Poemas Sombrios
Triângulo
Há duas sombras
velando o teu coração...
Retiro-me espectro
quieta
distante
do teu silêncio
e paixão
.
.
.
deprê
vejo as ruas escuras
e na pele, vento gelado
me faz temer amanhã.
sombras e passos
marcam esse momento
nostálgico.
Hoje parece ser ontem,
ontem parece ser distante,
não chego e entristeço.
no túnel interior,vejo futuro,
sinto medo,fujo de tudo
e não me acho!
Caminho vivo
olhares agudos, sombras e raios fosforescentes
é o melhor ir sob raios, trovoadas e impropérios
o que me restou, andar e sonhar.
Hoje me apetece, me aquece, me adormece.
Não reclamo, mesmo que me esqueça em qualquer rua de nossas vidas.
Varrendo as sombras do meu caminho, em maneira sabida, fui ser ancila da sua vivacidade que se fazia na varanda no outro dia de manhã cedinho para abrir meus olhos. Hora que passeia a paz, onde tudo é ainda muito desenhado, emprestado ao nosso anseio justo de consumir vontades. Naquela luz brilhando quieta, ainda clareando, calcei os chinelos, vesti simpatia. Dispersa pra compor meus vastos sintomas, as vezes desaparecia, mas mesmo desprevenida eu ainda me deparava num recomeço único para nossos movimentos. Na verdade, é que abocanho essa sina que cata seus sentidos.
Eu saboreio as suas cores. Acho o dúbio em canto pra melodia, emudecendo a dúvida. Colhendo brotos... Cifrando vida... E assim descobrindo essa rima toda que se traduz em um apego júbilo de desejo.
- Ensaio com você, em tentativa para minhas invenções...
SALVA-ME
Agora,
sou o que fez teu gosto.
Vivendo onde não mais estou,
resta-me só as sombras,
das lembranças,
que em miragem
toco sem retorno.
Me olho assim,e é como
se andasse em circulos;
infinitos circulos que
não te levam de mim.
Então almejo,
com tão puro desejo,
encontrá-lo,
pois és fonte na aridez.
E aos cantos,aos prantos,
rezo que me aceite em
teus pensamentos.
Onde estiver,me acolha;
bem conhece o que preciso.
Me faça acreditar no que
pra mim não se foi,
e abrace-me inocente.
Cá,estou criança que se perdeu,
num féu de decepção...
Não clamarei por nada do que já sei;
pois tua presença,mesmo vazia,
sacia o que não vem.
Cala meu grito:
Salva-me desse poema
que morre sofrido,
e devolva-me vivo,
o motivo ao qual te amei.
Casa velha;
Cheira poeira, mofo.
As árvores te dão as sombras;
As sombras te descansa no calor.
O sol ilumina sua imagem.
Casa velha tu és!
Nas noites és sombria;
Ninguém se aproxima;
O medo domina.
Casa velha;
Quem te quer, quem te deixou?
Continua no mesmo lugar;
Casa velha;
Que te renovas?
Paredes rachadas,
Telhado quebrado;
Quarto escuro;
Sala sem luz...
Mas ainda seduz.
Houve alguém,
A quem te planejou,
Nunca esquece...
Teu coração padece.
Mas ainda há forças,
Continua em pé.
Sobrevive o frio do inverno sozinha,
Mas casa velha...
Não de seu tempo...
Mas, de um passado.
Seus olhos molhados.
Sabe...
Há alguém do outro lado...
Que ainda te quer.
Passaram-se os dias...
A luz retornou.
A alegria bate a porta...
A porta se cai,
És tu que anseia,
Que adentre alguém...
E viva contente...
Em seu interior.
Paulo Sérgio Krajewski.
31 de Março de 1998.
SOMBRAS
Minhas sombras andam me acompanhando por onde vou.
Materializam-se de qualquer maneira, por qualquer besteira e estão ali fisicamente etéreas.
Sou parte de várias partes desencontradas de mim mesma, miseravelmente torturada pela fraqueza momentânea de minhas forças.
Vago errante por becos sem saídas e caminhos tortuosos, inundados por sensações indescritíveis.
Tenho pânico pela possibilidade de condensar as horas e elas habitarem para sempre em mim.
Procuro desesperadamente uma inspiração, não desejo transpirar.
A luz diante de meus olhos é difusa e não desconfio onde posso pisar.
Os medos incendeiam meus preciosos momentos.
Procuro desesperadamente por um alento.
Se não tiver alternativa,apago todas as luzes para expulsar de mim todas as minhas sombras.
Oblíquos
Cruel enleio que delinea minha face pálida,
Atira-me às sombras mórbidas da insensatez,
Tira-me fantasias que nutrem a alma cálida,
Esvai num redemoinho silêncioso descolorindo minha tez...
Suga-me sentimentos puros transformando-os em dores,
Meu corpo abandonado em sulcos da imaginação,
Afloram espinhos e hastes ríspidas onde haviam flores,
Enrijece como rocha meu suave coração...
Meus braços já não alcançam os teus,
Minha voz soa como a de um pássaro perecendo,
Meu vôo alto como se enterrando num breu,
Minha essência cintilante desaparecendo...
Já não sinto teus olhares,
Nem teus lábios sobre os meus,
Não há volta, nem noites espetaculares,
Nem o toque e o brilho dos olhos teus...
A bruma gélida que se apossa vertiginosa
Derrama prantos desesperados e aflitos,
Mas a vida continua, impiedosa
E seguimos... como dois pontos oblíquos.
