Poemas sobre Si Mesmo
Eu declarei-me com o coração aberto,
Mas as palavras soaram em vão,
O sentimento, profundo e incerto,
Falou sozinho, sem direção.
Meus lábios formaram o desejo,
Mas o eco respondeu apenas à solidão,
O amor que tentava ser um beijo
Transformou-se em silêncio e confusão.
Em cada sílaba, uma esperança,
Em cada olhar, uma súplica não ouvida,
Mas o seu coração não dançou a dança,
E o meu ficou preso na espera não vivida.
Eu gritei ao vento o que sentia,
Mas o som se perdeu na bruma do ar,
Meu coração, com a alma vazia,
Falou em sussurros que ninguém quis escutar.
A declaração, uma vela ao vento,
Acendeu a noite, mas não iluminou,
E o amor que era puro sentimento
Foi apenas uma sombra que se apagou.
Agora, restam apenas ecos e lembranças,
Do que foi dito, mas não compreendido,
O coração falou em esperanças,
Mas o amor ficou, apenas perdido.
Quem não sabe o que quer,
Vaga em estradas sem fim,
Perdido entre o que é e o que era,
Sem norte, começo ou fim.
Segura nas mãos vazias
Sonhos que não conheceu,
E deixa escapar pelos dias
O pouco que já recebeu.
Os passos incertos que dá
O levam a lugar nenhum,
E aquilo que tem se esvai
Como areia entre os dedos, comum.
Os olhos buscam horizontes
Mas o coração não escolhe,
Entre montes e fontes
A indecisão o engole.
O tempo não espera a certeza,
Passa veloz como o vento,
E leva com sua destreza
O que ficou no intento.
Saber o que o coração clama
É acender interna luz,
Pois quem sua vontade proclama
Conquista o que lhe conduz.
Portanto, encontre o querer
Dentro da alma, tão bem,
Pois quem não sabe escolher
Perde o que supostamente tem.
Eu fico onde o amor floresce,
Como um jardim que o tempo não apaga,
Onde cada gesto, cada palavra,
Em harmonia, se tece.
Fico onde a reciprocidade dança,
Em um ritmo de almas em sintonia,
Onde o dar e o receber, com elegância,
Se encontram na mesma melodia.
Onde as ações falam tão alto
Quanto as promessas proferidas,
E o que é dito não é falso,
Mas verdade que enche as vidas.
Eu fico onde o abraço é sincero,
Onde o carinho é ato, não promessa,
Onde o coração é livre e espero
Por tudo o que o tempo não cessa.
Onde os passos seguem juntos,
Em uma estrada pavimentada de fé,
E as palavras são mais que pontos,
São trilhas que ninguém desfaz.
Fico onde encontro o que mereço,
Amor, verdade, e plena paz,
Pois sei que onde há esse começo,
Um bom fim sempre se faz.
No silêncio da madrugada fria,
Onde os sonhos flutuam ao léu,
Minha alma vaga, leve e vazia,
Buscando um brilho no céu.
As estrelas, como faróis distantes,
Sussurram segredos do além,
E eu, em passos hesitantes,
Procuro o que o coração não tem.
Há um rio que corre em mim,
Feito de lembranças e saudade,
E em suas águas, sem fim,
Nadam peixes de felicidade.
Mas as margens são incertas,
Cercadas por névoas de incerteza,
E o que outrora eram promessas
Hoje são ecos de tristeza.
Ainda assim, sigo a corrente,
Esperando que a maré mude,
Pois o amor é persistente,
E a esperança, quem a ilude?
No horizonte, um novo dia,
Traz a promessa de um amanhã,
E no peito, a melodia
De um coração que se quer sã.
Assim, na dança dos versos,
Encontro a força para seguir,
Pois nos caminhos do universo,
A poesia me faz sentir.
Há um medo que se esconde no seu peito,
Como uma sombra que não se revela,
É o temor de expor o que é perfeito,
E ver o seu coração perder a aquarela.
Cada palavra não dita é um fardo,
Cada gesto contido, uma prisão,
E o silêncio, que pesa, é um bardo,
Cantando versos de indecisão.
