Poemas sobre Utopia
Utopia da realidade
Sufocado pelas páginas do livro que nunca li, estou eu aqui! Preso nesta insuportável empatia…
Que posso fazer? Como me livrar de algo que não consigo sentir nem ver?
Não posso ouvir! Porém faço a mim mesmo a tortura ensurdecedora...
Não posso ver! Mas meus olhos se rendem ao medo… as imagens das páginas viradas, e ao sofrimento do vazio.
Não posso sentir… mas minha pele arde como se queimada com fogo!
E o cheiro, doce… putrefato… destruindo minha mente e meu corpo.
Não consigo mais viver na morte, mas o que posso fazer? O livro já tem um título… uma história... como não há o que ler?
Talvez porque a mente, em sua perfeição destrutiva, sempre desejando a utopia, reflete a degradação da aceitação que não existe! E sobra apenas agonia.
Nunca houve livro, nunca houve história, porém sempre houve a mente!
Buscou tudo de mim, tirou e revirou a vida, e enquanto buscava, a doença passava... mortífera e macabra.
Sedimentou meu tato, cegou meus olhos, matou minha sede, minha fome… tapou meus ouvidos. Agora o calor dessa história já não sinto...
Sinto apenas meu pensamento, torturando minha mente e dizendo: “esse livro não existe, o que existe são sentimentos”.
Amar demasiadamente é deixar de viver,
É tornar-se escravo da utopia, do sonho,
Da farsa de um amor que de tão grande que é,
De fato nunca existiu.
UTOPIA ?
E, lá vou eu...Caminho entre guerras em busca da paz, pisando pedras ressecadas em busca de uma fonte que mitigue a minha sede! Tenho rasgado minhas carnes nos espinhos, para obter o lenitivo da rosa, e lá vou eu, insistindo em ombrear a ingratidão e a indiferença para ser homenageado quando morrer ...
Isso tudo será simplesmente ridículo, se não houver um depois, se não houver um lugar, onde a gente encontre uma situação inversa! Onde os algozes, serão as vítimas, onde, os que me fizeram infeliz, sejam os infelizes, os traidores os traídos, e onde os incompreensivos, busquem desesperadamente a compreensão dos por eles incompreendidos, e sintam a agonia de afogarem-se nas lágrimas da vergonha, da gratidão e do remorso, quando daqueles, obtiverem a compreensão...
odair flores
UM MOMENTO UTÓPICO.
Professor Ronaldo Leão e Sr. Luiz Araújo dos Santos.
Sei que é utopia imaginar estar no mesmo nível de vocês dois...
Mas consegui diminuir a distância...
Jamais serei uma lenda, mas morrerei honrando o nome dos dois.
UTOPIA
Meu coração já não mais bate tão tranquilo,
minha consciência tornou-se uníssona imaginação.
De tantas filosofias que sinto, vejo, ouço, transmito,
e do lábaro que ostento; suas estrelas: “conflito!”
contestamos com a mudança da relação.
E o brado retumbante, quem o ouve? O que este diz?
E a voz dos filósofos contemporâneos, alguém escuta?
Suas teorias, alguém as lê?
E o que segues, é de fato apoteótico
ou são obras das novas tecnologias?
A influência do Novo desperta-nos um senso crítico:
o senso insensível; o juízo, uma utopia!
Que tudo nos traga reminiscências,
todos os campos, desde os profissionais,
das artes às ciências;
filhos e pais...
[...] e que Deus nos livre das tecnológicas hegemonias.
E a democratização do saber,
anestesia o povo ou populariza e promove o conhecimento?
E o brado retumbante, que o ouve e compartilha no convívio social?
Quem o estimula no campo e na cidade?
E quem o analisa com os nossos menores de idade,
se estes estão embriagados e viciados numa rede também social?
Emerge, portanto, o senso trágico
que esteve ora adormecido, ora desperto;
por consequência o conflito do jovem contra a ortografia
e que vença o que for certo!
Lamentavelmente teremos um jovem reprovado no vestibular
vagando pelo mundo com seu destino incerto.
Ontem fora um sonhador – ele queria!
Hoje ele sofre a dor – ferida da realidade,
da tecnologia, da contemporaneidade.
– Mas é hora de mudança! – Disse este rapaz.
