Poemas sobre Ruas
No silêncio das ruas, passos ecoam,
olhares que atravessam, como facas,
cada gesto, uma história não contada,
mas o rótulo pesa, sem compaixão.
Mentes tecem tramas de suposições,
corações se fecham em prisões de medo,
o que parece é um espelho quebrado,
refletindo sombras de quem não somos.
Palavras se tornam pedras, lançadas ao vento,
enquanto a alma anseia por compreensão,
não há um único caminho para a verdade,
cada vida é um labirinto, um mistério profundo.
Escute o que não se diz, sinta a essência,
abra os olhos para além do visível,
pois cada ser carrega um universo,
e a beleza mora na aceitação do diferente.
Ainda que o mundo em dissesse meu fim
eu andaria pelas ruas mesmas
de todos os dias, a esmo e entre
ruas e calçadas, tão suas
me diz o porquê tudo converge em você,
e meus pensamentos se moldam em tua face
roldando o mundo nesse turbilhão de frases
confusas, — no fim o difuso, eu tropeço obtuso
nós pés de um homem sentado na calçada
me olhando feio, sujo, ele sujo, feio
eu sujo, feio; feio e sujo — eu fujo
DOMINGOS
Ruas deitadas sobre o chão dos domingos
descançam do pisotear das multidões
que no atravessar corrido das esquinas
são indiferentes aos seus sentimentos
Nas ruas de Jaraguá, em uma noite especial,
Na casa de show, encontrei um menino alto e charmoso.
Seus cabelos ao vento, seu olhar tão cativante,
Ficamos pela primeira vez, um momento tão amoroso.
Trocar mensagens por WhatsApp foi o próximo passo,
E não teve jeito, o coração se entregou à emoção.
Ambos mergulharam nesse sentimento profundo,
E bastou um sorriso para acertar meu coração.
Ele me olhou e acertou em cheio meu ser,
Com aquele sorriso que me fez sonhar.
Contando as horas para tê-lo por perto,
Me pego emocionado, sem conseguir disfarçar.
Nas sombras do tempo, ele caminhava solitário pelas ruas de memórias desbotadas. Seu coração, um mausoléu de amor, guardava o fogo sagrado por ela. Ela, a musa imortal de seus sonhos, vivia na penumbra de sua ausência, uma presença tão vazia quanto as ruínas de um templo esquecido.
Anos haviam se passado desde que suas vozes se entrelaçaram em canções de promessas e suspiros. Anos desde que seus olhares se perderam nos labirintos da alma um do outro. Mas para ele, o tempo era apenas uma cortina fina entre o que foi e o que poderia ser.
Ela era como a névoa da manhã, presente, mas intangível. Ignorava-o como se ele fosse uma sombra indesejada em seu horizonte. Seu silêncio era uma sentença, sua indiferença, uma espada que dilacerava sua alma a cada dia.
Mas mesmo na morte ficta de sua conexão, ele persistia, seu coração como um farol na escuridão, esperando por um vislumbre da chama que um dia ardeu tão intensamente entre eles. Ele a amava além das palavras, além do tempo, além da própria morte.
Em seu amor, ele encontrava uma imortalidade que transcende os limites do mundo físico. Seu amor era uma epopeia, uma saga de esperança contra toda a lógica, contra toda a razão.
E assim, nas brumas do esquecimento, ele continuava a tecer os fios do seu amor, esperando pelo dia em que a morte ficta que os separava se dissolveria, e eles se encontrariam mais uma vez nos braços do destino, onde o tempo não teria poder sobre o eterno laço que os unia.
Perambulando pelas ruas a te encontra com essa ilusão notória,
De um passado que me afoga afim de um dia tentar te esquecer,
Que a partir do dia que eu te ver sei que cairei em pedaços,
Mar de de risos e abraços que me faz lembrar de você,
Tão coerente e convincente foi tentar explicar pro coração,
que você não volta mais não,
E que a única solução foi sair do seu caminho .
Mas até hoje sofro sozinho e tudo me faz lembrar, tua boca , teu cheiro , tudo tenho no peito e isso me leva a chorar.
