Poemas de Lamento
Lamento aescassez de pensamentos
que (algumas pessoas) tem; sobre o que é essencial.
O que é importante deixa de ser, e não deve.
Mas Saint- Exupéry não disse?
"O essencial é invisível aos olhos"
Dá para, parar de limitar a ampliação do olhar das situações em geral.
Deixe conduzir !! E leve para o coração.
O coração não engana quando se trata de julgar.
Lamento -
Trago na Alma a Solidão
a tristeza no meu peito
na minha voz a canção
no olhar o triste jeito
desta vida sem razão.
Oiço uma voz a cantar
em minhas noites perdidas
vejo o povo a soluçar
estas mágoas doloridas
que no fado quer rimar.
Nestes versos ao escrever
o povo chora a cantar
o povo canta a sofrer
dores do seu caminhar
do nada que tem a perder.
Destino sem Rumo -
A minha voz ao cantar
traz um lamento desfeito
é como as ondas do mar
que se enrolam no meu peito.
Canto um fado e outro fado
numa saudade sentida
trago o destino marcado
e a minha vida perdida.
Cantar é saber da vida
o que a vida sabe do mar
quando a vida está perdida
outra vida há que esperar.
À deriva p’la cidade,
procurando outro caminho,
não me deixo ter saudade,
quem se vai, segue o destino.
A dor do Mar -
Um Pintor pôs numa tela
um lamento por adorno
e fez do Mar uma aguarela
na pressa de um retorno.
Um Poeta pôs nos versos
a saudade da amada
o Mar secou-lhe os beijos
por a ter nele afogada.
Um Fadista pôs no canto
a mentira de um amor
e afogou-se de quebranto
no Mar alto, sem pudor.
Ó Mar que tanto inspiras
a arte das viagens
porque trazes e agitas
tanta dor nas tuas margens?!
Ó Mar que na neblina
tantas mágoas se dissolvem
tanta esperança se fulmina
tantos mortos em ti dormem.
E como as ondas que se enrolam
do mar alto até à margem
minhas dores já não choram
são no Mar uma miragem.
LAMENTO as AÇÕES!
Sou um pecador.
E vou confessar!
Peco por amor.
Sou obcecado a amar!
Sou um sofredor.
Eternamente vou sofrer!
Meu coração e só dor.
Sinto que logo vou morrer.
Sou obcecado pela vida!
E minha alma chora!
Uma presença, talvez extinta.
Óh solidão que me é notòria.
Minhas forças se acabando!
Morrerei talvez; para o mundo! Óh Deus!
pois meu amor parece estar secando.
So me resta dizer! Adeus!
Mas creio que posso ter rendenção.
E pedirei a Deus com esmero!
Salve meu coração!
Pois! Deus; é a Ti que eu quero.
Meus erros
são tão meus
Quanto meus acertos
Lamento meus erros
Com a mesma disposição
Que comemoro meus acertos
Na Rota do Vazio -
Trago num pensar feito de nadas
memórias que um dia serão morte
não lamento se as horas estão contadas
não sinto do meu corpo as passadas
passam breves, não é que isso me importe
afinal, minhas asas estão quebradas!
Já não tenho as asas que antes tive
no meu dorso as sinto consumindo
regresso a cada sitio onde estive
àqueles onde a morte fui vestindo
nada lá encontro, nada vive
tudo a cada dia vai fugindo!
Já não tenho esse regaço onde dormi
já não sinto o teu olhar profundo
já não sei daquela vida que vivi
daqueles versos que outrora te escrevi
da vontade de ser dono do mundo
quando afinal vivia só p'ra ti!
Regicídio -
Numa intensa tristeza, lamento profundo,
no silêncio das Almas, quente e perturbante,
ecoa ao longe, no Palácio da Pena, uma voz distante,
um grito de dor que abrange todo o Mundo …
Vai morto El-Rei a passar! E num eterno segundo,
seu filho, também. Atrás, D. Amélia, palpitante,
de véu negro sobre o rosto, num silencio cortante!...
Piedosa Senhora que leva cravado um punhal tão fundo!
Quão triste e penosa, quão amarga a vossa sorte!
Que até o Mar reza calado, orações de morte,
em severas toadas de límpido cristal …
Ó Senhora tão sozinha, perdoai esta gente fria,
que ao matar aquelas vidas não via que vos feria …
Que agora, a Pátria d’El-Rei, será o Céu de Portugal!
(Ao Regicidio de El Rei D. Carlos e do Principe D.Luis.
Ao Sofrimento da Rainha D. Amélia.