– Vou fugir da hegemonia, abandonar as desvantagens da tecnologia,
enfim, viver uma vida de paz. Vou estudar ortografia,
matemática, geografia, e outras matérias mais.
Sendo moderno, vou com a tecnologia me informar,
com seus benefícios, transbordar;
vou refazer aquela prova e passar no vestibular.
– A utopia ensinou-me uma lição e este brado retumbante com todos irei compartilhar:
“Retroceder sim. Render-se jamais!”.
Meu lindo meu
Meu sonho
Minha utopia
Meu intangível
Meu tudo
Meu nada
Meu ausente meu
O meu que não me pertence
E mesmo assim é parte de mim!
Utopia tem como significado mais comum a idéia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. A palavra foi cunhada a partir dos radicais gregos ??, "não" e ?????, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe".
Utopia é um termo inventado por Thomas More que serviu de título a uma de suas obras escritas em latim por volta de 1516. Segundo a versão de vários historiadores, More se fascinou pelas narrações extraordinárias de Américo Vespucio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha, em 1503. More decidiu então escrever sobre um lugar novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita.
O "utopismo" consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo não só absurdamente otimista, mas também irreal de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.
Utopia - 30 novembro 2008
Eu vou voar, voar de felicidade...
Sim, posso ser feliz todos os dias, não é utopia, pois a felicidade é simples, quem reconhece o prazer que existe nas pequenas coisas descobre o pote de ouro: a felicidade.
Gosto do sol no meu rosto, grama, água gelada, dindim...
Gosto de estar aqui nesse banco, sabendo que meu mundo está ali, ao meu alcance e eu estou aqui, só dando um tempo, curtindo o dia.
Sonhar alto não é viver de utopia.
Esperar, não é falta de interesse. No meu caso não!
Esperar pra mim é ter certeza que é Deus que está no comando dos meus sonhos.
Repito, não me subestime, você não sabe como caminhei pra chegar até aqui.
E não tem noção do tamanho da minha Fé!
Douglas Melo
Vou arrefecer
No amor vivo sempre delirando,
Nele eu viajo na utopia...
Às vezes fico até conflitando,
Porque só eu busco viver em harmonia.
Expresso um sorriso encantador,
Cada vez que lhe vejo.
Sentimento tão arrebatador,
Que ao fechar os meus olhos lhe imagino.
Não sei porque me sinto a fim,
Desse turbilhão de emoções...
Não compreendo porque não se sente assim,
Parece que não tem coração.
Estou desistindo desse amor,
Não encontro lugar no seu ser.
Jamais vou querer amar por você,
Para mim já basta, vou arrefecer...
Tentei mudar, mas a utopia me seguiu e não consigo.
É vão todo meu esforço, quanto mais tento, mas desmorono.
Estou morrendo me acabei e não consigo nada, sou ciumenta de mais e um pouco mimada,
E o pior é que não quero ser mais nada.
Sonhei com uma utopia que é só isso e não passa de nada.
Oh!Sonho irrealizável, antes que me mate eu te mato.
VIAGEM NO TEMPO
Viajar e voltar no tempo
Sempre foi possível.
Não é utopia.
É o milagre da lembrança
Em nossa mente,
Desde que existimos
Para a vida.
Desperta-se na memória
Uma vida inteira
Para recordar,
Apesar do tempo passar.
O tempo passa,
E com ele nossa experiência.
A vida passa...
E com ela imagens para recordar.
Crescemos.
Envelhecemos.
E a viagem no tempo
É fato.
Viajamos em pensamentos e ilusões
Para uma fase,
Por vontade ou por
Consequências naturais
Que nos faz lembrar
Do que passou;
Coisas boas ou ruins.
Viajar no tempo
É um privilégio de mente sã,
Apesar da idade.
Não importa os anos de vida.
Não importa o momento vivido.
O que importa
É estar vivo para
Recordar cada momento
Da jornada de uma vida.
Estou vivo!!! Aleluia.
Obrigado meu Senhor Eterno.
Vou viajar no tempo
Da minha imaginação e
Boas lembranças
Pelo resto da vida,
E, ainda, escrever
Poemas e prosas
P’ra você ler.
Carlos Medeiros. 07.04.2013, ás 13h52min.
