Poemas Sombrios
Mais fiel que a nossa sombra
é a nossa solidão.
Jamais nos perde de vista
no meio da multidão.
É a nossa alma gêmea?
É o nosso anjo da guarda?
O xifópago invisível?
Ninguém viu a solidão
que nasceu quando nascemos.
Em cada homem que morre,
morre a gêmea solidão.
Tanto melhor, combateremos à sombra.
Leônidas - durante as Guerras Pérsicas - quando soube
num desfiladeiro da Termópilas, que as flechas
lançadas pelo inimigo cobriam até o Sol.
Sem sombra de dúvidas o ser humano é o ser mais complexo e complicado de se entender, visto que, muda corriqueiramente, seja no modo de pensar, agir, de entender ou de sobrepor suas conjecturas. Bom seria se só evoluísse, mas não é bem assim.
Uns melhoram; alguns continuam na mesma; outros apenas pensam em mudar e não mudam. Seriam estes, talvez, seres não flexíveis às mudanças. Existem também aqueles que ao invés de se tornarem melhores, regressam ao estado a qual não deveriam.
A evolução é uma carência intrínseca do ser humano que está cada vez mais óbvia. E esta necessidade a qual me refiro, não é aquela presumidamente material, senão a que faz parte da consciência, de sermos melhores, de dar o nosso melhor, de nos tornarmos mais maduros e responsáveis, de amarmos mais, de respeitarmos e sermos gratos pelo que de bom nos cerca.
Você fugiu levando o melhor de mim
Vejo minha sombra cada vez mais fraca
a olho e percebo que ela está prestes a fugir de mim também
como você fez
vejo ela cada vez mais fraca desde que você se foi
penso se sou eu, penso se preciso melhorar
penso porque correu de mim,
penso se sou eu mesmo o problema
mas de qualquer forma você fugiu levando o melhor de mim
já não me reconheço mais
sei o que é
você fugiu de mim
levando algo de mim com você
a vejo se fingindo que nada aconteceu
mas aconteceu e sabemos da verdade
mesmo na dúvida, mesmo na certeza
aconteceu!
Só me mantenho consolado por que alguém superior habita no meu coração
mesmo assim é difícil
penso no que aconteceu, penso se fui eu
com isso tempestades nebulosas rodeiam me
me fazendo desaparecer junto com que você levou de mim
penso no aconteceu , penso se fui eu
porém cada vez mais fica confuso na minha mente
vejo algo para completar me
mas como você fazia é impossível
tentei limpar minha mente para ficar livre de você
porém vejo que é difícil
a vejo sempre como se nada tivesse acontecido
e hoje entendo mais seu lado
como estava difícil também para você
entendo completamente sua situação
mas agora quero sua amizade para não fuja de mim
mesmo que realmente queira você só para mim
mas acabaria morrendo por dentro se você ficasse longe de mim
Meus olhos desconfiam até mesmo da minha sombra
Sou pedra no caminho de qm joga contra os meus planos
Não tem ninguem nem nada neste mundo q eu tenha medo
Desvendo e desfaço sua vida num estralar de dedo
Eu pago pra ver qm pode vencer
Cruzar o meu caminho é um risco
Cuidado com o que fala...vc pode estar correndo perigo
Sou o tipo de gente que morde de boca fechada
O cruel pesadelo invadindo sua madrugada
Se a corda aperta a garganta...eu sou o nó
Se é pra ser bom, sou muito bom
Mais se é pra ser mal, eu sou melhor!!
Olho para o chão e vejo minha sombra
refletida nele, estou livre voando sozinha.
Me sinto tão feliz, quis tanto isso por toda a minha vida
Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra
E água fresca
Meu Deus!
Quanto tempo eu passei
Sem saber!
Foi quando meu pai me disse:
Filha, você é a ovelha negra
Da família
Agora é hora de você assumir
E sumir!
Desprezo
Esta alma que insultaste se revolta!
Em sua viuvez erma e vazia
Nem sombra guardará de tua imagem
Tanto amor que por ti ela sentia.
Não há de lhe arrancar, nem mais um canto,
Que não seja apagado por meu pranto.
Como a flor a beleza loga murcha;
A tua há de murchar em poucos anos;
Quando a ruga da face anunciar-te
Da velhice aos tristes desenganos
Quando de ti já todos esquecidos
Nem te olharem, meus versos serão lidos.
Talvez um dia o mundo caprichoso
Procure, nobre dama, algum vestígio
Da mulher que meus livros inspirava;
Não achará porém de teu fastígio,
Senão traços de lágrima perdida
Arcano d'uma dor desconhecida.
O tempo não respeita altiva fronte
A riqueza, o brazão, tudo consome.
