Poemas de Lamento
Já pensou se não existisse dor?
O que seria da angústia, da luta, do lamento, do amor?
A dor fortalece, ensina e esclarece a importância de valorizar o que vier pra você ou pra quem for.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
Vou-me deitar
No teu pensamento
Nao consigo pensar
Este meu lamento
Agora que vou
Para a lua
O rapaz que sou
Esta lagrima tua
Se pra mostrar que é mais forte
Você tem que brincar com meus sentimentos
Eu só lamento por você, você tem muito o que aprender
Um grande amor não é questão de sorte
E pode ser que você nunca note
Que eu faço tudo por você, mesmo sem você merecer
Ele seria a pessoa mais improvável para eu me apaixonar, mas é aconteceu! Eu lamento por isso mais aconteceu!
Sem querer me pego pensando nele, no jeito e simplicidade no seu jeito bobo que fez mudar todos meus pensamentos a respeito de si e quebrar todos meus pré-conceitos, não sei ao certo em qual momento da nossa história eu passei a vê-lo com outros olhos e hoje até os defeitos dele me atraem de forma espantosa.
Eu o vejo e um filme passa na minha cabeça, e lembro de cada momento que estivemos juntos, cada risada e companhia desfrutada.
Jamais imaginei que aquele abobalhado, desengonçado seria objeto de minha paixão, como pode suceder tal coisa?
Eu e o tempo
Sorri o tempo ao meu lamento,
O que será que ele pensa?
Que minha luta parece perdida?
Ele sorri e balança a cabeça.
Eu de longe sigo e me questiono,
O que esse tempo sabe que eu não sei?
Ele se vira e prossegue sua caminhada,
Eu perplexo caminho também.
Me faço de sombra e lhe sigo,
Me perguntando onde ira parar,
Eu com minha aguçada curiosidade,
Procuro no caminho a resposta encontrar.
Ele apenas segue sem parada ou morada,
Numa constante busca do absoluto,
Sem entender onde ele me leva,
Apenas o sigo contando os minutos.
LAMENTO!
O gado mal se levanta
já não brota uma semente
o carcará lamenta e canta
o canto dá dor que sente
sem ter água morre a planta
sem ter planta morre a gente.
TRIGÉSIMO QUARTO HEXÁSTICO
silencia o choro do espírito
todo lamento gera treva
tuas sombras não são realidades
são ilusões da mediocridade
geradas pelo te’universo
prenhe de tua sabedoria
sexta-feira, 31 de maio de 2019
Esse mundo é mesmo um lamento cão.
O gozo existe.
Porém com muita lamentação.
Ocupar o tempo com aberração.
És assim como tradição.
Insensatez e mazelas.
Palavras ao leo são elas.
Porém compreendo que muitas possuem um interesse sadio.
Uma palavra amiga, um abraço a confortar.
Pois o destino encarrega de acender o pavio.
Devemos ter força em apagar.
Estar com as chamas da amizade, da coragem.
Cultivar humildade, matar a trairagem.
Ter laços de um bom espírito de vida.
Escrever páginas, ainda que não são lidas.
Meu decorrer e o seu é uma história.
Tudo passa, até a memória.
Giovane Silva Santos
LAMENTO
Lamento pelos que ainda a aplaudem
Não renegam teus atos e acolhem as sandices que decretas
Que se debruçam e pactuam contigo sobre o visgo que amordaça
Que obrigam que se desfile em fila e marchem cegos
Que se siga sob o perverso e o descalabro
Desalinhados sob as intempéries e o desalento
Não é este o vento nem o cantar da aurora que almejo
Porque não se questiona nem protesta, apenas vão
Acolchoados às divisas que fingem entrever
Ainda que sentem que usurpas, contaminas com escarnio
Mas o que é a troça senão
O fato de tripudiar sobre os sonhos
E a sede de quem apenas pede
Tenho vergonha pelo respeito que perderas
Como feiras desertas ou salas às traças
Sem ideias, lógica, de planos partidos, sem regra
Desapropriada de quaisquer sentidos caprichosos
No passar dos dias, no perder da massa
Onde tudo se esvai, dilui, entorna, desagrega
Quando a ordem entretanto serpentear teu andor
E deparar tua pobre face podre sobre o espelho praticável
Espero que sintas desconfortável, ridícula
O quanto estás nua, sem ética, desumana, solitária
Porque verás as joias que costumavam brilhar, opacas
As insígnias que a reverenciavam, decompostas
E os aventais dobrados ao meio
Desafiando o teu nefasto despudor
SONETO DO LAMENTO
Quando, o acaso na má sorte vem
O lamento soluça no tal sentimento
Que maldigo o fado sem entendimento
Das lágrimas do azar que consomem
Sou tal sofredor deste encoscoramento
Que invejo o estado de quem não tem
Da bonança e fortuna dos que vão além
Descontente é o meu porte sem portento
Se a amargura é algo que me convém
É, pois, de desprezo feito meu momento
Tal quem destinado à vida com desdém
E nesta lama, enlameado é o meu contento
Pois triste é lembrar que sorte não contém
Mas sereno, tenho a Deus como fomento
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
O lamento de uma jóvem...
