Poemas sobre Ruas
EU
Está noite eu deixava minha Esperança e embarcava universo a fio.
Corria eu, pelas ruas dos meus sonhos, pelos becos de meus delírios,
E achava eu, na busca do sonho azul que tudo faria jus
Você não disse que era pra tudo ficar azul?
Então venha descolorir o que deixou “negro”!
A noiva que era bela ficou feia e magricela.
O sonho que parecia azul perdeu o norte e o sul.
Quando pensas que sabes estás ficando rude.
E nessa homérica viagem.
Às vezes, eu sinto ser multidão!
Olho pra dentro da criança e vejo o ancião,
O negro, o sábio e o tolo.
A mulher, o louco e o insano.
Logo ergo o olhar para dentro e vejo a escuridão.
O legado invisível da educação
A verdadeira revolução não acontece nas ruas, mas dentro das mentes que se recusam a aceitar a mediocridade.Quem tem acesso à educação tem nas mãos a única arma que jamais poderá ser arrancada: o pensamento crítico.E não há nada mais perigoso para os que lucram com a desinformação do que um povo que sabe pensar.
O sol nascia sobre a cidade, iluminando ruas tomadas por serpentinas, confetes e máscaras. O carnaval pulsava em alegria, ao som vibrante das baterias. Eu, com máscara de lantejoulas, sentia-me livre entre os desconhecidos que logo viraram amigos.
O bloco passava arrastando uma onda de felicidade. O mestre de bateria marcava o ritmo,e os foliões respondiam em coro.
A noite, a cidade se iluminava e os sons da festa se misturavam às vozes animadas. Entre brindes, um olhar cúmplice e palavras perdidas no ruído. Ali já sabia que seria o carnaval inesquecível . Uma festa!
Não sei
Sei que as noites estão mais escuras
As ruas estão mais vazias
Nossos corações estão mais desesperados
Nossos pensamentos mais perdidos
A maldade está cada vez mais lancinante
Estamos cada vez mais vazios
E ao mesmo tempo cada vez mais transbordantes de coisas fúteis e sufocantes
Nosso peito apesar de cheio e conturbado
Apresenta um vazio sufocante
Nada faz mais sentido, tudo é vazio e mórbido
São cada vez mais raras as manifestações de afeto e amor
As drogas, as traições, o mal está cada vez mais em evidência
A pergunta que não quer calar é
Onde está Deus que tem o controle de tudo?
Onde está o amor pregado nas passagens bíblicas ?
Onde está a justiça divina ?
Não sei, não possuo a resposta para nenhuma destas perguntas
Não sei sei se um dia teremos
Não sei se um dia encontraremos o significado de tudo isso
Não sei se a culpa é do fruto da sabedoria ou é fruto da ignorância
Não sei, não sei
Não sei se o meu amor por Cristo é racional ou irracional
Se realmente existe uma "história escrita com h"
Ou se estória é realmente com e .
Nada se explica, não sei o que é fato é o que é factoide
Sei que busco, sei que oro, sei que creio, sei que meu receio é ligeiro
Sei que Jesus me preenche, talvez como ilusão, talvez como a razão.
Talvez fruto de uma paixão criada para alimentar o meu espírito questionador e carente de amor verdadeiro.
Não sei não sei
Sonho com ele, me emociono dormindo.
Leio suas palavras, me conforto.
Me sinto amado, aceito, perdoado.
Se minha consciência entende que a única certeza é a morte.
Meu coração vibra como se a única certeza fosse a vida eterna .
DOMINGOS
Ruas deitadas sobre o chão dos domingos
descançam do pisotear das multidões
que no atravessar corrido das esquinas
são indiferentes aos seus sentimentos
Eu procuro por essas ruas,
O olhar que me cativa.
Que me traz de volta a vida.
Eu quero estar ao seu lado,
Eu quero você!
Não me importa o tamanho da tempestade que iremos ter.
Estou enlouquecendo...
Com tantos pensamentos.
Mas é a única forma de eu te ter comigo.
Por favor, tente entender.
Não quero te ferir jamais.
Quero te amar profundamente,
Não pense que eu quero o seu mau.
Te amo...
Te amo!
Quero acordar todas as manhãs
Com o teu sorriso brincalhão.
Quero te ter em meus braços apertados.
Te dar logo cedo beijos apaixonados!
Por onde tu andavas?
AMOR PRÓPRIO
"Antigamente andava pelas ruas, esquecida e sem destino. Ia tropeçando em fantasmas em anjos caídos. No mundo de ilusão, estava desconsolada, estava abandonada, vivia sem sentido. Porém, você chegou a minha vida e curou todas as feridas." Música: Você é minha religião.
Idoso é Gente
Boa notícia. O pedido de saída às ruas foi atendido, em tempo para evitar mais estresse em casa.
Diante de muitas reclamações de idosos, para poderem circular na cidade até para se exercitar batendo perna. Foi implantado o rodizio de idosos.
Já que o rodízio de veículos está suspenso foi adotado, também o rodízio de idoso.
Já está valendo amanhã.