Um dia serás pó e nada mais;
Ninguém se lembrará nem de teu nome;
Mas para que de ti reste a memória,
Mulher, no meu desprezo eu dou-te a glória.
Desconstruído
Tirei as cortinas da janela,
que faziam sombra sobre a mesa
E guardei as fotografias numa caixa de madeira
Suas coisas deixei como estavam
pois já não tinha certeza
Estou levando tudo o que eu trouxe
mas deixo assim a casa vazia
Mas nada mais será como foi um dia
Nem sal, nem sol, nem som, nem eu
Nem noites de tristeza, nem de alegria
Nos lençóis que ficaram cobrindo a cômoda
uma parte embrulhada de incômodos
Coisas que com o tempo terão se perdido
Depois que for desconstruído
Não foi um terremoto, nem a fúria de um tufão
nem mesmo os acordes desafinados do meu violão
Tal que meu bem, faz mal, nem sim, nem não
assim coisas sem nenhum sentido
des cons tru í do
" A sombra, cor do meu corpo,
Segue o teu corpo na rua:
Longe ou perto, como a sombra ,
A minha alma segue a tua."
Se ao sol do Amor abrires a tua alma,
E afastares do egoísmo a sombra escura,
Vivendo em alegria, paz e calma,
alcançarás a Suprema Ventura.
Não sei de onde vem, essa tristeza que parece não ter fim...
Sou hoje a sombra de quem eu era, ou quem sabe a simples lembrança de quem na verdade nunca fui...
Não vejo nada a minha volta...estou presa em um mundinho fechado,e limitado a minha voz...
já não ouço a mais ninguém...
permaneço trancada nesse quarto de paredes invisíveis, dividindo espaço com a minha solidão...
Pergunto e não tenho resposta,
é o silencio com quem falo, e por mais que ele me entenda, permanece "silencio"...
chega a noite fecho os olhos...o sono não vem...
observo a madrugada se arrastando,e são longas horas, ate o dia amanhecer...
procuro palavras que descrevam meu enigma pessoal,
mas são essas letras mudas que falam por mim.
não sei!
Tenho medo de querer o que não posso, de sentir o que não devo...
e a essa altura tudo me parece confuso demais,para que eu possa entender...
Que mentira é essa,que contei e insisto em acreditar?
Que pessoa é essa aqui dentro, que ameaça dizer tudo que eu não sei de mim?
que me põe em risco, depois me larga a própria sorte?
Monólogo de uma sombra
Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!
Pairando acima dos mundanos tectos,
Não conheço o acidente da Senectus
— Esta universitária sanguessuga ,
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!
Na existência social, possuo uma arma
— O metafisicismo de Abidarma —
E trago, sem bramânicas tesouras,
Como um dorso de azêmola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras.
Com um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo à Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
E com certeza meu irmão mais velho!
Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como uma vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infortúnio.
Aí vem sujo, a coçar chagas plebéias,
Trazendo no deserto das idéias
O desespero endêmico do inferno,
Com a cara hirta, tatuada de fuligens
Esse mineiro doido das origens,
Que se chama o Filósofo Moderno!
Você era a sombra para minha luz
Você sentiu nossa conexão?
Um novo começo
Você desaparece
Com medo de que nosso objetivo esteja distante
Quer nos ver
Vivos
Onde você está agora?
Onde você está agora?
Onde você está agora?
Foi tudo minha fantasia?
Onde você está agora?
Você era apenas imaginário?
Onde você está agora?
(Faded)
Saudade,sombra,fantasma,
coisa que bem não se explica:
algo de nós que alguém leva,
algo de alguém que nos fica.
Sou...
Eu sou a sombra de alguém que eu nao reconheço
dentro da pessoa que dizem que eu sou.
Sou o silêncio no meio de palavras não compreen-
didas...
Sou a diferença no meio te tantas coisas iguais.
Sou a imagem de alguém dentro de um espelho que
não há reflexo!
Sou a mulher dentro de uma garota.
Sou eu quem não sabe amar?! Ou é em meio de tanta
solidão vivida pelos outros que eu aprendi a esquecer!?
Sombra.
Na noite parado.
A luz da lua
Eu te soo inseguro
e sou assim no escuro.
Me agarro ao galho seguro.
Firme, mas não com força.
Olho apaixonado o brilho da lua.
Minhas asas translúcidas
Brilham no escuro.
E é só o que se vê de mim.
Sem minhas asas
desapareço perdido
de mim só sobra a sombra.
A contraluz do luar.
Sou só um sombra.
Ao longe vejo um gigante
aqui interposto a Lua
Ele jaz montanha indefinido
mesmo ele é insignificante
diante do amor é
somente uma sombra.
O mesmo que derruba árvores
procura um lugar na sombra
para estacionar seu carro
debaixo de uma árvore.