E continua o tempo a roer-me a carne, dilacerando o corpo como estilhaços de cetim.
Doi-me ao ver dentro desse maldito espelho que faz questão de mostar-me essa imagem horrenda, toda enrugada com cabelos esgadalhados, esbranquiçados como neve numa manhã sem brilho.
Oh! Moldura linda envernizada que suporta esse vidro de aço que só mostra verdades, por vezes doida...
Por que não envelhece com o tempo ?
Despencando o espelho como despenca meu ser com prazer?
E o sol da manhã se escondeu, a tarde virou noite...
Só o fantasma da meia noite esperando a hora de partir.
Esse tempo que nada perdoa, e como uma correnteza arrasta toda beleza das flores que beiram sua orla.
Chama pra mim o sol, poeta louco!
Onde se os pássaros que gorgeavam?
Cuida pra mim, poeta louco.
Preciso de ar!...
Pára o tempo...
Traz o vento em calmaria...
Quero ver a beleza das cores das borboletas que sobrevoavam enquanto eu dormia...
Onde?
Cadê, poeta louco?
Por que estais levando minha vida nesse barco sujo e sem volta?
Que fiz?...
Apenas nasci...
Vivi...
Mal ou bem..
Vivi.
Espera-me despedir...
Já vou...
ÉS O CERRADO COM UM LAMENTO TRISTE (soneto)
És o cerrado com um lamento triste
escorre o entardecer na melancolia
e tua alma bela no encanto insiste
na ilusão tens uma banzar alegria
se o gemido dos sons angustiados
e desafinados, tonteia o teu ouvido
toque com os olhos os feitiços alados
deixes o prazer, então, ser nascido
Vê que o diverso há sedução, também,
e ambos se fazem de encantamento
num ordenamento de bem e paz
que todos, num, são congraçamento
É música sem letra, e afoito audaz
uníssono: do feio e do belo vai bem além
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
fevereiro de 2019
cerrado goiano
Mas hoje Ele põe um ponto final
E acaba de uma vez com esse lamento
Essa angústia no teu peito que te faz ficar assim
Ponto final em tudo aquilo que te faz sofrer
Ponto final em tudo aquilo que te faz chorar
Ponto final nessa tristeza que ocupava o teu coração
Ponto final nessa porta que se fechou
Ponto final na consequência que ficou
Em tudo isso Ele põe ponto final e acabou
O silêncio é o exato momento do nada no lamento.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/12/2015, 09’20” – Cerrado goiano
Lamento vive
comemoro te amar...
muito além do que imagina,
a vida perde sentido a cada vez que chora,
seus murmúrios são desejos no sussurro do vento,
pronuncias tolas no interior que não se aquieta.
por dizeres na alucinação do amor
se peita a solidão dando contraste
mera voz que espalha...
como fogueira da carne,
subitamente a morte ganha um vestígio,
mero fruto da solidão...
tempo ganha novas formas
e se fragmenta no espelho do passado.
como as lembranças instáveis
o resultado sempre será o mesmo..
até que fato determinante...
seja o principal atenuante,
para que o resultado não seja mais revogado,
então o inicio será alterado,
e uma nova linha será escrita na história...
APELOS
Lamento
Além no infinito
Sufocas teu grito
Caminhas aflito
Em densa montanha.
A cada esbarro
Te prendes no sarro
Enquanto um escarro
Enfim te acompanha.
A noite é assim
Um eco sem fim
Alguém que diz sim
Depois se esquece.
O cantinho escuro
Sem jeito, inseguro.
Um beijo obscuro
Alguém que padece
A vida se aplica
Na voz que replica
E se multiplica
Em outros prazeres.
A noite esfria
O tempo vigia
A vida de orgia
Aumenta os seres.
A cada momento
Um vago lamento
Perdido ao vento
Fumaça se esvai.
Sem queixas, sem luta.
Na dor que oculta
Nessa força bruta
Um corpo que cai.
Me desculpa se já não pareço mais como antes, lamento que eu tenha mudado, que já não demonstro tanta confiança em você como antigamente.
Não digo que a culpa sua, pois, o único culpado do meu próprio sofrimento sou eu. Já dizia um certo ditado: “Não confie em ninguém, pois, quem vc menos espera pode te apunhalar pelas costas.”
E foi completamente ao contrário do que eu fiz, te entreguei meu coração, te entreguei a minha alma, vc que dizia que me amava me deixou...
"ESTENDAL🌺"
Pendurei na corda do meu estendal
O meu lamento, a dor, o desassossego
Veio a chuva molhou-me senti-me nua
Torci a roupa da minha saudade
Não há mais nada encantador
Que livramos-nos de tudo que nos faz mal