Poemas Sociais
Sobre cancelamento
Se os canceladores soubessem, o bem que eles fazem para quem estão cancelando, eles não cancelariam.
O isolamento é um fosso. Algo está em falta, algo é necessário
para o preencher e nada o pode preencher, pois é um mal-entendido.
À medida que você fica à mercê das redes sociais, amigos,
seguidores, likes, visualizações o fosso aumenta. As pessoas têm
tanto medo de estar sós que fazem todo o tipo de coisas estúpidas. É
por isso que a solitude é importante.
"Trecho do livro "O livro das virtudes para geração Z e Alpha"
Depois de um tempo de solitude, pode relacionar-se
com os outros; então as suas relações podem trazer-lhe grandes
alegrias, porque elas não provêm do medo de ficar sozinho. Do medo
de ao desligar o computador não tenha mais ninguém do seu lado. O
medo de quando acaba a bateria do seu celular voce se sinta só. O
medo de que os likes diminuam e as pessoas não te elogiem mais e
perca a sua identidade.
Quando nos pegamos num convívio social, com pessoas que não conhecemos nos sentimos como um peixe fora da água,por quê?
A resposta é simples e verdadeira, hoje em dia num mundo cibernético não queremos mais contatos e sim seguidores.
Contatos pele a pele não valem mais que um número, os números indicam serem famosos, ter amigos, mas é triste a realidade de um povo que está perdido neste mundo.
O que vemos hoje são mídias sociais, não vemos crianças saudáveis, com brincadeiras saudáveis, vemos robôs, pessoas que assumiram a identidade de um um ser cibernético.
Aonde vamos parar? Quem sabe, eu já não sei, me pego a pensar sobre isso, e confesso,desisto, porque é tanta informação digitalizada que não consigo me expressar sem ter que olhar uma tela de um aparelho eletrônico em busca de alguém que possa me ouvir e me fazer entender o quão maravilhoso é estar atrás de uma rede social e não estar a frente de uma pessoa original.
Sopra em minha face
Um sopro sereno
Sonoro silvar
Suave sussurrar
Suspiro celestial
Sinto
Suspiro
Sorrio
Sigo!
O tempo todo
Você acha que alguém é feliz o tempo todo? A sociedade meio que nos obrigada a isso, faça dieta, acorde cedo, vá na academia, faça isso, faça aquilo outro... São fotos bonitas nas redes sociais, stores mostrando as cores mais lindas da vida, festas, compras, viagens, e não para por ai, você precisa ter em mente que essas coisas são apenas instantes das melhores cenas que acontecem na vida, os bastidores não são publicados, porque são neles que acontecem os erros, falhas, momentos ruins de tristezas e de escuridão.
Não da pra ser feliz o tempo todo, ninguém é feliz o tempo todo!
Eii, vai ficar triste sim, vai sentir vontade de chorar mesmo, vai querer desistir, vai ficar desesperado, por vezes os planos não vão dar certo, vai acordar mal-humorado, vai brigar, vez por outra a tristeza nem motivo terá, mas ela chegará, e é NORMAL, é normal! Você não é perfeito, não se cobre demais! Viva a vida de maneira leve, porque ela só é pesada demais para aqueles que a torna. Quando essa maldita tristeza chegar, e acredite vai chegar, talvez já chegou, não sei, mas mantenha a calma, espere com paciência, ela VAI PASSAR, aguarde confiante, pois como já dizia um desconhecido, a tristeza é apenas um intervalo entre duas alegrias, acredite sua alegria vai chegar, creia nisso a cada dia, todos os dias, até o último dia.
A sociedade vive hoje um colapso mental
Sendo desencadeada pelo meio virtual
Você a subestima
e ela te entrega uma ilusória dose de autoestima
Criando no seu interior um massacre doloso
Deixando seu bem-estar num ciclo vicioso
De tanto, a população se encontra perdida
ingenuamente vivendo sobre a opinião consabida
O Luxo e o Lixo
Sou camarão ou escargot que enfeita o prato do gourmet
Sou a dor da fome, que faz sua barriga doer!
Sou granito que veste seu chão;
Sou terra batida, no seu barracão.
Sou piscina, com laterais gramadas;
Sou esgoto, a lama em frente a sua casa... sou enxurradas.
Sou o relógio rolex de ouro; Sou algema no braço do touro.
Sou o carro importado que mandaram blindar;
Sou o sujeito do qual precisam se cuidar.
Sou a conta bancária, no paraíso fiscal;
Sou o nome no DPC, pobre mortal.
Sou vidraça da sua cobertura;
Sou brecha no barraco, em cada curvatura.