O seu coração quer falar, mas se cala,
Temente ao frio da rejeição,
E na alma, a dúvida se instala,
Será que vale a confissão?
Mostrar os sentimentos é despir-se,
É caminhar na corda sem rede,
Mas o medo insiste em reprimir-se,
Enraizando-se como uma parede.
E assim, o amor fica trancado,
Em um peito que não quer arriscar,
Mas a vida, que passa ao lado,
Não espera quem teme amar.
No fim, resta apenas a saudade
Do que poderia ter sido,
Pois o medo, em sua crueldade,
Rouba o que era prometido.
Mas quem ousa quebrar as correntes,
Mesmo com o risco do não,
Descobre que os corações valentes
Encontram força na superação.
Você despertou em mim o brilho da alvorada,
Fez renascer os sonhos e a cor da paixão,
Mas o seu medo, como uma sombra pesada,
Apagou o encanto, a luz do coração.
Seu receio de arriscar, de se entregar,
Transformou o desejo em saudade,
E o amor, que poderia se transformar,
Morreu na incerteza da sua vontade.
Em cada olhar, uma promessa não cumprida,
Em cada gesto, uma chance perdida,
E o que era puro, forte e vibrante,
Desfez-se em um mistério distante.
Você trouxe a chama, a esperança e o calor,
Mas sua hesitação selou nosso destino,
E eu, que buscava o doce amor,
Fiquei apenas com o eco do que foi divino.
O encanto se perdeu na névoa do medo,
E o amor que era sonho se tornou dor,
Agora, eu sigo sem seu enredo,
Com a lembrança de um amor que não teve cor.
Seus medos apagaram a magia do sentir,
E eu, que amava com tanto fervor,
Perdi o encanto de te seguir,
Pois o risco é parte do verdadeiro amor.
Não posso ficar onde o medo reina,
Onde o coração se esconde na sombra,
Um amor que se nega, que se acanha,
É como uma chama que já não assombra.
Um homem sem coragem, sem brio,
É como um rio que não corre ao mar,
Preso em suas margens de vazio,
Tem medo de se entregar.
A vida é feita de voos altos,
De saltos no abismo da emoção,
Mas ele prefere os passos falhos,
Esquivando-se da paixão.
Eu busco mais do que palavras,
Quero ação, quero verdade,
Um amor que se desafia nas brasas,
Que não teme a intensidade.
Se não há coragem para o amar,
Se o medo o prende como corrente,
Eu não posso, não vou ficar
Em um lugar onde a alma mente.
Prefiro partir em busca de um coração
Que não hesite em pulsar forte,
Que se lance, sem condição,
E encontre no risco, a sua sorte.
Pois o amor é para os que se arriscam,
Que se entregam sem olhar atrás,
E eu, que anseio por esses sentimentos,
Não ficarei onde o medo jaz.
Talvez eu seja só uma paisagem,
Um encanto que passa e se vai,
Teus olhos me contemplam de longe,
Mas o coração, hesita e não sai.
Se fosse amor, não haveria medo,
Não existiria essa dúvida no ar,
Mas teu silêncio fala mais alto,
E as palavras ficam por declarar.
Sou apenas um reflexo distante,
Bonito, mas intocável ao teu olhar,
Pois se fosse amor de verdade,
Teria coragem de me alcançar.
Há um fogo que arde em meu peito,
Uma chama que não se apaga,
É um desejo que cresce, imperfeito,
Que em meu corpo se espalha e me embriaga.
Cada olhar teu acende a centelha,
Cada toque é um convite ao prazer,
Meu coração é terra vermelha,
Ansioso por tudo o que podes oferecer.
Sinto teu calor antes mesmo de te ter,
Um vulcão adormecido a despertar,
O desejo é um rio que quer correr,
E em tuas águas eu quero mergulhar.
Teus lábios, um sonho proibido,
Teu corpo, um enigma a desvendar,
Meu desejo é forte, é desmedido,
É um fogo que nunca vai cessar.
Nas noites em que a lua se esconde,
E o silêncio da escuridão domina,
Meu pensamento em ti responde,
E o desejo em mim só se ilumina.
