Poemas sobre Utopia
Saia do conforto e da utopia de uma vida feliz...
O corpo foi projetado para caminhar e sentir a liberdade!
Não leve os sonhos para a morte, viva-os para a eternidade.
em meus passos surdos
invado uma sala lotada
em meus fones uma utopia
em meu peito uma poça
essa umidade acumulada
se agrava quando o inverno vem
uma poesia escrita
com tanto desdém
no verso
de uma nota fiscal,
um rascunho de mim
exposto no aperto
de um bloco de notas
uma mancha de café
difama o branco
da minha gravata
uma ansiedade escarlate
mancha a neve
do meu sorriso.
Roney Rodrigues em "Ansiedade Escarlate"
UTOPIA
Em cada manhã
Acordo sempre
pensando com seria bom viver na utopia,
longe da tristeza
e da agonia,
dormir e acordar
no abraço da amada,
Quem me dera,
disfrutar da segurança
que oferecem essas ruas,
sair as madrugada
sem medo
das vozes gritantes,
nem das sombras
humanas.
Massvi Suburbano Odisseia
utopia...
fria alma,
resquício atroz,
tantas despedidas,
minhas lagrimas secas,
meretrizes, sombrias
nas vertigens de ilusões
bacantes, mero frio,
doloroso, meu amor
fogueira de vaidades,
rompimento, nas tais sobras
diluídas, em promessas,
desilusão, amargura...
desaventura, momentos
passados, por mais um sonho.
Mesmo que seja uma utopia, o combustível para a vida é a
nossa fé em busca da verdade absoluta. Assim, a solidão
acolhe o silêncio, e o mergulho ao nosso interior passa
a ser a mais fantástica viagem que fazemos nessa busca.
Amor prometido…
(Nilo Ribeiro)
Pode ser utopia,
espero ser entendido,
é nesta doce poesia
que exalto o amor prometido
um amor me foi destinado,
minha vida o esperei,
sinto-me poetificado,
pois eu o encontrei
longos anos passaram,
momentos belos eu vivi,
os longos anos que passaram,
trouxeram você aqui
este é o amor prometido,
que a natureza conspira a favor,
ele vem ao seu auxílio,
pois, é o verdadeiro amor
não é sonho, nem quimera,
é o movimento da vida,
sempre estive a sua espera,
a mim você foi prometida
laços,
união,
abraços,
paixão
vinho,
passeio,
carinho,
seu seio
um amor prometido,
sempre eu desejei,
mesmo me passando por bandido,
por você sempre esperei…
Utopia Abstrata
Se liga essa é a última chamada, vamos todos embarcar nessa caravana nada arriscada
Apertem os cintos se sintam em casa, a partir de agora voaremos sem asa e sem causa
Utopia Abstrata é o que você verá, um mundo estranhamente perfeito e você em dúvida pensa; será?
E nesse momento estamos sem guerra e sem nenhuma violência, vários soldados pediram clemência e hoje estamos vivendo com decência
Olhem a sua direita policiais jogando baralho com ladrões, eles se aceitaram e não importa os padrões
Olhe mais veja ali políticos corruptos foram condenados sua sentença foi colher as frutas podres que do pé caíram, irônico né? Quando isso aconteceu até riram
Agora se olhar a sua esquerda verá pessoas que foram soberbas doando dinheiro aos pobres, elas entenderam que isso as deixam com verdadeiro nome nobre
Aqui todos são iguais, não existe racismo oque importa é o coração, você deve fazer tudo com boa ação
Vejam o céu aqui não tem tempo ruim, tudo sempre está perfeito para todos e para mim
As crianças brincam livremente nos campos sem se preocupar, elas estão felizes e sempre a pular
Aqui é tudo com fartura legumes e verduras são colhidos pelos jovens que eram revoltados com a vida, e pessoas que cometeram adultério preparam a comida
Utopia aqui é o nome para tudo agora vocês conheceram um pouco desse lugar, voltem sempre mas não tentem julgar, ou você pode parar em outro lugar.
Utopia da realidade
Sufocado pelas páginas do livro que nunca li, estou eu aqui! Preso nesta insuportável empatia…
Que posso fazer? Como me livrar de algo que não consigo sentir nem ver?
Não posso ouvir! Porém faço a mim mesmo a tortura ensurdecedora...
Não posso ver! Mas meus olhos se rendem ao medo… as imagens das páginas viradas, e ao sofrimento do vazio.
Não posso sentir… mas minha pele arde como se queimada com fogo!
E o cheiro, doce… putrefato… destruindo minha mente e meu corpo.
Não consigo mais viver na morte, mas o que posso fazer? O livro já tem um título… uma história... como não há o que ler?
Talvez porque a mente, em sua perfeição destrutiva, sempre desejando a utopia, reflete a degradação da aceitação que não existe! E sobra apenas agonia.
Nunca houve livro, nunca houve história, porém sempre houve a mente!
Buscou tudo de mim, tirou e revirou a vida, e enquanto buscava, a doença passava... mortífera e macabra.
