Poemas Sombrios
Somos todos camaleões
Pela procura do que somos, nos escravizamos no mundo sombrio e sem respostas. Tornamo-nos reféns, possuidores de um olhar medroso e sem horizontes.
Este olhar fixo parte da alma, que sem resposta, não se reconhece eterna na busca do equilíbrio como camaleões, alternando sentimentos, como se fossem cores, a cada nova sensação e vivência, experimentamos o cotidiano de alegrias, tristezas e aflições.
É a nossa bagagem, que nos torna a moldura do que seremos no futuro. O olhar fixo para o horizonte, aparentemente sem respostas, não existirá mais, à medida que passarmos a ser independente de nós mesmos. Enquanto este dia não chega, continuamos a ter este olhar profundo, fixo, às vezes tristes, questionador, contemplativo. Sem enxergarmos nada ou muito pouco.
Este olhar pede respostas, que não estamos prontos para entender. Não temos capacidades para tê-las.
Então continuemos a viver a vida, feito camaleões, mudando de cor, a cada sentimento inexplicado que possuímos, ou que somos invariavelmente dominados.
Sem você meu mundo era frio e sombrio
Todos os dias eu me encontrava com um espírito louco
O preto era o meu arco-íris
E o meu dia ensolarado era as nuvens cinzas
Até te conhecer
E conhecer o sentido da vida
Te amo demais para uma amizade tão distante e tão próxima ao mesmo tempo
(Até logo, meu amor)
“Sem você.”
Sem você o mundo fica diferente
É tudo obscuro, sombrio...
Tento ver adiante,
Mas não há nada à minha frente.
Sem você, é tudo ríspido
A vida fica triste.
Tudo é desconsolo.
Sem você, nada do que era resiste.
Sem você, tudo é dor.
Não há pra onde fugir.
Antes, tudo era amor.
Será que este é o fim?
O que era antes nada mais é
A vida, os dias, o sol, a lua...
Tudo fica desigual,
Tudo senti a falta sua.
19/07/2010
Menina pintada
Existe um dia triste e sombrio
As ondas ficam loucas e agitadas,
E as estrelas não correspondem nada
Enquanto penso em você,
Existe uma floresta mágica
Onde duendes e fadas brincam
E o gigante é apenas grande no coração
Enquanto penso em você,
Existe uma ilha onde armas são deuses
E crianças se espalham sem dentes,
E o pôr do sol se esconde
Enquando penso em você,
Existe sempre algo respirando
Não importa na onde que seje
Nem para onde irá ir
Enquanto penso em você...
Meu coração se fecha em um vazio frio e sombrio com lagrimas de um sentimento frustrante e ilusório.
O fardo que devo carregar para redimir-me com o amor, pesado e tentador com os meus sentidos.
O coração é uma relíquia de um sonho encantador que com suspiros delirantes me trazem inspirações de oferecer em versos meus sentimentos a você.
Indecifrável
Você é o meu lado mais sombrio
Que ninguém ousa questionar
A sua presença volta à tona
Como uma lembrança a me assombrar
Você é o tudo e também o nada
A música nunca antes tocada
O livro que jamais foi lido
Uma realidade que é imaginada
O seu olhar é tão indecifrável
Já morri por tentar entender
Ressuscitei ao tocar seus lábios
A doçura do momento assim se fez
É improvável que eu te ame
Mas não consigo te odiar
A sua beleza é algo amplo
Ouvir sua voz me faz chorar
Estás distante por quilômetros
E perto do meu negro coração
Como esquecerei-me de você?
A que mais me trouxe emoção.
INTERIOR SOMBRIO
De tua alma tão sombria
teu rosto de beleza perdida
tuas palavras de sofrimento
que se apagam com o vento.
Dentro de ti, a tua revolta
um segredo tão sombrio
escondido a três chaves
mas uma palavra destranca o trio.
Há tristeza em teus olhos
escondidos com plenitude
há algo negro em sua alma
que jamais foi preenchido
Por um amor fervoroso
que fora conhecido.
Ou é o que pensa...
Do sombrio a luz que se acende.
NA IDEIA. E a capacidade de concretizar...
Será da minha vocação , ou devo invocar ou provocar?
A grande revolução do sonho: que do abstrato se tornou algo.
dias de calor
no sentimento sombrio,
alma que se magoa...
sempre nos melhores
momentos observo.
os espaços vazies na minha alma...
neste no que diria a voz ecoa
no atroz do coração.
desdenho singularmente na solitude
até sois super compreendida
pois o amanha é enigma
para o qual desejos se dispersam...
na beleza do teu amor,
perco me nos dias te acho na noite,
sobretudo sois a vida...
no clamor dos meus sonhos,
nas sombras a luz revida
tudo que resta...
vultos sussurros...
estão meramente aos redores
se arrastando... implorando
por amor, estagnado numa poça de aguá
suja nas profundas dogmas do querer,
as todavia se presume...
nesse destino reluto o resumo...
a vozes superam qualquer sentido.
passa se momentos que tem sabor novo...
que vagueia entre o tempo...
a solidão se disfarça no amor.