1 de Fevereiro de 1910. Lisboa. )
Lamento pelos desejos que se despojaram
Pelos sentimentos que não afloraram
Lamento pelos pesares da pobre escritora
Lamento por sentir-me só, mesmo estando acompanhada.
Por quê? Porque lamentar-me nunca foi um subterfúgio; porque lamentar jamais foi uma forma de "tentar" chamar a atenção deste ou daquele. Meu desejo e forma de vida é ser eu, simplesmente eu, querendo/gostando você ou não. Ser simplesmente eu é o que me dignifica como ser humano.
vts
Noite calada, como num lamento...
Foi cena alegre...
Oh quão lembrado estou...
Grande...
Grande Ilusão...
Perdida nos abismos da memória...
Pelas saudades que me aterram...
Durmo...
E o que importa?
Já não vivo em mim...
Chora o vento…
Noites sem brilho...
Noites sem luar...
Dolorido canto deste penar...
Meu olhar se pousou e se perdeu...
Mas por certo, a fé ardente...
Não perdeu a sua viva claridade e persiste...
E na volúpia da dor que me transporta...
Ainda insiste...
Sinto-te longe...
Ó esperança quase morta...
Entre esses vultos falantes porém mudos...
Sou eu mais do que eles...
Ou tenho igual fado?
Um soluço subindo a eternidade...
Coração...
Coração...
Nas veredas da vida a alma não cansa...
Alongo os vacilantes passos...
Sob o julgo do tempo...
Ergo o cálice e blindo...
Sorvendo sublime veneno...
Sangue...
Luar...
Distantes saudades...
Sandro Paschoal Nogueira
By - Márcio Brandão
Oh, doce rosa em desalento,
Que murcha lentamente, num lamento,
Tu, que outrora brilhavas com esplendor,
Agora, aos poucos, perdes a cor.
Teu perfume, antes tão envolvente,
Agora se desvanece, tristemente,
Tuas pétalas, antes vivas e viçosas,
Agora estão murchas, frágeis, dolorosas.
Teu caule, que sustentava a esperança,
Agora se curva em triste dança,
Tuas folhas, antes tão cheias de vida,
Agora se enrugam, perdendo a guarida.
Mas mesmo assim, tua beleza persiste,
Mesmo em tua fraqueza, és triste,
Pois em teu último suspiro, oh, rosa,
Ainda irradias uma beleza grandiosa.
Como um lembrete da efemeridade da vida,
Tuas pétalas caídas, uma despedida,
Mas tua essência perdurará eternamente,
Mesmo quando fores apenas uma lembrança na mente.
Tu, rosa moribunda, és um símbolo de fragilidade,
De que mesmo na morte, há uma sutileza,
E em teu fim, encontra-se a beleza,
Pois até no ocaso, há uma singularidade.
Então, rosa em sua jornada final,
Teu destino, mesmo melancólico, é especial,
Pois lembrar-te-emos com ternura,
Como uma flor que mesmo murcha, ainda tem doçura.
O Sabor do Pesar
Solidão ao Vento
Noites de Lamento
Tristeza no Olhar
Fechos olhos e Vejo
Lembro-me Do toque do beijo
Dolores era um Buquê de flores
As Rosas morreram no Vale das dores
A Rota com destino à felicidade
É esburacada e cheia de curvas
Estrada do Amor é Via de mão dupla
caminho é a Afetividade Reciprocidade
Segredos Velados e selados
Pronunciados em voz alta
Manjas em corações frustados
Ilusões e marcas da Vida Adulta
Amores e Recomeços
Olhares e Desejos
Conexão de Sentimentos
Acordados em Sonho Intenso.
Autor : Will Educador
Tema : Marcas da Vida Adulta .
Me desminto e sinto que te amo loucamente,
e disfarço e acho que estou bem sem você,
mais lamento e até tento ti tirar dentro de mim e não consigo,
mais necessito você perto de mim...
mais você se foi, e essa história nunca mais vai se repetir,
só não esquece uma coisa eu nunca amei ninguém como amo a ti.
A solidão e seu amante
Por que fiel amiga?
És tu tão compreensiva
Se tanto que me lamento
Te contando meu sofrimento
Nada falas que me cativa
Se me resta apenas tu
Pra me fazer companhia
Porque vendo meu choro
Não me dás uma alegria
Juro que se eu pudesse
Era à ti que amaria
Serás assim tão ingrata
Negando-me um só consolo
Nada custar acalentar
Esse pobre coração tolo
Me falas alguma coisa,
Dai-me uma só esperança
De que voltarei a amar
Aquele amor de criança
Que tão puro e inocente
Levo com fé na lembrança
Não falas porque não podes?