Quero o toque, o abraço ardente,
Quero sentir o calor da tua pele,
Meu desejo é voraz, é latente,
E a tua presença, minha alma compele.
Você despertou em mim um desejo antigo,
Uma chama que há muito se apagou,
Tocou meu coração como um abrigo,
E um sentimento esquecido se renovou.
Mas a falta de transparência, o véu que ergueu,
Ofuscou a luz que começava a brilhar,
O que era doce e intenso, se perdeu,
Num mar de incertezas a me sufocar.
Queria te dar o meu amor sem medida,
Mas a dúvida envenenou o que era puro,
O desejo que antes era vida,
Agora é só sombra em um caminho obscuro.
Sinto que poderia ter sido real,
Um sentimento profundo e verdadeiro,
Mas sua falta de clareza, afinal,
Transformou o amor em um devaneio passageiro.
E assim, o que nasceu em ardente paixão,
Morreu nas entrelinhas do que não foi dito,
Perdi o encanto, a força da emoção,
Por um amor que nunca se revelou infinito.
Havia um lindo amor em meu coração,
Como um jardim que florescia ao sol,
Mas sua indecisão apagou a emoção,
E o desejo se tornou um sonho que se dissolveu.
A paixão que ardia, vibrante e pura,
Foi abafada pela dúvida e pela incerteza,
E o que era forte, agora é apenas uma sombra,
De um amor que se perdeu na tristeza.
O calor que antes aquecia o meu ser,
Agora se esconde na bruma do passado,
A vontade que era para sempre, agora não quer,
Por um sentimento que ficou desalentado.
O amor, que antes dançava em plena luz,
Desapareceu na névoa da hesitação,
E o coração, que antes vivia em fluxo e cruz,
Agora busca o alívio na reflexão.
Assim, o que era um desejo profundo,
Se desfaz em fragmentos de uma ilusão,
Pois a indecisão apagou o encanto do mundo,
E deixou meu coração em desilusão.
Quando o acaso se tornou destino,
Te encontrei, sem procurar,
Como estrela que ilumina o caminho,
Um brilho que não cessa de brilhar.
Em cada palavra, uma nova surpresa,
Um universo inteiro a descobrir,
Teu sorriso, uma leveza,
Que faz meu coração insistir.
E mesmo que o tempo passe lento,
Há uma certeza que me faz ficar,
Se for para amar, sem arrependimento,
Estou aqui, disposto a me entregar.
Nosso encontro, um sopro do vento,
Que trouxe pra perto, sem avisar,
E agora, em cada pensamento,
É você que eu escolho lembrar.
No silêncio das noites escuras,
Teu nome ecoa em meu pensar,
Como uma brisa suave que sussurra,
Promessas que não posso ignorar.
És o mistério que me envolve,
A doce tentação do desconhecido,
Em cada gesto teu, o coração dissolve,
Num mar de emoções, perdido.
Teu olhar, um segredo revelado,
Desperta em mim desejos profundos,
E sem medo, me lanço ao teu lado,
Disposto a desbravar novos mundos.
Se for para amar, eu me rendo,
Aos encantos que só você tem,
Em ti, encontro tudo que entendo,
E o que jamais soube que também.
Entre a força e a sensibilidade,
Há um equilíbrio raro, delicado,
Como a maré que encontra a cidade,
Com poder imenso e toque abençoado.
A força se mostra em cada decisão,
Em cada passo firme que se dá,
Mas é na sensibilidade do coração,
Que a verdadeira coragem se verá.
É a força que ergue o mundo pesado,
Que enfrenta as tempestades sem temor,
Mas é a sensibilidade que dá o recado,
Que acalma a alma e acolhe com amor.
Entre ser forte e ser sensível,
Não há escolha, há união,
Pois no coração, o mais incrível,
É ter ambos em perfeita junção.
A força nos leva à vitória,
A sensibilidade, ao perdão,
Juntas, constroem nossa história,
Nos guiam na eterna missão.
Ternura é o toque suave da manhã,
O primeiro raio de sol no rosto,
É o abraço que envolve e acalma,
Um gesto de amor sem alarde ou posto.