Utopia a parte, realidade a frente.
Somos perfeitos em erros,
e orgulhosamente errantes por natureza.
Somos Humanos, somos imperfeitos.
Utopia
Tentei mudar, mas a utopia me seguiu e não consigo.
É vão todo meu esforço, quanto mais tento, mas desmorono.
Estou morrendo me acabei e não consigo nada, sou ciumenta de mais e um pouco mimada,
E o pior é que não quero ser mais nada.
Sonhei com uma utopia que é só isso e não passa de nada.
Oh!Sonho irrealizável, antes que me mate eu te mato.
UTOPIA DO PRESENTE.
La no futuro ainda irão contar historias de um tempo passado em que as pessoas brigavam entre si, que maltratavam animais, que elas eram capazes de achar que eram melhores que negros, homossexuais e pobres, nesse lugar do futuro irão contar a seus filhos que as pessoas ao caminhar pisavam de proposito em formigas sem a consciência da limpeza que elas fazem nos micro organismos espalhados no nosso habitat, irão falar sobre pais que abandonavam bebes em caçambas e mães que matavam filhos pra ficar com o amante, dirão até que existiram quem fosse capaz de derrubar ininterruptamente arvores e mais arvores sem sequer jamais ter plantado uma fruta pra comer, espalharão aos quatro ventos que homens foram capazes e financiar gerras em outros países colocando irmãos para lutar contra irmãos alegando que havia um deus que éra melhor que outro e la nesse futuro eu não estarei respirando mais, mas aqui, nesse presente eu busco fazer de tudo para não parar de respirar por entupimento nasal de estupides de uma existência medíocre.
Utopia
Ela tem uma constelação tatuada um pouco a baixo da costela e eu me pergunto se faria mal eu dedilhar aqueles traços escuros em uma noite qualquer. Ela tem calos nos dedos da mão esquerda e eu nunca tinha associado as coisas. Ela canta baixinho na cozinha quando faz o café e cruza os braços quando aparentemente está sem paciência. Ela traz o tom do fogo nas tramas do cabelo e a relva nos olhos. Ela é diferente, quando a tristeza lhe inunda a vida, ela não alaga os olhos, ela apenas escreve, escreve, escreve... Ela é perfeita. É o que completa a minha insuficiência. Logo eu, vazio da realidade, tratei de ocupar-me com os sonhos. E a quem engano? Ela não existe. Ela é minha realidade inventada. E me aventurar num mundo perfeito sem sair da minha zona de conforto não me transtornava tanto. Por ora.
Mesmo que seja uma utopia, o combustível para a vida é a
nossa fé em busca da verdade absoluta. Assim, a solidão
acolhe o silêncio, e o mergulho ao nosso interior passa
a ser a mais fantástica viagem que fazemos nessa busca.
Deixo minha utopia para trás;
Velejei sob águas barrentas
Respirei o fel e o amor
E trouxe comigo a tormenta.
Antes acreditava em fada
Tocava em harpa sagrada
Via a luz do manto de zarção
E ouvia a sininho cantando para mim.
Percebia em mim certa inocência
Inocência marcada com beleza
Mas quem é inocente neste mundo
É julgado com aspereza.
Sob o sol e sob a lua
Houve registro de raios e trovões
Marcas de crispas e arrastões
Pelo fato de ser utopista.
Crer em ser feliz
parece fantasioso;
Lutar por um sonho
E ter no calço um algoz.
Tudo parece ir ao chão;
Mesmo quando termina a crepitação
Pedras se erguem em poeira;
Meus olhos não te vê mais.
Às vezes é apenas desapego, mas sou apenas apego.
Às vezes é apenas utopia, mas sou apenas poesia.
Às vezes é apenas uma reminiscência, mas sou apenas todos eles.
Às vezes são apenas rosas, mas sou apenas um romântico.
Às vezes é apenas amar, mas a essência do amor é amar.
...o que é a justiça para o injustiçado, se não, uma utopia. O que é a justiça, se não, os anseios dos mais abastados, que procuram saciar a sede de poder.
Justiça que justifica a violência do mais forte sobre o mais fraco ou justiça que oprime o ignorante em favor do esclarecido?
Justiça sempre terá um significado relativo à cada indivíduo.
Thiago S. Oliveira (1986 a)