Poemas Sombrios
Vivemos na luz,
Mas a luz faz sombras.
Se estás passando por um momento sombrio,
Não te preocupes, a luz está próxima.
Se está demorando, se alegre, há luz ao seu redor.
O domingo é sombrio
Passados nas sombras
O meu coração e eu
Decidimos acabar com tudo
Daqui a pouco haverão flores
E orações que dizem saber
Mas não os deixem chorar
Deixem saber
O quão feliz estou por partir
A morte não é um sonho
Pois na morte eu te acaricio
Com o último suspiro da minha alma
Eu te abençoarei
Domingo sombrio
Silêncio sombrio
Uma única vontade
Nas sombras da lua sob as núvens
Sombria e sem limiar
É tempo de espera
Portas cerradas
Calor incômodo
Nada importa
Faço das sombras
Espectros lunares
Desenhados na imaginação
Do meu cérebro ainda pulsante
Se confrontando em raios
Feito tempestades de verão
Passa o tempo
Que enfraquece o colágeno
Pressionado pelo fumo
Exposto no espelho
Onde a pele acinzentada
Se dobra em rugas
Delatoras em excesso
De uma idade mentirosa
Que nem sei se é pra menos
Mas que parece bem mais
Ressecada pelo álcool
Lagartixando sob o sol
Mais um dos meus prazeres
A contenda que me resta
Me deixa sem perspectivas
Nada quero além disso
Só ver passar o tempo
Sem com mais nada me preocupar
Além do que está por vir
Quando meus olhos se fecharem
E não mais se abrirem
Ficará uma só certeza
Num derradeiro e sincero pensamento
Ninguém além de nós há de saber
Que junto à mim se encerrará o gosto amargo
Do meu amor nunca poder anunciar
(Nane - 04/09/2014)
Ela
E o interior dela era
Sombrio
Vazio
Frio
Sombras tenebrosas correndo pela mente
Pensamentos traiçoeiros parados em sua frente
Ela parece perdida no meio de toda essa escuridão
Que um dia fora luz em seu coração
No meio de tanta bagunça, não há nada
Apenas uma garota frágil, despedaçada
Tantos cacos espalhados pelo chão
Certamente já tentara consertar, porém, em vão.
Seu interior era gélido
Sua pessoa? Era adélio.
Seu toque era capaz de congelar
Mas seu sorriso era intacto, capaz de esquentar.
Sombrio
Plenitude nas sombras
Eu vivo sóbrio e sombrio
Me encho de melancolia
E fico ainda mais vazio
A Dança do Coração nas Sombras doAmor
Na noite passada, em pesadelo sombrio,
Esta poesia encontrei, onde o coração desafio,
A beleza na dor, entre sombras que me envolviam,
O amor ousava, em águas turvas ele persistia.
Na escuridão das aflições, o coração se desatava,
Atraído por um destino onde o amor encantava,
Prendendo-se a seres incertos, em caminhos confusos,
Levando-me a um sonho, o coração via difuso.
Mas até nos sonhos, mistérios a desvendar,
No caos das paixões, no frenesi de desejar,
Aprendemos sobre nós, na paixão que aquece,
E como o coração nos leva a lugares onde perece.
Amor, por que amar, indaga a mente ansiosa,
Se tantas vezes nos traz dor, é a pergunta nervosa,
Mas o amor, ah, o amor transcende o padecer,
É divino, eterno, afinal, sofrer é o viver.
Que o amor nunca pereça, persista como Deus imutável,
Pela mãe, cujo amor é eterno, insuperável,
Nas amizades sinceras, no apoio a cada caminhada,
O amor é luz, calor, doce alvorada.
Assim é a complexidade do coração humano,
Às vezes nos leva a terras sem plano,
Ensina-nos na profundidade do amor, com fervor,
E mesmo em sonhos, há traçosdecalor.
Sempre fui um menino sombrio,
A vida me fez sofrer muito,
Caminhei entre sombras e frio,
Com um coração sempre em luto.
As estrelas brilhavam no céu,
Mas na minha alma, escuridão,
Cada sorriso era um véu,
Ocultando profunda solidão.
O vento sussurrava segredos,
De um mundo de dores sem fim,
Meus olhos, cansados e negros,
Procuravam um raio de sol, enfim.
Mas entre as trevas surgiu uma luz,
Uma faísca de esperança, um refrão,
Que aos poucos a tristeza seduz,
Transformando em amor, o coração.
E assim, nesse caminho estreito,
Aprendi a viver, a lutar,
Mesmo com um passado desfeito,
A vida, eu voltei a amar.
Em um mundo tão escuro como a noite, você consegue ser a lua.
Você brilha e ilumina tudo ao meu redor... Então me conte, como algo tão doce, calmo e inocente, consegue viver em um mundo tão sujo e sombrio?
Que a lua continue a me espiar enquanto sigo as trilhas sombrias da vida, que seu brilho enigmático e pálido jorre nas trevas gélidas que me cercam; ou serei mais uma melancólica alma perdida nas sombras!
É Páscoa, a Páscoa do Senhor
Não figura, não história
Não sombra, mas a verdadeira
Páscoa do Senhor
Verdadeiramente, ó Jesus
Livrastes-nos da grande ruína
E nos estendestes as paternas mãos.
Após duras perdas,
logo cedo, tornou-se sombrio,
sempre em busca de justiça,
agindo como um morcedo
à noitenas sombras,
furtivamente, frio e calculista,
ele nem pensa em parar,
já livrou muitos de serem vítimas,
de outros, foi o desespero
e tendo em vista que o mal
nuncase cansará, pra sua tormenta,
não descansará o Cavaleiro das Trevas.
O POÇO DA PANELA
Num remanso bucólico e sombrio
Onde atenua a marcha o grande rio,
À sombra de recurvas ingàzeiras,
Batem roupa, cantando as lavadeiras.
O que muitos interpretam como mau humor não é senão firmeza de espirito que só existe naqueles que, antes tarde do que nunca, encontraram um objetivo para suas vidas e o perseguem com a ferocidade causada pelo tempo desperdiçado em vão.
Tudo aquilo que não sabemos sobre nós mesmos está inconsciente, mas nem por isso, esse desconhecido deixa de nos afetar.
Uma das armadilhas da infância é que não é preciso compreender para sentir. Na altura em que a razão é capaz de compreender o sucedido, as feridas no coração já são demasiado profundas.
Nada é mais autodestrutivo do que correr atrás das pessoas ou insistir em ter aquilo que não pode ser seu. O que é bom e te pertence, caminhará ao seu lado, ao alcance das suas mãos.
O destino costuma estar ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de loteria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicílio. É preciso ir atrás dele.
- Olhe, Daniel. As mulheres, com notáveis exceções como a sua vizinha Merceditas, são mais inteligentes do que nós, ou, pelo menos mais sinceras consigo mesmas sobre o que querem ou não. Mas dizer isso para nós ou para o mundo são outros quinhentos. Você está diante do enigma da natureza, Fermín. A fêmea, babel e o labirinto.