Sedimentou meu tato, cegou meus olhos, matou minha sede, minha fome… tapou meus ouvidos. Agora o calor dessa história já não sinto...
Sinto apenas meu pensamento, torturando minha mente e dizendo: “esse livro não existe, o que existe são sentimentos”.
Utopia
Passam momentos
transpassam tempos e,
lembramos daquela infância
em que sonhamos amar alguém
que preenchesse
todos os desejos;
naquela terra batia brincava
levantando poeira
sem eira
sem amanhã
apenas criança
tempo passou
avançou
a menina agora mulher
depois de conquistar espaços
em um arrasto
preencheu vazios
não sei se foi sonho
é sonho
NO BRASIL TUDO VIRA DISPUTA POLARIZADA.
Na Utopia de Platão, três espíritos são necessários para que ela se materialize. O Desejo, Sentimento e Pensamento, descritos como três espécies de homens.
Desejo, aquele que produz para alimentar o ventre. Sentimento, os apaixonados por ideologias, fazedores de guerras e revoluções. Pensamento, o homem que vive fora da sociedade, que não se mistura, o produtor de saberes, de arte e filosofia...
Já percebeu que as duas classes primarias são os que forjam as disputas, dominados pela paixão inferior da ignorância, estes sempre têm um lado, uma cor ou um partido?
A lei, reza a constituição, é igual para todo cidadão. Utopia platônica, como a ideia de democracia que nunca foi praticada de fato, com igualdade de direito do povo para o povo.
Onde uma minoria eleita pela maioria governa e goza de privilégios especiais. Isso nos faz lembrar a fábula dos leões e as lebres.
Seguindo o princípio elementar democrático, dos ditos direitos iguais para todos, em uma reunião, as pobres lebres que representam o povo no estado democrático, questionam o fato de serem deixadas para trás, na divisão da comida e citam a leia que lhes conferem igualdades.
Os leões, enfurecidos as repreendem dizendo: "Cadê as suas garras?"
Utopia
Thomas Morus descreveu
Chamou esse lugar de utopia
Um lugar imaginário
Um lugar de mera fantasia
Sonho e não realidade
Sonho de imaginar
Onde tudo é bom
Sofrer nem pensar
Louis Armstrong cantou
Todo mundo de bem, imaginou
Paz em qualquer lugar
"What a wonderful world"
Quem sabe um dia
Quem sabe no céu
Na imortalidade ou na Terra
O futuro vai dizer se vai ser mel ou fel
No abismo da utopia a saída é a queda ao infinito
Já cantava o poeta que se alcança quando cedo levanta
Na busca implacável pela sua verdade cuidado
Pode se revelar uma falta de coragem
Ascender os degraus da cortesia
Para logo despencar nos braços da grosseria
Sei até perde aquilo que granjeei
Só não sei ganhar aquilo que nunca tive
Nunca lacrimeje por perolas erradas
Também jamais se felicite, com sua desgraça
O buraco e sempre mais inferior para todos
Do resplendor das estrelas ao frio dos sorvedouros
O fim será os mesmo pode aguarda
Suas riquezas e relíquias não levarás
Suas ações ficaram e seus feitos se apagarão
O amor talvez fique
Temulento por cair, cair e cair no precipício da euforia.
Todo mundo tem um segredo, uma utopia, um sentimento nunca revelado, medos até hoje nunca superados, nós somos feitos de puro mistério.
O nosso magnetismo nos faz quase invisível aos que não conseguem enxergar a pureza de um ser, o que realmente o reflexo do olhar diz em silêncio,
é nesta ausência de sons que me defino como algo que não se pode desvendar quando penso em ti...
Preciso dizer-te, nesta hora em que o meu pensamento te procura no vácuo do de minha ilusão eu não consigo ter reação alguma, me sinto por vezes em “Alfa” e tudo isto só me faz ter a certeza do quanto me faz bem saber que posso te sentir através do infinito da alma, por que ela nunca erra a direção e sempre te encontra onde quer que estejas,
ainda que tendo a plena certeza que sempre estais aqui...
Dentro de mim.
Inside the Thought ( Dentro do Pensamento )
*NADA*
Saber da existência é utopia
Ela se renova a cada dia
Não é possível explicar
Somente vivenciar.
Nada e nem ninguém
A tudo explica,
Pois existe o inexplicável...
Que tudo sabe e criou
E nada de nós cobrou.
Dualidade
Poesia e fraqueza
a primeira, o medo, a utopia
a outra, covardia
Ao medo, a minha estima
à covardia, antipatia
Obra poética divina
temor, fantasia
revelada na emblemática pintura
da Capela Sistina
à irreverência do grafite
não menos belo
não menos poesia
Caída no abismo, a fraqueza
o lado obscuro da dicotomia
o veneno? A covardia
ocultando a dor
realçada na pupila
picha, rasga, queima e ridiculariza
o medo, a poesia.
Amar demasiadamente é deixar de viver,
É tornar-se escravo da utopia, do sonho,
Da farsa de um amor que de tão grande que é,
De fato nunca existiu.