RASGO
Rasgo o sombrio de mim
Na saudade de um espasmo
Degredo esquecido em mim
Solto nos rastros perdidos
Procurei esquecer a dor
Que me atormenta no espaço
Escondido nos sonhos
Que no tormento flagela
Os meus dias, noites sem dormir
Feito de novelos que fia a dor
No crepúsculo do vento
Quimeras de sombras
Que cobrem apenas a tua ausência
Para rasgar a dor que sinto
Quando não estou contigo.
tudo esta sombrio
desafio
não me arisco
e fico
esse escuro
me abraça
protege
das desilusões
a sensação da luz
de um candieiro
pela fresta de uma porta
o seu brilho me encantou
e por muito tempo
como a bela musica de uma seresta
alimentou meu coração desapercebido
mudei de direção
indo de encontro a sua luz
Fim da mariposa
Morreu como qualquer outra
No fogo desse candieiro
meu caminho
por vezes é perigoso
confuso
desconhecido
tentador
da medo
é sombrio
tem nevoeiro
é sempre assim
nem tudo são flores
nem sempre é bom
nem tudo é confortável
nada é confiável
nem sempre se tem coragem
não é como a gente quer
nem sempre é iluminado
o jeito é seguir
da maneira que der
tudo foi baseado nas escolhas
aceito e sigo em frente
agradecendo sempre
tudo é lição
tudo é benção
tudo é por merecimento!!!
Manto Negro
E me vesti com um manto negro, sombrio e solitário
como a nevoa que cobre um lindo pasto verde oliva.
Pois o mundo é tão sombrio, amor.
A existência é vazia e fria, tu vais sentir isso. E no momento em questão, sentir não mais será o mesmo, colher a flor plantada num jardim regado com lágrimas passadas. Flor murcha e vil, não mais cabe no pomar que é o presente, mas seu cheiro ainda assombra dia a após dia, anos após ano...
Ainda vemos os mesmos velhos fantasmas; pois o mundo é tão sombrio, amor
O amor entre os humanos caminha em uma estrada rumo ao gelo frio e sombrio, que a cada passo se esfria mais e mais.
Lailison Douglas
— Desconhecido 1: "O mundo é tão sombrio, não é mesmo meu amigo?"
— Desconhecido 2: "Sim, principalmente de dia."
— Desconhecido 1: "Por que de dia, se temos a luz do sol?"
— Desconhecido 2: "Porque as pessoas estão acordadas."
O Eremita
Com lentes tingidas de um brilho sombrio,
Meus olhos, embotados de dor e lágrimas,
Veem o que outros não percebem, no silêncio confinado.
Com olhos que ultrapassam o véu da realidade,
Sou um estranho em minha terra, sem lugar para pertencer,
Amei com a quietude de estrelas esquecidas,
Sonhei com a vastidão de galáxias perdidas,
Mas meu coração é um relicário de esperanças defuntas,
Um navio sem ancoradouro, perdido em um oceano de solitária penúria.
Sou um homem que, em suas próprias marés, se consome e se afoga
E, nas profundezas da mente, se perdeu.
EDVARD MUNCH
No crepúsculo sombrio da alma, Munch mergulhou,
Em um oceano de angústia, onde o tormento fluiu.
Entre gritos silenciosos e rostos distorcidos,
Ele pintou a agonia de um mundo dos reprimidos.
Em cores vibrantes ou em tons de sepultura,
Munch retratou a fragilidade da nossa ternura.
Em cada tela, um eco da dor existencial,
Um reflexo da alma em busca do transcendental.
Nas noites em claro, entre sonhos e pesadelos,
Ele desvendou os mistérios mais belos.
Onde a morte dança com a vida num eterno abraço,
E a melancolia se mistura ao viço do espaço.
Entre o amor e o medo, ele traçou seu caminho,
Explorando os abismos do humano sozinho.
Em cada pincelada, uma viagem ao desconhecido,
Onde o destino se revela no olhar mais perdido.
Munch, poeta do desespero, da solidão,
Em suas telas, encontramos nossa própria aflição.
Sua cosmovisão, um espelho da condição humana,
Num mundo onde a beleza e a dor giram numa dança insana.
Anjo da Dor
2009
Anjo amigo, foi assim que você me chamou
Em um dia sombrio para mim, amor proibido,
Selado, pecado, sofrimento oculto.
Corro perigo, mas te amo,
Desejo-te mais, para ti sou apenas
Um ombro amigo.
Anjo do pecado, como posso
Amar tanto assim? Você me disse uma vez:
"Você só me traz o bem, e bem
É querer-te, desejar-te, possuir-te,
Domar-te em meus braços."
Sofrimento, palavra intensa,
É com ela que me expresso. Sofro,
Morro a cada dia mais
Sem ter você aqui comigo.
Eu, um anjo, anjo amigo,
Um abrigo, um ombro.
Amigo, o que sou para você?
Foi o que me destruiu:
Asas cortadas, pecado exposto.
Já não sou seu amigo,
Sou aquele que te ama, que te deseja,
Que te chama em gritos, prantos, lamentações.
Isso é ser um anjo? Que anjo
Devo ser? Um anjo sem amor,
Um anjo da dor, dor, que dor?
Essa que habita meu coração,
Coração que sofre, sem abrigo,
Corro perigo, sendo apenas
Seu anjo amigo.