Na cidade grande
Completo a legião anônima
Dos renascidos para o cotidiano,
Caminho sob sombras de arranha-céus,
E apoiada nos pilares da tarde
Sinto a metrópole despertando
Para as loucuras noturnas.
Á lua espia a cidade
E sob nuvem negra desaparece.
Meu coração é um vulcão de revolta
No burburinho infernal.
Em vão eu clamo a paz noturna
O silêncio das coisas adormecidas.
Em vão eu sonho rosas
Acontecendo nas praças
Da cidade desumana e desvairada.
Na noite em luz
Dentro da paisagem de concreto
Sou apenas uma solitária.
Balas-delícia
A tarde era contente.
Árvores projetavam sombras.
O sol não alcançava a gente,
que andava distraída entre as cores.
As diversas flores encantavam os olhos,
seduziam com seu aroma e despertavam o paladar,
que só era saciado pelas balas de uma firme senhora
também agraciada pela tarde de delícias.
“Seu sono,por vezes conturbado,
esconde sombras de um passado que atormentam o teu ser.
Que num amanhecer,de qualquer estação,você desperte disposta
a aceitar as armadilhas do coração.
Descobrirás então, tarde demais,que o tempo não espera e que
o sentimento maior ,quando verdadeiro,tudo supera” (Dato)
AMOR NA MADRUGADA
Nas sombras da madrugada aveludada,
A lua ilumina firmamento dos namorados!
Esparge-se na atmosfera calma, perfumada
A profundeza de bel-prazeres apaixonados!
Canta ela, maviosa voz, sons emocionados,
Composição do amor na sedutora alvorada.
Nas sombras da madrugada aveludada,
A lua ilumina firmamento dos namorados!
Penumbra encobre, de dois seres, paixão alada
Nas asas do vento, depois da posse, saturados
Repousa, abraçados, na saciedade desejada.
Vôos fremidos,anseios acesos e recomeçados,
Nas sombras da madrugada aveludada...
De que substância foste modelado,
Se com mil vultos o teu vulto medes?
Tantas sombras difundes, enfeixado
Num ser que as prende, e a todas sobre excedes;
E quando choras apenas chove pois o céu
Também deleita de sua dor e se fundem.
em uma só lagrima de puro pavor.
De perder quem tanto, tanto amou.
Sombras
Antiga brasa...
Socorro estou congelando!
Antes uma brasa incandescente,
Agora um cristal de gelo.
Estou indo para o outro lado,
E lá, já não há volta...
Temo ser frio, mas já não sou mais
como antes, quente.
Ontem eu disse que te amava,
Hoje já não sei mais,
Amanhã provavelmente te odiarei.
Não me conheço mais, ou talvez agora
eu esteja realmente me conhecendo.
Em todos os casos as sombras são tentadoras
e agradáveis, para quem realmente as conhece...
Meus sentimentos rasgam meu peito...
Nas sombras clamo por seu desejo...
Perdido num abismo platônico de ira e ódio.
Transcrição de amar o próximo até que enfim esteja morto...
Nada se condiz a contemplação...
O poder que está nas profundezas enterrado...
Ainda afronta com declaração de insanidade,
Se senti feliz por tantas atrocidades.
Nosso país é pouco mais triste por cada um que deixou essa vida...
Nada que indague se visto com bons olhos.
Os dias que viram lhe mostrará todos morremos um pouco.
Nada importa que dizer...
Apenas continuamos a vida.
"Fé, confiança no Mais Alto e esperança sempre! Que nada se perca apesar das sombras, e apesar das lágrimas.
Jesus, nosso exemplo maior, viveu semeando alegria e fé nos corações, e sabia que iria morrer na cruz!...
Não temos estofo para uma missão tão alta, talvez nossa missão se resuma a uma pequena tarefa num canto qualquer do Planeta, mas mesmo sendo pouco, mesmo sendo quase nada, quando o Mestre chamar, façamos o nosso melhor!
Assim procedendo, no lugar onde estivermos, mesmo fazendo o mínimo ou até tentando o impossível, Jesus estará conosco.
É assim que Ele prossegue trabalhando pela Terra: através de cada um de nós que respondeu ao seu chamado e que, confiando Nele, foi trabalhar com alegria também.
(Instituto André Luiz)
Por onde eu venho andando, procurando alguma cor, vejo apenas sombras do passado totalmente incolor. Caminhando sozinho, carregando só dor. Que me acompanha e me atormenta onde quer que eu vou.
Onde quer que eu vou, não vejo mais cor, são sombras do passado que me atormentam onde for.
Lembro que um dia eu vivi, onde era apenas amor, tinha todas as cores, e pessoas ‘valor’.
Mas eu já não passo voltar atrás, porque o mundo acabou. Você já seguiu, e me deixou. Continuo vivendo nesse mundo sem cor.
Saia de vez das sombras escuras das amarguras,
que tira de ti a luz da matéria do que és feito.
Escancare-se ao sol e tudo aquilo que te possa
livrar do fardo de suas limitações.
Acredite mais em sua capacidade aniquilando
o negativismo sufocante que
acumulastes por tanto tempo.
Inscreva-se no seleto grupo de aspirantes ás
vitórias de uma existência, cultuando a fé e tudo
aquilo que ela representa, renascendo assim
para a vida como ela deve ser vivida.
(teorilang)
Não sei por que tentam excluir nossa cor,
se uma mão branca e a outra negra juntas
fazem sombras iguais como uma poesia de amor!