Ou pra não me machucar?
Se a verdade for dolorosa
Nem precisa me contar
Prefiro viver assim
Eternamente a esperar
Se só podes me ouvir
Ainda assim agradeço
Pois falta até quem me ouça
Esses tem sido o preço
Queria que me dissesse
Se é isso que eu mereço
Amiga fique sabendo
Já estou quase desistindo
Estou cansado e sozinho
Logo estarei caindo
Não sei mais o que fazer
Deixo nas mãos do destino
De tudo que pude fiz
E até do que não podia
Ainda não foi o bastante
Pra acabar essa agonia
Que vem me tirando o sono
E o sossego dos meus dias
É esse todo o meu sonho
De achar a solução
Pra viver toda essa vida
De bem com o meu coração
Amando a quem me ama
Sem nenhuma lamentação
Mas, é isso companheira
Nosso caso é muito antigo
Quando sou abandonado
Me deparo sempre contigo
Já estou tão acostumado
Que me tornei teu amigo
Com certeza não sofreria
Se só de ti precisasse
Se fosse fiel contigo
E nunca mais ninguém amasse
Ninguém gosta de ti
Nisso somos parecidos
Rejeitados, desprezados
E sempre incompreendidos
Mas hoje já te aceito
É um caso interessante
Daria um belo livro
“A solidão e seu amante”
Na doença e na tristeza
Nossa união é clara
Na riqueza e na pobreza
Nem a morte nos separa.
(27/04/2009)
Lamentável.
O amor do lamento,
sempre sem argumento,
vive só do sofrimento,
nunca do bem-estar.
Reclama e só pede mais,
mas nunca é capaz,
de nem mesmo
se gostar.
'SEM LAMENTO'
Não existe momento certo para declarar se o amor...
Quando o amor navega na sinceridade
Então ele se eterniza no coração sem murmúrios , sem lamento, no seu exato momento
E com calma sela se então o amor com um beijo na alma
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Na encruzilhada dos sentimentos, onde o amor se perdeu,
Um coração partido, um lamento no breu.
Conheceram-se na escola, num amistoso de vôlei,
Ela, a lua, ele, um marinheiro sem lei.
Um mês de conversas, um pedido de amor,
Mas as sombras se ergueram, o destino traiçoeiro e traiçoador.
Três dias de namoro, uma pausa por desamor,
A família em aflição, um coração em dor.
Quatro meses se passaram, ele recusou tentações,
Sete garotas, sete sussurros, todas em vão.
Ela retornou, desculpas em mãos, um beijo no escuro,
Mas o frio chegou, seu amor tornou-se obscuro.
Conversas de sexta-feira, risos e planos ao vento,
Mas no sábado, o silêncio, um eco no tormento.
Três dias de espera, uma mensagem cortante,
Amor confundido com amizade, um adeus distante.
O coração dilacerado, lágrimas no olhar,
Ele busca suas roupas, a dor a se espalhar.
"Eu ainda te amo", murmúrio no vento frio,
Na rua deserta, ele chora, em desafio.
Um ano se passou, lembranças como punhais,
Ela segue adiante, em novos vendavais.
Enquanto ele, na rua de sereno e frio,
Ainda sente sua falta, num eterno desafio.
Perguntei ao tempo
Se ele te conhecia
Me respondeu com lamento
Que de ti, só a alegria.
Então voltei a perguntar
Se alegria era constante
Ele soube me declamar
Que és irradiante.
Voltei a perguntar
Qual era teu brilho
Ele me pôs a andar
Pra não me meter em sarilho.
Então com ele insisti
Para saber de onde eras
Ele falou-me de ti
E que não me esperas.
Então insisti em saber
Onde te podia encontrar
Me disse para não esquecer
Que te tinha prometido Amar.
Então eu lhe disse
Que podia confiar
Que não haveria chatice
Que eu me ia declarar.
Então o vento me disse
Que queria escutar o eco
Para não armar chatice
E não me armar em badameco.
Este vento é inteligente
Porque me soube ouvir
Já sei que é interessante
Porque te fez sorrir.
Teu sorriso de alegria
Eu entendi a razão
Porque de mim sairia
As palavras do coração.
Andei léguas
Buscando sonhos que sonhei só
Me perdi pelo caminho
Não lamento o que busquei
Buscaria mil vezes
Não fosse o desalento
Andarilha,
caminharia outras mil léguas
Só para ter comigo a realidade.
Eu sou o que sou,
A música que invento.
Seja riso ou lamento,
Minha testemunhaé o tempo.
Meu algoz e salvador.