Termino esse poema com aperto no coração,
Sofro de amor e paixão e a única solução e nunca mais querer amar.
Voltar a amar quem me fez bem é tudo que me faz falta , mais não sei se era amor ou uma simples percepção falsa,
E se um dia amar de novo peço que não caia no poço a minha outra pessoa amada.
- Periferia Favela
Nas vielas e ruas da favela,
a vida continua a todo vapor.
Entre os barracos e a poeira,
há uma força que vence a dor.
A cada dia, um novo desafio,
a cada esquina, uma nova história.
Os sorrisos são mais fortes que o frio,
e a esperança alimenta a memória.
Nas periferias, a vida é forte,
a vontade é maior que a realidade.
Os sonhos se tornam fonte,
de coragem e persistência na luta diária.
Aqui, a vida é uma obra prima,
desenhada com o lápis da resistência.
Cada casa é um monumento à sobrevivência,
cada rua é uma teia de solidariedade.
Nas favelas e nas periferias,
há mais que pobreza e desigualdade.
Há uma comunidade que enfrenta a realidade,
e tece a própria identidade.
Seu caminho, ainda que não compreendido,
Nas ruas, seu sofrer permanece escondido.
Mágoa que corre em suas veias, a te destruir,
Na verdade, impede teu crescer e construir.
Nas ruas de São Luís, onde poetas repousam,
A Praça exalta versos, em honra aos seus laços.
Ferreira, Catulo, Nauro e Sousândrade,
Caminhamos pelos versos que a memória invade.
Bandeira, José, Gonçalves na trama,
Maria Firmina, Dagmar, e Lucy na chama.
Palavras que dançam como folhas ao vento,
Na Praça dos Poetas, o tempo é momento.
Mirante que abraça o horizonte vasto,
Vendo o Maranhão, onde o passado é contrasto.
Entre versos e olhares, a cidade se revela,
No poético trajeto, a alma se encantela.
"Corações Ancestrais", São Luís em poesia e pin-hole,
Nas páginas, o tempo se desenha como um farol.
Cada verso, um eco de corações que resistem,
Pin-hole, artista da luz, em cada imagem persiste.
A cidade, um poema entrelaçado nas vielas,
Corações ancestrais, guardiões de memórias singelas.
O pin-hole, como um portal para o passado,
Em cada clique, um diálogo com o tempo marcado.
Palavras e imagens dançam nessa sinfonia,
São Luís, em cada rima, uma poesia viva e vazia.
Corações ancestrais, pulsando nas linhas,
Pin-hole, capturando instantes como pequenas vinhas.
Ruas de São Luís...
Nas ruas que sussurram histórias, São Luís,
Calçadas de memórias, onde o passado reluz.
Pedras que ecoam passos de outrora,
Caminhos que entrelaçam cada aurora.
Pelos becos estreitos, segredos a contar,
Casarões coloniais, a cidade a se revelar.
Cada esquina, um verso guardado,
No silêncio das pedras, o tempo é eternizado.
O vento, mensageiro dos contos do passado,
Em São Luís, o encanto é preservado.
Nos azulejos, o colorido da tradição,
Pintura viva que resiste à efemeridade da estação.
As praças, testemunhas dos encontros e despedidas,
Em cada canto, São Luís tece suas vidas.
Ruas que sussurram poesia a cada esquina,
Na cidade que guarda em si uma rica sina.
São Luís, nas entrelinhas do seu calçamento,
É poesia viva, pulsante sentimento.
As ruas sussurram, e nós, seus leitores,
Imersos nesse livro, exploramos seus arredores.
Máquina do Tempo
Ruas estreitas, Pedras antigas, Casas coloridas, Memórias ancestrais.
Aqui, o tempo passa devagar, E o passado se mistura ao presente.
A máquina do tempo está aqui, À nossa espera.
A máquina do tempo na ponta dos dedos,
Em São Luís, onde o passado se faz segredo.
Ruas que respiram o pulsar do tambor,
Blocos tradicionais, dança que encanta com fervor.
