios, ouço trovões.
Vejo a tempestade cair e toda a beleza de um dia inteiro se esvair, e agora tudo é cinza.
Mas sol sempre está onde sempre esteve.
Porque ele nunca vai embora, é apenas gentil em deixar a tempestade vir e trazer o frescor.
O sol sempre volta, ele sempre volta.
Claiton de Paula.
Ela tem um sorriso com a língua entre os dentes que me fascina
Sensualidade de mulher
Timidez de menina
Quem ver esse sorriso se apaixona
É noucate, vou a lona
Golpe baixo
Um escracho
De tanta beleza.
O SILÊNCIO
POR: José Luiz Mak.
No anoitecer encontro o silêncio das ruas, o barulho tímido das folhas e o som distante da cachoeira, que cobre com um véu de espuma branca as mais escuras pedras do lago.
O silêncio da noite me faz lembrar as muitas em que passei a tua procura, passos largos enfrentando a chuva e o frio.
O vento no rosto corta como uma navalha me tirando a paz, aquele lenço guardado no bolso do jeans molhado com a cor do seu batom, manchado de inúmeras carícias em seus lábios.
As estrelas aparecem tímidas ao céu, um pequeno filete de luz da lua me envolve o rosto tomando a parte mais bela.
Os olhos já encharcados pedem desesperadamente por sua silhueta próxima ao meu peito.
Por dentro meu coração arrebentando, como uma orquestra no auge de sua maior nota em uma sinfonia tocada para uma multidão.
Sentimentos envolvem o encontro das almas frias já decompostas pelo tempo.
Cigarras caluniando o orvalho que toma conta das folhas já cansadas do vento.
Fingindo ter vida, a solidão me toma por completo, olho ao redor vejo o final da rua e você não vem.
Abri mão da própria vida, fui cúmplice de meus próprios erros, doei o que deveria receber.
Fui refém da esperança e percebi que estava cada vez mais distante.
Durmo todas as noites com seu nome em minha mente, esperando acordar e poder sentir o teu perfume em minhas entranhas.
Olho o quarto vazio, meia luz em um tom romântico lembra o suor de nossos corpos.
O silêncio da noite me trás as lágrimas e a certeza do final da música em minha garganta.
"Prisão de um olhar"
Busquei-te num límpido e tímido olhar;
Achei-me na prisão dos olhos negros e firmes de uma noite de luar;
Perdi-te dentro de uma labirinto de espera e decisões.
Conheço-lhes apenas por palavras, mas desconheço por realidade;
Ilusão seria a prisão de uma canção dentro de um coração que é prisioneiro, sim, prisioneiro de um olhar desconhecido, porém conhecido de uma prisão.
Afirmo-te olhar carcereiro que liberdade não quero do dono do olhar.
Nos encontraremos no fim da tarde na mesma esquina de outrora.
Nos cumprimentaremos tímidamente sem olhar nos olhos
Sentaremos no mesmo café. Na mesma mesa de antes.
Pediremos dois cafés negros
-Com adocante senhor!
-Estas de dieta?
- Tô sim. Mas não que eu precise, sabe…
Tomaremos dois cafes negros. Um com açúcar cristal, outro com sacarina.
Trocaremos tímidamente meias palvras
-Senti sua falta…
Olharemos fixamente ao fundo da xicara e lacônicamente ao fundo do olhos.
Tomaremos o ultimo gole. Trocaremos meio sorriso.
-Clareaste os dentes?
-Sim, mas não que eu precise, sabe…
Tocaremos as mãos e logo os lábios.
Mudou tanto seu beijo. Já não é como antes
- É a sacarina. Deixa um sabor metálico, sabe…
Insensível
Extraído de dentro da timidez,
A mais perfeita forma de amar,
Trocando as vestes pela nudez,
Da maneira desvairada de sonhar,
Ah, como é difícil entender,
Diante da insistente pejoração,
Com a dificuldade em compreender,
A fragilidade de um coração,
Que faz o dia grande ou pequeno,
Se misturar com a escuridão,
Sob a brisa de um clima ameno,
Criando no peito a terrível amplidão,
Vagando de forma incessante,
Movida pela mais louca paixão,
De um coração coadjuvante,
Que uma peça Encenava,
Num corpo bem juvenil,
Diante de quem amava,
De maneira bem infantil,
Demostrando sua ternura,
Transformada pelo amor,
Com a pureza de uma candura,
Que não obteve o seu valor.
Du Art 02/11/2017
Sim é verdade. A timidez nos faz perder muito.
Nos faz perder pontos na apresentação oral.
Ou ate nos faz deixar de ler aquele pequeno texto que a professora nos manda ler.
As pessoas nos julgam, dizem que não confiamos em nós mesmos.
E que saber vocês estão certos em quase tudo que dizem de nós, mas estão errados em dizer que não nos esforçamos.
Nós levantamos da cama todos os dias pensado: 'Espero não decepcionar ninguém hoje'.
Ta, vamos perder muito na vida, vamos perder oportunidades que qualquer um que pudesse agarraria.
Mas não vamos deixar de tentar, quando conseguirmos ler aquele texto leremos, quando conseguirmos falar falaremos, mas se não conseguirmos, pelo menos sabemos que tentamos.