Sou a faculdade pública dos que podem pagar;
Sou a mensalidade dos que deixaram de estudar.
Sou móveis finos, que embelezam sua sala;
Sou o colchão ganho, que cheiro de urina exala.
Sou o Lago Sul, moradia de nobre; Sou invasão, moradia de pobre.
Sou político que conseguiu se eleger;
Sou o voto que não soube escolher.
O luxo só precisa do lixo para continuar a luxar;
O lixo, continua onde está.
Dependendo da maneira que se vê:
O luxo é o lixo, ou vice-versa?
O professor que tem medo
de lutar pelos seus direitos,
não educa para a criticidade,
apenas contribui para a
manutenção da docilidade
que faz o oprimido se sentir
o único responsável
pelas desigualdades sociais,
as quais ele é submetido.
O espelho consegue refletir o exterior, mas "o essencial é invisível aos olhos"...
Temos a prática de rotular as pessoas pelo que vemos, julgamos sem conhecer e em algumas situações a pessoa não tem segunda oportunidade para desfazer o mal-entendido e limpar sua imagem.
Na era de redes sociais isso potencializou, pessoas são “canceladas”, julgadas e condenadas sem o contraditório e ampla defesa. Simplesmente viraliza e sua vida muda da noite para o dia!
É preciso analisar o todo, uma versão não é verdade absoluta! E aparência não é tudo!
Povo livre em uma terra presa
Em um país onde a fome predomina,
Onde o índice de analfabetismo é muito grande,
Onde existe um grande desnível social;
Existe um grande patriotismo em torno de seus habitantes.
Pessoas acostumadas com as injustiças sociais,
Não tendo como negar o sacrifício do dia a dia,
Através das rugas em seus rostos.
Povo que apesar de tudo
Ainda leva o Brasil no peito,
Faz com que esse país seja um país feliz, vibrante
E deixam transparecer em seus semblantes,
Orgulho de serem brasileiros.
País do carnaval, país do futebol,
País onde a liberdade é tão restrita,
Onde pessoas se submetem a salários indignos,
A grande espera em filas públicas,
Mas não se deixam abater, pois são pessoas corajosas.
É muito fácil perceber um brasileiro,
Basta notar a pessoa alegre, vibrante,
Que não projeta as marcas de sofrimento em ninguém.
Onde quer que se vá, sempre irá ter um brasileiro,
Não importando sua raça, cor ou religião,
Ele sempre se postará contente,
Pois, liberdade é uma questão pessoal
E será sempre permeada pelos brasileiros.
Pobre sempre fez isolamento social.
Gente honesta, que não enriquece explorando ninguém e tudo o que ganha é somente pelo próprio trabalho (muitas vezes sendo explorada e mal remunerada), já faz isolamento social naturalmente.
Tudo o que ganha é, exclusivamente, para sobreviver. Pagar contas básicas e comer. Na maioria das vezes, a grana acaba antes de acabar o mês.
Gente assim, já vive numa quarentena constante.
Não vai ao cinema, teatro, shows... Se vai ao shopping, uma vez por mês com a família pra comer fora, é puro luxo! Viajar nas férias (que férias?) de avião, ficar em hotéis, fazer cruzeiros? Não, isso é coisa de classe média-alta. De solteiros sem grandes responsabilidades, de casais sem filhos...
Pobres já praticam o distanciamento social. Não recebem convites para nada, e se recebem, geralmente não podem ir; porque possuem prioridades que as pessoas em realidades diferentes não entendem. E uma utilização errada do dinheiro em um só dia, pode prejudicar o custo de todo o mês.
A verdade é que nesta pandemia os ricos estão experimentando, um pouquinho, a "prisão" que os pobres vivem normalmente. Com a (enorme) diferença que não precisam ir pra rua buscar o pão de cada dia e podem se dar ao luxo de ficar em casa sem passar necessidade.
É ruim ter dinheiro e não ter onde gastar, né meu(minha) filho(a)?
"A autoconfiança vem antes da selfie, antes dos likes.
Não espere pelos números para acreditar em si mesmo.
Faz isso agora!"
"Você vive o que posta?"
As pessoas de Hoje postam coisas nas quais queriam estar vivendo...
contam coisas que queriam que fossem verdades, mentem para sí mesmas para verem se acreditam
E no fim
Só estão querendo esconder a "solidão" e o peso que tá sendo serem elas mesmas....
A paciência, a mão ligeira e o pensamento lento.
Nesses tempos modernos em que vivemos.
A paciência está dando lugar a mão ligeirae ao pensamento lento.
Ontem li um comentário no qual era citada a falta de bom senso em relação a quarentena.