Cada tecla pressionada é um portal aberto,
Nas letras digitadas, o tempo é descoberto.
A cidade é palco, o bloco é poesia,
No ritmo do tambor, a história se inicia.
Flores em Paris
Perambula
Carros
Prédios
Avenidas
Observa
Homens
Janelas
Ruas
Para
Mulheres
Portas
Ruelas
Senta
Crianças
Arcos
Praças
Respira
Bolas
Pontes
Parques
E as flores!
Ao longo das décadas como militante do Partido dos Trabalhadores, atuando nas ruas, ônibus e em meu trabalho e nos últimos anos mas no campo virtual, me sinto profundamente representado por nossa sigla. Este trabalho constante, seja no campo real ou virtual, obedece a um processo hierárquico onde busco sempre criar o melhor conteúdo dentro da minha área de atuação, principalmente tecnicamente. O mundo girou e a forma de fazer políticas públicas também. É essencial, na política, que todos apoiem aqueles que estão à frente na luta por nossas pautas. Em vez de competirmos, devemos apoiar e acompanhar aqueles que nos representam, pois quando eles alcançam seus objetivos, todos nós avançamos juntos. Nosso trabalho de base, embora muitas vezes discreto, é fundamental para construir uma força coletiva. A colaboração e o suporte mútuo são a base para uma política democrática e eficaz, onde a vitória de um é a vitória de todos.
#fernandokabral13
No dia que eu for andar pelas solitárias ruas
Eu aguardo o olhar doce do luar
para assim, memorias doces e decisões amargas...
apenas sumam junto de minha alma
TRIANON
Longe das ruas de terras
Do Capão conhecido
Dos becos e vielas
Lugar onde vivo.
Longe do Parque Fernanda
Longe do gueto querido
Longe do Parque Santo Dias
Eis me aqui... Na Paulista.
Longe da amada. Ó
No Parque Trianon.
Cercado de árvores
Brisa na face
Enquanto escrevo meus versos
Os pedestres passam.
Fumo a fumaça dos carros
e vago pelo teto dos prédios.
Ao meio-fio do prazer,
enquanto as ruas
caminhavam sobre mim,
transito, transando com a poesia.
Sereno
Céu nublado, lá em cima. Novos caminhos, nova vida, sob as ruas de NASCAR, um bar, míope, luz apagada, cabeça vazia, dor demais para lembrar de tomar os remédios. Em necessidade. Necessário, um bilionário acelerando o tempo na prisão, porque usava partes do corpo para se curar. Olha como é a realidade: um pedaço d sociedade. Quando você se faz o mal, recebe prêmios, orgulho e muitas almas perdidas atrás de você. Aqueles homens estão cansados? Dê-lhes um descanso, não é fácil viver. Respire. As abelhas vivem pouco, mas é um acordo justo; a beleza não dura mais do que um curto tempo. Isso é o que temos. Chovendo lá fora, aqueles homens trabalham sem parar, sem sede, pelo menos não desejam isso. Você vai ser grande, que mentira é essa quando você acha que está dizendo a verdade? Qual é a sua maldição? Julgue e esteja pronto, as cores são cinzas, perca o dia azul. O tempo passa.
Terceira pessoa
A noite escura recai
As estrelas iluminam as praças
E a boemia perfuma as ruas
Todos largados e abandonados
Mas não destoante da história
Escondida no declínio da saudade
vejo uma luz
Entre as garrafas de vinho que comigo compadecem
Vejo pessoas indo e vindo
Entradas e saídas
De grandes amores que nunca conhecerei
Conjuro versos feridos por ausência de amor
Com razão, prazer e saber
Procrastino
Reflito
Deixo o tempo passar
Vasculho lembranças do passado
Por tênue
Por iluminada
Por filosofia que sou
Entre amores e ressacas
Reergui-me
Nada sei
Nada perdi
Onde vou
Ou como sou
A noite é relativa nesses confins
Lá fora
Choram corações
Sofrem e mendigam amor
Eu não estou mais lá
Longínqua eu os observo
Apenas os observo.