Poemas sobre Si Mesmo
Quem, em prol da sua boa reputação, não se sacrificou já uma vez – a si próprio?
Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis.
Conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a si próprio é verdadeira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é verdadeiro poder.
O homem que não tem a música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de traições, de conjuras e de rapinas.
Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem; outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam.
O homem precisa daquilo que em si há de pior se pretende alcançar o que nele existe de melhor.
O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.
Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo.
A personalidade criadora deve pensar e julgar por si mesma, porque o progresso moral da sociedade depende exclusivamente da sua independência.
Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título.
Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas, é a isso que é preciso chegar. Estar só, como a criança está só.
Saber interpor-se constantemente entre si próprio e as coisas é o mais alto grau de sabedoria e prudência.
Uma paixão tão completamente centrada em si recusa o resto do mundo tal como a água límpida e calma filtra todas as matérias estranhas.