Poemas de Lamento
Não tente me moldar à sua maneira!
Eu já fui esculpida quando nasci e,
eu amo ser como sou!
Para mudar o que penso
tem que ter argumentos!
se não tiver, só lamento...
Mas,continuar assim!!!Eu vou!
Eu sei que para você eu não era nada .
Mas talvez para um outro alguém eu seja tudo.
E talvez um dia você veja isso , eu só peço a Deus para que não seja tarde demais.
(lamentos)
Se a lua nossa desce o canto no alpendre
eu sobre o som daquela noite triste
escorro em prantos - uma dor que existe -
a melodia que me sai do ventre.
Canto a certeza de só ter em mente
O que nos braços o desejo clama.
Há dor maior que essa, de quem ama,
que emudece o ato que se sente?
DOR DE POETA, DOR DE PALHAÇO
Eu amo ao ponto de me dar ao sim,
de me vestir de ais, de ser o nunca,
o todo, o meio, começo... enfim.
Eu amo ao tanto que não cabe em mim,
Sonho o instante que não chega; junca.
Meço o começo, mas o que tenho é fim.
Já levaram muitas flores do meu jardim,
Utopias futuras recém semeadas,
Lamentos e dores , foi o que restou para mim.
Inspirados em fatos dessa alçada. mas
Ainda que levem todas as minhas flores
Nenhuma jamais substituirá você,
Aguardarei então anciosamente, seu retorno em um buquet
tropeça e bate.
*
"Barrenta e de um aspecto ascoso e fétido. Sim! Minhas lágrimas já não causam estrondos por onde quer que desembarque. Fogem descompromissadas com a vergonha de juntar o pó da estrada e ninguém ou alguém nada dizer, nem mesmo uma palavrinha, mas fica em mim o orgulho que se apaga no esgoto.".
*
Ricardo Vitti
Chuva que invade a madrugada
e dispersa meus pensamentos
deixando minha mente agitada
com dádivas e lamentos.
“prego”
Talvez que um dia no verso meu chorado
sob a luz da saudade, num versar falando
tu ouças nas rimas o meu ser apaixonado
em um grito de padecimento te saudando
Está lágrima que fez o papel ficar borrado
não se atenha. É meu prosar lacrimejando
quando vaza do coração pra ser escutado
e que na dor da solidão vai transbordando
Não é simples sofrer, ou, que nada valeu
é aperto no peito e, que ainda não passou
e cá no soneto, um suspirar cruciante meu
O grito, se ouviste, por favor, é sentimento
que vai corroendo a súplica, assim, te dou
um canto: com choro, gemido e sofrimento.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 junho 2024, 15’04” – Araguari, MG
Nem sempre me afasto por não ter sentimentos.
Às vezes é por não ter condições de lidar
com as incertezas após a aproximação.
Deixe de se lamentar pela falta de sorte do seu passado, pois ele não existe mais.
Se pudéssemos arrancaríamos todas as páginas das lembranças ruins, porém isto nos faria perder o motivo de termos vivido e perderíamos também, toda a sabedoria adquirida.
(Teorilang)
Seja
Seja como o vento,
Que sem aviso,sem receio,
Chega e meu rosto acaricia.
Seja como a brisa,
Que sem aviso,sem receio,
Chega e meu calor ameniza.
Seja como sol,
Que sem aviso,sem receio,
Chega e meu corpo bronzeia.
Seja como a dor da perda,
Que sem aviso,sem receio,
Chega enquanto minhas lágrimas despencam.
Seja como o fim do meu dia,
Que sem aviso,sem receio,
Chega, rouba meu tempo,
Ri das minhas lagrimas,
E ceifa minha vida.
Só seja.
Poucas esperanças
Só há de haver lamentos,
Em noites escuras o medo nos atormenta
E deixamos esperanças de lado e ficamos cegos,
Cegos, cegos, cego
É o que eu queria ser, para não ver as coisas,
Aquelas coisas que nos atormentam quando não temos fé
É o fim do dia,
É o tempo que passa,
É a cabeça pensando,
É o concreto,
o vento,
a paisagem e o momento.
Lindo de corpo,
Feio de Alma,
Sorriso lindo,
Tão falso,
Você foi pra mim,
Como um dedo enfiado na guela,
Tóxico,
Que não diz o que fala,
E não faz o que diz,
Se enroscando com uma meretriz,
Sujou nosso leito,
Quebrou nosso pacto,
Desfez o laço,
Me estilhaçou,
Como cristal fino,
Daqueles que fazem sangrar...
Sim,
Você teve a possibilidade de ser o único,
O único à chegar onde ninguém chegou,
O único à tocar onde ninguém tocou,
Era isso que eu queria,
Exclusividade,
Te dei meu tudo,
Fiquei sem chão,
E você me perdeu,
Deu à outro a oportunidade,
De ter exclusividade,
Eu era Oásis,
Você Miragem,
Findou.
VELHAS LAMURIAS
Secura. Que tristura lá fora! Tristura!
Embrusca-se o cerrado, os olhares
Craqueleja. Árida a aquosa candura
Nos seus velhos e eternos pesares...
Sinto o que a terra sente, desventura
A mágoa que diviso, nos reles azares
O inverno. Frio e queimado, mistura
Fulgurando o cinza, anuviando os ares
Ah! Porque ordenaste este tal fado
Fazendo de minha alma tua criada
Ouvinte, ouviste os prantos, cerrado!
Meus e teus, na sequidão embaralhada
Tem pena de mim, deste pesar mirrado
E as velhas lamurias por mim poetada!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
04/09/2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Nasci...
E vim para ser amado e para amar...
Mas esqueci-me e me perdi em algum lugar...
Tanto de meu estado me acho incerto...
E meus soluços sobem à eternidade...
É tudo quanto sinto um desconcerto...
Se me pergunta alguém porque assim ando...
Respondo:
Ansiedade...
Lamento...
Procurei me enganar, acreditando...
Que tudo poderia ser diferente...
E perdi-me mais e mais fundo...
No silêncio desse vasto mundo...
Até o amor nos mente...
Hoje bem sei...
Só nele acredita quem é louco...
Mas vale, nem que seja só por um instante...
Não me acordes...
Deixai-me sonhar...
Meus olhos, minha boca vão sedentos...
De um encanto maior entre os encantos...
D’estrelas que andam dentro em mim cantando...
Sandro Paschoal Nogueira
Pesar
É com Pesar que te digo adeus, pois meus olhos ñ encontram mais nos seus o brilho de um amor que se fez presente há um tempo em minha vida.
É com pesar que choro e lamento, pois te amei incondicionalmente, era verdadeiro e achei que seria recíproco. Me enganei.
ERMA
HORAS TANTAS
Horas tantas, aterrado e um tanto aflito
Confidenciei para a lua o meu detrimento
Do acaso, que com as desditas foi escrito
E se a fito, ainda o sinto no pensamento
Atroa, n'alma um pávido e nuvioso grito
Titilando dores em um amofino violento
Arremessando os anseios para o infinito
Tal o choro do cerrado aflado pelo vento
Clemente lua, que o meu azar sentiste!
No firmamento confessei o meu pranto
Enfardado pelas nuvens transparentes
E no meu peito, uma solidão tão triste
Onde o poetar a soluçar em um canto
Escorre silenciosas lágrimas ardentes
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O mal proferido pelo outro
Faz mal maior ao outro
Não te entristeças
Nem te aborreças
Seja inteligente
Seja paciente
Faça-lhe um bom favor
Mesmo assim, com dor
Demonstre grande sabedoria
E receba com muita boa alegria
A cura que só através do tempo
Se faz a qualquer, lamento