Comentário este que ao "meu" modo de pensar estava correto.Porém este mesmo comentário ao mesmo tempo que possuia um relato muito coerente.Também continha
palavras que insultava as pessoas envolvidas. Enfim, apareceu a mão ligeira.
As pessoas parecem estar pensando com as mãos, isso mesmo com as mãos. Ou seja : escrevendo sem pensar nos prós e contras, no direito que todos nós possuímos de se expressar.
Após alguns minutos ou horas você volta a ler o que escreveu e quase sempre se arrepende do que relatou sem pensar.
Hoje culpamos a pandemia contudo isso acontece muito antes dela.
Antes de se expressar em redes sociais sobre assuntos polêmicos.Escreva o seu comentário(desabafo - opinião) em um caderno, em uma folha, diário no que seja.Leia, releia e pense : isso afetará alguém de uma forma ruim?
Não pense com a mão ligeira.
Gentileza gera gentileza.
O problema em sermos protocolares.
Começamos com boas intenções, preocupados em saber de quem queremos bem, mandamos mensagens... visualizamos as mensagens, curtimos e até mesmo comentamos... Com o passar do tempo isso cai no hábito, faz parte da nossa rotina e então nos enganamos...
Ah, como tenho saudades de seu abraço, o aperto de mão, aquele sorriso... como me fazia um bem sentir o perfume da sua presença, ouvir suas histórias, sentir a proteção...
Não espere o amanhã, pois este pode não existir, agradeça pelo hoje, exalte sua amizade, familia... Não esqueça de amar, espalhar esse amor, pois este é o sentido da vida...
Timidez, insegurança.
Ahh, como luto para superar, vencer, ou apenas não deixar de viver novas experiências por medo, mas a derrota me persegue.
Acho que esse sou eu, independente dos esforços ou objetivos, sempre vou vou falhar, errar e ter medo de continuar, ou ter medo de dar o primeiro passo, de iniciar algo.
Não!
Não é uma escolha minha.
Juro que tentei com todas minhas forças lutar contra isso, tentei me aceitar, socializar, sair de casa e conversar.
É difícil, me deixa instável, ansioso, nervoso.
Completamente destruído e fadado ao fracasso.
Sim o fracasso me persegue, acho que esse sou eu.
Fracassar independente do meu esforço ou objetivo.
Sou um fracassado?
Prefiro não responder, mas uma coisa é certa.
Tenho dificuldades para tudo, relações sociais me assustam.
Eu quero viver, mas como irei viver se não tenho rumo, estou perdido no caos criado por mim mesmo.
E justo agora meus demônios estão exigindo muito de mim.
Como faço para fugir de mim mesmo?
Me ajude, eu imploro.
Me ajude!
Ficar sem WhatsApp é praticamente redescobrir a avenida que passamos todos os dias, é dar bom dia olhando pro rosto da sua mãe, dos seus irmãos e dos que caminham a passos largos na mesma ou em outras direções, é menos grupo, menos contato porem muito mais aproximação, é sair da casinha tecnológica e finalmente olhar pra fora. Hoje olhei pras pessoas caminhando com seus olhares firmes mirando o horizonte. Não mais olhavam para baixo como zumbis cabisbaixos focados nos seus mundinhos de ilusões, hoje acordei sem pegar o telefone pra descobrir novas mensagens, hoje acenei pra quem andava na rua, olhei o céu, reparei até no chão, hoje havia cheiro de livro entorpecendo quem passasse pelas praças da cidade. Havia jogos de dama, tabuleiros por toda parte, um grupo ao longe davam um rolê de bike, outras já gargalhavam da tal "desgraça" - Fim dos tempos, esbravejavam. 48 horas de vida tal qual foi na distante infância.
Hoje quem sentir minha falta irá me ligar só pra ouvir minha voz, outros chegarão após dois dias reclamando da falta de comunicação, impedidos como se de mãos atadas pela puta sacanagem das operadoras de telecomunicação.
Hoje eu acordei reparando muito coisa. Serão 48 horas de reflexão.
Tamires Carvalho
A História já nos ensinou que o mundo não ficou mais bonzinho após revoluções sangrentas, guerras mundiais, crises econômicas ou pandemias.
Ele muda, mas nem tanto.
Gwynplaine continuará com o seu sorriso forjado enquanto carrega um profundo sofrimento na alma;
Erik ainda vagando pelos corredores gélidos dos calabouços da ópera;
O Coringa, cada vez mais louco, enfrentará o homem-morcego pelas ruas de Gotham City;
E a melancólica Eleanor Rigby, solitária e invisível, recolherá ainda muitos grãos de arroz na escadaria da igreja.