É o sorriso que nasce sem razão,
A palavra que aquece sem esperar,
É o silêncio que entende o coração,
Sem precisar nada mais falar.
Ternura é o olhar que acaricia,
É a gentileza que se espalha no ar,
É a simplicidade da alegria,
De quem só quer o bem desejar.
É o gesto pequeno que engrandece,
A alma que se deixa florescer,
É o amor que na delicadeza aparece,
E faz do cotidiano um eterno viver.
Na ausência da verdade, o silêncio pesa,
Palavras ditas sem brilho, sem cor,
A falta de transparência é uma reza,
Que afasta, aos poucos, todo o calor.
Os olhos que antes se encontravam,
Agora evitam o reflexo, o olhar,
Pois o que era claro, se escondeu,
E o que era certo, se perdeu no ar.
A falta de transparência é neblina,
Que encobre o caminho a trilhar,
Transforma o afeto em dúvida fina,
E deixa o coração a questionar.
É um véu que sufoca a alma,
Uma sombra que teima em ficar,
E o que poderia ser paz e calma,
Se torna um labirinto a desvendar.
Mas a verdade, mesmo ausente,
Ainda tem força para brilhar,
E na falta de transparência aparente,
A luz um dia voltará a triunfar.
Era doce o caminho que escolhi,
Uma estrada que parecia clara,
Mas no meio, o engano sorriu pra mim,
E a verdade, disfarçada, se separa.
As palavras que antes eram sinceras,
Se tornaram ecos distantes e vazios,
E o coração que antes era forte,
Agora caminha em passos frios.
Engano, companheiro sorrateiro,
Veio sem aviso, sem alarde,
Trouxe ilusões, um fardo ligeiro,
E me fez perder o que era verdade.
Mas em meio à escuridão que se fez,
Há uma lição que não se apaga,
O engano ensina, e em sua vez,
A alma se fortalece e se embriaga.
Pois mesmo na dor do engano cruel,
Há sempre um renascer de esperança,
E o que foi erro, hoje é papel,
Escrito com força, na nova dança.
Quando abrimos o coração e revelamos
A profundidade do que sentimos,
Esperando que o outro perceba,
Que valorize cada palavra, cada gesto,
Mas se o retorno é o silêncio,
Ou o desprezo, frio como o inverno,
Saiba que não era a alma certa,
Para caminhar ao nosso lado nesta vida.
Não deixe que a dor apague a chama,
Acredite, o amor é vasto, recíproco e paciente,
Em algum lugar, há um coração que espera,
Pronto para acolher e honrar esse sentimento.
Pois o amor verdadeiro não se apressa,
Ele floresce no tempo certo,
E quando menos se espera,
Encontrará alguém que enxergue o seu valor.
As palavras criam laços, repelem,
São pontes que unem, ou muros que ferem.
Em um sussurro suave, trazem paz,
Mas, em tempestades, a guerra se faz.
Ah, se as pessoas soubessem o poder,
De uma palavra que nasce ao nascer do ser.
Cada som é um toque, um gesto, um sentir,
Capaz de acolher ou de destruir.
Com cuidado, uma palavra floresce,
E no silêncio, a alma aquece.
Mas no descuido, sem rumo ou direção,
Elas se tornam lâminas, ferem o coração.
Por isso, cuide do que você diz,
Pois em cada frase, o mundo se refaz, ou se desfaz.
As palavras são sementes de algo maior,
Que podem criar amor... ou alimentar o rancor.
Você me olhava,
mas seus olhos eram névoa,
reflexos de um céu distante,
onde eu jamais fui inteira.
No teu olhar, me desfiz em sombras,
uma miragem que passava,
nunca fui presença viva,
apenas silêncio que ecoava.
Nos desencontramos em cada passo,
entre as palavras não ditas,
no espaço vazio entre os gestos,
como folhas que o vento leva.
Se ao menos tivesse me visto,
não com os olhos, mas com a alma,
teríamos seguido juntos,
mesmo entre as curvas da estrada.
Mas ficamos perdidos,
como estrelas que nunca brilham lado a lado,
cada um no seu caminho,
sem nunca se encontrar de verdade.