É bem simples e uniforme, mas não vai precisar usar roupa esportiva só boné e bengala, quem precisa.
A regra e com final um e dois da data de nascimento, devendo obedecer par e ímpar para andar na calçada e evitar correria e trombada.
Vamos à luta que idoso também é gente que já fez gente e muita gente que não é gente e se esquece da gente.
Ruas de Limeira
Sem dúvidas
Apenas
Mais um
Fruto
De
Seu tempo
Esvaindo
Exaurindo
Gradativa
Mente
Inexorável
Mente
Inevitável
Mente
O vazio
De sua
Inútil
Idade
Há vê Unidas
Ruas
Por onde
Passa
Ali
Novamente
Passando
Vivências
De vida
Vivida
Vividas
Boas vidas
Jamais
Esquecidas
Ainda vou andar muito sozinho
Estas ruas ainda não conhecem minha sola
A morte ainda passará bem mais de perto
Do que das outras vezes
Ainda vou dormir num cantinho
Verei o sol nascer no seu todo
Nesses dias não haverá nada sobre mim
Os que em outros tempos me viram dirão
Não pode, é ele!?, é ele?, não pode
E nesses dias, os meus ainda existirão
Perguntando-se, "onde ele estará ?"
Sem exatidão
Pois continuarei mudo e indiferente, como se com eles não me interessasse
Ainda serei uma vagabundo
Estarei em sítios
Que só por não saber não cito
Mas, dessa vocês devem se lembrar:
"Quando esses dias chegarem e eu me afastar, até desaparecer, se de mim essas terras, esse céu, esse universo. Tiver piedade e não me levar
Eu vou voltar
Lembra-te do que em tempos me pediste
Porque eu vou dar
Sim, eu vou dar
Porque até lá eu terei pra dar
E aqueles que ficaram, não me esqueci,
Lembrem-se vou voltar
Voltar e vos levar
Levar pra onde prometi
Pra onde em tempos pediste
Não sei se será assim
Mas sei que serão tempos negros
Tempos negros...
revolução
ação
causa reação
revolucionar
mudar
gritos ecoam pelas ruas da cidade
buscando liberdade.
Araguari (Cidade Surpresa)
És primeira e última morada
De ruas suaves próprias de ti
És tu minha terra encantada
Ufania mineira és tu Araguari
Enlevo causa quem por ti passas
Suas calçadas cheias de história
Ornada por suas tão belas praças
Do Triangulo é princesa e glória
Ciciante cerrado e perfumadas matas
Grotões poéticos e matinais serenatas
Água mineral tem em suas cascatas
São suas as serras azuis sinuosas
Que encantam e cantam em prosas
Herdades saudosas e formosas...
Das ruas que dão no mar
Que saudade das ruas que dão no mar
Do vento que sopra o aroma da maresia
Tão despercebidas no cotidiano do olhar
Tão carentes na distância desta energia
Ando nas calçadas nos meus devaneios
Em cada esquina, cada praça, cada bar
Num vai e vem da angústia e seus anseios
Da nostalgia das ruas que dão no mar
Na ausência das ruas que dão no mar
As pedras portuguesas são memória
Nos seus arabescos suspiro faz brotar
Se chorar são lágrimas de uma estória
E nesta quimera de sol, praia e areia
Que faz a melancolia aqui no poetar
É um luau a beira mar de lua cheia
Versando as ruas que dão no mar
MINHA TERRA
Minha cidade, um cromo mineiro
Ruas largas, a Matriz, árido chão
Maritacas na praça, povo faceiro
Pasmaceira, tudo calmo, ramerrão
Curicacão em bando no ar, ligeiro
Os sonhos além duma porteira, vão
O tempo no seu tempo corriqueiro
E o passado descascado no casarão
No alto da planície, cerrado e serra
Araguari, das Gerais, a minha terra
Altaneira, hospitaleira, bela cidade
Cada canto um encanto de sensação
Do meu peito canta numa só emoção
Já ida a mocidade, aboio de saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 dezembro, 2021 – Araguari, MG
Rio e mar, pedras se encontram, nós iremos nos encontrar.
Becos, ruas, vielas...há de haver um lugar onde seja apenas
eu e você, você e eu.
Se na próxima esquina der de cara com você, mudo o percurso.
Atravesso ruas, dobro becos, viro esquinas...mudo de cidade
Se preciso for, viajo no tempo.
Só não quero mais te encontrar...no caminho !
Entre ruas e avenidas,
Por estradas e mares...
De mãos dadas, abraçados,
Rodopiar entre as ondas,
Dançar nas flores,
Viajar no vento.
Quero um olhar,
Um sorriso,
Te dá um beijo
Acalmar meus medos,
Temores.
Ouvir tua voz me cantando
Matar meu desejo
No teu abraço,
Sentir teu corpo
Tuas vontades
Se entregar,
Esquecer...
E viver esse momento
Só: eu e você,
Nessa loucura
Amar, Amar...
Sem medo.
Avenidas,
Passarelas
Ruas,
Pessoas que vão
Que voltam
Histórias repetidas
Não vividas,
Canção
Bandolins
Violão
Perdidos,
Amores.