Poemas Sociais
Machado de Assis, no romance realista Dom Casmurro, narra a história de Capitu que, comprometida com Bentinho, ficava na janela, com olhares dissimulados, vendo os cavaleiros passarem. Mais de um século já se passou e tivemos o período de maior transformação social da história, com o surgimento do telefone e das redes sociais, o que não mudou foi o hábito de, mesmo comprometidos, ficarmos na janela, observando os que passam, enquanto julgamos Capitu.
Antes de tudo, não podemos esquecer o processo histórico brasileiro, assentado na escravidão da população negra durante séculos, contribuíram substancialmente para as enormes desigualdades sociais presentes em nosso país.
Não se trata de eleger vítimas, mas sim proteger pela
lei às minorias: mulheres, idosos, deficiente, negros, índios, LGBTQIA+... a partir da realidade brasileira extremamente excludente e desigual.
A produção, difusão, mercantilização e comercialização de intrigas, brigas e fofocas, tanto pela mídia tradicional quanto pelas redes sociais, parecem ser um caminho sem fim.
É crucial estar atento às referências que estão moldando as preferências das pessoas, especialmente nas redes sociais.
Constantemente nos deparamos com cenas em que o auxílio é negligenciado, enquanto o foco está na publicação de conteúdo nas redes sociais.
Nos dias atuais, há uma certa exacerbação, uma lacração do horror, da tragédia e da guerra nas mídias e redes sociais.
Estamos vivendo uma época em que a fofoca, o mal dizer e a mentira estão sendo monetizadas excessivamente pelas da mídias e das redes sociais.
Fatos banais e irrelevantes tornam-se relevantes para as pessoas apenas por terem sido noticiados pelas mídias e redes sociais.
SAGRADO
O sagrado parece estorvar cada vez mais uma sociedade de ideologia secular que não quer respeitar a criatura (de soberania sagrada) e usa para tal fim o subterfúgio de reduzir o humano ao seu papel social, ao seu aspecto funcional ou à pessoa na qualidade de máscara, aspectos sobre os quais o Estado tem poder de propriedade. O sagrado transcende os papéis e dá-lhes consistência.
A obcessão por fotos, inclusive selfies, sempre está ligada à baixa autoestima das pessoas superficiais. Principalmente quem as usam com o objetivo de se ostentar. Ostentação é um sentimento de inferioridade.
Quando eu cheguei por aqui, na internet, não existia Orkut, nem Facebook, nem Twitter, e ainda assim eu acho que ela era melhor do que hoje, porque não havia quase nada, ou nada, de criminalidade e vulgaridade. Os primeiros internautas eram bem educados e confiáveis. Agora as coisas mudaram bastante, pro bem e pro mal também.
É possível acreditar na lei da causa e efeito, ou lei do retorno, usando apenas a curtida virtual. 😏
Às vezes tenho a impressão de que quase a maioria de nós, aqui no Facebook, e em outras redes sociais, seja um bando de loucos, carentes, que mal sabem o que são e o querem.
Lembre-se de que ninguém precisa de plateia nem de aplausos para dizer bulhufas de nada; às vezes td que vc precisa é de bom senso e de papas na língua.
Seguidores seguem pessoas por motivos diversos, inclusive sem motivo algum, e não necessariamente pelo talento.